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Da Arte Moderna àDa Arte Moderna à
Arte ContemporâneaArte Contemporânea
Profª Rafaela SilvaProfª Rafaela Silva
Disciplina de ArtesDisciplina de Artes
1º Ano do Ensino Médio1º Ano do Ensino Médio
Vik Muniz
Double Mona Lisa after Warhol
21,9 x152,4 cm, 1999
Regina Silveira
LUZ/ZUL
2002
Marcel-lí Antunez Roca
Interactive Mechatronic
Performance, 1999
Se estas três “obras” são classificadas como arte contemporânea, o que elas têm em comum?
E quais são suas diferenças?
DesenhoDesenho InstalaçãoInstalação PerformancePerformance
Anne Cauquelin – “Arte contemporânea: uma introdução.”
Segundo a autora, o estranhamento em relação à arte contemporânea se dá pela falta de informação,
pelo desconhecimento dos dois diferentes modelos:
ARTE MODERNAARTE MODERNA ARTE CONTEMPORÂNEAARTE CONTEMPORÂNEA
Sociedade de consumo
REGIME DE CONSUMO
Sociedade de comunicação
REDE
Produtor  Intermediário  Consumidor
Produtor: Artista
Intermediário: Marchand, crítico e curador.
Consumidor: Colecionador e público em geral.
A obra como um produto e o público distanciado
dela. Esta obra está inserida em uma instituição de
arte, como um Museu, uma galeria ou uma
universidade.
Os diversos papéis podem ser desempenhados
por todos envolvidos nesta rede.
O sistema é aberto, funciona como uma rede,
se espalha, inclusive por meios que não são
considerados artísticos.
A arte é democratizada. Muitas obras
dependem da participação do público. A obra
pode estar em todos os lugares, no museu, na
rua, na internet..
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Diferentes características:
Pluralidade | Diversidade
Desmaterialização
Contaminação | Impureza
Efemeridade
Valorização da idéia
Ação
ARTE MODERNAARTE MODERNA ARTE CONTEMPORÂNEAARTE CONTEMPORÂNEAX
Autocrítica
Planaridade
Pureza
Qualidade
Independência
Abstração
(Segundo Clemente Greenberg) (Segundo Anne Cauquelin e Arthur Danto)
No ensaio A Pintura Modernista, o crítico formalista Clement
Greenberg, estabelece os principais critérios da leitura formalista da
obra de arte moderna: “O modernismo critica do interior, mediante os
próprios procedimentos do que está sendo criticado (...) [As artes
demostraram que] o tipo de experiência que propiciavam era válido
por si mesmo e não podia ser obtido a partir de nenhum outro tipo de
atividade. (...) A tarefa de autocrítica passou a ser a de eliminar (...)
de cada arte todo e qualquer efeito que se pudesse imaginar ter sido
tomado dos meios de qualquer outra arte. Assim, cada arte se tornaria
‘pura’ e nessa pureza iria encontrar a garantia de seus padrões de
qualidade, bem como sua independência. ‘Pureza’ significa
autodefinição e a missão de autocrítica nas artes se tornou uma
missão de autodefinição radical”. Greenberg segue detalhando sua
definição de ‘pureza’: “Foi em nome do pura e literalmente ótico (...)
que os impressionistas puseram-se a minar o sombreado, a
modelagem, e tudo mais na pintura que parecesse sugerir o
escultural.”.
Clement Greenberg
Fragmento do texto de Maria Helena
Bernardes, resumindo e comentando o
livro Modernismo em Disputa, de Paul
Wood.
John Constable
Hadleigh Castle
1829
ROMANTISMOROMANTISMOARTE MODERNA  Autocrítica
Os românticos assumem uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos temas
oficiais impostos pelas academias de arte, produzindo pinturas históricas sobre temas da vida
moderna.
Eugène Delacroix
A Liberdade Guiando o Povo
1831
ARTE MODERNA  Autocrítica ROMANTISMOROMANTISMO
Sentindo-se um pouco
culpado pela sua pouca
participação nos
acontecimentos do país,
Delacroix pintou A
Liberdade Guiando o Povo
(1831), um quadro que o
estado adquiriu e que foi
exibido poucas vezes, por
ter sido considerado
excessivamente panfletário.
O certo é que a bandeira
francesa tremulando nas
mãos de uma liberdade
resoluta e destemida, prestes
a saltar da tela,
impressionou um número
não pequeno de
espectadores.
ARTE MODERNA  Autocrítica
O realismo de Gustave Courbet exemplifica, um pouco mais tarde, outra direção tomada pela
representação do povo e do cotidiano. As três telas do pintor expostas no Salão de 1850, Enterro
em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras, marcam o compromisso
de Courbet com o programa realista, pensado como forma de superação das tradições clássica e
romântica, assim como dos temas históricos, mitológicos e religiosos.
REALISMOREALISMO
ARTE MODERNA  Autocrítica
Gustave Courbet
The Stone Breakers
1849
REALISMOREALISMO
REALISMOREALISMOARTE MODERNA  Autocrítica
O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das
tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A
consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura,
verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832 - 1883).
Edouard MANET
"Le Fifre "
1866
161 x 97 cm
Edouard Manet
L'Exécution de
Maximilien,
1868-1869
REALISMOREALISMOARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
As pinturas de Manet, na década de 1860, lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de
modernidade e aos tipos da Paris moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso,
obras como Dejeuner sur L´Herbe [Piquenique sobre a relva] (1863) desconcertam não apenas pelo tema
(uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela composição formal:
as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a função de destacar ou modelar as
figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto.
Segundo o crítico norte-americano
Clement Greenberg, "as telas de
Manet tornaram-se as primeiras
pinturas modernistas em virtude da
franqueza com a qual elas
declaravam as superfícies planas
sob as quais eram pintadas".
Alfred Sisley
Garden Path in Louveciennes
(Chemin de l'Etarche)
1873, 64 x 46 cm
Edouard Manet
"Argenteuil "
1874
145 x 113 cm
Claude Monet
Impressão Sol nascente, 1872
óleo sobre tela, 48x63 cm
IMPRESSIONISMOIMPRESSIONISMOARTE MODERNA  Autocrítica
As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet, Pierre Auguste Renoir,
Edgar Degas, Camille Pissarro, Paul Cézanne, entre muitos outros. A preferência pelo registro da
experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações
visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e
justapostas, o aproveitamento máximo da luminosidade e uso de cores complementares favorecidos
pela pintura ao ar livre constituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla
explorada em distintas dicções.
