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MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA:
DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL
ARQUITETÔNICO
Há ou não há um método que auxilia na concepção
arquitetônica?
Que permitam ao projetista, seja ele aluno ou profissional, maior controle e maior liberdade
sobre sua criação.
Surgiu ao longo do curso, quando foram postos a prova, os alunos sobre seus
conhecimentos quanto a elaboração de um projeto arquitetônico a partir de informações
básicas fornecidas pelo professor. A partir daí, pôde-se perceber que houve um grupo de
alunos que se destacou mais que outros.
Esta questão é fundamental para os alunos do curso de arquitetura, como também aos
profissionais da área, que mesmo já atuando e tendo já em suas mentes um método,
poderá identificar através deste trabalho, diversos outros métodos ou procedimentos que
poderão agregar informações a seu raciocínio tornando seu processo mais ágil, assertivo e
passível de ser avaliado, podendo até levar o projetista a novos caminhos projetuais.
Silva (1984), Martinez (1991), Mahfuz (1995), Neves (1998), Lawson (2006), Doris C. C. K.
Kowaltowski et al (2011), Fabrício, Melhado (2011), Andrade, Ruschel, Moreira (2011),
Moreira, Kowaltowski (2011), Graça, Kowaltowski, Petreche (2011), Harris (2011), Castells
(2012) e Pires (2010).
Geral
Discutir a temática relacionada ao processo projetual arquitetônico e ao método,
particularmente em relação à etapa de estudo preliminar, a partir de abordagem dos
autores selecionados, indicando as convergências e as divergências em relação aos
aspectos conceituais do tema. De certa forma pôde-se ao fim desse trabalho, destacar
alguns pontos em comum relacionados ao processo projetual e aos métodos tratados
pelos autores em cada uma de suas obras selecionas para análise.
Específico
• Identificar o conceito de “método”, “processo projetual”, “projeto arquitetônico”
adotado pelos diferentes teóricos;
• Identificar entre os autores selecionados quais deles abordam o tema método, de
forma a fornecer diretrizes para o processo projetual;
• Identificar posturas teóricas sobre a defesa ou não, de uma sequência lógica e
racional de procedimentos para o processo projetual arquitetônico;
• Compreender as diretrizes apontadas para o processo de concepção arquitetônica
destacadas pelos diferentes teóricos para elaboração de uma síntese sobre a
temática.
• Revisão bibliográfica sobre o tema Métodos para elaboração de projeto arquitetônico,
para a construção de um breve estado da arte. A revisão compreende a abordagem de
conceitos (processo projetual, método, etc.) defendidos por diferentes teóricos
subsidiando o entendimento de suas diferentes posturas epistemológicas, relacionando
as diretrizes projetuais destacadas pelos mesmos.
• Na análise das informações encontradas na revisão bibliográfica, buscaremos, ao
mesmo tempo, expor sobre o que cada autor compreende sobre o tema método de
concepção arquitetônica, como também iremos confrontá-los, seja os autores com
posicionamento teórico semelhante como também os autores de posicionamento
contrários. Dessa forma, poderemos construir um pensamento que mostre como os
autores se posicionam sobre a temática, levando-nos a entender se há ou não um
método ou métodos que auxilie na concepção arquitetônica.
• Na síntese buscaremos sintetizar todas as informações dispostas ao longo do trabalho,
sejam elas, divergentes ou convergentes, apresentando como produto um diagrama
gerado a partir da reflexão crítica sobre o processo projetual, pontuando em uma
estrutura lógica as diretrizes que permita auxiliar o projetista, seja ele, aluno ou
profissional.
1950 1962 1965 1967 1970
-1º satélite lançado
pela União soviética
- Pesquisa sobre
Criatividade
- Mudança do foco da
pesquisa
- Bens manufaturados
- 1º Congresso em
Londres;
- Conferência em Métodos
Sistemáticos e Intuitivos;
- Org. Joseph Christopher
Jones (Eng.).
2º Congresso em
Birmingham;
- Second Design Methods
Conference;
- A importância do
projetista na sociedade;
- Resultado = Pesquisas
rígidas e abstratas.
-Perda o foco nos usuários
e focaram no processo.
- 3º Congresso em Portsmouth;
Design Methods in Architecture
Symposium;
org. Geoffrey Broadbent e Anthony
Ward;
- Surgiram diversos grupos de
pesquisa e uma sociedade de
pesquisa em projeto. O resultado
das pesquisas deixou muitos
pesquisadores insatisfeitos.
- Entre 60 e 70, os pesquisadores
iniciaram o desenvolvimento de
programas de avaliação de decisões
de projeto;
- A partir da década de 70 foi
introduzido ao processo a ideia de
projeto participativo onde diversas
áreas estavam envolvidas com a
arquitetura;
1980 1990 Brasil
Na década de 90, o
computador passou a
ser uma ferramenta que
poderia auxiliar o
projetista em sua
concepção, inserindo
informações para gera
soluções (input e
output).
Depois de 40 anos conseguiram diferenciar as fase que compõe o
processo. Horst Rittel propõe que o processo tenha três fases:
análise, síntese e avaliação, teve como base os métodos
sistemáticos de projeto. Posterior foi acrescentado duas diretrizes,
o usuário e seus objetivos.
Na década de 80, a arquitetura passou a ser uma ciência específica
e por isso não necessitava de argumentos filosóficos para se
sustentar.
Os resultados das pesquisas na década de 80 tiveram resultados
positivos em diversas áreas como: APO, programa arquitetônico,
inteligência artificial, etc.
Portanto, as pesquisas relacionadas a busca de um método que auxilie o
projetista ao longo do processo projetual, passaram por um longo caminho até
chegar aos dias de hoje. As pesquisas levaram os pesquisadores a se
distanciarem do real foco que seria a prática projetual voltada para o
atendimento das necessidades de seus usuários. No entanto, com o tempo
tiveram grandes avanços, seja pelo entendimento sobre os processos que
estruturam o método, seja por introduzir novas ferramentas que possam auxiliar
os projetistas no processo projetual. Já no Brasil, mesmo com pouco avanço
relacionado ao processo projetual, hoje estão sendo retomadas as pesquisas
entorno do método, com o apoio das instituições de ensino como também, das
instituições governamentais.
No Brasil, não houve grandes repercussões
as pesquisas sobre o ato de projetar no
escritórios de arquitetura. Sua influência
no ensino ou pesquisa também foi muito
pouca.
O modelo que está em ênfase até hoje nas
instituições de ensino é o modelo Éscole
de BeauxArts, trazido pelos franceses para
o Brasil e tem como procedimento o
método de tentativa e erro.
O que é o projeto?
O que é projetar?
O que partido arquitetônico?
O que é programa de necessidade ou programa arquitetônico?
O que é o processo projetual?
O que é método?
O que é o projeto?
- Neves (1998), Castells (2012), Silva (1984), Fabrício, Melhado (2011) e Martinez (1991).
Definições complementares.
- Neves (1998) e Castells (2012), seria o resultado do ato de projetar, podendo ser registrada, de forma
gráfica (plantas, cortes, fachadas entre outros). O registro possuirá as diretrizes que demonstram a
forma idealizada e que auxiliará o projetista na construção do projeto idealizado.
- No entanto, Silva (1984), Fabrício, Melhado (2011) e Martinez (1991), mostram que o projeto é mais
que uma representação gráfica, neste caso, um produto a ser entregue ao cliente, e sim o resultado da
interação entre os vários integrantes que influenciam na concepção do projeto, neste caso, os
integrantes seriam desde o próprio arquiteto, até usuários que não têm uma ligação propriamente dita
sobre a edificação, mas que sua opinião é de grande influência sobre o resultado final do projeto e assim
por diante. Segundo estes, o projeto seria não somente representado por meios gráficos e sim,
também, por meios análogos como maquetes e outros meios.
- O partido arquitetônico utilizado para constituir o projeto poderá ser reutilizado diversas vezes, e a
cada reutilização, poderá resultar em um projeto totalmente diferente que o anterior. Além disso, o
projeto seria a representação da resolução de um problema que compõe a vida humana.
O que é projetar?
- Silva (1984), Neves (1998) e Lawson (2006).
- Portando, é possível identificar que há nas definições pontos convergentes e divergentes. Para os
convergentes verificamos que projetar seria o ato de elaborar projeto (SILVA, 1984; NEVES, 1998). Já
para os divergentes compreende-se projetar como um ato que não é exclusivo do arquiteto,
correspondendo a uma habilidade que pode ser adquirida e desenvolvida (LAWSON, 2006).
O que partido arquitetônico?
- Neves (1998), Silva (1984), Mahfuz (1995), Martinez (1991) e Castells (2012).
- Portanto, os autores ao definir sobre o que é o partido, mostram-se conceitualmente convergentes.
Mesmo havendo alguns pontos diferentes a base é inconfundível. Esta base contém as seguintes
informações:
- O partido corresponde a uma síntese do que poderá existir no projeto, sendo esta síntese objetiva
ou subjetiva.
-Esta síntese será o fio condutor para que o projetista possa conduzir sua concepção para que ao fim
possa ver sua personalidade representada em sua obra.
- Além disso, o partido auxiliará o projetista na organização seja na disposição funcional dos espaços,
como também, a composição formal e plástica do projeto.
O que é programa de necessidade ou programa arquitetônico?
- Os autores Neves (1998), Silva (1984), Moreira, Kowaltowski (2011) e Castells (2012) que discutem
sobre o “programa”, cada um tem sua particularidade sobre a construção do programa, mas há uma
essência que estrutura todas as definições como, por exemplo: selecionar primeiramente as
informações que irão compor o projeto, seja de forma objetiva ou subjetiva, mas que possam auxiliar
na condução da concepção arquitetônica. Existem outras informações que também são comuns a
todos os autores, como por exemplo, a seleção das informações relacionadas aos usuários,
informações quanto ao lugar onde será construído o edifício. Mas, são pontuadas, também, algumas
informações que não são comuns a todos os autores, como, por exemplo, à segurança, a separação
dos itens que compõe o projeto em setores e muito outros.
O que é o processo projetual?
- Todos os autores: Silva (1984), Lawson (2006), Andrade, Ruschel, Moreira (2011), Martinez (1991) e
Castells (2012) ao discutir sobre o que seria o processo de projeto, destacam que o processo de projeto
corresponde a uma sequência lógica norteadora do trabalho, tendo início e fim, e que o processo de
projeto é constituído por etapas claramente descritas como, por exemplo: elaboração de programa de
necessidades, estudo de viabilidade, anteprojeto e projeto.
O que é método?
- Os autores, Neves (1998) e Castells (2012), são complementares e ao mesmo tempo
semelhantes. Os dois definem o método como um modelo que serve como parâmetro
para que o projetista ordene suas ideias de forma que possa trabalhar com diversas
informações simultâneas levando a síntese que no caso corresponde ao projeto. A
definição sobre o método, portanto, é indireta e revela que há uma grande semelhança
entre todos os autores aqui abordados nesse trabalho. Algumas abordagens teóricas ao
discutirem sobre métodos trata-os de forma objetiva, mas não determinam nenhum
conjunto de diretrizes que possa ser aplicado. Outras abordam de forma subjetiva, no
entanto nos revelam algumas estratégias e diretrizes que capazes de auxiliar na
composição de um determinado projeto. Assim, é demostrado que o método, não limita
o projetista, a produzir o mesmo resultado sempre que o aplicar, permite apenas
abranger suas possibilidades de resolução do problema. O método também serve como
norteador do caminho que o projetista deverá seguir para chegar a um resultado mais
assertivo, para o atendimento das demandas e exigências particulares de cada problema
de projeto.
Silva
NevesMartinez
Mahfuz Lawson Kowaltowski
Castells
20121984 1991 1995 1998 2006 2011
Estrutura proposta por Silva (1984) Organograma e Matriz de
elementos e relações
Programa Arquitetônico
Estudo Preliminar e Anteprojeto
Partido
a) análise do programa arquitetônico estabelecido;
b) estimativa das dimensões, área construída e
configuração geral do volume ou volumes resultantes
daquele programa;
c) estudo das características do terreno, no que
concerne a formato, dimensões e relevo;
d) estudo das limitações impostas pela legislação
pertinente;
e) avaliação dos recursos materiais disponíveis; e,
f) identificação dos demais condicionantes significantes.
