SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 14
OS MAIAS, DE EÇA DE QUEIROZ
11ºB, Martim Alves nº9 e Rodrigo Pereira nº11
Eça de Queiroz
CAPÍTULO I E II
Capítulo I
 O primeiro capítulo, começa com a apresentação de Carlos da Maia, o personagem
principal da obra. Ele é descrito como um jovem médico brilhante que estudou em
Paris e agora está de volta a Portugal, onde pretende estabelecer a sua carreira.
 Carlos é retratado como um homem de grande inteligência, muito culto e sofisticado,
que tem uma grande paixão pelas artes, literatura e música.
 O capítulo apresenta também a cidade de Lisboa, onde Carlos retorna, descrevendo-a
como uma cidade decadente, com ruas estreitas e sujas e edifícios antigos e
arruinados.
 A cidade é vista como um reflexo da decadência da sociedade portuguesa da época,
que vivia sob o domínio de uma elite aristocrática conservadora e fechada ao mundo.
Capítulo II
 No segundo capítulo, a história se volta para a família Maia, em particular para o
patriarca, Afonso da Maia, e o seu filho, Pedro da Maia.
 Afonso é apresentado como um homem respeitável, um representante da velha
aristocracia portuguesa, que vive em uma casa nobre em Lisboa. Ele é retratado
como um homem culto, de mente aberta, que viajou pela Europa e conheceu as mais
diversas culturas.
 Pedro, por sua vez, é descrito como um jovem bonito e sofisticado, que está envolvido
em vários casos amorosos.
 O ramalhete é visto como um símbolo da união e da força da família, que se mantém
unida apesar das diferenças e desavenças.
JUVENTUDE DE AFONSO E
PEDRO
Juventude de Afonso
 É descrito como "um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes",
 Afonso da Maia viveu exilado em Inglaterra a sua juventude, devido às ideias liberais.
 Afonso decidiu mudar-se em 1875 para o Ramalhete enquanto o seu neto, Carlos, se
encontrava numa viagem pela europa.
 Afonso partiu para Inglaterra mas pouco depois teve de voltar a lisboa uma vez que o
seu pai morreu subitamente.
 Foi então que conheceu D. Maria Eduarda Runa, era morena, linda, mimosa, e um
pouco adoentada. No fim do luto casou com ela e teve um filho, Pedro da Maia.
 Alguns tempos depois a sua mãe morre de apoplexia em Benfica.
Juventude de Afonso
 Afonso sentia que a sua mulher, Maria Eduarda, não era feliz. Andava triste com
saudades do seu país, da família, das igrejas.
 Com o passar do tempo, a tristeza de Maria Eduarda ia aumento, sentia demasiada
falta da sua casa em Benfica. E para aumentar a tristeza de Maria Eduarda e da sua
família, a tia morreu de pneumonia. Maria Eduarda adorava a sua tia por ser irlandesa
e católica.
 Para a distrair deste triste acontecimento, Afonso, seu marido, levou-a a Itália, mas
nem assim a esta se animou, continuando a querer ir para Lisboa.
 Afonso queria mandar o seu filho para Coimbra, mas quando a sua mulher soube da
notícia implorou para que não o fizesse pois não queria estar afastada da pessoa que
mais amava.
Juventude de Pedro
 O filho de Afonso e Maria, Pedro, era muito esperto e valente. Quando a mãe morreu,
o rapaz entrou quase em loucura.
 Passaram muitos meses depois da morte de Maria e Afonso começava a desesperar
por ver o filho em tamanha tristeza e a visitar todos os dias o corpo da falecida mãe.
 É então que Afonso descobre, através de um avô da sua falecida esposa que Pedro
anda a encontrar-se com uma mulher e que a amava perdidamente, chamada Maria
Monforte.
 Pedro estava tão apaixonado que escrevia a Maria todos os dias duas cartas em seis
folhas cheios de poemas.
 O seu pai, odiava a família Monforte e chegou a dizer que Maria não seria uma boa
amante.
Juventude de Pedro
 Pedro foi ter com o pai e pediu a este para casar com Maria Monforte, e o pai,
insatisfeito disse ao filho que nunca lhe tinha falado sobre ela e que ela era filha de
um assassino, de um negreiro.