NEOIMPRESSIONISMONEOIMPRESSIONISMO
Georges Seurat
Um Domingo de verão na Grande Jatte
1884
Paul Signac
Les pins parasols aux Canoubiers
1897
Em Seurat e Paul Signac (1863-1935) o rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se
pelo acento colocado na pesquisa científica da cor, que dá origem ao chamado pontilhismo. Aí, os trabalhos
se orientam a partir de um método preciso: trata-se de dividir os tons em seus componentes fundamentais. As
inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso,
recupera-se a unidade do tom, longe do uso não sistemático de cores. ‘Um Domingo de verão na Grande
Jatte’ de Seurat, exposta na última mostra impressionista de 1886, anuncia o neo-impressionismo,
explicitando divergências no interior do movimento que reuniu Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste
Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917) e tantos outros.
ARTE MODERNA  Autocrítica
Paul Gauguin
A visão após o sermão- Jacó e o
anjo
1888
Paul Cezanne
Le Mont Sainte-Victoire vu
de la carriere Bibemus
1897
64.8 X 81.3 cm
Van Gogh
"Noon: rest from work"
1889-90
PÓS - IMPRESSIONISMOPÓS - IMPRESSIONISMOARTE MODERNA  Autocrítica
Longe de indicar um grupo coeso e articulado, o termo se dirige ao trabalho de pintores que, entre 1880 e
1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas. A noção é
cunhada pelo crítico britânico Roger Eliot Fry (1866-1934) quando da exposição ‘Manet e os pós-
impressionistas’, realizada nas Grafton Galleries, em Londres, 1910, que incluía pinturas de Paul
Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903), considerados as
figuras centrais da nova atitude crítica em relação ao programa impressionista.
Pablo Picasso
Accordionist, 1911
CUBISMOCUBISMO
Georges Braque
Woman with a guitar Paris, 1913
ARTE MODERNA  Autocrítica | Abstração
O advento do cubismo em 1907, com o célebre quadro de Pablo Picasso (1881-1973), Les Demoiselles
d'Avignon, marca a crise do fauvismo. Se o cubismo partilha com o fauvismo a idéia de que o quadro é uma
estrutura autônoma - ele não representa a realidade, mas é uma realidade própria -, as pesquisas cubistas
caminham em direção diversa, rumo à construção de espaços por meio de volumes, da decomposição de
planos e das colagens.
A ruptura empreendida pelo
cubismo encontra suas fontes
primeiras na obra de Paul
Cézanne (1839 - 1906) - e em
sua forma de construção de
espaços por meio de volumes
e da decomposição de planos -
e também na arte africana,
máscaras, fotografias e
objetos.
FAUVISMOFAUVISMO
Gauguin descobre a novidade das obras
de Cézanne e delas tira proveito
particular. Explora, como ele, um estilo
anti-naturalista, mas o faz pelo uso de
áreas de cores puras e planas, já nas
obras que realiza em Pont-Aven (por
exemplo, A visão após o sermão- Jacó e
o anjo, 1888). A ida do pintor para o
Taiti em 1891, abre suas pesquisas à
cultura plástica dos primitivos, o que se
revela no uso de cores vibrantes e na
simplificação do desenho.
Te tamari no atua (Natividade), 1896.
O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem
como eixo comum a exploração das amplas possibilidades
colocadas pela utilização da cor. A liberdade com que usam
tons puros, nunca mesclados, manipulando-os
arbitrariamente, longe de preocupações com
verossimilhança, dá origem a superfícies planas, sem claros-
escuros ilusionistas. Como afirma Matisse a respeito de A
Dança (1910): "para o céu um belo azul, o mais azul dos
azuis, e o mesmo vale para o verde da terra, para o
vermelhão vibrante dos corpos".
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
A convivência e colaboração estabelecida entre Gauguin e
Van Gogh - sobretudo a partir de 1888, quando o pintor
holandês se instala em Arles - não impede a localização de
flagrantes diferenças existentes entre os seus trabalhos. As
linhas e cores de Gauguin parecem suaves diante do vigor
expressivo dos coloridos de Van Gogh. As pinceladas em
redemoinho e a explosão de cores em telas como Trigal com
ciprestes (1889) e Estrada com ciprestes e estrelas (1890) -
isso para não falar nos célebres Girassóis e Noite estrelada,
dessa mesma época - auxiliam a localizar o timbre
expressionista da produção de Van Gogh.
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
Edvard Munch
The Dance of Life
1899-1900
EXPRESSIONISMOEXPRESSIONISMO
Emil Nolde
The Last Supper, 1909
A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, em sua problematização do
isolamento do homem frente à natureza, assim como na defesa de uma poética sensível à expressão
do irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa matriz, o pós-impressionismo de
Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903). O pintor norueguês Edvard Munch
(1863-1944) é talvez a maior referência do expressionismo alemão. As dramaturgias de Ibsen e
Strindberg, bem como as obras de Van Gogh e Gauguin marcam decisivamente os trabalhos de
Munch, em sua ênfase no sentido trágico da vida.
ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade EXPRESSIONISMOEXPRESSIONISMO
Ernst Kirchner
Two Women in
the Street, 1914
Wassily Kandinsky
Primeira aquarela abstrata
1910
Wassily Kandinsky
Improvisation 7
1910
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO
INFORMALINFORMAL
Em sentido amplo, abstracionismo refere-se às formas de arte não regidas pela figuração e pela imitação
do mundo. Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas européias das décadas de 1910 e 1920,
que recusam a representação ilusionista da natureza. A decomposição da figura, a simplificação da
forma, os novos usos da cor, o descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a rejeição dos
jogos convencionais de sombra e luz, aparecem como traços recorrentes das diferentes orientações
abrigadas sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas aderem à abstração, que se torna, a partir da
década de 1930, um dos eixos centrais da produção artística no século XX.
ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICOGEOMÉTRICO
Suprematismo:
o suprematismo de Malevich vai defender uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com
a pura visualidade plástica. Trata-se de romper com a idéia de imitação da natureza, com as formas
ilusionistas, com a luz e cor naturalistas - experimentadas pelo impressionismo - e com qualquer
referência ao mundo objetivo, que o cubismo de certa forma ainda alimenta.
.