(SILVA, 1984, p 98)
Portanto, Silva (1984) expõe de forma objetiva algumas diretrizes para
fundamentação do estudo preliminar e desenvolvimento do partido
arquitetônico, a partir das análises das etapas compõem o processo projetual.
Os pontos de destaque são: a avaliação dos requisitos do projeto a partir das
necessidades do cliente para elaboração de um programa de necessidades
adequado às especificidades dos usuários e do local, como também, a avaliação
dos aspectos subjetivos do tema/projeto a partir da exploração da intenção
projetual, representada pela intenção plástica do projetista. O processo
projetual, segundo a abordagem teórica de Silva, pode ser fomentado pela
atenção a estes aspectos como norteadores da concepção, tornando cada vez
mais claro ao projetista, suas decisões para solucionar os problemas de projeto.
>>
Estratégias de composição
- Edifício autônomo
Busca utiliza em sua composição diversas
características utilizadas na arquitetura, como:
unidade, integridade etc. Quanto à volumetria
resultante é simples, em alguns casos, não gera
grande envolvimento com o entorno, mas se
houver, o entorno se tornará subordinado a
forma final resultante do processo conceptivo.
- Edifício-partido
Mostra que o projeto que tem por base
conceptiva o partido, seu resultado final é tido
como original único e se destaca sobre o seu
entorno.
- Estratégias de tipos mistos ou alterados
O projeto teria como base um outro edifício que
servirá como contextualizador do projeto
idealizado, no entanto ao fim de todo o processo,
não haverá uma distinção entre o novo e o velho,
haverá no lugar um único edifício.
- Estratégias de fragmentação
Não há unidade no projeto como a referida na
estratégia de tipos mistos. As partes que compõe
o todo tem valor igual, mesmo distribuídas em um
determinado plano. Devido à fragmentação
poderá haver uma incompletude quanto à
organização funcional de tais elementos que
constitui o projeto, no entanto, o resultado final
projetual externo tenderá a existência de uma
possível completude.
Operações que podem ser feitas no âmbito
da tipologia
Referem-se às transformações geométricas que
são feitas sobre os esquemas de tipos - em geral,
sobre as abstrações de casos típicos - para adaptá-
las tanto a mudanças de tamanho, de localização
do terreno, de irregularidades nas formas e em
suas dimensões, como a mudanças, graduais ou
bruscas, nos hábitos que levam ao aparecimento
de novas partes.
- Transposição de tipos
Pode ocorrer em edifícios antigos, quando
estes edifícios não tem mais a funcionalidade
que foram criados, então o projetista intervém
sobre o edifício tipo para que ele possa ter
outra funcionalidade. Dessa forma o programa
que foi fundamental para constituir o edifício
original e que hoje é anacrônico terá agora um
novo programa mesmo tendo de certa forma o
mesmo projeto tipo como base.
- Combinações de tipos
Ocorre quanto há a sobreposição de
elementos, no entanto esta sobreposição
ocorre quando há uma reforma ou ampliação.
-Analogias com processo históricos
Ocorre quando o projetista concebe um
projeto com traços análogos aos edifícios que
havia no lugar ou não, mas que tem em sua
concepção traços da presença histórica. No
entanto essa analogia não toma totalmente os
traços existentes nos edifícios antigos só toma
alguns traços e realiza uma nova leitura sobre os
edifícios que haviam na região.
Portanto, Martinez (1991) ao tratar sobre o
processo projetual e sobre os métodos não
nos mostra diretamente diretrizes
estruturantes do processo projetual.
Porém, sua abordagem nos revela
informações relacionadas às estratégias
de composição formal que o projetista
poderá utilizar para auxiliá-lo em sua
concepção arquitetônica. Essas estratégias
estão presentes nos estudos tipológicos,
nas analogias, nas estratégias de
fragmentos e em muitas outras estratégias
de composição formal.
>>
Método InovativoMétodo Mimético Método NormativoMétodo Tipológico
"[...] pode ser definido
como um procedimento
através do qual se tenta
resolver um problema
sem precedentes ou um
problema bem conhecido
de maneira diferente."
(MAHFUZ, 1995, p. 70).
Seria um método pelo
qual se gera novos
artefatos
arquitetônicos através
da imitação de
modelos existentes.
Normas estéticas, sendo
três:
- sistema geométrico
bidimensional (grelhas) e
tridimensional (cúpulas
geodésicas)
- Sistemas proporcionais
(a secção áurea, as
ordens clássicas)
- Uso de formas clássicas
(a Ville Savoie, baseada
em um cubo)
Não seria uma
representação de um
objeto a ser copiado ou
imitado, mas uma ideia
que poderá servir como
referencial ou modelo
que comporta diretrizes
fundamentais para a
realização do projeto,
em relação à execução
prática da arquitetura.
Portanto Mahfuz ao tratar sobre os processos e métodos relacionados à
composição formal do edifício nos mostra que o processo se dá das partes para o
todo, podendo levar as partes que irá compor o projeto a serem organizadas de
forma aditivas ou subtrativas. A partir da discussão sobre o processo de
composição apresenta os métodos, destacando quatro deles, sendo, método
mimético, método tipológico, método normativo e método inovativo. Os
métodos abordados não constituem em diretrizes de direta aplicação na
concepção arquitetônica, no entanto, a reflexão crítica realizada por Mahfuz
(1995) pode ajudar ao projetista a compor a forma de seu projeto. Um exemplo
seria o método inovativo, neste caso, o projetista buscará referências formais
fora do campo da arquitetura para gerar novas soluções para os problemas de
projeto existente.
>>
1) Coleta e análise das informações básicas
1.1) Conceito do tema
1.2 Característica da Clientela e das funções
1.3) Programa Arquitetônico
1.4) Relações do programa
1.5) Pré-dimensionamento
2) Aspectos físicos do terreno escolhido
2.1) Escolha do terreno
2.2) Planta do terreno
2.3) Características do terreno
2.3.1) Forma e dimensão
2.3.2) Conformação do relevo
2.3.3) Orientação quanto ao sol
2.3.4) Orientação quanto ao vento
2.3.5) Acessos
2.4) Relações com o entorno
2.5) Legislação Pertinente
3) Adoção do Partido: ideias básicas para a
adoção do partido
3.1) Disposições de projeto
3.2) Ideias dominantes
3.3) Ideias e planos
3.4) Linguagem do partido
4) Ideias nos planos horizontais
4.1) Número de pavimentos
4.2) Disposição dos setores
4.3) Disposição e dimensões dos setores
4.4) Elementos da ligação
4.5) Disposição dos elementos do programa
4.6) Situação do terreno
4.7) Ideia de cobertura
4.8) Ideia do sistema estrutural
4.9) Ideia da forma
5) Ideias nos planos verticais
5.1) Disposição verticais do partido
5.2) ) Disposição vertical interna
5.3) Disposição vertical externa
6) Ajuste tridimensional das ideias
Portanto, Neves ao tratar sobre a adoção do partido na arquitetura, nos mostrou
que o partido contém um conjunto de diretrizes objetivas que poderão auxiliar o
projetista ao longo do processo de concepção do projeto arquitetônico. As
diretrizes que compõem o partido vão desde a seleção das informações
relacionadas aos usuários do edifício e também sobre o terreno onde o edifício
será construído, até a aplicação dessas informações, onde o projetista buscará
expor através de desenhos as soluções idealizadas para os problemas de projeto
existentes.
>>
-Gerador primário (problema)
-A ideia central (conceito ou partido)
- Fontes de geradores primários
São três ideias centrais:
- O programa, onde já se determinam as primeiras
restrições.
- As restrições externas mais importantes que
possam influenciar na concepção do projeto.
- A aplicação do programa contínuo ou princípios
condutores, que correspondem às restrições
práticas. Ex.: um projeto pensado a partir de seu
sistema estrutural, como na arquitetura vertebrada.
Estratégias para projetar
Táticas para projetar
Estratégias para projetar
-Programa de necessidades
É utilizado em competição entre arquitetos para
elaboração de projeto. Na realidade, a elaboração
de um programa deve partir de uma compreensão
do problema existente, que em muitos casos não é
tão simples. Existem arquitetos que trabalham
somente com a elaboração de programas de
necessidade e que em alguns casos, não são eles
próprios que produzem o projeto.
-Estudos de registros
É bastante rápida, em muitos casos leva-se poucas
horas para serem analisadas todas as informações
correspondentes ao problema. Ao se referir,
também, sobre este processo afirma que alguns
projetistas não analisam o problema pelo
problema e sim o problema pelas suas partes
estruturantes e a partir delas é que o projetista
busca sugerir possíveis soluções para o problema
como um todo.
-Estratégias heurística
“[....] não se baseiam muito nos princípios teóricos,
mas na experiência e em macetes.” (LAWSON,
2006, p.174)
-As três faces iniciais do trabalho do mesmo
problema
-A vida do gerador primário
O problema não é estudado detalhadamente e sim
de forma geral. Ao obter uma solução é posta a
prova com outros problemas mais detalhados.
Desta forma, o projetista em sua fase evolutiva vai
modificando conforme vai testando as soluções
que vão surgindo. Quando o processo é
interrompido busca novas formas de alcançar a
solução aplicando a criatividade como condutor de
novas ideias. (LAWSON, 2006, pp. 185-186)
Táticas para projetar
-Compreensão do problema
São formulados a partir de suas soluções. Dois
alunos da Open University criaram um jogo que tem
como objetivo analisar os problemas e propõe 5
truques: Conflito, contradição, complicação,
probabilidade e similaridade
- Modelo de problemas
É possível observar o problema através da
combinação dos “geradores de restrições”. Temos
que rever, de vez em quando, o modelo para que
possamos identificar se o caminho percorrido para
solucionar os problemas não está sendo distorcido.
- Método de broadbent
Pragmático corresponde ao uso de matérias
disponíveis para a construção, em geral, não há
inovação, a sua aplicação, em muitos casos, resulta
em um nível muito baixo quanto a criação de uma
solução inovadora.
Icônico, é mais conservador que o anterior, onde o
projetista busca imitar soluções existentes.
Podendo com isso gerar soluções boas ou ruins.
Analógico é fundamentado na utilização por parte
do projetista, de analogias podendo ser de outros
campos de estudo ou outros contextos para criar
novas maneiras de estruturar o problema.
Canônico se baseia na utilização de regras como,
por exemplo, sistema de proporção.
- Contar uma história
- Uma ou muitas soluções?
Lawson firma que a produção de um projeto
deveria contemplar a produção de várias soluções e
a partir delas, escolher uma ou combiná-las em um
só projeto.
- Geradores de alternativas
- Linhas paralelas de pensamento
Portanto, Lawson nos mostra não somente as estratégias como também as táticas
relacionadas ao projeto. No entanto, não nos mostra diretamente diretrizes que o
projetista possa utilizar, mas sua abordagem busca resaltar outros pontos, relacionados
ao projeto que o projetista terá que levar em contar ao realizar a concepção de um
projeto. Dentre os pontos tratados por Lawson temos: o programa, a análise dos
problemas, os geradores primários, as restrições fundamentais entre outras. Alguns
dos pontos tratados por Lawson já foram tratados anteriormente, no entanto, há alguns
pontos tratados por ele onde ele seria o precursor, ao discutir, por exemplo, sobre a
utilização da narrativa para nortear o projetista quanto às suas ações relacionadas à
concepção projeto. Sua abordagem reforça que não existe um método correto de
projetar, nem um único caminho para o processo projetual, demostrando que para
projetar a avaliação estética é tão importante quanto a competência técnica.
>>
Org. Kowaltowski, Moreira, Petreche e
Fabrício.
