SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 47
AULA DE FARMACOLOGIA: ANESTÉSICOS
Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Farmacologia
Prof. Dr. Mauro Cunha Xavier Pinto
Contato: pintomcx@ufg.br
Roteiro – Anestésicos
Parte 3- Agentes anestésicos gerais
1- Tipos de anestesia
2- Tipos de anestésicos gerais
3- Estágios da anestesia
4- Fases da anestesia
5- Fármacos adjuvantes da anestesia
6- Mecanismos farmacológicos dos
anestésicos gerais
7- Solubilidade Lipídica
8- Efeitos em canais iônicos
9- Aspectos farmacocinéticos
10- Agentes anestésicos intravenosos
11- Anestésicos inalatórios
Parte 1- Dor e anestesia
1- Transmissão da dor para os centros
superiores;
2- Potencial de ação
3- Canais de sódio dependentes de voltagem
4- Receptores inotrópicos e Transmissão
sináptica
Parte 2- Anestésicos Locais
1- Histórico
2- Usos Clínicos
3- Aspectos Químicos
4- Farmacocinética
5- Farmacodinâmica
6- Ações Farmacológicas
7- Efeitos colaterais
Dor e anestesia
As terminações nervosas periféricas nociceptivas respondem a estímulos nocivos como:
•Mecânicos: Lesão do tecido.
•Térmicos: Temperaturas superiores à 42°C e inferiores à 16°C.
•Químicos: ↓ pH, Cininas e ↑ ATP.
Transmissão da dor para os centros superiores
Neurotransmissão GabaérgicaNeurotransmissão Glutamatérgica
Receptores inotrópicos e Transmissão sináptica
Transmissão da dor para os centros superiores
Potencial de ação
Canais de sódio dependentes de voltagem
Anestésicos
Tipos de anestesia
Anestesia parcial
(Bloqueios periféricos,
anestesia peridural e
anestesia raquidiana)
Anestesia local Anestesia Geral
Anestésicos Locais
Anestésicos Locais & Histórico
Aplaca a fome e a fadiga. Causa
entorpecimento da língua e boca.
Cocaína
Karl Koller 
1884 - Cocaína como
anestésico oftalmológico.
Procaína
1905 – Substituto sintético com
menos efeitos colaterais.
Anestésicos Locais & Aspectos Químicos
Os anestésicos locais são moléculas anfifílicas com um grupo aromático hidrofóbico e um grupo
básico amina.
Os anestésicos locais são bases fracas (pKa entre 8 e 9), que provavelmente atuam em sua forma
catiônica, mas precisam alcançar seu local de ação, atravessando a bainha nervosa e a membrana
axônica, na forma química não ionizada.
Anestésicos Locais & Aspectos Químicos
Anestésicos Locais & Farmacocinética
Fatores que interferem a ação dos
anestésicos locais:
Concentração do anestésico
Tamanho da molécula
Quanto menor a molécula mais rápida sua
ação.
O pH do meio
Influencia o grau de ionização das
moléculas
Solubilidade lipídica
Para atravessar as bainha de mielina
Tipos de fibras bloqueadas
Fibras finas e lentas: Ação rápida
Fibras grossas e rápidas: Ação lenta
Anestésicos Locais & Farmacocinética
Anestésicos Locais & Farmacocinética
Os anestésicos locais são ésteres ou amidas.
• Ésteres são rapidamente hidrolisados no plasma ou tecido.
• As amidas são metabolizadas no fígado.
As meias-vidas plasmáticas, em geral, são curtas, de cerca de 1-2
horas.
O uso da epinefrina e a felipressina (vasoconstritores) podem
aumentar a ação dos anestésicos locais.
Anestésicos Locais & Farmacodinâmica
 Os anestésicos locais impedem a
geração do potencial de ação por
bloqueio dos canais de sódio.
 Muitos anestésicos locais mostram
dependência do uso (a profundidade do
bloqueio aumenta com a frequência do
potencial de ação). Isso ocorre:
• Porque as moléculas de anestésico têm
acesso ao canal mais rapidamente
quando ele está aberto
• Porque as moléculas de anestésico têm
afinidade maior por canais inativados
do que por canais em repouso.
Anestésicos Locais & Farmacodinâmica
Anestésicos Locais & Ações Farmacológicas
1- Ações sobre os nervos
Os anestésicos locais agem em todos os nervos. Sequência do
bloqueio: Dor, frio, calor, tato, compressão profunda e função motora:
•As fibras menores (Aferentes da dor) são bloqueadas primeiro.