Kazimir Malevitch
Supremus n°58
1916
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
Mill in Sunlight,
1908
ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICOGEOMÉTRICO
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
Árvore vermelha, 1908 Árvore cinza, 1911
Macieira, 1912 Composição com linhas e cores, 1913
Piet Mondrian
ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICOGEOMÉTRICO
ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
Composition with
Red, Blue, Black,
Yellow, and Gray.
1921.
Neoplasticismo:
O termo liga-se diretamente às novas formulações plásticas de Piet Mondrian e Theo van Doesburg
e sua origem remete à revista De Stijl (O Estilo) criada pelos dois artistas holandeses em 1917, em
cujo primeiro número Mondrian publica ‘A nova plástica na pintura’. O movimento se organiza,
segundo Van Doesburg, em torno da necessidade de "clareza, certeza e ordem" e tem como propósito
central encontrar uma nova forma de expressão plástica, liberta de sugestões representativas e
composta a partir de elementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul,
vermelho e amarelo -, além do preto, branco e cinza.
Ao contrário de outras correntes artísticas, o dadaísmo apresenta-se como um movimento de crítica
cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, passados e presentes.
Trata-se de um movimento radical de contestação de valores que utilizou variados canais de
expressão: revistas, manifestos, exposições, entre outros. As manifestações dos grupos dada são
intencionalmente desordenadas e pautadas pelo desejo do choque e do escândalo, procedimentos
típicos das vanguardas de um modo geral.
Jean (Hans) Arp
Before my Birth
1914
Francis PICABIA
"Fille née sans mère"
1916-1918
Marcel Duchamp
Fonte
1917
ARTE MODERNA  Autocrítica | Ruptura DADAÍSMODADAÍSMO
O termo, cunhado por André Breton (1896-1966) a partir da idéia de 'estado de fantasia supernaturalista'
de Guillaume Apollinaire (1880-1918), traz consigo um sentido de afastamento da realidade ordinária
que o movimento surrealista celebra desde o primeiro manifesto, de 1924. A importância do mundo
onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada já no texto inaugural, se relaciona diretamente ao uso
livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud (1856-1939) e da psicanálise, permitindo-lhes
explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.
Salvador Dalí
Leda atómica
1949
René Magritte
Amantes II
ARTE MODERNA  Autocrítica | Ruptura SURREALISMOSURREALISMO
EXPRESSIONISMOEXPRESSIONISMO
ABSTRATOABSTRATO
Jackson Pollock (1912-1956) working in his studio in 1950.
Trata-se do primeiro estilo pictórico norte-
americano a obter reconhecimento
internacional. Os Estados Unidos surgem como
nova potência mundial e centro artístico
emergente, beneficiado, em larga medida, pela
emigração de intelectuais e artistas europeus. A
recusa dos estilos e técnicas artísticas
tradicionais, assim como a postura crítica em
relação à sociedade e ao establishment
americano, aproxima um grupo bastante
heterogêneo de artistas. Se é difícil falar em
único estilo diante da diversidade das obras
produzidas, algumas figuras e técnicas
acabaram diretamente associadas ao
expressionismo abstrato, por exemplo J.
Pollock e sua “pintura de ação” (action
paiting).
ARTE MODERNA  Abstração | Planaridade
POP ARTPOP ART
Andy Warhol, Four Marilyns
1962.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Pluralidade | Diversidade
Andy Warhol, Brillo Box,
1964.
Na década de 1960 os artistas defendem uma arte popular (pop), que se comunique diretamente com
o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massas e a
vida cotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística contrária ao hermetismo da arte
moderna. Nesse sentido, a arte pop se coloca na cena artística que tem lugar em fins da década de
1950, como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida. E o faz - eis um de seus traços
característicos - pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens
televisivas e do cinema.
Bridget Riley
Blaze 3, 1963
Nascida em Londres em 1931, Riley pretendeu representar o movimento com a utilização seqüencial de
elementos gráficos, como faixas que se sobrepõem, curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados
ou triângulos que se repetem exaustivamente.
Bridget Riley
OPTICAL ARTOPTICAL ARTARTE CONTEMPORÂNEA  Planaridade?
Pintor e escultor húngaro de origem francesa, considerado o "pai da OP
ART", nasceu em Pécs na Hungria.
Entre 1946 e 1948, depois de um período de expressão figurativa, decidiu
optar por uma arte construtivista e geométrica abstrata.
Seus quadros combinam variações de círculos, quadrados e triângulos, por
vezes com gradações de cores puras, para criar imagens abstratas e
ondulantes.
Victor Vasarely
OPTICAL ARTOPTICAL ARTARTE CONTEMPORÂNEA  Planaridade?
Cildo Meireles
Inserções em Circuitos Ideológicos - 2.
Projeto Coca-Cola , 1971
inscrições em garrafas de vidro
“(...) as ‘Inserções em circuitos ideológicos’ nasceram da necessidade de se criar um sistema de
circulação, de troca de informações, que não dependesse de nenhum tipo de controle centralizado. Uma
língua. Um sistema que, na essência, se opusesse ao da imprensa, do rádio, da televisão, exemplos
típicos de media que atingem de fato um público imenso, mas em cujo sistema de circulação está sempre
presente um determinado controle e um determinado afunilamento da inserção. Quer dizer, neles a
'inserção' é exercida por uma elite que tem acesso aos níveis em que o sistema se desenvolve:
sofisticação tecnológica envolvendo alta soma de dinheiro e/ou poder. (...)”
Cildo Meireles
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Cildo Meireles
Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto
Cédula (Quem Matou Herzog?)
1970
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Cildo Meireles
Babel (2001)
Instalacão com rádios
Paulo Bruscky
Confirmado: é arte
Carimbo e decalque sobre
cartão postal, 1977.
Artista multimídia, natural de Recife, desenvolveu
trabalho pioneiro no país ao utilizar as máquinas
copiadoras (xerox) no processo de criação. Realizou
filmes, vídeos e inúmeros livros de artista, organizou
importantes exposições de livros de artista e a primeira
exposição internacional de arte em out door no Recife
“Artedoors” em 1981. Nesse mesmo ano recebeu o
prêmio Guggenheim de Artes Visuais e, nesse período,
desenvolveu suas pesquisas em Nova York e Amsterdã.
Vive e trabalha em Recife.