Autores:
Fabrício e Melhado
Andrade, Ruschel e Moreira
Graça, Kowaltowski e Petreche
Harris
Fabrício e Melhado - Processo cognitivo
Modifica ou inventa informações a partir da
capacidade humana, podendo está presente no
conhecimento ou até nas técnicas projetuais
aplicadas para gerar uma solução para um
determinado problema.
Principais habilidade do projetista
- A capacidade de análise e de síntese
- A criatividade e o raciocínio
- O conhecimento está fundamentado nas
experiências e formações anteriores dos
projetistas
- A representação e a comunicação (FABRICIO,
MELHADO, 2011, p.58)
Andrade, Ruschel, Moreira - Processo e
Métodos
Análise, síntese, Avaliação e Comunicação.
Métodos de busca de soluções:
- Métodos de tentativa e erro
Busca chegar a uma solução de forma aleatória,
independente dos resultados obtidos ao longo do
processo.
- Processo de geração e teste
Segue o mesmo padrão que o anterior, no
entanto não segue de forma aleatória porque
inicialmente há uma problemática bem definidas
e as soluções obtidas ao longo do processo são
aproveitadas para alavancar as próximas soluções
e assim sucessivamente até chegar a uma solução
satisfatória.
Métodos de satisfação de restrições:
- Geradores de restrições
(projetista, clientes, usuários e legisladores)
- Domínios das restrições
(interno e externo)
- Função das restrições
(radical, prática, formal e simbólica)
Métodos baseados em regras:
São os métodos que todos os arquitetos
normalmente utilizam.
- Analogias antropométricas
Normalmente esse método é utilizado por
projetista que não tem experiência com relação a
algum tipo de projeto. Dessa forma, poderá
transformar seus conhecimentos semelhantes em
resposta para os problemas analisados.
- Analogias literais
Um tipo de heurística (conhecimento prático) que
utiliza dos conhecimentos de construção como
partido para estruturar o problema. Assim, o
projetista poderá se utilizar do conhecimento para
criar regras para nortear sua concepção.
- Relações ambientais
O projetista busca relacionar de forma mais
apropriada a ligação entre o homem e o meio
ambiente e o edifício. Para isso, o projetista utiliza
diversos conhecimentos, como clima, fisiografia
entre outros para nortear as decisões de projeto.
Essa heurística permite ao projetista resolver
problemas bem específicos, de forma a criar uma
ponte entre o problema existente e as diversas
possibilidades de solução.
- Tipologias
Seria uma solução de projeto a partir de uma
heurística, onde toma por base os conhecimentos
já utilizados em diversos outros projetos que foram
assertivos para solucionar os novos problemas
existentes.
- Tipos do edifício como modelo
- Tipologias organizacionais
- Tipos elementares (tipos problema geral e a
heurística os problemas específicos)
- Linguagens formais
Linguagens que delimitam a forma, como tipologia
e relações ambientais.
Métodos baseados em precedentes
Este método se baseia em ideias precedentes que
na maioria dos problemas apresentam
singularidades com outros procedentes.
Graça, Kowaltowski e Petreche
Projeto axiomático:
Estruturar o problema através do mapeamento
dos requisitos funcionais (RF) e os parâmetros de
projeto (PP).
Processo de mapeamento é representado
por uma formula matemática.
Desacoplado
Permite a definição de funções sem alterar
outras.
Acoplado
Viola o axioma, pois uma função depende da
outra e qualquer ajuste altera varias funções,
criando a chamada situação de compromisso.
Desacoplável
Permite o ajuste com uma sequência que não
viola o axioma.
Desacoplado
Matriz composta com uma diagonal com valor
zero.
Acoplado
Desacoplável
O axioma da independência é respeitado e os
ajustes são controlados por uma sequência.
Nº de pavimentos 1 pavimento 2 pavimentos 1 pavimento 2 pavimentos
Área construída 980,00 540,00 1230,00 677,00
Áreas externas 960,00 960,00 1280,00 1280,00
Subtotal 1940,00 1500,00 2510,00 1957,00
Ajuste (30%) 582,00 450,00 753,00 587,10
Área total do terreno 2522,00 1950,00 3263,00 2544,10
Áreas do projeto padrão e cálculo do tamanho do terreno (em m²)
8 salas6 salas
Aplicação do Projeto axiomático
Dentre 4 exemplo de aplicação dos axiomas em
um projeto escolar, mostraremos 2.
Primeiro exemplo
- Estaria relacionado a um mapeamento dos
requisitos funcionais e parâmetros de projeto no
dimensionamento de ambientes do projeto
padronizado.
- 3 conjuntos funcionais: administração
pedagógico e serviços gerais.
- Norma: 25 alunos/sala
-Realidade: 35 a 40 alunos/sala
-Área construída: 970 m², para 6 classes/240
alunos e 1228 m² para 8 classes/320 alunos
- O projetista poderia ter apresentado uma
proposta conceitual;
- Estaria relacionando ao uso do espaço às
funções reais de cada ambiente
- Facilitaria a comunicação entre os projetistas e
contribuiria para a sua especialização.
Fluxograma
Calculo de área
Mapeamento domínios funcionais e
físicos
O levantamento das informações não oferecem
possibilidades de compreensão do problema,
impossibilitando a criação de soluções.
RF: Requisito Funcional - o quê
PP: Parâmetro de Projeto - Como
RF1: selecionar e avaliar o potencial de uso
das tecnologias de ensio, viabilizar o uso das
mais adequadas às disciplinas de graduação
e pós-graduação oferecidas na Poli.
x 0 0 0
RF2: dar conforto ambiental, térmico,
acústico, luminoso e funciona (circulação,
proximidade de ambientes, mobiliário,
equipamentos etc.) aos usuários dos
ambientes educacionais (sala de aula e
laboratórios) e dos ambientes de apoio
técnico e administrativo.
x x 0 0
RF#: garantir a segurança a utilização das
salas de aula em horários alternativos (p. ex.,
para os curso de extensão).
x x x 0
RF4: racionalizar a utilização dos recursos
disponíveis para reforma das salas de aula x x x x
PP1:definir,comoscoordenadoresdasdisciplinas,as
tecnologiasdeensinomaisadequadasparacadauma,e
criarprojetosespecíficosdeambienteseducacionaisque
integremastecnologias.
PP2:avaliarascondiçõesambientaisdassalasdeaulaedos
espaçosdeapoiotécnicoeadministrativoparadefinir
projetosdeintervençãoespecíficos,considerandoolayout
adequadoàsatividadesdesenvolvidaseonúmerode
usuários(funcionários/alunos).
PP3:adequarosserviçosddesegurançaeosequipamentos
deacessoaosambientes.
PP4:homogeneizar(oudiferenciar)osambientes
educacionaisedeapoio,deacordocomassuas
necessidadescomuns(ouparticulares)easnecessidades
dasdisciplinasoferecidasnaPoli.
Segundo exemplo
Podemos ver o uso das matrizes de projeto, na
decomposição e na hierarquização sobre o
projeto de infraestrutura para modernizar as
salas de aula e laboratórios.
Em uma conferencia foi publicado um relatório
onde relatava 27 objetivos, indicadores e
iniciativas estratégicas para implementar uma
visão de futuro.
Um grupo de professores e funcionários ficaram
responsáveis pelo objetivo número 23 onde tinha
que manter atualizada a infraestrutura e os
laboratórios.
A matriz utilizada é do tipo triangular (projeto
desacoplável).
A partir da matriz é gerada mais duas matrizes
detalhando e revelando novas informações
quanto ao problema de projeto e as soluções.
As matrizes relevam como são registradas as
decisões no processo de projeto axiomático.
Além disso, nos mostra como realizar a
ordenação das informações na matriz de projeto,
para verificar se os axiomas são satisfatórios.
Matriz (projeto desacomplável)
Harris
Estudos criativos da forma a partir de
padrões geométricos hispano-mouriscos
Método de decomposição e recomposição
(padrão linear)
Criação de formas a partir da recolocação
de polígonos simples para criação de
figuras simétricas
Método de decomposição e recomposição
(inverso)
Prototipagem de “mugarnas” a partir de
um modelo virtual
Utilização do “Sketch up” para a criação de
novos padrões, sendo 3D
Portanto, os diversos autores expostos aqui neste subcapitulo nos
mostraram que existem diversos processos, procedimentos e
métodos que poderão auxiliar o projetista em sua concepção
arquitetônica. Esses diversos processos e métodos abordam formas
nada convencionais de projetar onde utilizam como base a
matemática para a execução da concepção projetual, como
também, utilizam diversas outras ferramentas como computador e
seus programas computacionais, impressoras 3D e muito mais.
>>
Divisão da obra
Métodos e lógicas/procedimentos e rotinas
Processo projetual e método
Programa ou Brief
Partido Arquitetônico
-Necessidades de funcionalidade,
dimensionamento espacial, fluxos;
-Caracteristicas do contexto cultural e ambiental;
-Sustentabilidade economica, social, ambiental;
-Caracteristicas e disponibilidade de recursos
materiais"(CASTELLS, 2012, p.71).
Estudo preliminar
Relações funcionais:
Organograma
Fluxograma
Tipologia
Referências assertivas quanto a suas soluções
utilizadas
Área
Dimensões dos móveis
Formas retangulares
Proporção
Simetria
Eixos
Analogias
Analogia formal (caracteristicas físicas)
analogia substancial (a lógica de concepção
do edifício)
Enfoque inicial:
- Fora para dentro
- Dentro para fora
Portanto, Castells (2012) ao tratar sobre o
processo projetual e sobre os métodos nos
mostra não somente as diretrizes que
compõe a concepção, como também, outras
informações que são de grande importância
para a compreensão sobre o processo
proposto por ele. Dessa forma, podemos ver
em sua abordagem desde as diretrizes
propostas por Silva, Neves, até informações
sobre o processo de composição formal
adotado por Mahfuz e Martinez. >>
Gramática da forma
Sistema de produção baseado na gramática generativa de Noam Chomsky, que utiliza formas
bidimensionais ou tridimensionais no lugar de palavras. Uma gramática da forma é definida a partir
de um vocabulário básico de formas, um conjunto de regras de transformação destas formas, e uma
forma inicial, à qual as regras são aplicadas recursivamente até se chegar à forma desejada. A esse
processo dá-se o nome de derivação. (PIRES, 2010) apud (CELANI in MITCHELL, 2008)
Stiny (1980) destaca cinco estágios para definir a gramática da forma através de uma
abordagem construtivista
1- Um vocabulário de formas é especificado;
2- Relações espaciais entre os elementos do vocabulário são definidas;
3- Regras de forma são especificadas a partir das relações espaciais definidas;
4- Uma forma inicial do vocabuário é definida;
5- A gramática da forma é especificada com base na forma inicial e nas regras da forma. (PIRES, 2010)
Vocábulo da gramática da forma
Distribuição e combinação das formas
Aplicações euclidianas(transformação) e
operações booleanas(combinações)
Exemplo de aplicação das regras da gramática
Especificações da gramática da forma e seu
resultado compositivo
Derivação da forma em L e quadrados
Derivação da forma com maior variação
Gramatica da forma 3D - Blocos de Froebel por
Stiny
Derivações da gramática da forma
Síntese dos projetos de Frank Lioyd Wright
casa de pradaria
Casa de pradaria a partir da
gramática da forma
Janelas chinesas analisadas partir da
gramática
Aplicação da gramática paladiana paramétrica
Estudo e aplicação das gramática nas obras de
Calatrava
Portanto podemos dizer que os trabalhos realizados em relação à gramática da
forma, bi e/ou tridimensional realizados por Mitchell e Stiny (1978) e Mayer
(2003), em busca de descrever as linguagens utilizadas nas obras de
arquitetura, permitem auxiliar na constituição de um vocábulo especifico onde
as variações de aplicabilidade das regras, feitas por Barrios (2005), pode
fornecer aos estudantes uma quantidade imensa de possibilidades para que
possa auxiliá-los na concepção de novas formas.