•As fibras maiores (tato e função motora) são bloqueadas depois.
•As fibras mielinizadas também são sensíveis.
2- Ações sobre outras membranas excitáveis
Junções neuro/efetoras (músculo estriado) são sensíveis as ações
bloqueadoras dos anestésicos locais, mas sem significado clínico
relevante.
As ações sobre as fibras cardíacas tem importância (Lidocaína possui
ação antiarrítmica).
Anestésicos Locais & Usos Clínicos
São fármacos que inibem reversivelmente os processos de excitação e condução do impulso
nervoso ao longo das fibras nervosas, sem produzir inconsciência.
Anestesia infiltrativa
Após a injeção o anestésico atinge a região por infusão, bloqueando a condução nervosa local.
Via de regra, qualquer droga utilizada agirá com rapidez – Ex: Lidocaína a 1 %
Bloqueio de nervo periférico
Técnica que exige conhecimento anatômico da região (vias nervosas). Nesse tipo, a quantidade
de anestésico é pequena.
Bloqueio no conduto vertebral
Anestesia peridural
Anestesia raquidiana
Anestesia tópica
Usado na forma liquida ou gel. Os melhores agentes são: Tetracaína e lidocaína.
Outros usos dos anestésicos locais
Antiarrítmicos: Lidocaína age de maneira semelhante a quinidina. É indicada nas arritmias
ventriculares.
Anestésicos Locais & Efeitos colaterais
Os efeitos adversos devem-se principalmente ao escape de anestésicos locais para a
circulação sistêmica. Os principais efeitos adversos são:
Efeitos sobre o sistema nervoso central
•Agitação;
•Confusão;
•Tremores;
•Convulsões;
•Depressão respiratória.
Efeitos cardiovasculares
•Depressão do miocárdio
•Vasodilatação e queda da pressão arterial.
Reações ocasionais de hipersensibilidade
Agentes anestésicos gerais
Tipos de anestésicos gerais
A anestesia geral é uma completa, contínua e reversível depressão das funções
do SNC, que leva a perda da consciência, analgesia e perda da atividade
muscular.
Os anestésicos intravenosos são usados para indução da anestesia (p. ex., propofol
ou tiopental); Também podem ser usados para manutenção da anestesia em
procedimentos de baixa complexidade.
Os anestésicos inalatórios (gases ou líquidos voláteis) são usados para a manutenção
da anestesia.
Estágios da anestesia
Fármacos adjuvantes da anestesia
 Benzodiazepínicos (Ansiedade);
 Barbitúricos (Sedação);
 Anti-histamínicos (Evitar reações alérgicas);
 Antieméticos (Prevenir náuseas e vômitos);
 Opioides (Promover analgesia);
 Relaxantes musculares (Facilitar a intubação
e relaxamento muscular).
Fases da anestesia
Indução
Manutenção
Recuperação
Anestésicos intravenosos
Ação rápida
Anestésicos inalatórios
Monitoramento dos sinais vitais
Retirada dos anestésicos
Monitoramento de sinais tardios
Fases da anestesia
Mecanismos farmacológicos dos anestésicos gerais
Efeitos em canais iônicos
Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a neurotransmissão
gabaérgica ou inibindo a neurotransmissão glutamatérgica.
Neurotransmissão GabaérgicaNeurotransmissão Glutamatérgica
Efeitos em canais iônicos
As anestésicos gasosos reduzem a excitabilidade dos neurônios através da ação em
canais de potássio (TREK1, TREK2, TASK1, TASK3 ou TRESK), que hiperpolariza a
célula.
Aspectos farmacocinéticos
 Os anestésicos inalatórios são pequenas moléculas lipossolúveis que cruzam rapidamente as
membranas alveolares. Os pulmões são a única via quantitativamente importante pela qual os
anestésicos inalatórios entram e saem do corpo.
 Para os anestésicos inalatórios modernos, a degradação metabólica é geralmente insignificante
na determinação da duração de sua ação.
 Os principais fatores que determinam a velocidade da indução e da recuperação:
Fatores fisiológicos:
– taxa de ventilação alveolar;
– débito cardíaco
Propriedades do anestésico:
– coeficiente de partição sangue:gás (i.e., solubilidade no sangue);
– coeficiente de partição óleo:gás (i.e., solubilidade na gordura).
Solubilidade Lipídica