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Arte postal é toda e qualquer postagem que
incorpore um, vários ou todos os elementos que
possam constituir uma postagem ‘real’ como parte
de sua mensagem. Ou seja, a arte postal é a arte que
faz uso do Correio, ou da postagem.
Ulises Carrion
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Piero Manzoni
Base do Mundo
1961
Ferro e bronze
82x100x100cm
Em 1960, Piero Manzoni criou suas primeiras “Esculturas Vivas”, assinando
pessoas. Inicialmente eram modelos contratados pelo artista. Em seguida,
passou a assinar o próprio público que freqüentava suas exposições. Logo
Manzoni começou a construir suas “Bases Mágicas”(mágica por transformar
em arte tudo que fosse colocado encima), pedestais que continham o desenho
de pegadas, onde a pessoa deveria se posicionar para que, enquanto estivesse
ali, se transformasse em obra de arte. Em ambos os casos a pessoa recebia um
certificado de autenticidade da obra.
O auge desta atitude de Manzoni é atingido em “Base do Mundo”, uma base
mágica em maior escala, de ferro, colocada de cabeça pra baixo no Parque
Herning, na Dinamarca, que dá suporte ao mundo inteiro.
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Nam June Paik
Nam June Paik nasceu em 20 de junho de 1932, em Seul. Em
1950, sua família deixou o país, fugindo da Guerra da Coréia,
e se instalou em Hong Kong e depois no Japão. Em 1964, foi
viver em Nova York.
Nesse percurso, estudou música experimental, conheceu compositores contemporâneos de
vanguarda como Karlheinz Stockhausen e John Cage, associou-se ao movimento artístico radical
Fluxus, fez projetos de performance em vídeo com artistas diversos como Laurie Anderson, Yoko
Ono, David Bowie e a violoncelista Charlotte Moorman.
Sua obra "TV
Magnet", de 1963, é
considerada o marco
inicial da chamada
videoarte.
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Nam June Paik e Charlotte Moorman
TV Cello, 1971
Nam June Paik
'The More The Better'[1988]
Instalação com 1003 monitores de tv.
Paik foi ainda pioneiro no uso de satélites de telecomunicação em projetos artísticos e chegou a
transformar a rotunda do Museu Guggenheim nova-iorquino em um espaço de experiência audiovisual.
ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Training in Assertive Hospitality
Fresco and Performance at
Wal-mart in Skowhegan, Maine
ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia | Pluralidade DANIEL
BOZHKOV
Darth Vader Tries to Clean the
Black Sea With Brita Filter
2000
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Pluralidade | Democratização
DANIEL
BOZHKOV
O ponto de partida da obra de Minerva Cuevas é a intervenção artística e política em espaços que
vão do ambiente virtual da internet, ao tecido urbano e os museus. Com o projeto Mejor Vida
Corp., lançou em 1998 uma “companhia” que distribui produtos e serviços gratuitamente. Entre
eles estão tíquetes de metrô, carteiras de estudante, cartas de recomendação e adesivos com
códigos de barras que dão desconto nos supermercados
Patria I, 2005
Taco de ojo -
Graphic
archive under
public
domain.
MINERVA CUEVASARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Tepito, 2005.
MINERVA CUEVASARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
Vik Muniz
Medusa Marinara
1997
Vik Muniz
Narcissus, after Caravaggio
Pictures of Junk series, 2005
Vik Muniz
Double Mona Lisa after Warhol
21,9 x152,4 cm, 1999
VIK MUNIZ
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação | Efemeridade
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação PHIL HANSEN
Foram feitos retratos
pontilhizados de cada
vítima do Assassino do Rio
Verde (The Green River
Killer). Feito isso, os
retratos foram, um por um,
recortados e colados à mão
para formar a figura de
Gary Ridgeway. Há mais
ou menos 12.000 retratos
das vítimas nesta obra.
48 Mulheres
305cm x 193cm
ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação PHIL HANSEN
Este retrato do presidente George W. Bush
foi feito com nomes de soldados mortos na
guerra do Iraque.
Detalhe do desenho
Até 30/04/2005
178cm x 229cm
ARTE CONTEMPORÂNEA  Democratização | Ação | Efemeridade GIA
ARTE CONTEMPORÂNEA  Democratização | Ação | Efemeridade GIA
Luz/Zul, 2003, projeção e vinil adesivo, 60 m2, "Claraluz ",
Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP, Brasil.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Contaminação | Pluralidade REGINA SILVEIRA
Transit, 2001, projeção, medidas variáveis,
"Rede de Tensão",
Bienal 50 Anos, São Paulo, SP, Brasil.
Performance mecatrónica interactiva presentada
por primera vez en 1994. Un robot corporal en
forma de exoesqueleto neumático que permite al
espectador a través del ratón, controlar el cuerpo
del performer.
La performance Epizoo permite al espectador
controlar el cuerpo de Marcel.lí a través de un
sistema mecatrónico. Este sistema consta de un
robot corporal de forma exoesquelética que viste
el artista, un ordenador, un dispositivo de control
mecánico, una pantalla de proyección vertical,
dos torres de iluminación y un equipo de sonido.
ARTE CONTEMPORÂNEA  Contaminação | Pluralidade | Efemeridade
MARCE-LÍ
ANTÚNEZ ROCA
Sugestões de sites:Sugestões de sites:
• Arte Moderna – Giulio Carlo Argan – Cia. das Letras
• Modernismo em disputa: a arte desde os anos quarenta – Paul Wood – São
Paulo – Cosac & Naify, 1998.
• Arte Contemporânea: uma introdução – Anne Cauquelin – Ed. Martins Fontes.
• Após o Fim da Arte – Arthur Danto – Edusp-Odysseus.