Portanto, aos autores Neves (1998), Silva (1984), Castells (2012), Moreira e Kowaltowski (2009),
podemos ver que cada um deles contribui para elencar algumas diretrizes que compõe o método e
também o processo de projeto. No entanto, observamos alguns deslocamentos relacionados às
informações relacionadas às etapas do processo projetual, como por exemplo, o programa. Assim,
alguns autores compreendem o programa como uma interpretação de informações e prioridades,
correspondente a uma etapa simbólica que extrapola o conceito do programa arquitetônico
tradicional e funcionalista (aquele entendido como simples listagem de ambientes para elaboração do
projeto).
Portanto, os autores Martinez (1991), Mahfuz (1995), Andrade, Ruschel e Moreira (2011) e Castells
(2012), e a Gramática da forma expõem algumas estratégias e métodos relacionadas à composição
da forma do projeto. Porém, não pontuam diretrizes objetivas e diretas para a concepção
arquitetônica. Estes autores exploram informações relacionadas à composição formal, para que o
projetista tenha ao iniciar seu projeto um norte claro quanto as possibilidades formais Conclui-se,
portanto, que esta etapa relacionada a composição formal, pode ocorrer posterior a etapa, tratada
por Silva (1984) e Neves (1998), entre outros autores, que corresponde a etapa da seleção de
informações para a criação do programa de necessidades.
Andrade, Ruschel e Moreira (2011), e Castells (2012), defendem o uso de analogias para conceber o
projeto, mesmo havendo uma distinção entre as aplicações a base pode ser considerada a mesma,
fundamentada na busca de uma referencia normalmente dentro do campo de conhecimento do
projetista, mesmo não relacionada diretamente ao problema. Dessa forma, o projetista cria uma
analogia através de suas próprias informações (experiência), criando ao fim uma solução inovadora
para o problema.
Convergência
A postura diferenciada existente na discussão de Lawson (2006) está presente através de sua postura
ao discutir sobre o método e o processo projetual, onde mostra que não há somente um método que
possa auxiliar o projetista em sua concepção arquitetônica e sim diversos métodos que podem
conduzir o processo conceptivo, diferente dos outros autores tratados neste trabalho que buscam
defender um método, estimulando o projetista a seguí-lo.
Diferente dos demais autores tratados neste trabalho Fabrício e Melhado (2011), mostram uma
estrutura pouco detalhada, mas que apresenta de forma sintética uma estrutura relevante. Esta
estrutura é pontuada por Lawson (2006) dando-lhes uma postura divergente relacionada aos outros
autores tratados no trabalho, quando pontuam em suas discussões estruturas mais detalhadas
quanto as diretrizes que compõe o método.
A postura diferenciada presente na discussão de Graça, Kowaltowski, Petreche (2011) está evidente
quanto ao uso da matemática como ferramenta para auxiliar o projetista em sua concepção
arquitetônica, tornando o processo projetual, claro e objetivo.
A postura diferenciada está presente na discussão de Harris quando ele trata sobre a introdução dos
programas computacionais para auxiliar no processo conceptivo do projeto. Ao introduzir os
programas computacionais no processo conceptivo os projetistas tiveram que ter uma percepção
projetual completamente diferente, como também seus métodos e processos projetuais utilizados
foram alterados.
Divergência/diferenciada
ASPECTOS TEÓRICO-
CONCEITUAIS
Silva(1984)
Martinez(1991)
Neves(1995)
Mahfuz(1998)
Lawson(2006)
Fabrício,Melhado(2011)
Andrade,Ruschel,Moreira
(2011)
Graça,Kowaltowski,
Petreche(2011)
Harris(2011)
Oliveira,Pinto(2009)
Castells(2012)
TeoriadaGramáticada
Forma
(PIRES,2010)
SOBRE O PROCESSO PROJETUAL
Não corresponde a uma sequência linear de
atividades de racionalização de um objeto. É
caracterizado por uma evolução cíclica, de
definições de prioridades e decisões permeadas
tanto pela racionalidade como pela
subjetividade.
X X X X X X X X X X X X
A concepção e evolução ocorrem a partir do
entendimento do chamado problema de
projeto: a busca pela solução formal e
funcional do objeto arquitetônico que será
elaborado.
X X X X X X X X X X X X
A evolução ocorre das partes para o todo e não
do todo para as partes X X
Inicia-se a partir do reconhecimento do
problema e avaliação dos requisitos funcionais
e parâmetros de projeto
X X
ASPECTOS TEÓRICO-CONCEITUAIS
Silva(1984)
Martinez(1991)
Neves(1995)
Mahfuz(1998)
Lawson(2006)
Fabrício,Melhado
(2011)
Andrade,Ruschel,
Moreira(2011)
Graça,Kowaltowski,
Petreche(2011)
Harris(2011)
Oliveira,Pinto(2009)
Castells(2012)
TeoriadaGramáticada
Forma
(PIRES,2010)
SOBRE MÉTODOS DE PROJETO
Entendido como técnica de “tomadas de decisão” a partir da
identificação de alternativas para solucionar o problema de
projeto.
X X X X X X X X X X X X
Serve para auxiliar o processo criativo e podem ser vistos
como abstrações e reduções utilizadas para compreender o
fenômeno projetivo. Ex: analogias ou tipologias: aplicação de
conhecimento de soluções anteriores a problemas
relacionados.
X X X X X
Pode ser fundamentado em estudos criativos através de
padrões geométricos. Estímulo ao uso de programas de
computador (software) para explorar a criatividade a partir de
um (ou mais) padrão modular para gerar novos padrões
compositivos (bi e tridimensionais). Estes estudos
geométricos podem ser fundamentados na Gestalt, na
composição modular, em prototipagem etc.
X X
Pode ser fundamentado no uso de instrumentos de avaliação
do problema de projeto como organograma, fluxograma e
funcionograma
X X X
Pode ser fundamentado a partir de um processo lógico de
manipulação da forma a partir de regras para relacionar,
processar e gerar novas formas (com ou sem programas
computacionais). Estas regras correspondem a um
vocabulário de formas e estratégias de transformação e/ou
combinações de formas para derivar a forma desejada.
X X
ASPECTOS TEÓRICO-
CONCEITUAIS
Silva(1984)
Martinez(1991)
Neves(1995)
Mahfuz(1998)
Lawson(2006)
Fabrício,Melhado(2011)
Andrade,Ruschel,Moreira(2011)
Graça,Kowaltowski,Petreche
(2011)
Harris(2011)
Oliveira,Pinto(2009)
Castells(2012)
TeoriadaGramáticadaForma
(PIRES,2010)
SOBRE PROGRAMA DE NECESSIDADES
É entendido como uma das etapas do processo
projetual, onde são identificadas as demandas do
problema de projeto: ambientes e requisitos
relacionados com o usuário e com o contexto
econômico, ambiental e cultural pertinentes ao
objeto a ser idealizado. Apenas após a definição
destes ambientes e requisitos, poderá ser
racionalizado o objeto arquitetônico.
X X ! X
Não se pode começar com o programa e (depois)
projetar, é preciso começar projetando e
programando ao mesmo tempo, porque as duas
atividades são completamente interligadas. O
programa de necessidades é apenas uma hipótese e
o cliente não serve apenas como fonte de
informações, mas também, como participante ativo
do processo.
X
Controle Linear Controle Circular Fator individualismo
Modelo Síntese
- Problema, análise, síntese,
avaliação e solução;
- Diretrizes;
Estrutura
- Forma cônica;
- 6 estágios contendo diversas
diretrizes;
Controle (funcionalidade)
- Linear
- Circular
Fator Individualismo
Portanto, a visão entre os diversos autores nos leva a uma possível conclusão, aparentemente bastante
obvia, mas bastante esclarecedora.
Dizer que não há um método que auxilie na concepção arquitetônica é dizer que todo o trabalho
realizado por diversos arquitetos ao longo da história corresponda a uma mera coincidência, sorte,
talento entre outras palavras. Além disso, se não houvesse realmente uma estrutura lógica que
encadeasse o processo de concepção em arquitetura, como haveria a propagação do conhecimento
relacionado a ela?
Portanto, através do que foi disposto ao longo de todo o trabalho podemos dizer que há sim “um
método” que auxilie na concepção arquitetônica, no entanto não há somente um, mas há diversos
métodos, que o projetista, seja ele, aluno ou profissional, poderá recorrer para auxiliá-lo em sua
concepção projetual.
A avaliação das posturas teóricas revela que o processo projetual não corresponde a uma sequência
linear de atividades de racionalização de um objeto. Este é caracterizado por uma evolução cíclica, de
definições de prioridades e decisões permeadas tanto pela racionalidade como pela subjetividade.
Conclui-se, portanto, que não existe um método correto ou mais eficaz que outro.
O campo de pesquisa é recente e inclui diversas outras abordagens teóricas não contempladas neste
trabalho.
Apesar das limitações, buscou-se contribuir para a discussão e reflexão da temática relacionada ao
projeto e produção arquitetônica, ainda pouco discutida nos ambientes de formação profissional.
Sugere-se, assim, a ampliação da discussão através da produção de futuros trabalhos, principalmente,
sobre as diferentes “técnicas” estimuladas pelo corpo docente dos cursos de arquitetura para
desenvolver o controle do processo projetual a partir de diferentes entendimentos de problema de
projeto.
ANDRADE, Max L. V. X. de, RUSCHEL, Regina Coeli, MOREIRA, Daniel de Carvalho Moreira. O processo e os
métodos, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia,
São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 80-100.
CASTELLS, Eduardo – Traços e palavras: sobre o processo projetual em Arquitetura. Florianópolis, Editora
da UFCS, 2012.
FABRICIO, Márcio M., MELHADO, Silvio B. O processo cognitivo e social de projeto, in: KOWALTOWSKI,Doris
C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos,
2011, p. 57-63.
GRAÇA, Valéria A. Collet da, KOWALTOWSKI, Doris C.C.K, PETRECHE, Jõao R. D. O projeto axiomático, in:
KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed.
Oficina de Textos, 2011, p. 151-180.
HARRIS, Ana Lúcia Nogueira de Camargo. Estudo criativo da forma a partir de padrões geométricos
hispano-mouriscos, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a
tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 203-219.
KOWALTOWSKI, Doris C.C.K, CELANI, Maria Gabriela Caffarena, MOREIRA, Daniel de Carvalho, PINA, Silvia
Aparecida Mikami G., RUSCHEL, Regina Coeli, SILVA, Vanessa Gomes da, LABAKI, Lucila Chebel, PETRECHE,
João Roberto D. – Reflexão sobre metodologias de projeto arquitetônico, Ambiente Construído, Porto
Alegre, v. 6, n. 2, p. 07-19, abr./jun. 2006.
Kowaltowski, D. C. C. K., Moreira, D. de C. - Discussão sobre a importância do programa de necessidades no
processo de projeto em arquitetura. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 9, n. 2, p. 31-45, abr./jun. 2009.
LAWSON, Bryan – Como arquitetos e designers pensam, São Paulo: Oficina de Textos, 2006.
LIU, Ana Wansul, OLIVEIRA, Luciana Alves de, MELHADO, Silvio B. A gestão do processo de projeto em
arquitetura, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia,
São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 64-79.
MAHFUZ, Edson da Cunha. – Nada provém do nada. São Paulo, Revista Projeto, n.69, 1984.
_________, - Ensaio sobre a razão compositiva: uma investigação sobre a natureza das relações entre as
partes e o todo na composição arquitetônica, Viçosa: UFV, impr. Univ.; Belo Horizonte: AP Cultural, 1995.
MARTÍNEZ, Alfonso Corona – Ensaio sobre o projeto, Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1991
MOREIRA, Daniel de Carvalho, KOWALTOWSKI, Doris C.C.K. O programa arquitetônico, in:
KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed.
Oficina de Textos, 2011, p. 101-108.
NEVES, Laert Pedreira – Adoção do partido na arquitetura, salvador. Editora da Universidade Federal da
Bahia, 1998.
SILVA, Elvan – Uma introdução ao projeto arquitetônico – Ed. UFRGS, 2ºed. 1984.
C.B. OLIVEIRA, Juliano Carlos; PINTO, Gelson de Almeida. O movimento dos métodos de projeto.
Arquitextos, São Paulo, 09.105, Vitruvius, fev. 2009
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitetos/09.105/77>.