 Para Afonso o facto de Pedro casar com Maria era uma vergonha, mas não foi isso
que ia impedir de Pedro casar com a sua amada.
 Pedro tinha casado e ia partir para Itália com a noiva. E a partir desta situação, nunca
mais se falou de Pedro da Maia.
 Pedro e Maria iam viajando por Itália de cidade em cidade, tencionando passar o
inverno neste país. Contudo, passados alguns dias de estarem em Roma, Maria
sentiu um enorme desejo de ir para Paris, e lá foram para França.
Juventude de Pedro
 Ao chegar a Paris, ainda se sentia o cheiro a pólvora pelas ruas mas apesar de Maria
não gostar, ela e o seu marido ainda aguentaram Paris até à Primavera.
 Mas, começaram a ouvir-se remores de uma revolução, e isso fez com que o casal
tivesse que deixar Paris. Contudo, antes de partir, Maria insistiu para que o seu
marido escrevesse uma carta a seu pai, Afonso.
 Maria odiava o velho Afonso, e por isso, apressou o casamento e planeou a partida
para Itália. Porém, agora que o casal ia voltar à capital, era necessário a
reconciliação.
 Foi referido que se Maria desse à luz um menino que lhe iria por o nome de Afonso e
que Maria já o adorava. Pedro escreveu esta carta comovido com o facto de vir a ter
um filho.
Juventude de Pedro
 O casal desembarcou rumo a Benfica. Mas, o que não sabiam era que Afonso tinha
partido para Santa Olávia dois dias antes. E foi com esta situação que a relação entre
pai e filho acabou.
 Quando Maria deu à luz, Pedro não escreveu ao seu pai a contar ao seu pai, e até
chegou a dizer que já não tinha pai. Com o passar do tempo, Afonso da Maia ia
caindo cada vez mais no esquecimento em Santa Olávia.
 Mas, Maria teve outro filho, um menino desta vez. Afonso iria voltar a Benfica dentro
de pouco tempo, e quando ele voltasse, Maria pegava no bebé e iria ter com Afonso,
todo vestida de preto, e sem mais nem menos, iria atirar-se para seus pés a pedir
bênção para o seu neto, e Maria, tinha a certeza de que este plano era quase infalível.
Juventude de Pedro
 Para acalmar Afonso da Maia, Pedro quis dar o nome do seu pai a este bebé, mas Maria
não permitiu. Andava a ler uma novela onde existia um Carlos Eduardo, e é este nome
que queria dar ao pequeno: Carlos Eduardo da Maia.
 Vilaça informa Pedro que seu pai era esperado em Benfica no dia seguinte, e Pedro,
penso de imediato em avisar para Maria para fazerem o tão esperado espetáculo que
tinham planeado, contudo, esta recusou. Conforme o tempo ia passando mais Pedro ia
insistindo na ideia de ir ter com o seu pai, mas, Maria, recusava sempre e dizia para
esperar mais algum tempo.
 Numa tarde de Dezembro, Afonso da Maia estava a ler calmamente, quando, de repente,
a porta do escritório abre violentamente e o velho vê o seu filho. Mal Afonso se levantou, o
seu filho caiu-lhe nos braços a chorar como se o mundo fosse acabar. É então, passado
uns minutos, que pedro diz o sucedido.
 Ele esteve dois dias fora de Lisboa, e voltou nessa manhã, mas, Maria tinha fugido de
casa com um italiano e tinha levado consigo a bebé, deixando o seu filho, Carlos Eduardo,
com a governanta.
Juventude de Pedro
 Certa noite, Afonso acorda assustado com o som de um tiro que se ouviu em toda a
casa. Levantou-se de imediato e ele, com a ajuda de um criado com uma lanterna,
tentaram descobrir de onde vinha tal tiro, quando, viram a porta do quarto de Pedro,
ainda entreaberto, vinha um cheiro a pólvora, e perto da cama podia ver-se uma poça
de sangue que ensopava o tapete, foi então que Afonso, encontrou o seu querido
filho, no chão, morto, com uma pistola na mão.
 Em cima da secretária encontrava-se uma carta que dizia com letras bem visíveis:
“Para papá”. Passados alguns dias a casa de Benfica foi fechada e Afonso e o seu
neto Carlos partiram para Santa Olávia com todos os criados. Vilaça espalhou por
Lisboa que o pobre Afonso não iria durar muito mais de um ano.

