Este estudo estimou a prevalência de quedas em idosos na cidade de Juiz de Fora, MG. A prevalência de quedas encontrada foi de 32,1%, sendo maior entre mulheres, idosos acima de 80 anos, e aqueles que necessitam de ajuda para locomoção ou têm osteoporose. Fatores de risco associados incluíram sexo feminino, idade avançada, necessidade de ajuda para locomoção e diagnóstico de osteoporose.
Prevalência de quedas e fatores associados em idosos
1. Prevalência de quedas e fatores
associados em idosos
Danielle Teles da Cruz
Luiz Cláudio Ribeiro
Marcel Toledo Vieira
Maria Teresa Bustamante Teixeira
Ronaldo Rocha Bastos
Isabel Cristina Gonçalves Leite
Universidade do Sul de Santa Catarina
Revista Saúde Pública, 2012
André Mendes
Jorge Thiago
2. Introdução
• Aumento da população idosa no Brasil;
• Mudanças na morbimortalidade;
Siqueira FV, P. Quedas em Idosos e Fat. Assoc, 2007
Veras R, Envelhec. Pop. Contemp, 2009
3. Introdução
No Brasil – Número de Idosos:
• 1960 – 3 milhões;
• 1975 – 7 milhões;
• 2008 – 21 milhões;
(9,4 milhões com 70 anos ou mais).
• 1998/2008 – 8,8%/11,1%.
IBGE - 2009
4. Introdução
• Saúde Pública e alta freqüência;
• Custo social e econômico;
• Medidas de prevenção e promoção;
• 30% de idosos caem uma vez por ano.
Ministério da Saúde - 2006
6. Métodos
• Estudo transversal, observacional;
• 420 idosos de 60 anos ou mais, Juiz de Fora, MG,
em 2010;
• Identificadas n = 559
• Perdas n = 11
• Recusas n = 86
• Exclusão n = 42
9. Métodos
• O Comitê de Ética da UF de Juiz de Fora
aprovou o estudo (Parecer nº 277/2009);
10. Resultados
• 420 questionários analisados;
• 324 respondido pelo idoso e 96 por outro
respondente;
• 65% da amostra composta por mulheres;
• 47% eram casados ou viviam em regime de
união estável;
• 88% residiam acompanhados;
• 58% pertenciam ao nível socioeconômico C.
11. Resultados
• Média de idade foi de 69,7 anos;
• Escolaridade 3,9 anos de estudo;
• 65% não ter dificuldade para andar;
• 89% não necessitar auxilio para locomoção;
• 54% relatou percepção ruim ou regular de
saúde:
-60% visão ruim ou regular
-31% audição
12. Resultados
• 56% residia em área contendo UBS com
Estratégia Saúde da Família;
• 82% necessidade e 1 medicamento de uso
contínuo;
• 98% independente para AVD e 93% para AIVD;
• Prevalência de queda de 32,1%:
-53% uma única queda
-19% fraturas como consequência
-59% das quedas no próprio domicilio
13. Resultados
• Frequência com que ocorreram as quedas:
- sexo feminino (p= 0,02)
- > de 80 anos de idade (p= 0,04)
- necessidade de auxilio para locomoção
(p=0,001)
-declarados morbidade (p= 0,004)
- diagnostico de osteoporose (p= 0,001)
14. Resultados
• As quedas estiveram associadas a:
- percepção ruim/regular de saúde e de visão
- dificuldade para andar
- > numero de medicamentos
- não recebimento de orientação para
prevenção de quedas.
15. Resultados
• Permaneceram quatro variáveis associadas à
queda no modelo de regressão múltipla:
- Variáveis do nível mais distal (bloco 1),
constituíram fatores de risco idade superior a 80
anos e sexo feminino;
- Bloco 2, constituíram fatores de risco
necessidade de ajuda para locomoção por auxílio
humano ou por dispositivo auxiliar e diagnostico
auto-referido de osteoporose
- Variáveis do nível mais proximal (bloco 3),
nenhuma apresentou significância após analise.
16.
17. Discussão
• Prevalência de queda na população estudada foi
de 32,1%;
• São Paulo, SP, 31% sofreram queda no ano
anterior à entrevista;
• Siqueira et al calcularam prevalência de quedas
de 34,8%;
• Diferenças atribuídas ao delineamento dos
estudos e às metodologias adotadas ou
estimativas pontuais que possuem margens de
erro.
18. Discussão
• Ocorrência de quedas mais frequente em
mulheres confirmou outros estudos, e admitem
como causa alguns fatores:
- < massa magra e força do que homens da
mesma idade.
- > perda de massa óssea por redução de
estrógeno.
- > prevalência de doença crônica.
- > exposição a atividades domesticas e a
comportamento de maior risco.
19. Discussão
• Idade avançada mostrou associação com
maior número de queda e associou-se ao
aumento do risco do evento;
• Quedas são mais frequentes entre aqueles
com diagnósticos de osteoporose;
• 11% dos idosos estudados necessitam de
auxílio humano ou dispositivo auxiliar para
marcha. Estudos mostraram relação entre
necessidade de ajuda de locomoção e queda;
20. Discussão
• 19% das quedas resultaram em alguma
fratura, resultado superior á encontrada por
Siqueira et al.
• A maior parte das quedas ocorreu no próprio
domicílio ( 59%). Importância do ambiente
domiciliar e fatores extrínsecos para
ocorrência de queda e formas de preveni-las;