CELANI, M. G. C. Recuperando o Tempo Perdido: por que recusamos o método e como ele ainda poderia
nos ajudar. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE ENSINO E PESQUISA EM PROJETO DE ARQUITETURA, 1., 2003,
Natal, RN. Anais... Natal, RN: PPGAU-UFRN, 2003. p. 8.
SPADOTTO, Aryane, VECCHIA, Luisa Rodrigues Félix Dalla, WERGENES, Tiago Nazario de - Método projetual
para o ensino de Projeto Arquitetônico. Unoesc & Ciência – ACET, Joaçaba, v. 2, n. 1, p. 95-104, jan./jun.
2011< http://editora.unoesc.edu.br/index.php/acet/article/view/708/pdf_139 >
VAN DER VOORDT, T. J. M.; VAN WEGEN, H. B. R. Architecture in Use: an introduction to the Programming
Design and Evaluation of Buildings. Oxford: Architectural Press, 2005. 326 p.
Métodos para concepção arquitetônica

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Métodos para concepção arquitetônica

  • 1. MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL ARQUITETÔNICO
  • 2. Há ou não há um método que auxilia na concepção arquitetônica? Que permitam ao projetista, seja ele aluno ou profissional, maior controle e maior liberdade sobre sua criação. Surgiu ao longo do curso, quando foram postos a prova, os alunos sobre seus conhecimentos quanto a elaboração de um projeto arquitetônico a partir de informações básicas fornecidas pelo professor. A partir daí, pôde-se perceber que houve um grupo de alunos que se destacou mais que outros. Esta questão é fundamental para os alunos do curso de arquitetura, como também aos profissionais da área, que mesmo já atuando e tendo já em suas mentes um método, poderá identificar através deste trabalho, diversos outros métodos ou procedimentos que poderão agregar informações a seu raciocínio tornando seu processo mais ágil, assertivo e passível de ser avaliado, podendo até levar o projetista a novos caminhos projetuais. Silva (1984), Martinez (1991), Mahfuz (1995), Neves (1998), Lawson (2006), Doris C. C. K. Kowaltowski et al (2011), Fabrício, Melhado (2011), Andrade, Ruschel, Moreira (2011), Moreira, Kowaltowski (2011), Graça, Kowaltowski, Petreche (2011), Harris (2011), Castells (2012) e Pires (2010).
  • 3. Geral Discutir a temática relacionada ao processo projetual arquitetônico e ao método, particularmente em relação à etapa de estudo preliminar, a partir de abordagem dos autores selecionados, indicando as convergências e as divergências em relação aos aspectos conceituais do tema. De certa forma pôde-se ao fim desse trabalho, destacar alguns pontos em comum relacionados ao processo projetual e aos métodos tratados pelos autores em cada uma de suas obras selecionas para análise. Específico • Identificar o conceito de “método”, “processo projetual”, “projeto arquitetônico” adotado pelos diferentes teóricos; • Identificar entre os autores selecionados quais deles abordam o tema método, de forma a fornecer diretrizes para o processo projetual; • Identificar posturas teóricas sobre a defesa ou não, de uma sequência lógica e racional de procedimentos para o processo projetual arquitetônico; • Compreender as diretrizes apontadas para o processo de concepção arquitetônica destacadas pelos diferentes teóricos para elaboração de uma síntese sobre a temática.
  • 4. • Revisão bibliográfica sobre o tema Métodos para elaboração de projeto arquitetônico, para a construção de um breve estado da arte. A revisão compreende a abordagem de conceitos (processo projetual, método, etc.) defendidos por diferentes teóricos subsidiando o entendimento de suas diferentes posturas epistemológicas, relacionando as diretrizes projetuais destacadas pelos mesmos. • Na análise das informações encontradas na revisão bibliográfica, buscaremos, ao mesmo tempo, expor sobre o que cada autor compreende sobre o tema método de concepção arquitetônica, como também iremos confrontá-los, seja os autores com posicionamento teórico semelhante como também os autores de posicionamento contrários. Dessa forma, poderemos construir um pensamento que mostre como os autores se posicionam sobre a temática, levando-nos a entender se há ou não um método ou métodos que auxilie na concepção arquitetônica. • Na síntese buscaremos sintetizar todas as informações dispostas ao longo do trabalho, sejam elas, divergentes ou convergentes, apresentando como produto um diagrama gerado a partir da reflexão crítica sobre o processo projetual, pontuando em uma estrutura lógica as diretrizes que permita auxiliar o projetista, seja ele, aluno ou profissional.
  • 5. 1950 1962 1965 1967 1970 -1º satélite lançado pela União soviética - Pesquisa sobre Criatividade - Mudança do foco da pesquisa - Bens manufaturados - 1º Congresso em Londres; - Conferência em Métodos Sistemáticos e Intuitivos; - Org. Joseph Christopher Jones (Eng.). 2º Congresso em Birmingham; - Second Design Methods Conference; - A importância do projetista na sociedade; - Resultado = Pesquisas rígidas e abstratas. -Perda o foco nos usuários e focaram no processo. - 3º Congresso em Portsmouth; Design Methods in Architecture Symposium; org. Geoffrey Broadbent e Anthony Ward; - Surgiram diversos grupos de pesquisa e uma sociedade de pesquisa em projeto. O resultado das pesquisas deixou muitos pesquisadores insatisfeitos. - Entre 60 e 70, os pesquisadores iniciaram o desenvolvimento de programas de avaliação de decisões de projeto; - A partir da década de 70 foi introduzido ao processo a ideia de projeto participativo onde diversas áreas estavam envolvidas com a arquitetura;
  • 6. 1980 1990 Brasil Na década de 90, o computador passou a ser uma ferramenta que poderia auxiliar o projetista em sua concepção, inserindo informações para gera soluções (input e output). Depois de 40 anos conseguiram diferenciar as fase que compõe o processo. Horst Rittel propõe que o processo tenha três fases: análise, síntese e avaliação, teve como base os métodos sistemáticos de projeto. Posterior foi acrescentado duas diretrizes, o usuário e seus objetivos. Na década de 80, a arquitetura passou a ser uma ciência específica e por isso não necessitava de argumentos filosóficos para se sustentar. Os resultados das pesquisas na década de 80 tiveram resultados positivos em diversas áreas como: APO, programa arquitetônico, inteligência artificial, etc. Portanto, as pesquisas relacionadas a busca de um método que auxilie o projetista ao longo do processo projetual, passaram por um longo caminho até chegar aos dias de hoje. As pesquisas levaram os pesquisadores a se distanciarem do real foco que seria a prática projetual voltada para o atendimento das necessidades de seus usuários. No entanto, com o tempo tiveram grandes avanços, seja pelo entendimento sobre os processos que estruturam o método, seja por introduzir novas ferramentas que possam auxiliar os projetistas no processo projetual. Já no Brasil, mesmo com pouco avanço relacionado ao processo projetual, hoje estão sendo retomadas as pesquisas entorno do método, com o apoio das instituições de ensino como também, das instituições governamentais. No Brasil, não houve grandes repercussões as pesquisas sobre o ato de projetar no escritórios de arquitetura. Sua influência no ensino ou pesquisa também foi muito pouca. O modelo que está em ênfase até hoje nas instituições de ensino é o modelo Éscole de BeauxArts, trazido pelos franceses para o Brasil e tem como procedimento o método de tentativa e erro.
  • 7. O que é o projeto? O que é projetar? O que partido arquitetônico? O que é programa de necessidade ou programa arquitetônico? O que é o processo projetual? O que é método?
  • 8. O que é o projeto? - Neves (1998), Castells (2012), Silva (1984), Fabrício, Melhado (2011) e Martinez (1991). Definições complementares. - Neves (1998) e Castells (2012), seria o resultado do ato de projetar, podendo ser registrada, de forma gráfica (plantas, cortes, fachadas entre outros). O registro possuirá as diretrizes que demonstram a forma idealizada e que auxiliará o projetista na construção do projeto idealizado. - No entanto, Silva (1984), Fabrício, Melhado (2011) e Martinez (1991), mostram que o projeto é mais que uma representação gráfica, neste caso, um produto a ser entregue ao cliente, e sim o resultado da interação entre os vários integrantes que influenciam na concepção do projeto, neste caso, os integrantes seriam desde o próprio arquiteto, até usuários que não têm uma ligação propriamente dita sobre a edificação, mas que sua opinião é de grande influência sobre o resultado final do projeto e assim por diante. Segundo estes, o projeto seria não somente representado por meios gráficos e sim, também, por meios análogos como maquetes e outros meios. - O partido arquitetônico utilizado para constituir o projeto poderá ser reutilizado diversas vezes, e a cada reutilização, poderá resultar em um projeto totalmente diferente que o anterior. Além disso, o projeto seria a representação da resolução de um problema que compõe a vida humana.
  • 9. O que é projetar? - Silva (1984), Neves (1998) e Lawson (2006). - Portando, é possível identificar que há nas definições pontos convergentes e divergentes. Para os convergentes verificamos que projetar seria o ato de elaborar projeto (SILVA, 1984; NEVES, 1998). Já para os divergentes compreende-se projetar como um ato que não é exclusivo do arquiteto, correspondendo a uma habilidade que pode ser adquirida e desenvolvida (LAWSON, 2006). O que partido arquitetônico? - Neves (1998), Silva (1984), Mahfuz (1995), Martinez (1991) e Castells (2012). - Portanto, os autores ao definir sobre o que é o partido, mostram-se conceitualmente convergentes. Mesmo havendo alguns pontos diferentes a base é inconfundível. Esta base contém as seguintes informações: - O partido corresponde a uma síntese do que poderá existir no projeto, sendo esta síntese objetiva ou subjetiva. -Esta síntese será o fio condutor para que o projetista possa conduzir sua concepção para que ao fim possa ver sua personalidade representada em sua obra. - Além disso, o partido auxiliará o projetista na organização seja na disposição funcional dos espaços, como também, a composição formal e plástica do projeto.
  • 10. O que é programa de necessidade ou programa arquitetônico? - Os autores Neves (1998), Silva (1984), Moreira, Kowaltowski (2011) e Castells (2012) que discutem sobre o “programa”, cada um tem sua particularidade sobre a construção do programa, mas há uma essência que estrutura todas as definições como, por exemplo: selecionar primeiramente as informações que irão compor o projeto, seja de forma objetiva ou subjetiva, mas que possam auxiliar na condução da concepção arquitetônica. Existem outras informações que também são comuns a todos os autores, como por exemplo, a seleção das informações relacionadas aos usuários, informações quanto ao lugar onde será construído o edifício. Mas, são pontuadas, também, algumas informações que não são comuns a todos os autores, como, por exemplo, à segurança, a separação dos itens que compõe o projeto em setores e muito outros. O que é o processo projetual? - Todos os autores: Silva (1984), Lawson (2006), Andrade, Ruschel, Moreira (2011), Martinez (1991) e Castells (2012) ao discutir sobre o que seria o processo de projeto, destacam que o processo de projeto corresponde a uma sequência lógica norteadora do trabalho, tendo início e fim, e que o processo de projeto é constituído por etapas claramente descritas como, por exemplo: elaboração de programa de necessidades, estudo de viabilidade, anteprojeto e projeto.
  • 11. O que é método? - Os autores, Neves (1998) e Castells (2012), são complementares e ao mesmo tempo semelhantes. Os dois definem o método como um modelo que serve como parâmetro para que o projetista ordene suas ideias de forma que possa trabalhar com diversas informações simultâneas levando a síntese que no caso corresponde ao projeto. A definição sobre o método, portanto, é indireta e revela que há uma grande semelhança entre todos os autores aqui abordados nesse trabalho. Algumas abordagens teóricas ao discutirem sobre métodos trata-os de forma objetiva, mas não determinam nenhum conjunto de diretrizes que possa ser aplicado. Outras abordam de forma subjetiva, no entanto nos revelam algumas estratégias e diretrizes que capazes de auxiliar na composição de um determinado projeto. Assim, é demostrado que o método, não limita o projetista, a produzir o mesmo resultado sempre que o aplicar, permite apenas abranger suas possibilidades de resolução do problema. O método também serve como norteador do caminho que o projetista deverá seguir para chegar a um resultado mais assertivo, para o atendimento das demandas e exigências particulares de cada problema de projeto.
