O documento discute a diferenciação pedagógica, explicando seu conceito, justificando porque deve ser planejada, enumerando estratégias e explorando modelos teóricos. Ele também sugere atividades de diferenciação e discute como reconhecer, avaliar e criar oportunidades para estudantes com necessidades diversas.
2. Objectivos da sessão
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Explicar o conceito de diferenciação
Justificar porque é que a diferenciação
pedagógica tem de ser planificada
Enumerar e descrever estratégias de
diferenciação
Explorar os modelos teóricos que informam
as práticas de diferenciação
Sugerir atividades de diferenciação
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3. Competências a desenvolver
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Compreender a necessidade da diferenciação na sala de aula em termos de
conteúdos/processos/produtos.
Identificar as diferenças entre a sala de aula para o aluno médio e a sala de aula
diferenciada, em termos de planificação, gestão, organização do espaço,
avaliação, interesses e estilos cognitivos.
Analisar as inter-relações das componentes identificadas.
Elencar estratégias de instrução decorrentes da análise das componentes e das
suas relações.
Compreender o papel da auto-regulação na gestão da aprendizagem, numa aula
diferenciadora.
Reflectir sobre o potencial das TIC numa estratégia sistemática e concertada de
diferenciação da aprendizagem: a nível dos conteúdos, processos e produtos.
Reflectir criticamente sobre a importância estratégica de uma aula
diferenciadora, em termos de auto-capacitação e de inclusão social.
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4. Diagnosticar e avaliar
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Quem são os nossos estudantes?
Como (se é que) estamos a proporcionar-lhes a
melhor educação possível?
Porque é que temos de proporcionar-lhes a melhor
educação possível?
Que práticas e mentalidades temos de mudar para
garantirmos uma boa educação para todos?
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5. Neurociência e instrução
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A investigação sobre o funcionamento do cérebro
confirma o que qualquer professor@ experiente
percebe:
Cada estudante tem uma forma única de aprender
Um ambiente da aprendizagem pode não ser
favorável a todos os estudantes
Temos de ensinar os alunos a serem autónomos
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6. O que faz um@ professor@ eficaz?
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Apresenta poucos conteúdos de cada vez
Orienta a prática d@s estudantes com problemas
Dá tempo aos estudantes para apreenderem os
novos conteúdos
Verifica se tod@s @s estudantes compreenderam
Evita que @s estudantes desenvolvam ideias/
conceitos errados
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7. O que significa diferenciar?
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Atender às necessidades d@s estudantes
Reconhecer que cada estudante tem a sua história de
vida, uma experiência académica e a sua forma de
aprender
Como é que podemos responder às diferentes
necessidades d@s estudantes?
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8. Diferenciar, porquê?
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Todas as pessoas são diferentes:
No estilo de aprendizagem (inteligências múltiplas
de Gardner)
Nas capacidades e competências
Nos conhecimentos e experiências anteriores
Na motivação
A diferenciação é a resposta educativa para as
diferentes necessidades dos alunos
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9. Caraterísticas d@s estudantes com dificuldades
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Dificuldades de memorização
Maior lentidão a realizar as tarefas escolares
Impulsividade
Distratibilidade
Dificuldades de generalização
Faltam-lhes estratégias de resolução de problemas
Menos capazes de selecionar as estratégias mais eficazes
Faltam-lhes estratégias de automonitorização
Sentimentos de baixa auto-eficácia
Estilo atribucional
(…)
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10. Onde podemos diferenciar?
Conteúdos Processos Produtos Ambiente de aprendizagem
De acordo com:
A preparação Os interesses O perfil de aprendizagem
d@s estudantes
Adaptado de The Differentiated Classroom: Responding to the Needs of All Learners (Tomlinson, 1999)
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12. Reconhecer, avaliar e variar
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Reconhecer a diversidade nos modos de aprender
Reconhecer que os estudantes têm necessidades de
aprendizagem diferentes.
Avaliar os conhecimentos e competências prévias dos
estudantes e incorporá-los no diálogo cognitivo
Variar as formas de ensinar e de avaliar para
responder às diferenças individuais
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13. Reconhecer, avaliar, criar oportunidades
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Reconhecer que @s estudantes não necessitam todos
do mesmo trabalho e das mesmas atividades
Diagnosticar as necessidades d@s estudantes e
planificar atividades que lhes correspondam
Criar oportunidades para que @s estudantes
escolham as suas atividades
Conceber atividades diferentes para corresponder às
necessidades de aprendizagem d@s estudantes
Conceber estratégias justas e equitativas de avaliação
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14. Os quatro princípios do
modelo de ensino diferenciado
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1) A definição clara dos conhecimentos e competências
essenciais de cada área curricular;
2) A adequação das estratégias às diferenças individuais dos
alunos, sejam elas devidas a diferentes competências,
conhecimentos prévios ou estilos de aprendizagem;
3) A articulação entre o ensino e a avaliação;
4) O constante ajustamento dos conteúdos e dos
processos, de forma a responder aos níveis de conhecimento
e competências de partida, e aos estilos individuais de
aprendizagem.
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16. Estratégias de diferenciação
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1. Condensar a informação
o Variar os organizadores da informação
o Mapas conceptuais, tabelas, esquemas
o Utilizar textos variados
o Materiais suplementares variados
o Conceber atividades de reforço
o Grupos de trabalho/estudo
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17. Estratégias de diferenciação
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2. Modificações (individuais / grupo)
Estudo Independente
Aulas diferenciadas
Assuntos diferenciados
Produtos diferenciados
Ensino em pequenos grupos (trabalho de pares, de nível,
heterogéneos)
Grupo de pesquisa
Conceber formas complementares de estudar um tema
Contratos de aprendizagem
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18. Estratégias de diferenciação
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3. Estratégias de Aceleração
Permitir que @s estudantes explorem assuntos do s/
interesse
Permitir que @s estudantes formem grupos de interesse
(pesquisa)
Fornecer materiais /recursos variados
Complexificar o ensino
Propor atividades suplementares (menos estruturadas)
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19. O que faz um@ professor@ eficaz?