A Regra de Meyer-Overton: As moléculas com um maior coeficiente de partição
óleo/gás [(óleo/gás)] são anestésicos gerais mais potentes.
Aspectos farmacocinéticos
Coeficiente de partição sangue:gás (solubilidade no sangue) é o principal fator que determina a
velocidade de indução e de recuperação de um anestésico inalatório, e quanto menor o
coeficiente de partição sangue:gás, mais rápidas a indução e a recuperação.
Isso ocorre devido ao fato de a pressão parcial do gás no espaço alveolar reger a concentração no
sangue.
Aspectos farmacocinéticos
Agentes anestésicos intravenosos
Agentes anestésicos intravenosos: Propofol
Propofol:
•Potente;
•Ação e distribuição rápidas (em 20-30 s);
•Rapidamente metabolizado;
•Recuperação muito rápida; sem efeito cumulativo;
•Útil para cirurgias simples (alta no mesmo dia);
•Baixa incidência de náusea e êmese;
•Risco de bradicardia;
Pode induzir a “síndrome da infusão do
propofol” quando administrado em doses elevadas
por períodos prolongados (acidose metabólica,
necrose muscular, hipercalemia, falência renal e
Agentes anestésicos intravenosos: Tiopental
Tiopental
•Barbitúrico com alta lipossolubilidade;
•Ação imediata devido à rápida transferência através da
barreira hematoencefálica;
•Curta duração (cerca de 5 min), em razão da
redistribuição, principalmente para o
sistema muscular;
•Lentamente metabolizado e com probabilidade de
acumular-se na gordura corporal;
•Margem estreita entre a dose anestésica e a dose que
causa depressão cardiovascular;
•Risco de dano tecidual se injetado acidentalmente na
artéria;
Agentes anestésicos intravenosos: Etomidato
Etomidato
•similar ao tiopental, porém metabolizado mais
depressa;
•menor risco de depressão cardiovascular.
•Pode causar movimentos involuntários durante a
indução e tem alta incidência de náusea;
•Possível risco de supressão das suprarrenais.
Agentes anestésicos intravenosos: Quetamina
Quetamina:
•Bloqueia os receptores de glutamato tipo
NMDA;
•O início da ação é relativamente lento (1-2
min);
•Poderoso analgésico;
•produz anestesia “dissociativa”, na qual o
paciente pode permanecer consciente,
embora com amnésia e insensível à dor;
•Pode causar disforia, alucinações e etc.
•Usado em pequenos procedimentos em
crianças;
Anestésicos inalatórios
Anestésicos inalatórios: Fluranos
Principais alvos
•Potencializam a atividade de receptores
GABAA;
•Bloqueiam receptores nicotínicos;
•Abertura de canais de K+;
•Ativação de receptores de glicina;
•Inibição da fusão das vesículas sináptica.
Anestésicos inalatórios: Fluranos
 Os principais agentes em uso atualmente nos
países desenvolvidos são o isoflurano,
desflurano e sevoflurano. O halotano é
hepatotóxico.
 Por serem agentes voláteis são administrados com
o auxílio de aparelhos vaporizadores;
 Induzem uma anestesia completa:
• Atividade hipnótica;
• Analgésica;
• Amnésia;
• Relaxante Muscular.
Anestésicos inalatórios: Fluranos
Cardiovascular:
Vasodilatação e reduzem a pressão arterial
Risco de insuficiência cardiovascular
Respiratório:
Depressão respiratória
Irritação do trato respiratório (Isoflurano
e Desflurano)
Útero
Efeito relaxante no útero (Halotano)
Retarda o parto e aumento risco de
sangramentos
Fígado
O halotano pode causar insuficiência
hepática
Hipertermia maligna
Anestésicos inalatórios: Óxido Nitroso
Possíveis alvos
•Inibição de receptores de NMDA e AMPA ;
•Estimula receptores GABA (Fraco);
•Bloqueio de canais Cav 3.2
•Ativação de TREK1.
Óxido nitroso
•Baixa potência, portanto precisa ser combinado com
outros agentes;
•Rápidas indução e recuperação;
•Boas propriedades analgésicas;
•Risco de depressão da medula óssea com a
administração prolongada;
•Acumula-se nas cavidades gasosas.
•Deve sempre ser administrado com oxigênio.
Dúvidas?
Prof. Dr. Mauro Cunha Xavier Pinto
Contato: pintomcx@ufg.br
Transmissão da dor para os centros superiores
(5-HT, encefalinas).