  • 13. Estrutura proposta por Silva (1984) Organograma e Matriz de elementos e relações Programa Arquitetônico Estudo Preliminar e Anteprojeto Partido a) análise do programa arquitetônico estabelecido; b) estimativa das dimensões, área construída e configuração geral do volume ou volumes resultantes daquele programa; c) estudo das características do terreno, no que concerne a formato, dimensões e relevo; d) estudo das limitações impostas pela legislação pertinente; e) avaliação dos recursos materiais disponíveis; e, f) identificação dos demais condicionantes significantes. (SILVA, 1984, p 98)
  • 14. Portanto, Silva (1984) expõe de forma objetiva algumas diretrizes para fundamentação do estudo preliminar e desenvolvimento do partido arquitetônico, a partir das análises das etapas compõem o processo projetual. Os pontos de destaque são: a avaliação dos requisitos do projeto a partir das necessidades do cliente para elaboração de um programa de necessidades adequado às especificidades dos usuários e do local, como também, a avaliação dos aspectos subjetivos do tema/projeto a partir da exploração da intenção projetual, representada pela intenção plástica do projetista. O processo projetual, segundo a abordagem teórica de Silva, pode ser fomentado pela atenção a estes aspectos como norteadores da concepção, tornando cada vez mais claro ao projetista, suas decisões para solucionar os problemas de projeto. >>
  • 15. Estratégias de composição - Edifício autônomo Busca utiliza em sua composição diversas características utilizadas na arquitetura, como: unidade, integridade etc. Quanto à volumetria resultante é simples, em alguns casos, não gera grande envolvimento com o entorno, mas se houver, o entorno se tornará subordinado a forma final resultante do processo conceptivo. - Edifício-partido Mostra que o projeto que tem por base conceptiva o partido, seu resultado final é tido como original único e se destaca sobre o seu entorno. - Estratégias de tipos mistos ou alterados O projeto teria como base um outro edifício que servirá como contextualizador do projeto idealizado, no entanto ao fim de todo o processo, não haverá uma distinção entre o novo e o velho, haverá no lugar um único edifício. - Estratégias de fragmentação Não há unidade no projeto como a referida na estratégia de tipos mistos. As partes que compõe o todo tem valor igual, mesmo distribuídas em um determinado plano. Devido à fragmentação poderá haver uma incompletude quanto à organização funcional de tais elementos que constitui o projeto, no entanto, o resultado final projetual externo tenderá a existência de uma possível completude. Operações que podem ser feitas no âmbito da tipologia Referem-se às transformações geométricas que são feitas sobre os esquemas de tipos - em geral, sobre as abstrações de casos típicos - para adaptá- las tanto a mudanças de tamanho, de localização do terreno, de irregularidades nas formas e em suas dimensões, como a mudanças, graduais ou bruscas, nos hábitos que levam ao aparecimento de novas partes.
  • 16. - Transposição de tipos Pode ocorrer em edifícios antigos, quando estes edifícios não tem mais a funcionalidade que foram criados, então o projetista intervém sobre o edifício tipo para que ele possa ter outra funcionalidade. Dessa forma o programa que foi fundamental para constituir o edifício original e que hoje é anacrônico terá agora um novo programa mesmo tendo de certa forma o mesmo projeto tipo como base. - Combinações de tipos Ocorre quanto há a sobreposição de elementos, no entanto esta sobreposição ocorre quando há uma reforma ou ampliação. -Analogias com processo históricos Ocorre quando o projetista concebe um projeto com traços análogos aos edifícios que havia no lugar ou não, mas que tem em sua concepção traços da presença histórica. No entanto essa analogia não toma totalmente os traços existentes nos edifícios antigos só toma alguns traços e realiza uma nova leitura sobre os edifícios que haviam na região. Portanto, Martinez (1991) ao tratar sobre o processo projetual e sobre os métodos não nos mostra diretamente diretrizes estruturantes do processo projetual. Porém, sua abordagem nos revela informações relacionadas às estratégias de composição formal que o projetista poderá utilizar para auxiliá-lo em sua concepção arquitetônica. Essas estratégias estão presentes nos estudos tipológicos, nas analogias, nas estratégias de fragmentos e em muitas outras estratégias de composição formal. >>
  • 17. Método InovativoMétodo Mimético Método NormativoMétodo Tipológico "[...] pode ser definido como um procedimento através do qual se tenta resolver um problema sem precedentes ou um problema bem conhecido de maneira diferente." (MAHFUZ, 1995, p. 70). Seria um método pelo qual se gera novos artefatos arquitetônicos através da imitação de modelos existentes. Normas estéticas, sendo três: - sistema geométrico bidimensional (grelhas) e tridimensional (cúpulas geodésicas) - Sistemas proporcionais (a secção áurea, as ordens clássicas) - Uso de formas clássicas (a Ville Savoie, baseada em um cubo) Não seria uma representação de um objeto a ser copiado ou imitado, mas uma ideia que poderá servir como referencial ou modelo que comporta diretrizes fundamentais para a realização do projeto, em relação à execução prática da arquitetura.
  • 18. Portanto Mahfuz ao tratar sobre os processos e métodos relacionados à composição formal do edifício nos mostra que o processo se dá das partes para o todo, podendo levar as partes que irá compor o projeto a serem organizadas de forma aditivas ou subtrativas. A partir da discussão sobre o processo de composição apresenta os métodos, destacando quatro deles, sendo, método mimético, método tipológico, método normativo e método inovativo. Os métodos abordados não constituem em diretrizes de direta aplicação na concepção arquitetônica, no entanto, a reflexão crítica realizada por Mahfuz (1995) pode ajudar ao projetista a compor a forma de seu projeto. Um exemplo seria o método inovativo, neste caso, o projetista buscará referências formais fora do campo da arquitetura para gerar novas soluções para os problemas de projeto existente. >>
  • 19. 1) Coleta e análise das informações básicas 1.1) Conceito do tema 1.2 Característica da Clientela e das funções 1.3) Programa Arquitetônico 1.4) Relações do programa 1.5) Pré-dimensionamento 2) Aspectos físicos do terreno escolhido 2.1) Escolha do terreno 2.2) Planta do terreno 2.3) Características do terreno 2.3.1) Forma e dimensão 2.3.2) Conformação do relevo 2.3.3) Orientação quanto ao sol 2.3.4) Orientação quanto ao vento 2.3.5) Acessos 2.4) Relações com o entorno 2.5) Legislação Pertinente 3) Adoção do Partido: ideias básicas para a adoção do partido 3.1) Disposições de projeto 3.2) Ideias dominantes 3.3) Ideias e planos 3.4) Linguagem do partido 4) Ideias nos planos horizontais 4.1) Número de pavimentos 4.2) Disposição dos setores 4.3) Disposição e dimensões dos setores 4.4) Elementos da ligação 4.5) Disposição dos elementos do programa 4.6) Situação do terreno 4.7) Ideia de cobertura 4.8) Ideia do sistema estrutural 4.9) Ideia da forma 5) Ideias nos planos verticais 5.1) Disposição verticais do partido 5.2) ) Disposição vertical interna 5.3) Disposição vertical externa 6) Ajuste tridimensional das ideias
  • 20. Portanto, Neves ao tratar sobre a adoção do partido na arquitetura, nos mostrou que o partido contém um conjunto de diretrizes objetivas que poderão auxiliar o projetista ao longo do processo de concepção do projeto arquitetônico. As diretrizes que compõem o partido vão desde a seleção das informações relacionadas aos usuários do edifício e também sobre o terreno onde o edifício será construído, até a aplicação dessas informações, onde o projetista buscará expor através de desenhos as soluções idealizadas para os problemas de projeto existentes. >>
  • 21. -Gerador primário (problema) -A ideia central (conceito ou partido) - Fontes de geradores primários São três ideias centrais: - O programa, onde já se determinam as primeiras restrições. - As restrições externas mais importantes que possam influenciar na concepção do projeto. - A aplicação do programa contínuo ou princípios condutores, que correspondem às restrições práticas. Ex.: um projeto pensado a partir de seu sistema estrutural, como na arquitetura vertebrada. Estratégias para projetar Táticas para projetar Estratégias para projetar -Programa de necessidades É utilizado em competição entre arquitetos para elaboração de projeto. Na realidade, a elaboração de um programa deve partir de uma compreensão do problema existente, que em muitos casos não é tão simples. Existem arquitetos que trabalham somente com a elaboração de programas de necessidade e que em alguns casos, não são eles próprios que produzem o projeto. -Estudos de registros É bastante rápida, em muitos casos leva-se poucas horas para serem analisadas todas as informações correspondentes ao problema. Ao se referir, também, sobre este processo afirma que alguns projetistas não analisam o problema pelo problema e sim o problema pelas suas partes estruturantes e a partir delas é que o projetista busca sugerir possíveis soluções para o problema como um todo. -Estratégias heurística “[....] não se baseiam muito nos princípios teóricos, mas na experiência e em macetes.” (LAWSON, 2006, p.174) -As três faces iniciais do trabalho do mesmo problema
  • 22. -A vida do gerador primário O problema não é estudado detalhadamente e sim de forma geral. Ao obter uma solução é posta a prova com outros problemas mais detalhados. Desta forma, o projetista em sua fase evolutiva vai modificando conforme vai testando as soluções que vão surgindo. Quando o processo é interrompido busca novas formas de alcançar a solução aplicando a criatividade como condutor de novas ideias. (LAWSON, 2006, pp. 185-186) Táticas para projetar -Compreensão do problema São formulados a partir de suas soluções. Dois alunos da Open University criaram um jogo que tem como objetivo analisar os problemas e propõe 5 truques: Conflito, contradição, complicação, probabilidade e similaridade - Modelo de problemas É possível observar o problema através da combinação dos “geradores de restrições”. Temos que rever, de vez em quando, o modelo para que possamos identificar se o caminho percorrido para solucionar os problemas não está sendo distorcido. - Método de broadbent Pragmático corresponde ao uso de matérias disponíveis para a construção, em geral, não há inovação, a sua aplicação, em muitos casos, resulta em um nível muito baixo quanto a criação de uma solução inovadora. Icônico, é mais conservador que o anterior, onde o projetista busca imitar soluções existentes. Podendo com isso gerar soluções boas ou ruins. Analógico é fundamentado na utilização por parte do projetista, de analogias podendo ser de outros campos de estudo ou outros contextos para criar novas maneiras de estruturar o problema. Canônico se baseia na utilização de regras como, por exemplo, sistema de proporção. - Contar uma história - Uma ou muitas soluções? Lawson firma que a produção de um projeto deveria contemplar a produção de várias soluções e a partir delas, escolher uma ou combiná-las em um só projeto. - Geradores de alternativas - Linhas paralelas de pensamento
  • 23. Portanto, Lawson nos mostra não somente as estratégias como também as táticas relacionadas ao projeto. No entanto, não nos mostra diretamente diretrizes que o projetista possa utilizar, mas sua abordagem busca resaltar outros pontos, relacionados ao projeto que o projetista terá que levar em contar ao realizar a concepção de um projeto. Dentre os pontos tratados por Lawson temos: o programa, a análise dos problemas, os geradores primários, as restrições fundamentais entre outras. Alguns dos pontos tratados por Lawson já foram tratados anteriormente, no entanto, há alguns pontos tratados por ele onde ele seria o precursor, ao discutir, por exemplo, sobre a utilização da narrativa para nortear o projetista quanto às suas ações relacionadas à concepção projeto. Sua abordagem reforça que não existe um método correto de projetar, nem um único caminho para o processo projetual, demostrando que para projetar a avaliação estética é tão importante quanto a competência técnica. >>
  • 24. Org. Kowaltowski, Moreira, Petreche e Fabrício. Autores: Fabrício e Melhado Andrade, Ruschel e Moreira Graça, Kowaltowski e Petreche Harris Fabrício e Melhado - Processo cognitivo Modifica ou inventa informações a partir da capacidade humana, podendo está presente no conhecimento ou até nas técnicas projetuais aplicadas para gerar uma solução para um determinado problema. Principais habilidade do projetista - A capacidade de análise e de síntese - A criatividade e o raciocínio - O conhecimento está fundamentado nas experiências e formações anteriores dos projetistas - A representação e a comunicação (FABRICIO, MELHADO, 2011, p.58) Andrade, Ruschel, Moreira - Processo e Métodos Análise, síntese, Avaliação e Comunicação. Métodos de busca de soluções: - Métodos de tentativa e erro Busca chegar a uma solução de forma aleatória, independente dos resultados obtidos ao longo do processo. - Processo de geração e teste Segue o mesmo padrão que o anterior, no entanto não segue de forma aleatória porque inicialmente há uma problemática bem definidas e as soluções obtidas ao longo do processo são aproveitadas para alavancar as próximas soluções e assim sucessivamente até chegar a uma solução satisfatória.