•• www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfmwww.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm
•• www.bienalmercosul.art.brwww.bienalmercosul.art.br
•• www.artcyclopedia.com (em inglês)www.artcyclopedia.com (em inglês)
Sugestões de leitura:Sugestões de leitura:

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Da arte moderna à contemporânea

  • 1. Da Arte Moderna àDa Arte Moderna à Arte ContemporâneaArte Contemporânea Profª Rafaela SilvaProfª Rafaela Silva Disciplina de ArtesDisciplina de Artes 1º Ano do Ensino Médio1º Ano do Ensino Médio
  • 2. Vik Muniz Double Mona Lisa after Warhol 21,9 x152,4 cm, 1999 Regina Silveira LUZ/ZUL 2002 Marcel-lí Antunez Roca Interactive Mechatronic Performance, 1999 Se estas três “obras” são classificadas como arte contemporânea, o que elas têm em comum? E quais são suas diferenças? DesenhoDesenho InstalaçãoInstalação PerformancePerformance
  • 3. Anne Cauquelin – “Arte contemporânea: uma introdução.” Segundo a autora, o estranhamento em relação à arte contemporânea se dá pela falta de informação, pelo desconhecimento dos dois diferentes modelos: ARTE MODERNAARTE MODERNA ARTE CONTEMPORÂNEAARTE CONTEMPORÂNEA Sociedade de consumo REGIME DE CONSUMO Sociedade de comunicação REDE Produtor  Intermediário  Consumidor Produtor: Artista Intermediário: Marchand, crítico e curador. Consumidor: Colecionador e público em geral. A obra como um produto e o público distanciado dela. Esta obra está inserida em uma instituição de arte, como um Museu, uma galeria ou uma universidade. Os diversos papéis podem ser desempenhados por todos envolvidos nesta rede. O sistema é aberto, funciona como uma rede, se espalha, inclusive por meios que não são considerados artísticos. A arte é democratizada. Muitas obras dependem da participação do público. A obra pode estar em todos os lugares, no museu, na rua, na internet.. | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |
  • 4. Diferentes características: Pluralidade | Diversidade Desmaterialização Contaminação | Impureza Efemeridade Valorização da idéia Ação ARTE MODERNAARTE MODERNA ARTE CONTEMPORÂNEAARTE CONTEMPORÂNEAX Autocrítica Planaridade Pureza Qualidade Independência Abstração (Segundo Clemente Greenberg) (Segundo Anne Cauquelin e Arthur Danto)
  • 5. No ensaio A Pintura Modernista, o crítico formalista Clement Greenberg, estabelece os principais critérios da leitura formalista da obra de arte moderna: “O modernismo critica do interior, mediante os próprios procedimentos do que está sendo criticado (...) [As artes demostraram que] o tipo de experiência que propiciavam era válido por si mesmo e não podia ser obtido a partir de nenhum outro tipo de atividade. (...) A tarefa de autocrítica passou a ser a de eliminar (...) de cada arte todo e qualquer efeito que se pudesse imaginar ter sido tomado dos meios de qualquer outra arte. Assim, cada arte se tornaria ‘pura’ e nessa pureza iria encontrar a garantia de seus padrões de qualidade, bem como sua independência. ‘Pureza’ significa autodefinição e a missão de autocrítica nas artes se tornou uma missão de autodefinição radical”. Greenberg segue detalhando sua definição de ‘pureza’: “Foi em nome do pura e literalmente ótico (...) que os impressionistas puseram-se a minar o sombreado, a modelagem, e tudo mais na pintura que parecesse sugerir o escultural.”. Clement Greenberg Fragmento do texto de Maria Helena Bernardes, resumindo e comentando o livro Modernismo em Disputa, de Paul Wood.
  • 6. John Constable Hadleigh Castle 1829 ROMANTISMOROMANTISMOARTE MODERNA  Autocrítica Os românticos assumem uma atitude crítica em relação às convenções artísticas e aos temas oficiais impostos pelas academias de arte, produzindo pinturas históricas sobre temas da vida moderna.
  • 7. Eugène Delacroix A Liberdade Guiando o Povo 1831 ARTE MODERNA  Autocrítica ROMANTISMOROMANTISMO Sentindo-se um pouco culpado pela sua pouca participação nos acontecimentos do país, Delacroix pintou A Liberdade Guiando o Povo (1831), um quadro que o estado adquiriu e que foi exibido poucas vezes, por ter sido considerado excessivamente panfletário. O certo é que a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um número não pequeno de espectadores.
  • 8. ARTE MODERNA  Autocrítica O realismo de Gustave Courbet exemplifica, um pouco mais tarde, outra direção tomada pela representação do povo e do cotidiano. As três telas do pintor expostas no Salão de 1850, Enterro em Ornans, Os Camponeses em Flagey e Os Quebradores de Pedras, marcam o compromisso de Courbet com o programa realista, pensado como forma de superação das tradições clássica e romântica, assim como dos temas históricos, mitológicos e religiosos. REALISMOREALISMO
  • 9. ARTE MODERNA  Autocrítica Gustave Courbet The Stone Breakers 1849 REALISMOREALISMO
  • 10. REALISMOREALISMOARTE MODERNA  Autocrítica O rompimento com os temas clássicos vem acompanhado na arte moderna pela superação das tentativas de representar ilusionisticamente um espaço tridimensional sobre um suporte plano. A consciência da tela plana, de seus limites e rendimentos inaugura o espaço moderno na pintura, verificado inicialmente com a obra de Éduard Manet (1832 - 1883). Edouard MANET "Le Fifre " 1866 161 x 97 cm Edouard Manet L'Exécution de Maximilien, 1868-1869
  • 11. REALISMOREALISMOARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade As pinturas de Manet, na década de 1860, lidam com vários temas relacionados à visão baudelairiana de modernidade e aos tipos da Paris moderna: boêmios, ciganos, burgueses empobrecidos etc. Além disso, obras como Dejeuner sur L´Herbe [Piquenique sobre a relva] (1863) desconcertam não apenas pelo tema (uma mulher nua, num bosque, conversa com dois homens vestidos), mas também pela composição formal: as cores planas sem claro-escuro nem relevos; a luz que não tem a função de destacar ou modelar as figuras; a indistinção entre os corpos e o espaço num só contexto. Segundo o crítico norte-americano Clement Greenberg, "as telas de Manet tornaram-se as primeiras pinturas modernistas em virtude da franqueza com a qual elas declaravam as superfícies planas sob as quais eram pintadas".
  • 12. Alfred Sisley Garden Path in Louveciennes (Chemin de l'Etarche) 1873, 64 x 46 cm Edouard Manet "Argenteuil " 1874 145 x 113 cm Claude Monet Impressão Sol nascente, 1872 óleo sobre tela, 48x63 cm IMPRESSIONISMOIMPRESSIONISMOARTE MODERNA  Autocrítica As pesquisas de Manet são referências para o impressionismo de Claude Monet, Pierre Auguste Renoir, Edgar Degas, Camille Pissarro, Paul Cézanne, entre muitos outros. A preferência pelo registro da experiência contemporânea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas, a suspensão dos contornos e dos claro-escuros em prol de pinceladas fragmentadas e justapostas, o aproveitamento máximo da luminosidade e uso de cores complementares favorecidos pela pintura ao ar livre constituem os elementos centrais de uma pauta impressionista mais ampla explorada em distintas dicções.