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Mauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoAula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisAula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisMauro Cunha Xavier Pinto
 
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Safia Naser
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISpauloalambert
 
Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Safia Naser
 
Farmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemFarmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemAna Hollanders
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores NeuromuscularesAula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores NeuromuscularesMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosJaqueline Almeida
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoMauro Cunha Xavier Pinto
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologiaJaqueline Almeida
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoJaqueline Almeida
 

La actualidad más candente (20)

Inflamacao e dor
Inflamacao e dorInflamacao e dor
Inflamacao e dor
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...
 
FarmacocinéTica
FarmacocinéTicaFarmacocinéTica
FarmacocinéTica
 
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso AutônomoAula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
Aula - SNA - Introdução ao Sistema Nervoso Autônomo
 
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidaisAula - Anti-inflamatórios não esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios não esteróidais
 
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
Segurança de Medicamentos Antiinflamatórios inibidores da Cox 2
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 
Introdução à farmacologia
Introdução à farmacologiaIntrodução à farmacologia
Introdução à farmacologia
 
Aula - SNC - Opioides
Aula  - SNC - OpioidesAula  - SNC - Opioides
Aula - SNC - Opioides
 
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidaisAula - Anti-inflamatórios esteróidais
Aula - Anti-inflamatórios esteróidais
 
Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides Analgesicos Opioides
Analgesicos Opioides
 
Farmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagemFarmacologia para enfermagem
Farmacologia para enfermagem
 
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores NeuromuscularesAula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Bloqueadores Neuromusculares
 
Antiinflamatorios
AntiinflamatoriosAntiinflamatorios
Antiinflamatorios
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AntidepressivosAula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antidepressivos
 
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & DistribuiçãoAula - Básica - Adsorção & Distribuição
Aula - Básica - Adsorção & Distribuição
 
Aula - Autacoides
Aula - AutacoidesAula - Autacoides
Aula - Autacoides
 
Anestesicos locais foa
Anestesicos locais   foaAnestesicos locais   foa
Anestesicos locais foa
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologia
 
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de AdministraçãoAula de Farmacocinética e Vias de Administração
Aula de Farmacocinética e Vias de Administração
 

Similar a Aula - SNC - Anestésicos

Farmacologia 15 anestésicos - med resumos (dez-2011)
Farmacologia 15   anestésicos - med resumos (dez-2011)Farmacologia 15   anestésicos - med resumos (dez-2011)
Farmacologia 15 anestésicos - med resumos (dez-2011)Jucie Vasconcelos
 
powerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptx
powerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptxpowerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptx
powerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptxProfYasminBlanco
 
Farmacologia dos anestésicos venosos
Farmacologia dos anestésicos venososFarmacologia dos anestésicos venosos
Farmacologia dos anestésicos venososLeandro de Carvalho
 
Fármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesia
Fármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesiaFármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesia
Fármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesiaKaren Kaline
 
Anestesiologia 09 anestesia venosa - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 09   anestesia venosa - med resumos (set-2011)Anestesiologia 09   anestesia venosa - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 09 anestesia venosa - med resumos (set-2011)Jucie Vasconcelos
 
Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...
Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...
Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...Leandro Carvalho
 
Bloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de Goiás
Bloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de GoiásBloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de Goiás
Bloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de GoiásErik Ricardo Gonçalves Araújo
 
Farmacologia do sistema Osteomuscular
Farmacologia do sistema OsteomuscularFarmacologia do sistema Osteomuscular
Farmacologia do sistema OsteomuscularBárbara Soares
 
Spinal Anesthesia and Adjuvants
Spinal Anesthesia and AdjuvantsSpinal Anesthesia and Adjuvants
Spinal Anesthesia and AdjuvantsCarlos D A Bersot
 
Local anesthetics questions pbl
Local anesthetics questions pblLocal anesthetics questions pbl
Local anesthetics questions pblCarlos D A Bersot
 
Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)Cláudia Sofia
 
CENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDE
CENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDECENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDE
CENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDEArtthurPereira2
 
Aula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptx
Aula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptxAula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptx
Aula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptxericoliveira63
 
Cap 16 -_anestesicos_gerais
Cap 16 -_anestesicos_geraisCap 16 -_anestesicos_gerais
Cap 16 -_anestesicos_geraisDeivid Ramos
 
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)William Damasceno
 

Similar a Aula - SNC - Anestésicos (20)