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Evita que @s
estudantes
desenvolvam
Verifica se ideias/
tod@s @s conceitos
alun@s errados
Dá tempo aos
estudantes compreenderam
para
Orienta a apreenderem
prática d@s os novos
alun@s com conteúdos
problemas
Apresenta
poucos
conteúdos de
cada vez
Idalina Jorge; ifjorge@ie.ul.pt
20. 20
Association for Supervision and Curriculum Development.
Consultado em 9 de abril de 2011 em: http://www.ascd.org
Hall, T., Strangman, N., & Meyer, A. (2003). Differentiated
Instruction and Implications for UDL Implementation.
National Center on Accessing the General Curriculum.
Consultado em 9 de abril de 2011 em:
http://www.k8accesscenter.org/training_resources/udl/diffi
nstruction.asp.
http://www.rcps.org/RCPS/misc/Differentiated%20Instructi
on.ppt
Tomlinson, C.A. (1999). How to Differentiate Instruction in
Mixed-Ability Classrooms.
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21. Caso 1: A Lídia
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A Lídia frequenta o 8º. Ano de escolaridade .Distrai-
se com muita facilidade. Concentra-se por períodos
muito curtos. Quando a tarefa é mais demorada, não
consegue concluí-la. A Lídia não é uma aluna
comportamental, mas quando lhe dou uma tarefa,
faz normalmente metade. Contudo, vejo que
compreendeu o essencial da tarefa.
Qual a adaptação mais adequada para esta aluna?
Quantidade
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22. Caso 2: O João
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O João é um aluno muito trabalhador e preocupa-se
bastante com as notas escolares.
Está sempre atento e concentrado, demonstra
compreensão dos conteúdos, mas não consegue
acabar as tarefas no tempo de aula que eu planifiquei
para a sua realização.
Tempo
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23. Caso 3: O Luís
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O Luís frequenta o 5º. Ano; tem grandes dificuldades de
concentração, sobretudo em aulas de apresentação de
conteúdos à turma, em que a cabeça não lhe pára quieta
e em que está constantemente a mexer nos materiais da
colega de carteira. O pai compra-lhe imensos gadgets
que ainda o desconcentram mais. Tenho que lhe dar uma
atividade que o mantenha concentrado. O que é que ele
pode fazer numa aula de apresentação das cores?
Participação
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24. Caso 4: A Rita
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A Rita tem síndrome de Down e um atraso de
desenvolvimento acentuado. Foi incluída numa
turma de 20 alunos e tem um currículo adaptado.
Numa aula em que estamos a estudar as partes da
casa, o que é que a Rita pode fazer?
Pode, por exemplo ter um puzzle em que tem de
escolher a legenda para cada parte da casa.
Adaptações curriculares
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25. Caso 5: O Artur
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O Artur é um estudante com dificuldades de
aprendizagem.
A memorização de longo prazo é fraca e tem
dificuldade de processamento da informação. Adora
a Floribela e sabe de cor as danças e as canções. Que
adaptações curriculares são recomendáveis?
Grau de dificuldade
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26. Caso 6: O Ricardo
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O Ricardo vê muito mal, tem dificuldade em ler
textos, consultar mapas e quadros. A que adaptações
posso recorrer para garantir que o Ricardo apreende
os conteúdos?
Aumentar texto, trabalhar com exemplos mais
concretos, incluir o Artur num grupo, utilizar
apoios visuais diferentes…
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27. Caso 7: A Sara
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A escrita não é o forte da Sara, mas a Sara verbaliza
muito bem. Se lhe pedir que explique o que acabou de
ler, demonstra que compreendeu o que lhe ensinei. A
Sara é muito criativa; gosta de construir modelos e tem
jeito para desenhar e pintar. O que é que eu faço???
Em vez de responder por escrito, deixo que a Sara
participe mais na oralidade, avalio-a com exercícios de
matching, permito que a aluna demonstre os
conhecimentos adquiridos através de outros produtos.
Diferenciar nos produtos
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28. Caso 8: Maria João
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A Maria João é a *****estrelas da companhia.
Inteligente, autónoma, responsável, não brinca em
serviço. Ainda os outros mal começaram, poisa a
caneta e olha-me, desafiadora: E agora?
O que é que eu faço com ela?
Nível de apoio
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29. Caso 9: A Teresa
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A Teresa não vai apreender todos os conteúdos da
Unidade sobre o Simple Present:
A inversão do sujeito nas frases interrogativas, a
conjugação do verbo auxiliar, a distinção entre a
3ª pessoa do singular e as outras nas frases
afirmativas.
Tenho que fazer opções.
Adaptação de objetivos
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Association for Supervision and Curriculum
Development. Consultado em 9 de abril de 2011 em:
http://www.ascd.org
Hall, T., Strangman, N., & Meyer, A. (2003).
Differentiated Instruction and Implications for UDL
Implementation. National Center on Accessing the
General Curriculum. Consultado em 9 de abril de 2011
em:
http://www.k8accesscenter.org/training_resources/udl/
diffinstruction.asp.
Tomlinson, C.A. (1999). How to Differentiate
Instruction in Mixed-Ability Classrooms.
Idalina Jorge; ifjorge@ie.ul.pt