Más contenido relacionado

Similar a Os maias, de Eça de Queiroz.pptx (20)

O Amor De Pedro Por Ines
O Amor De Pedro Por InesO Amor De Pedro Por Ines
O Amor De Pedro Por Ines
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Os maias analise global
Os maias   analise globalOs maias   analise global
Os maias analise global
 
Livros da literatura brasileira
Livros da literatura brasileiraLivros da literatura brasileira
Livros da literatura brasileira
 
O amor entre inês e pedro
O amor entre inês e pedroO amor entre inês e pedro
O amor entre inês e pedro
 
Jose Lins do Rego MENINO DE ENGENHO
Jose Lins do Rego   MENINO DE ENGENHOJose Lins do Rego   MENINO DE ENGENHO
Jose Lins do Rego MENINO DE ENGENHO
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
O amor entre inês e pedro
O amor entre inês e pedroO amor entre inês e pedro
O amor entre inês e pedro
 
Memorial do Convento 3ª E - 2011
Memorial do Convento   3ª E - 2011Memorial do Convento   3ª E - 2011
Memorial do Convento 3ª E - 2011
 
Pedroe ines
Pedroe inesPedroe ines
Pedroe ines
 
7 ano C
7 ano C7 ano C
7 ano C
 
Eça de queirós
Eça de queirósEça de queirós
Eça de queirós
 
Introcapicapii 130102171741-phpapp02
Introcapicapii 130102171741-phpapp02Introcapicapii 130102171741-phpapp02
Introcapicapii 130102171741-phpapp02
 
Resumo - Memorial do Convento
Resumo - Memorial do ConventoResumo - Memorial do Convento
Resumo - Memorial do Convento
 
Pessoa ppt
Pessoa pptPessoa ppt
Pessoa ppt
 
Pessoa ppt
Pessoa pptPessoa ppt
Pessoa ppt
 
Pessoa ppt
Pessoa pptPessoa ppt
Pessoa ppt
 
Pessoa ppt
Pessoa pptPessoa ppt
Pessoa ppt
 
Pessoa ppt
Pessoa pptPessoa ppt
Pessoa ppt
 
Resumos obras - Romantismo
Resumos obras - RomantismoResumos obras - Romantismo
Resumos obras - Romantismo
 

Último

Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdfGramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
Kelly Mendes
 
ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024
ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024
ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024
azulassessoria9
 
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptxAspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
profbrunogeo95
 
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
GisellySobral
 

Último (20)

Química-ensino médio ESTEQUIOMETRIA.pptx
Química-ensino médio ESTEQUIOMETRIA.pptxQuímica-ensino médio ESTEQUIOMETRIA.pptx
Química-ensino médio ESTEQUIOMETRIA.pptx
 
Poema - Maio Laranja
Poema - Maio Laranja Poema - Maio Laranja
Poema - Maio Laranja
 
Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdfGramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
 
ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024
ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024
ATIVIDADE 1 - ENF - ENFERMAGEM BASEADA EM EVIDÊNCIAS - 52_2024
 
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - material
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - materialFUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - material
FUNDAMENTOS DA PSICOPEDAGOGIA - material
 
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos AnimaisNós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
Nós Propomos! Canil/Gatil na Sertã - Amigos dos Animais
 
Poema - Aedes Aegypt.
Poema - Aedes Aegypt.Poema - Aedes Aegypt.
Poema - Aedes Aegypt.
 
EB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptx
EB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptxEB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptx
EB1 Cumeada Co(n)Vida à Leitura - Livros à Solta_Serta.pptx
 
Slides Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos.pptx
Slides Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos.pptxSlides Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos.pptx
Slides Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos.pptx
 
APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.
APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.
APH- Avaliação de cena , analise geral do ambiente e paciente.
 
QUESTÃO 4 Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
QUESTÃO 4   Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...QUESTÃO 4   Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
QUESTÃO 4 Os estudos das competências pessoais é de extrema importância, pr...
 
APRENDA COMO USAR CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
APRENDA COMO USAR CONJUNÇÕES COORDENATIVASAPRENDA COMO USAR CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
APRENDA COMO USAR CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
 
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptxEBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
EBPAL_Serta_Caminhos do Lixo final 9ºD (1).pptx
 
Slides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptx
Slides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptxSlides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptx
Slides Lição 8, CPAD, Confessando e Abandonando o Pecado.pptx
 
As teorias de Lamarck e Darwin para alunos de 8ano.ppt
As teorias de Lamarck e Darwin para alunos de 8ano.pptAs teorias de Lamarck e Darwin para alunos de 8ano.ppt
As teorias de Lamarck e Darwin para alunos de 8ano.ppt
 
Sequência didática Carona 1º Encontro.pptx
Sequência didática Carona 1º Encontro.pptxSequência didática Carona 1º Encontro.pptx
Sequência didática Carona 1º Encontro.pptx
 
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptxAspectos históricos da educação dos surdos.pptx
Aspectos históricos da educação dos surdos.pptx
 
Acróstico - Maio Laranja
Acróstico  - Maio Laranja Acróstico  - Maio Laranja
Acróstico - Maio Laranja
 
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
472037515-Coelho-Nelly-Novaes-Literatura-Infantil-teoria-analise-e-didatica-p...
 