  • 13. NEOIMPRESSIONISMONEOIMPRESSIONISMO Georges Seurat Um Domingo de verão na Grande Jatte 1884 Paul Signac Les pins parasols aux Canoubiers 1897 Em Seurat e Paul Signac (1863-1935) o rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se pelo acento colocado na pesquisa científica da cor, que dá origem ao chamado pontilhismo. Aí, os trabalhos se orientam a partir de um método preciso: trata-se de dividir os tons em seus componentes fundamentais. As inúmeras manchas de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se a unidade do tom, longe do uso não sistemático de cores. ‘Um Domingo de verão na Grande Jatte’ de Seurat, exposta na última mostra impressionista de 1886, anuncia o neo-impressionismo, explicitando divergências no interior do movimento que reuniu Claude Monet (1840-1926), Pierre Auguste Renoir (1841-1919), Edgar Degas (1834-1917) e tantos outros. ARTE MODERNA  Autocrítica
  • 14. Paul Gauguin A visão após o sermão- Jacó e o anjo 1888 Paul Cezanne Le Mont Sainte-Victoire vu de la carriere Bibemus 1897 64.8 X 81.3 cm Van Gogh "Noon: rest from work" 1889-90 PÓS - IMPRESSIONISMOPÓS - IMPRESSIONISMOARTE MODERNA  Autocrítica Longe de indicar um grupo coeso e articulado, o termo se dirige ao trabalho de pintores que, entre 1880 e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas. A noção é cunhada pelo crítico britânico Roger Eliot Fry (1866-1934) quando da exposição ‘Manet e os pós- impressionistas’, realizada nas Grafton Galleries, em Londres, 1910, que incluía pinturas de Paul Cézanne (1839-1906), Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903), considerados as figuras centrais da nova atitude crítica em relação ao programa impressionista.
  • 15. Pablo Picasso Accordionist, 1911 CUBISMOCUBISMO Georges Braque Woman with a guitar Paris, 1913 ARTE MODERNA  Autocrítica | Abstração O advento do cubismo em 1907, com o célebre quadro de Pablo Picasso (1881-1973), Les Demoiselles d'Avignon, marca a crise do fauvismo. Se o cubismo partilha com o fauvismo a idéia de que o quadro é uma estrutura autônoma - ele não representa a realidade, mas é uma realidade própria -, as pesquisas cubistas caminham em direção diversa, rumo à construção de espaços por meio de volumes, da decomposição de planos e das colagens. A ruptura empreendida pelo cubismo encontra suas fontes primeiras na obra de Paul Cézanne (1839 - 1906) - e em sua forma de construção de espaços por meio de volumes e da decomposição de planos - e também na arte africana, máscaras, fotografias e objetos.
  • 16. FAUVISMOFAUVISMO Gauguin descobre a novidade das obras de Cézanne e delas tira proveito particular. Explora, como ele, um estilo anti-naturalista, mas o faz pelo uso de áreas de cores puras e planas, já nas obras que realiza em Pont-Aven (por exemplo, A visão após o sermão- Jacó e o anjo, 1888). A ida do pintor para o Taiti em 1891, abre suas pesquisas à cultura plástica dos primitivos, o que se revela no uso de cores vibrantes e na simplificação do desenho. Te tamari no atua (Natividade), 1896. O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem como eixo comum a exploração das amplas possibilidades colocadas pela utilização da cor. A liberdade com que usam tons puros, nunca mesclados, manipulando-os arbitrariamente, longe de preocupações com verossimilhança, dá origem a superfícies planas, sem claros- escuros ilusionistas. Como afirma Matisse a respeito de A Dança (1910): "para o céu um belo azul, o mais azul dos azuis, e o mesmo vale para o verde da terra, para o vermelhão vibrante dos corpos". ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade
  • 17. A convivência e colaboração estabelecida entre Gauguin e Van Gogh - sobretudo a partir de 1888, quando o pintor holandês se instala em Arles - não impede a localização de flagrantes diferenças existentes entre os seus trabalhos. As linhas e cores de Gauguin parecem suaves diante do vigor expressivo dos coloridos de Van Gogh. As pinceladas em redemoinho e a explosão de cores em telas como Trigal com ciprestes (1889) e Estrada com ciprestes e estrelas (1890) - isso para não falar nos célebres Girassóis e Noite estrelada, dessa mesma época - auxiliam a localizar o timbre expressionista da produção de Van Gogh. ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade Edvard Munch The Dance of Life 1899-1900 EXPRESSIONISMOEXPRESSIONISMO
  • 18. Emil Nolde The Last Supper, 1909 A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, em sua problematização do isolamento do homem frente à natureza, assim como na defesa de uma poética sensível à expressão do irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa matriz, o pós-impressionismo de Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903). O pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944) é talvez a maior referência do expressionismo alemão. As dramaturgias de Ibsen e Strindberg, bem como as obras de Van Gogh e Gauguin marcam decisivamente os trabalhos de Munch, em sua ênfase no sentido trágico da vida. ARTE MODERNA  Autocrítica | Planaridade EXPRESSIONISMOEXPRESSIONISMO Ernst Kirchner Two Women in the Street, 1914
  • 19. Wassily Kandinsky Primeira aquarela abstrata 1910 Wassily Kandinsky Improvisation 7 1910 ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO INFORMALINFORMAL Em sentido amplo, abstracionismo refere-se às formas de arte não regidas pela figuração e pela imitação do mundo. Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas européias das décadas de 1910 e 1920, que recusam a representação ilusionista da natureza. A decomposição da figura, a simplificação da forma, os novos usos da cor, o descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem como traços recorrentes das diferentes orientações abrigadas sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas aderem à abstração, que se torna, a partir da década de 1930, um dos eixos centrais da produção artística no século XX.