Farmacologia 15 anestésicos - med resumos (dez-2011)
Farmacologia 15   anestésicos - med resumos (dez-2011)Farmacologia 15   anestésicos - med resumos (dez-2011)
Farmacologia 15 anestésicos - med resumos (dez-2011)
 
powerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptx
powerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptxpowerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptx
powerpointanestesia11-140308085741-phpapp01.pptx
 
Farmacologia dos anestésicos venosos
Farmacologia dos anestésicos venososFarmacologia dos anestésicos venosos
Farmacologia dos anestésicos venosos
 
Fármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesia
Fármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesiaFármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesia
Fármacos utilizados-para-a-inducao-da-anestesia
 
Anestesiologia 09 anestesia venosa - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 09   anestesia venosa - med resumos (set-2011)Anestesiologia 09   anestesia venosa - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 09 anestesia venosa - med resumos (set-2011)
 
Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...
Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...
Farmacologia dos anestésicos venosos (farmacodinâmica, farmacocinética) usado...
 
Analgésicos e Anestésicos Cristiano
Analgésicos e Anestésicos CristianoAnalgésicos e Anestésicos Cristiano
Analgésicos e Anestésicos Cristiano
 
SNAP.pptx
SNAP.pptxSNAP.pptx
SNAP.pptx
 
SNAP.pptx
SNAP.pptxSNAP.pptx
SNAP.pptx
 
Bloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de Goiás
Bloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de GoiásBloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de Goiás
Bloqueadores neuromusculares - Farmacologia - Universidade Estadual de Goiás
 
Farmacologia do sistema Osteomuscular
Farmacologia do sistema OsteomuscularFarmacologia do sistema Osteomuscular
Farmacologia do sistema Osteomuscular
 
Anestésicos gerais
Anestésicos geraisAnestésicos gerais
Anestésicos gerais
 
Spinal Anesthesia and Adjuvants
Spinal Anesthesia and AdjuvantsSpinal Anesthesia and Adjuvants
Spinal Anesthesia and Adjuvants
 
Local anesthetics questions pbl
Local anesthetics questions pblLocal anesthetics questions pbl
Local anesthetics questions pbl
 
Anestesiologia
Anestesiologia Anestesiologia
Anestesiologia
 
Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)Power point anestesia (1) (1)
Power point anestesia (1) (1)
 
CENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDE
CENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDECENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDE
CENTRO CIRÚRGICO ASSISTENCIAL E CLINICO NO AMBITO DE SAÚDE
 
Aula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptx
Aula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptxAula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptx
Aula 8 - Bloqueadores neuromusculares.pptx
 
Cap 16 -_anestesicos_gerais
Cap 16 -_anestesicos_geraisCap 16 -_anestesicos_gerais
Cap 16 -_anestesicos_gerais
 
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
Anestésicos gerais e locais(farmacologia)(1)
 

Más de Mauro Cunha Xavier Pinto

Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosAula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de FármacosAula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de FármacosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Quimioterápicos - Antineoplásicos
Aula - Quimioterápicos - AntineoplásicosAula - Quimioterápicos - Antineoplásicos
Aula - Quimioterápicos - AntineoplásicosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticos
Aula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticosAula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticos
Aula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosAula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e MetabolismoAula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e MetabolismoMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíacaAula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíacaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíaca
Aula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíacaAula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíaca
Aula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíacaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - SNC - Tratamento de Doenças Neurovasculares
Aula - SNC - Tratamento de Doenças NeurovascularesAula - SNC - Tratamento de Doenças Neurovasculares
Aula - SNC - Tratamento de Doenças NeurovascularesMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
Aula - SNC - Tratamento da Doença de AlzheimerAula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
Aula - SNC - Tratamento da Doença de AlzheimerMauro Cunha Xavier Pinto
 
Aula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatória
Aula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatóriaAula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatória
Aula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatóriaMauro Cunha Xavier Pinto
 

Más de Mauro Cunha Xavier Pinto (16)

Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - AntiparasitáriosAula - Quimioterápicos - Antiparasitários
Aula - Quimioterápicos - Antiparasitários
 
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de FármacosAula  - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
Aula - Farmacologia Básica - Metabolismo e Eliminação de Fármacos
 
Aula - Quimioterápicos - Antineoplásicos
Aula - Quimioterápicos - AntineoplásicosAula - Quimioterápicos - Antineoplásicos
Aula - Quimioterápicos - Antineoplásicos
 