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autoresModelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
 

Os maias, de Eça de Queiroz.pptx

  • 1. OS MAIAS, DE EÇA DE QUEIROZ 11ºB, Martim Alves nº9 e Rodrigo Pereira nº11
  • 4. Capítulo I  O primeiro capítulo, começa com a apresentação de Carlos da Maia, o personagem principal da obra. Ele é descrito como um jovem médico brilhante que estudou em Paris e agora está de volta a Portugal, onde pretende estabelecer a sua carreira.  Carlos é retratado como um homem de grande inteligência, muito culto e sofisticado, que tem uma grande paixão pelas artes, literatura e música.  O capítulo apresenta também a cidade de Lisboa, onde Carlos retorna, descrevendo-a como uma cidade decadente, com ruas estreitas e sujas e edifícios antigos e arruinados.  A cidade é vista como um reflexo da decadência da sociedade portuguesa da época, que vivia sob o domínio de uma elite aristocrática conservadora e fechada ao mundo.
  • 5. Capítulo II  No segundo capítulo, a história se volta para a família Maia, em particular para o patriarca, Afonso da Maia, e o seu filho, Pedro da Maia.  Afonso é apresentado como um homem respeitável, um representante da velha aristocracia portuguesa, que vive em uma casa nobre em Lisboa. Ele é retratado como um homem culto, de mente aberta, que viajou pela Europa e conheceu as mais diversas culturas.  Pedro, por sua vez, é descrito como um jovem bonito e sofisticado, que está envolvido em vários casos amorosos.  O ramalhete é visto como um símbolo da união e da força da família, que se mantém unida apesar das diferenças e desavenças.
  • 7. Juventude de Afonso  É descrito como "um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes",  Afonso da Maia viveu exilado em Inglaterra a sua juventude, devido às ideias liberais.  Afonso decidiu mudar-se em 1875 para o Ramalhete enquanto o seu neto, Carlos, se encontrava numa viagem pela europa.  Afonso partiu para Inglaterra mas pouco depois teve de voltar a lisboa uma vez que o seu pai morreu subitamente.  Foi então que conheceu D. Maria Eduarda Runa, era morena, linda, mimosa, e um pouco adoentada. No fim do luto casou com ela e teve um filho, Pedro da Maia.  Alguns tempos depois a sua mãe morre de apoplexia em Benfica.
  • 8. Juventude de Afonso  Afonso sentia que a sua mulher, Maria Eduarda, não era feliz. Andava triste com saudades do seu país, da família, das igrejas.  Com o passar do tempo, a tristeza de Maria Eduarda ia aumento, sentia demasiada falta da sua casa em Benfica. E para aumentar a tristeza de Maria Eduarda e da sua família, a tia morreu de pneumonia. Maria Eduarda adorava a sua tia por ser irlandesa e católica.  Para a distrair deste triste acontecimento, Afonso, seu marido, levou-a a Itália, mas nem assim a esta se animou, continuando a querer ir para Lisboa.  Afonso queria mandar o seu filho para Coimbra, mas quando a sua mulher soube da notícia implorou para que não o fizesse pois não queria estar afastada da pessoa que mais amava.
  • 9. Juventude de Pedro  O filho de Afonso e Maria, Pedro, era muito esperto e valente. Quando a mãe morreu, o rapaz entrou quase em loucura.  Passaram muitos meses depois da morte de Maria e Afonso começava a desesperar por ver o filho em tamanha tristeza e a visitar todos os dias o corpo da falecida mãe.  É então que Afonso descobre, através de um avô da sua falecida esposa que Pedro anda a encontrar-se com uma mulher e que a amava perdidamente, chamada Maria Monforte.  Pedro estava tão apaixonado que escrevia a Maria todos os dias duas cartas em seis folhas cheios de poemas.  O seu pai, odiava a família Monforte e chegou a dizer que Maria não seria uma boa amante.