  • 25. Métodos de satisfação de restrições: - Geradores de restrições (projetista, clientes, usuários e legisladores) - Domínios das restrições (interno e externo) - Função das restrições (radical, prática, formal e simbólica) Métodos baseados em regras: São os métodos que todos os arquitetos normalmente utilizam. - Analogias antropométricas Normalmente esse método é utilizado por projetista que não tem experiência com relação a algum tipo de projeto. Dessa forma, poderá transformar seus conhecimentos semelhantes em resposta para os problemas analisados. - Analogias literais Um tipo de heurística (conhecimento prático) que utiliza dos conhecimentos de construção como partido para estruturar o problema. Assim, o projetista poderá se utilizar do conhecimento para criar regras para nortear sua concepção. - Relações ambientais O projetista busca relacionar de forma mais apropriada a ligação entre o homem e o meio ambiente e o edifício. Para isso, o projetista utiliza diversos conhecimentos, como clima, fisiografia entre outros para nortear as decisões de projeto. Essa heurística permite ao projetista resolver problemas bem específicos, de forma a criar uma ponte entre o problema existente e as diversas possibilidades de solução. - Tipologias Seria uma solução de projeto a partir de uma heurística, onde toma por base os conhecimentos já utilizados em diversos outros projetos que foram assertivos para solucionar os novos problemas existentes. - Tipos do edifício como modelo - Tipologias organizacionais - Tipos elementares (tipos problema geral e a heurística os problemas específicos) - Linguagens formais Linguagens que delimitam a forma, como tipologia e relações ambientais.
  • 26. Métodos baseados em precedentes Este método se baseia em ideias precedentes que na maioria dos problemas apresentam singularidades com outros procedentes. Graça, Kowaltowski e Petreche Projeto axiomático: Estruturar o problema através do mapeamento dos requisitos funcionais (RF) e os parâmetros de projeto (PP). Processo de mapeamento é representado por uma formula matemática. Desacoplado Permite a definição de funções sem alterar outras. Acoplado Viola o axioma, pois uma função depende da outra e qualquer ajuste altera varias funções, criando a chamada situação de compromisso. Desacoplável Permite o ajuste com uma sequência que não viola o axioma. Desacoplado Matriz composta com uma diagonal com valor zero. Acoplado Desacoplável O axioma da independência é respeitado e os ajustes são controlados por uma sequência.
  • 27. Nº de pavimentos 1 pavimento 2 pavimentos 1 pavimento 2 pavimentos Área construída 980,00 540,00 1230,00 677,00 Áreas externas 960,00 960,00 1280,00 1280,00 Subtotal 1940,00 1500,00 2510,00 1957,00 Ajuste (30%) 582,00 450,00 753,00 587,10 Área total do terreno 2522,00 1950,00 3263,00 2544,10 Áreas do projeto padrão e cálculo do tamanho do terreno (em m²) 8 salas6 salas Aplicação do Projeto axiomático Dentre 4 exemplo de aplicação dos axiomas em um projeto escolar, mostraremos 2. Primeiro exemplo - Estaria relacionado a um mapeamento dos requisitos funcionais e parâmetros de projeto no dimensionamento de ambientes do projeto padronizado. - 3 conjuntos funcionais: administração pedagógico e serviços gerais. - Norma: 25 alunos/sala -Realidade: 35 a 40 alunos/sala -Área construída: 970 m², para 6 classes/240 alunos e 1228 m² para 8 classes/320 alunos - O projetista poderia ter apresentado uma proposta conceitual; - Estaria relacionando ao uso do espaço às funções reais de cada ambiente - Facilitaria a comunicação entre os projetistas e contribuiria para a sua especialização. Fluxograma Calculo de área Mapeamento domínios funcionais e físicos O levantamento das informações não oferecem possibilidades de compreensão do problema, impossibilitando a criação de soluções.
  • 28. RF: Requisito Funcional - o quê PP: Parâmetro de Projeto - Como RF1: selecionar e avaliar o potencial de uso das tecnologias de ensio, viabilizar o uso das mais adequadas às disciplinas de graduação e pós-graduação oferecidas na Poli. x 0 0 0 RF2: dar conforto ambiental, térmico, acústico, luminoso e funciona (circulação, proximidade de ambientes, mobiliário, equipamentos etc.) aos usuários dos ambientes educacionais (sala de aula e laboratórios) e dos ambientes de apoio técnico e administrativo. x x 0 0 RF#: garantir a segurança a utilização das salas de aula em horários alternativos (p. ex., para os curso de extensão). x x x 0 RF4: racionalizar a utilização dos recursos disponíveis para reforma das salas de aula x x x x PP1:definir,comoscoordenadoresdasdisciplinas,as tecnologiasdeensinomaisadequadasparacadauma,e criarprojetosespecíficosdeambienteseducacionaisque integremastecnologias. PP2:avaliarascondiçõesambientaisdassalasdeaulaedos espaçosdeapoiotécnicoeadministrativoparadefinir projetosdeintervençãoespecíficos,considerandoolayout adequadoàsatividadesdesenvolvidaseonúmerode usuários(funcionários/alunos). PP3:adequarosserviçosddesegurançaeosequipamentos deacessoaosambientes. PP4:homogeneizar(oudiferenciar)osambientes educacionaisedeapoio,deacordocomassuas necessidadescomuns(ouparticulares)easnecessidades dasdisciplinasoferecidasnaPoli. Segundo exemplo Podemos ver o uso das matrizes de projeto, na decomposição e na hierarquização sobre o projeto de infraestrutura para modernizar as salas de aula e laboratórios. Em uma conferencia foi publicado um relatório onde relatava 27 objetivos, indicadores e iniciativas estratégicas para implementar uma visão de futuro. Um grupo de professores e funcionários ficaram responsáveis pelo objetivo número 23 onde tinha que manter atualizada a infraestrutura e os laboratórios. A matriz utilizada é do tipo triangular (projeto desacoplável). A partir da matriz é gerada mais duas matrizes detalhando e revelando novas informações quanto ao problema de projeto e as soluções. As matrizes relevam como são registradas as decisões no processo de projeto axiomático. Além disso, nos mostra como realizar a ordenação das informações na matriz de projeto, para verificar se os axiomas são satisfatórios. Matriz (projeto desacomplável)
  • 29. Harris Estudos criativos da forma a partir de padrões geométricos hispano-mouriscos Método de decomposição e recomposição (padrão linear) Criação de formas a partir da recolocação de polígonos simples para criação de figuras simétricas Método de decomposição e recomposição (inverso) Prototipagem de “mugarnas” a partir de um modelo virtual Utilização do “Sketch up” para a criação de novos padrões, sendo 3D
  • 30. Portanto, os diversos autores expostos aqui neste subcapitulo nos mostraram que existem diversos processos, procedimentos e métodos que poderão auxiliar o projetista em sua concepção arquitetônica. Esses diversos processos e métodos abordam formas nada convencionais de projetar onde utilizam como base a matemática para a execução da concepção projetual, como também, utilizam diversas outras ferramentas como computador e seus programas computacionais, impressoras 3D e muito mais. >>
  • 31. Divisão da obra Métodos e lógicas/procedimentos e rotinas Processo projetual e método Programa ou Brief Partido Arquitetônico -Necessidades de funcionalidade, dimensionamento espacial, fluxos; -Caracteristicas do contexto cultural e ambiental; -Sustentabilidade economica, social, ambiental; -Caracteristicas e disponibilidade de recursos materiais"(CASTELLS, 2012, p.71). Estudo preliminar Relações funcionais: Organograma Fluxograma Tipologia Referências assertivas quanto a suas soluções utilizadas Área Dimensões dos móveis Formas retangulares Proporção Simetria Eixos Analogias Analogia formal (caracteristicas físicas) analogia substancial (a lógica de concepção do edifício) Enfoque inicial: - Fora para dentro - Dentro para fora Portanto, Castells (2012) ao tratar sobre o processo projetual e sobre os métodos nos mostra não somente as diretrizes que compõe a concepção, como também, outras informações que são de grande importância para a compreensão sobre o processo proposto por ele. Dessa forma, podemos ver em sua abordagem desde as diretrizes propostas por Silva, Neves, até informações sobre o processo de composição formal adotado por Mahfuz e Martinez. >>
  • 32. Gramática da forma Sistema de produção baseado na gramática generativa de Noam Chomsky, que utiliza formas bidimensionais ou tridimensionais no lugar de palavras. Uma gramática da forma é definida a partir de um vocabulário básico de formas, um conjunto de regras de transformação destas formas, e uma forma inicial, à qual as regras são aplicadas recursivamente até se chegar à forma desejada. A esse processo dá-se o nome de derivação. (PIRES, 2010) apud (CELANI in MITCHELL, 2008) Stiny (1980) destaca cinco estágios para definir a gramática da forma através de uma abordagem construtivista 1- Um vocabulário de formas é especificado; 2- Relações espaciais entre os elementos do vocabulário são definidas; 3- Regras de forma são especificadas a partir das relações espaciais definidas; 4- Uma forma inicial do vocabuário é definida; 5- A gramática da forma é especificada com base na forma inicial e nas regras da forma. (PIRES, 2010)
  • 33. Vocábulo da gramática da forma Distribuição e combinação das formas Aplicações euclidianas(transformação) e operações booleanas(combinações) Exemplo de aplicação das regras da gramática Especificações da gramática da forma e seu resultado compositivo
  • 34. Derivação da forma em L e quadrados Derivação da forma com maior variação Gramatica da forma 3D - Blocos de Froebel por Stiny Derivações da gramática da forma Síntese dos projetos de Frank Lioyd Wright casa de pradaria
  • 35. Casa de pradaria a partir da gramática da forma Janelas chinesas analisadas partir da gramática Aplicação da gramática paladiana paramétrica Estudo e aplicação das gramática nas obras de Calatrava
  • 36. Portanto podemos dizer que os trabalhos realizados em relação à gramática da forma, bi e/ou tridimensional realizados por Mitchell e Stiny (1978) e Mayer (2003), em busca de descrever as linguagens utilizadas nas obras de arquitetura, permitem auxiliar na constituição de um vocábulo especifico onde as variações de aplicabilidade das regras, feitas por Barrios (2005), pode fornecer aos estudantes uma quantidade imensa de possibilidades para que possa auxiliá-los na concepção de novas formas.