  • 20. ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO GEOMÉTRICOGEOMÉTRICO Suprematismo: o suprematismo de Malevich vai defender uma arte livre de finalidades práticas e comprometida com a pura visualidade plástica. Trata-se de romper com a idéia de imitação da natureza, com as formas ilusionistas, com a luz e cor naturalistas - experimentadas pelo impressionismo - e com qualquer referência ao mundo objetivo, que o cubismo de certa forma ainda alimenta. . Kazimir Malevitch Supremus n°58 1916 ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração
  • 21. Mill in Sunlight, 1908 ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO GEOMÉTRICOGEOMÉTRICO ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração Árvore vermelha, 1908 Árvore cinza, 1911 Macieira, 1912 Composição com linhas e cores, 1913 Piet Mondrian
  • 22. ABSTRACIONISMOABSTRACIONISMO GEOMÉTRICOGEOMÉTRICO ARTE MODERNA  Planaridade | Abstração Composition with Red, Blue, Black, Yellow, and Gray. 1921. Neoplasticismo: O termo liga-se diretamente às novas formulações plásticas de Piet Mondrian e Theo van Doesburg e sua origem remete à revista De Stijl (O Estilo) criada pelos dois artistas holandeses em 1917, em cujo primeiro número Mondrian publica ‘A nova plástica na pintura’. O movimento se organiza, segundo Van Doesburg, em torno da necessidade de "clareza, certeza e ordem" e tem como propósito central encontrar uma nova forma de expressão plástica, liberta de sugestões representativas e composta a partir de elementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul, vermelho e amarelo -, além do preto, branco e cinza.
  • 23. Ao contrário de outras correntes artísticas, o dadaísmo apresenta-se como um movimento de crítica cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, passados e presentes. Trata-se de um movimento radical de contestação de valores que utilizou variados canais de expressão: revistas, manifestos, exposições, entre outros. As manifestações dos grupos dada são intencionalmente desordenadas e pautadas pelo desejo do choque e do escândalo, procedimentos típicos das vanguardas de um modo geral. Jean (Hans) Arp Before my Birth 1914 Francis PICABIA "Fille née sans mère" 1916-1918 Marcel Duchamp Fonte 1917 ARTE MODERNA  Autocrítica | Ruptura DADAÍSMODADAÍSMO
  • 24. O termo, cunhado por André Breton (1896-1966) a partir da idéia de 'estado de fantasia supernaturalista' de Guillaume Apollinaire (1880-1918), traz consigo um sentido de afastamento da realidade ordinária que o movimento surrealista celebra desde o primeiro manifesto, de 1924. A importância do mundo onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada já no texto inaugural, se relaciona diretamente ao uso livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud (1856-1939) e da psicanálise, permitindo-lhes explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente. Salvador Dalí Leda atómica 1949 René Magritte Amantes II ARTE MODERNA  Autocrítica | Ruptura SURREALISMOSURREALISMO
  • 25. EXPRESSIONISMOEXPRESSIONISMO ABSTRATOABSTRATO Jackson Pollock (1912-1956) working in his studio in 1950. Trata-se do primeiro estilo pictórico norte- americano a obter reconhecimento internacional. Os Estados Unidos surgem como nova potência mundial e centro artístico emergente, beneficiado, em larga medida, pela emigração de intelectuais e artistas europeus. A recusa dos estilos e técnicas artísticas tradicionais, assim como a postura crítica em relação à sociedade e ao establishment americano, aproxima um grupo bastante heterogêneo de artistas. Se é difícil falar em único estilo diante da diversidade das obras produzidas, algumas figuras e técnicas acabaram diretamente associadas ao expressionismo abstrato, por exemplo J. Pollock e sua “pintura de ação” (action paiting). ARTE MODERNA  Abstração | Planaridade
  • 26. POP ARTPOP ART Andy Warhol, Four Marilyns 1962. ARTE CONTEMPORÂNEA  Pluralidade | Diversidade Andy Warhol, Brillo Box, 1964. Na década de 1960 os artistas defendem uma arte popular (pop), que se comunique diretamente com o público por meio de signos e símbolos retirados do imaginário que cerca a cultura de massas e a vida cotidiana. A defesa do popular traduz uma atitude artística contrária ao hermetismo da arte moderna. Nesse sentido, a arte pop se coloca na cena artística que tem lugar em fins da década de 1950, como um dos movimentos que recusa a separação arte/vida. E o faz - eis um de seus traços característicos - pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema.
  • 27. Bridget Riley Blaze 3, 1963 Nascida em Londres em 1931, Riley pretendeu representar o movimento com a utilização seqüencial de elementos gráficos, como faixas que se sobrepõem, curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados ou triângulos que se repetem exaustivamente. Bridget Riley OPTICAL ARTOPTICAL ARTARTE CONTEMPORÂNEA  Planaridade?
  • 28. Pintor e escultor húngaro de origem francesa, considerado o "pai da OP ART", nasceu em Pécs na Hungria. Entre 1946 e 1948, depois de um período de expressão figurativa, decidiu optar por uma arte construtivista e geométrica abstrata. Seus quadros combinam variações de círculos, quadrados e triângulos, por vezes com gradações de cores puras, para criar imagens abstratas e ondulantes. Victor Vasarely OPTICAL ARTOPTICAL ARTARTE CONTEMPORÂNEA  Planaridade?