  • 10. Juventude de Pedro  Pedro foi ter com o pai e pediu a este para casar com Maria Monforte, e o pai, insatisfeito disse ao filho que nunca lhe tinha falado sobre ela e que ela era filha de um assassino, de um negreiro.  Para Afonso o facto de Pedro casar com Maria era uma vergonha, mas não foi isso que ia impedir de Pedro casar com a sua amada.  Pedro tinha casado e ia partir para Itália com a noiva. E a partir desta situação, nunca mais se falou de Pedro da Maia.  Pedro e Maria iam viajando por Itália de cidade em cidade, tencionando passar o inverno neste país. Contudo, passados alguns dias de estarem em Roma, Maria sentiu um enorme desejo de ir para Paris, e lá foram para França.
  • 11. Juventude de Pedro  Ao chegar a Paris, ainda se sentia o cheiro a pólvora pelas ruas mas apesar de Maria não gostar, ela e o seu marido ainda aguentaram Paris até à Primavera.  Mas, começaram a ouvir-se remores de uma revolução, e isso fez com que o casal tivesse que deixar Paris. Contudo, antes de partir, Maria insistiu para que o seu marido escrevesse uma carta a seu pai, Afonso.  Maria odiava o velho Afonso, e por isso, apressou o casamento e planeou a partida para Itália. Porém, agora que o casal ia voltar à capital, era necessário a reconciliação.  Foi referido que se Maria desse à luz um menino que lhe iria por o nome de Afonso e que Maria já o adorava. Pedro escreveu esta carta comovido com o facto de vir a ter um filho.
  • 12. Juventude de Pedro  O casal desembarcou rumo a Benfica. Mas, o que não sabiam era que Afonso tinha partido para Santa Olávia dois dias antes. E foi com esta situação que a relação entre pai e filho acabou.  Quando Maria deu à luz, Pedro não escreveu ao seu pai a contar ao seu pai, e até chegou a dizer que já não tinha pai. Com o passar do tempo, Afonso da Maia ia caindo cada vez mais no esquecimento em Santa Olávia.  Mas, Maria teve outro filho, um menino desta vez. Afonso iria voltar a Benfica dentro de pouco tempo, e quando ele voltasse, Maria pegava no bebé e iria ter com Afonso, todo vestida de preto, e sem mais nem menos, iria atirar-se para seus pés a pedir bênção para o seu neto, e Maria, tinha a certeza de que este plano era quase infalível.
  • 13. Juventude de Pedro  Para acalmar Afonso da Maia, Pedro quis dar o nome do seu pai a este bebé, mas Maria não permitiu. Andava a ler uma novela onde existia um Carlos Eduardo, e é este nome que queria dar ao pequeno: Carlos Eduardo da Maia.  Vilaça informa Pedro que seu pai era esperado em Benfica no dia seguinte, e Pedro, penso de imediato em avisar para Maria para fazerem o tão esperado espetáculo que tinham planeado, contudo, esta recusou. Conforme o tempo ia passando mais Pedro ia insistindo na ideia de ir ter com o seu pai, mas, Maria, recusava sempre e dizia para esperar mais algum tempo.  Numa tarde de Dezembro, Afonso da Maia estava a ler calmamente, quando, de repente, a porta do escritório abre violentamente e o velho vê o seu filho. Mal Afonso se levantou, o seu filho caiu-lhe nos braços a chorar como se o mundo fosse acabar. É então, passado uns minutos, que pedro diz o sucedido.  Ele esteve dois dias fora de Lisboa, e voltou nessa manhã, mas, Maria tinha fugido de casa com um italiano e tinha levado consigo a bebé, deixando o seu filho, Carlos Eduardo, com a governanta.
  • 14. Juventude de Pedro  Certa noite, Afonso acorda assustado com o som de um tiro que se ouviu em toda a casa. Levantou-se de imediato e ele, com a ajuda de um criado com uma lanterna, tentaram descobrir de onde vinha tal tiro, quando, viram a porta do quarto de Pedro, ainda entreaberto, vinha um cheiro a pólvora, e perto da cama podia ver-se uma poça de sangue que ensopava o tapete, foi então que Afonso, encontrou o seu querido filho, no chão, morto, com uma pistola na mão.  Em cima da secretária encontrava-se uma carta que dizia com letras bem visíveis: “Para papá”. Passados alguns dias a casa de Benfica foi fechada e Afonso e o seu neto Carlos partiram para Santa Olávia com todos os criados. Vilaça espalhou por Lisboa que o pobre Afonso não iria durar muito mais de um ano.