  • 37. Portanto, aos autores Neves (1998), Silva (1984), Castells (2012), Moreira e Kowaltowski (2009), podemos ver que cada um deles contribui para elencar algumas diretrizes que compõe o método e também o processo de projeto. No entanto, observamos alguns deslocamentos relacionados às informações relacionadas às etapas do processo projetual, como por exemplo, o programa. Assim, alguns autores compreendem o programa como uma interpretação de informações e prioridades, correspondente a uma etapa simbólica que extrapola o conceito do programa arquitetônico tradicional e funcionalista (aquele entendido como simples listagem de ambientes para elaboração do projeto). Portanto, os autores Martinez (1991), Mahfuz (1995), Andrade, Ruschel e Moreira (2011) e Castells (2012), e a Gramática da forma expõem algumas estratégias e métodos relacionadas à composição da forma do projeto. Porém, não pontuam diretrizes objetivas e diretas para a concepção arquitetônica. Estes autores exploram informações relacionadas à composição formal, para que o projetista tenha ao iniciar seu projeto um norte claro quanto as possibilidades formais Conclui-se, portanto, que esta etapa relacionada a composição formal, pode ocorrer posterior a etapa, tratada por Silva (1984) e Neves (1998), entre outros autores, que corresponde a etapa da seleção de informações para a criação do programa de necessidades. Andrade, Ruschel e Moreira (2011), e Castells (2012), defendem o uso de analogias para conceber o projeto, mesmo havendo uma distinção entre as aplicações a base pode ser considerada a mesma, fundamentada na busca de uma referencia normalmente dentro do campo de conhecimento do projetista, mesmo não relacionada diretamente ao problema. Dessa forma, o projetista cria uma analogia através de suas próprias informações (experiência), criando ao fim uma solução inovadora para o problema. Convergência
  • 38. A postura diferenciada existente na discussão de Lawson (2006) está presente através de sua postura ao discutir sobre o método e o processo projetual, onde mostra que não há somente um método que possa auxiliar o projetista em sua concepção arquitetônica e sim diversos métodos que podem conduzir o processo conceptivo, diferente dos outros autores tratados neste trabalho que buscam defender um método, estimulando o projetista a seguí-lo. Diferente dos demais autores tratados neste trabalho Fabrício e Melhado (2011), mostram uma estrutura pouco detalhada, mas que apresenta de forma sintética uma estrutura relevante. Esta estrutura é pontuada por Lawson (2006) dando-lhes uma postura divergente relacionada aos outros autores tratados no trabalho, quando pontuam em suas discussões estruturas mais detalhadas quanto as diretrizes que compõe o método. A postura diferenciada presente na discussão de Graça, Kowaltowski, Petreche (2011) está evidente quanto ao uso da matemática como ferramenta para auxiliar o projetista em sua concepção arquitetônica, tornando o processo projetual, claro e objetivo. A postura diferenciada está presente na discussão de Harris quando ele trata sobre a introdução dos programas computacionais para auxiliar no processo conceptivo do projeto. Ao introduzir os programas computacionais no processo conceptivo os projetistas tiveram que ter uma percepção projetual completamente diferente, como também seus métodos e processos projetuais utilizados foram alterados. Divergência/diferenciada
  • 39. ASPECTOS TEÓRICO- CONCEITUAIS Silva(1984) Martinez(1991) Neves(1995) Mahfuz(1998) Lawson(2006) Fabrício,Melhado(2011) Andrade,Ruschel,Moreira (2011) Graça,Kowaltowski, Petreche(2011) Harris(2011) Oliveira,Pinto(2009) Castells(2012) TeoriadaGramáticada Forma (PIRES,2010) SOBRE O PROCESSO PROJETUAL Não corresponde a uma sequência linear de atividades de racionalização de um objeto. É caracterizado por uma evolução cíclica, de definições de prioridades e decisões permeadas tanto pela racionalidade como pela subjetividade. X X X X X X X X X X X X A concepção e evolução ocorrem a partir do entendimento do chamado problema de projeto: a busca pela solução formal e funcional do objeto arquitetônico que será elaborado. X X X X X X X X X X X X A evolução ocorre das partes para o todo e não do todo para as partes X X Inicia-se a partir do reconhecimento do problema e avaliação dos requisitos funcionais e parâmetros de projeto X X
  • 40. ASPECTOS TEÓRICO-CONCEITUAIS Silva(1984) Martinez(1991) Neves(1995) Mahfuz(1998) Lawson(2006) Fabrício,Melhado (2011) Andrade,Ruschel, Moreira(2011) Graça,Kowaltowski, Petreche(2011) Harris(2011) Oliveira,Pinto(2009) Castells(2012) TeoriadaGramáticada Forma (PIRES,2010) SOBRE MÉTODOS DE PROJETO Entendido como técnica de “tomadas de decisão” a partir da identificação de alternativas para solucionar o problema de projeto. X X X X X X X X X X X X Serve para auxiliar o processo criativo e podem ser vistos como abstrações e reduções utilizadas para compreender o fenômeno projetivo. Ex: analogias ou tipologias: aplicação de conhecimento de soluções anteriores a problemas relacionados. X X X X X Pode ser fundamentado em estudos criativos através de padrões geométricos. Estímulo ao uso de programas de computador (software) para explorar a criatividade a partir de um (ou mais) padrão modular para gerar novos padrões compositivos (bi e tridimensionais). Estes estudos geométricos podem ser fundamentados na Gestalt, na composição modular, em prototipagem etc. X X Pode ser fundamentado no uso de instrumentos de avaliação do problema de projeto como organograma, fluxograma e funcionograma X X X Pode ser fundamentado a partir de um processo lógico de manipulação da forma a partir de regras para relacionar, processar e gerar novas formas (com ou sem programas computacionais). Estas regras correspondem a um vocabulário de formas e estratégias de transformação e/ou combinações de formas para derivar a forma desejada. X X
  • 41. ASPECTOS TEÓRICO- CONCEITUAIS Silva(1984) Martinez(1991) Neves(1995) Mahfuz(1998) Lawson(2006) Fabrício,Melhado(2011) Andrade,Ruschel,Moreira(2011) Graça,Kowaltowski,Petreche (2011) Harris(2011) Oliveira,Pinto(2009) Castells(2012) TeoriadaGramáticadaForma (PIRES,2010) SOBRE PROGRAMA DE NECESSIDADES É entendido como uma das etapas do processo projetual, onde são identificadas as demandas do problema de projeto: ambientes e requisitos relacionados com o usuário e com o contexto econômico, ambiental e cultural pertinentes ao objeto a ser idealizado. Apenas após a definição destes ambientes e requisitos, poderá ser racionalizado o objeto arquitetônico. X X ! X Não se pode começar com o programa e (depois) projetar, é preciso começar projetando e programando ao mesmo tempo, porque as duas atividades são completamente interligadas. O programa de necessidades é apenas uma hipótese e o cliente não serve apenas como fonte de informações, mas também, como participante ativo do processo. X
  • 42. Controle Linear Controle Circular Fator individualismo Modelo Síntese - Problema, análise, síntese, avaliação e solução; - Diretrizes; Estrutura - Forma cônica; - 6 estágios contendo diversas diretrizes; Controle (funcionalidade) - Linear - Circular Fator Individualismo
  • 43. Portanto, a visão entre os diversos autores nos leva a uma possível conclusão, aparentemente bastante obvia, mas bastante esclarecedora. Dizer que não há um método que auxilie na concepção arquitetônica é dizer que todo o trabalho realizado por diversos arquitetos ao longo da história corresponda a uma mera coincidência, sorte, talento entre outras palavras. Além disso, se não houvesse realmente uma estrutura lógica que encadeasse o processo de concepção em arquitetura, como haveria a propagação do conhecimento relacionado a ela? Portanto, através do que foi disposto ao longo de todo o trabalho podemos dizer que há sim “um método” que auxilie na concepção arquitetônica, no entanto não há somente um, mas há diversos métodos, que o projetista, seja ele, aluno ou profissional, poderá recorrer para auxiliá-lo em sua concepção projetual. A avaliação das posturas teóricas revela que o processo projetual não corresponde a uma sequência linear de atividades de racionalização de um objeto. Este é caracterizado por uma evolução cíclica, de definições de prioridades e decisões permeadas tanto pela racionalidade como pela subjetividade. Conclui-se, portanto, que não existe um método correto ou mais eficaz que outro. O campo de pesquisa é recente e inclui diversas outras abordagens teóricas não contempladas neste trabalho. Apesar das limitações, buscou-se contribuir para a discussão e reflexão da temática relacionada ao projeto e produção arquitetônica, ainda pouco discutida nos ambientes de formação profissional. Sugere-se, assim, a ampliação da discussão através da produção de futuros trabalhos, principalmente, sobre as diferentes “técnicas” estimuladas pelo corpo docente dos cursos de arquitetura para desenvolver o controle do processo projetual a partir de diferentes entendimentos de problema de projeto.
  • 44. ANDRADE, Max L. V. X. de, RUSCHEL, Regina Coeli, MOREIRA, Daniel de Carvalho Moreira. O processo e os métodos, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 80-100. CASTELLS, Eduardo – Traços e palavras: sobre o processo projetual em Arquitetura. Florianópolis, Editora da UFCS, 2012. FABRICIO, Márcio M., MELHADO, Silvio B. O processo cognitivo e social de projeto, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 57-63. GRAÇA, Valéria A. Collet da, KOWALTOWSKI, Doris C.C.K, PETRECHE, Jõao R. D. O projeto axiomático, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 151-180. HARRIS, Ana Lúcia Nogueira de Camargo. Estudo criativo da forma a partir de padrões geométricos hispano-mouriscos, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 203-219. KOWALTOWSKI, Doris C.C.K, CELANI, Maria Gabriela Caffarena, MOREIRA, Daniel de Carvalho, PINA, Silvia Aparecida Mikami G., RUSCHEL, Regina Coeli, SILVA, Vanessa Gomes da, LABAKI, Lucila Chebel, PETRECHE, João Roberto D. – Reflexão sobre metodologias de projeto arquitetônico, Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 6, n. 2, p. 07-19, abr./jun. 2006.
  • 45. Kowaltowski, D. C. C. K., Moreira, D. de C. - Discussão sobre a importância do programa de necessidades no processo de projeto em arquitetura. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 9, n. 2, p. 31-45, abr./jun. 2009. LAWSON, Bryan – Como arquitetos e designers pensam, São Paulo: Oficina de Textos, 2006. LIU, Ana Wansul, OLIVEIRA, Luciana Alves de, MELHADO, Silvio B. A gestão do processo de projeto em arquitetura, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 64-79. MAHFUZ, Edson da Cunha. – Nada provém do nada. São Paulo, Revista Projeto, n.69, 1984. _________, - Ensaio sobre a razão compositiva: uma investigação sobre a natureza das relações entre as partes e o todo na composição arquitetônica, Viçosa: UFV, impr. Univ.; Belo Horizonte: AP Cultural, 1995. MARTÍNEZ, Alfonso Corona – Ensaio sobre o projeto, Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1991 MOREIRA, Daniel de Carvalho, KOWALTOWSKI, Doris C.C.K. O programa arquitetônico, in: KOWALTOWSKI,Doris C.C.K. - O processo de projeto em arquitetura: da teoria a tecnologia, São Paulo, Ed. Oficina de Textos, 2011, p. 101-108. NEVES, Laert Pedreira – Adoção do partido na arquitetura, salvador. Editora da Universidade Federal da Bahia, 1998. SILVA, Elvan – Uma introdução ao projeto arquitetônico – Ed. UFRGS, 2ºed. 1984.
  • 46. C.B. OLIVEIRA, Juliano Carlos; PINTO, Gelson de Almeida. O movimento dos métodos de projeto. Arquitextos, São Paulo, 09.105, Vitruvius, fev. 2009 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitetos/09.105/77>. CELANI, M. G. C. Recuperando o Tempo Perdido: por que recusamos o método e como ele ainda poderia nos ajudar. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE ENSINO E PESQUISA EM PROJETO DE ARQUITETURA, 1., 2003, Natal, RN. Anais... Natal, RN: PPGAU-UFRN, 2003. p. 8. SPADOTTO, Aryane, VECCHIA, Luisa Rodrigues Félix Dalla, WERGENES, Tiago Nazario de - Método projetual para o ensino de Projeto Arquitetônico. Unoesc & Ciência – ACET, Joaçaba, v. 2, n. 1, p. 95-104, jan./jun. 2011< http://editora.unoesc.edu.br/index.php/acet/article/view/708/pdf_139 > VAN DER VOORDT, T. J. M.; VAN WEGEN, H. B. R. Architecture in Use: an introduction to the Programming Design and Evaluation of Buildings. Oxford: Architectural Press, 2005. 326 p.