  • 29. Cildo Meireles Inserções em Circuitos Ideológicos - 2. Projeto Coca-Cola , 1971 inscrições em garrafas de vidro “(...) as ‘Inserções em circuitos ideológicos’ nasceram da necessidade de se criar um sistema de circulação, de troca de informações, que não dependesse de nenhum tipo de controle centralizado. Uma língua. Um sistema que, na essência, se opusesse ao da imprensa, do rádio, da televisão, exemplos típicos de media que atingem de fato um público imenso, mas em cujo sistema de circulação está sempre presente um determinado controle e um determinado afunilamento da inserção. Quer dizer, neles a 'inserção' é exercida por uma elite que tem acesso aos níveis em que o sistema se desenvolve: sofisticação tecnológica envolvendo alta soma de dinheiro e/ou poder. (...)” Cildo Meireles ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia Cildo Meireles Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Cédula (Quem Matou Herzog?) 1970
  • 30. ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia Cildo Meireles Babel (2001) Instalacão com rádios
  • 31. Paulo Bruscky Confirmado: é arte Carimbo e decalque sobre cartão postal, 1977. Artista multimídia, natural de Recife, desenvolveu trabalho pioneiro no país ao utilizar as máquinas copiadoras (xerox) no processo de criação. Realizou filmes, vídeos e inúmeros livros de artista, organizou importantes exposições de livros de artista e a primeira exposição internacional de arte em out door no Recife “Artedoors” em 1981. Nesse mesmo ano recebeu o prêmio Guggenheim de Artes Visuais e, nesse período, desenvolveu suas pesquisas em Nova York e Amsterdã. Vive e trabalha em Recife. ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 32. Arte postal é toda e qualquer postagem que incorpore um, vários ou todos os elementos que possam constituir uma postagem ‘real’ como parte de sua mensagem. Ou seja, a arte postal é a arte que faz uso do Correio, ou da postagem. Ulises Carrion ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 33. Piero Manzoni Base do Mundo 1961 Ferro e bronze 82x100x100cm Em 1960, Piero Manzoni criou suas primeiras “Esculturas Vivas”, assinando pessoas. Inicialmente eram modelos contratados pelo artista. Em seguida, passou a assinar o próprio público que freqüentava suas exposições. Logo Manzoni começou a construir suas “Bases Mágicas”(mágica por transformar em arte tudo que fosse colocado encima), pedestais que continham o desenho de pegadas, onde a pessoa deveria se posicionar para que, enquanto estivesse ali, se transformasse em obra de arte. Em ambos os casos a pessoa recebia um certificado de autenticidade da obra. O auge desta atitude de Manzoni é atingido em “Base do Mundo”, uma base mágica em maior escala, de ferro, colocada de cabeça pra baixo no Parque Herning, na Dinamarca, que dá suporte ao mundo inteiro. ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 34. Nam June Paik Nam June Paik nasceu em 20 de junho de 1932, em Seul. Em 1950, sua família deixou o país, fugindo da Guerra da Coréia, e se instalou em Hong Kong e depois no Japão. Em 1964, foi viver em Nova York. Nesse percurso, estudou música experimental, conheceu compositores contemporâneos de vanguarda como Karlheinz Stockhausen e John Cage, associou-se ao movimento artístico radical Fluxus, fez projetos de performance em vídeo com artistas diversos como Laurie Anderson, Yoko Ono, David Bowie e a violoncelista Charlotte Moorman. Sua obra "TV Magnet", de 1963, é considerada o marco inicial da chamada videoarte. ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 35. Nam June Paik e Charlotte Moorman TV Cello, 1971 Nam June Paik 'The More The Better'[1988] Instalação com 1003 monitores de tv. Paik foi ainda pioneiro no uso de satélites de telecomunicação em projetos artísticos e chegou a transformar a rotunda do Museu Guggenheim nova-iorquino em um espaço de experiência audiovisual. ARTE CONCEITUALARTE CONCEITUALARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 36. Training in Assertive Hospitality Fresco and Performance at Wal-mart in Skowhegan, Maine ARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia | Pluralidade DANIEL BOZHKOV
  • 37. Darth Vader Tries to Clean the Black Sea With Brita Filter 2000 ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Pluralidade | Democratização DANIEL BOZHKOV
  • 38. O ponto de partida da obra de Minerva Cuevas é a intervenção artística e política em espaços que vão do ambiente virtual da internet, ao tecido urbano e os museus. Com o projeto Mejor Vida Corp., lançou em 1998 uma “companhia” que distribui produtos e serviços gratuitamente. Entre eles estão tíquetes de metrô, carteiras de estudante, cartas de recomendação e adesivos com códigos de barras que dão desconto nos supermercados Patria I, 2005 Taco de ojo - Graphic archive under public domain. MINERVA CUEVASARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 39. Tepito, 2005. MINERVA CUEVASARTE CONTEMPORÂNEA  Valorização da idéia
  • 40. Vik Muniz Medusa Marinara 1997 Vik Muniz Narcissus, after Caravaggio Pictures of Junk series, 2005 Vik Muniz Double Mona Lisa after Warhol 21,9 x152,4 cm, 1999 VIK MUNIZ ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação | Efemeridade
  • 41. ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação PHIL HANSEN Foram feitos retratos pontilhizados de cada vítima do Assassino do Rio Verde (The Green River Killer). Feito isso, os retratos foram, um por um, recortados e colados à mão para formar a figura de Gary Ridgeway. Há mais ou menos 12.000 retratos das vítimas nesta obra. 48 Mulheres 305cm x 193cm
  • 42. ARTE CONTEMPORÂNEA  Diversidade | Contaminação PHIL HANSEN Este retrato do presidente George W. Bush foi feito com nomes de soldados mortos na guerra do Iraque. Detalhe do desenho Até 30/04/2005 178cm x 229cm
  • 43. ARTE CONTEMPORÂNEA  Democratização | Ação | Efemeridade GIA
  • 44. ARTE CONTEMPORÂNEA  Democratização | Ação | Efemeridade GIA
  • 45. Luz/Zul, 2003, projeção e vinil adesivo, 60 m2, "Claraluz ", Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, SP, Brasil. ARTE CONTEMPORÂNEA  Contaminação | Pluralidade REGINA SILVEIRA Transit, 2001, projeção, medidas variáveis, "Rede de Tensão", Bienal 50 Anos, São Paulo, SP, Brasil.
  • 46. Performance mecatrónica interactiva presentada por primera vez en 1994. Un robot corporal en forma de exoesqueleto neumático que permite al espectador a través del ratón, controlar el cuerpo del performer. La performance Epizoo permite al espectador controlar el cuerpo de Marcel.lí a través de un sistema mecatrónico. Este sistema consta de un robot corporal de forma exoesquelética que viste el artista, un ordenador, un dispositivo de control mecánico, una pantalla de proyección vertical, dos torres de iluminación y un equipo de sonido. ARTE CONTEMPORÂNEA  Contaminação | Pluralidade | Efemeridade MARCE-LÍ ANTÚNEZ ROCA
  • 47. Sugestões de sites:Sugestões de sites: • Arte Moderna – Giulio Carlo Argan – Cia. das Letras • Modernismo em disputa: a arte desde os anos quarenta – Paul Wood – São Paulo – Cosac & Naify, 1998. • Arte Contemporânea: uma introdução – Anne Cauquelin – Ed. Martins Fontes. • Após o Fim da Arte – Arthur Danto – Edusp-Odysseus. •• www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfmwww.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm •• www.bienalmercosul.art.brwww.bienalmercosul.art.br •• www.artcyclopedia.com (em inglês)www.artcyclopedia.com (em inglês) Sugestões de leitura:Sugestões de leitura: