Explicação sobre a anatomia dos músculos, ossos visando o entendimento sobre a ergonomia para os trabalhadores no ambiente de trabalho. Mostra detalhes da estrutura muscular e os efeitos que podem ser causados por atividades realizadas de forma errada e assim ocasionando lesões e doenças ocupacionais.

1. ERGONOMIA
Parte 2

2. Músculos
 Os músculos são os tecidos mais bem
alimentados do corpo humano por
sangue.
 São também os mais flexíveis, graças
ao direcionamento de suas fibras, todas
longitudinais.

3. Músculos
Fáscia
Feixe de fibras
Membrana
Fibra Miofibrila
Filamento

4. Músculos – fibras e vasos
Fibra
Vaso

5. Músculos - limitações
Contração estática: faz com que a circulação de
sangue no músculo seja diminuída drasticamente;
Contração dinâmica: permite uma boa circulação
de sangue no tecido muscular.
A contração estática faz com que o músculo
acumule ácido lático, apresente dor e apareçam
espasmos.

6. Ácido Lático
 A glicose passa da corrente sangüínea para
as células, onde é convertida em ácido
pirúvico. Quando existe oxigênio, o ácido
pirúvico é degradado oxidativamente em
água e o dióxido de carbono. Na falta de
oxigênio, a degradação normal do ácido
pirúvico não acontece e ele se reduz a ácido
láctico, que, acumulado no músculo, gera
dor.

7. Músculos – contração estática
1 - A contração estática da cervical, em
flexão acentuada, faz com que os
músculos do pescoço tenham que
sustentar de cinco a seis quilos (peso da
cabeça);
2 – Estes músculos ficam tensos e o
sangue passa a circular em quantidade
pequena, levando o trabalhador a ficar
com dores na região cervical.

8. Carga hemodinâmica
A carga hemodinâmica é
a coluna de sangue a ser
vencida dentro da artéria,
quando os braços estão
com o cotovelo acima
da linha do ombro.
Observe que há também
contração estática
associada ao problema
anterior.

9. Análise
Analise esta situação de
trabalho:
Um Montador está rebitando
chapas de inox no teto de
um trem.
1) Há carga hemodinâmica?
2) Há contração estática?

10. Análise
Quais os músculos
que estão mais
afetados pela
contração muscular
estática?
Fonte: Hora Filho & Lima Corrêa

11. Análise
Quais os músculos
que estão mais
afetados pela
contração muscular
estática?
Fonte: Assis Júnior, 2005

12. Fonte: Medrado, 2007

13. Fonte: Silva Reis, 2001

14. Fonte: Castro Melo (2007)

15. Maquinistas
 De 58 Maquinistas entrevistados por
Castro Melo (2007), 48 apresentaram
dores no ombro, punho ou cotovelo
esquerdo.
 Destes, 16 já tinham sido afastados para
tratamento de dor crônica nestas partes
do corpo.

16. Ponte-rolante

18. O músculo supraespinhoso
O músculo supraespinhoso é forçado toda vez
que o braço é abduzido acima dos 40º. Isto faz
com que este músculo seja muito solicitado e
tenha a alimentação sangüínea diminuída.

19. Postura e músculos
 A postura adotada pelo
trabalhador é ponto de
destaque em relação ao
esforço a ser desenvolvido
pelos músculos.

20. Tendões
Os tendões são a continuação
natural dos músculos em direção ao
osso. São de tecido diferente do
tecido muscular, sem alimentação
sangüínea e menos elásticos.
Esta condição facilita as lesões nos
tendões, por esforço excessivo ou
pelo fato da postura adotada num
segmento corporal fazer com que o
tendão raspe uma estrutura
anatômica vizinha (um osso, por
exemplo).

21. Tendões da mão
 A- tendões abdutores do
polegar (n. 3 e 4);
 B- bainhas sinoviais (n. 2);
 N. 5: Tendões extensores
dos dedos.

22.  Vista esquemática do dedo indicador, com
destaque para os tendões extensores.
Ilustração: José Falcetti

23. Bainha sinovial
A bainha sinovial serve para
envolver o tendão (como um
túnel). O tendão recebe dentro
deste túnel o líquido sinovial,
que atua como lubrificante.

24.  Detalhe das bainhas sinoviais e tendões
Ilustração: José Falcetti

25. Lesões nos tendões
 O dedo em gatilho é uma
lesão comum àqueles
que forçam o tendão
flexor do dedo.

26. Dedo em gatilho
 Forma-se um calo ou
nódulo no tendão.
 Quando o dedo é
flexionado, o nódulo
impede o retorno do
dedo à postura
extendida.

27. Mobiliário
O mobiliário antigo, inadequado, oferece o risco de pressão excessiva
sobre as bainhas sinoviais e os tendões, o que faz com que raspem em
estruturas anatômicas vizinhas.