Aula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticos
Aula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticosAula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticos
Aula - Farmacologia básica - Parâmetros farmacocinéticos
 
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacosAula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
Aula - Farmacologia básica - Eliminação de fármacos
 
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e MetabolismoAula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
Aula - Farmacologia básica - Distribuição e Metabolismo
 
Aula - Farmacologia básica - Adsorção
Aula - Farmacologia básica - AdsorçãoAula - Farmacologia básica - Adsorção
Aula - Farmacologia básica - Adsorção
 
Aula - Cardiovascular - Vasodilatadores
Aula - Cardiovascular - VasodilatadoresAula - Cardiovascular - Vasodilatadores
Aula - Cardiovascular - Vasodilatadores
 
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíacaAula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
Aula - Cardiovascular - Tratamento da insuficiência cardíaca
 
Aula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíaca
Aula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíacaAula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíaca
Aula - Cardiovascular - Farmacologia da contratibilidade cardíaca
 
Aula - Cardiovascular - Anticoagulantes
Aula - Cardiovascular  - AnticoagulantesAula - Cardiovascular  - Anticoagulantes
Aula - Cardiovascular - Anticoagulantes
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
 
Aula - SNC - Tratamento de Doenças Neurovasculares
Aula - SNC - Tratamento de Doenças NeurovascularesAula - SNC - Tratamento de Doenças Neurovasculares
Aula - SNC - Tratamento de Doenças Neurovasculares
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
Aula - SNC - Tratamento da Doença de AlzheimerAula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
 
Aula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - AntidepressivosAula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - Antidepressivos
 
Aula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatória
Aula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatóriaAula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatória
Aula - SNC - Tratamento para dor neuropática e dor inflamatória
 

Último

Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 

Último (9)

Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 

Aula - SNC - Anestésicos

  • 1. AULA DE FARMACOLOGIA: ANESTÉSICOS Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Farmacologia Prof. Dr. Mauro Cunha Xavier Pinto Contato: pintomcx@ufg.br
  • 2. Roteiro – Anestésicos Parte 3- Agentes anestésicos gerais 1- Tipos de anestesia 2- Tipos de anestésicos gerais 3- Estágios da anestesia 4- Fases da anestesia 5- Fármacos adjuvantes da anestesia 6- Mecanismos farmacológicos dos anestésicos gerais 7- Solubilidade Lipídica 8- Efeitos em canais iônicos 9- Aspectos farmacocinéticos 10- Agentes anestésicos intravenosos 11- Anestésicos inalatórios Parte 1- Dor e anestesia 1- Transmissão da dor para os centros superiores; 2- Potencial de ação 3- Canais de sódio dependentes de voltagem 4- Receptores inotrópicos e Transmissão sináptica Parte 2- Anestésicos Locais 1- Histórico 2- Usos Clínicos 3- Aspectos Químicos 4- Farmacocinética 5- Farmacodinâmica 6- Ações Farmacológicas 7- Efeitos colaterais
  • 4. As terminações nervosas periféricas nociceptivas respondem a estímulos nocivos como: •Mecânicos: Lesão do tecido. •Térmicos: Temperaturas superiores à 42°C e inferiores à 16°C. •Químicos: ↓ pH, Cininas e ↑ ATP. Transmissão da dor para os centros superiores
  • 6. Transmissão da dor para os centros superiores
  • 8. Canais de sódio dependentes de voltagem
  • 10. Tipos de anestesia Anestesia parcial (Bloqueios periféricos, anestesia peridural e anestesia raquidiana) Anestesia local Anestesia Geral
  • 12. Anestésicos Locais & Histórico Aplaca a fome e a fadiga. Causa entorpecimento da língua e boca. Cocaína Karl Koller  1884 - Cocaína como anestésico oftalmológico. Procaína 1905 – Substituto sintético com menos efeitos colaterais.
  • 13. Anestésicos Locais & Aspectos Químicos Os anestésicos locais são moléculas anfifílicas com um grupo aromático hidrofóbico e um grupo básico amina. Os anestésicos locais são bases fracas (pKa entre 8 e 9), que provavelmente atuam em sua forma catiônica, mas precisam alcançar seu local de ação, atravessando a bainha nervosa e a membrana axônica, na forma química não ionizada.
  • 14. Anestésicos Locais & Aspectos Químicos
  • 15. Anestésicos Locais & Farmacocinética Fatores que interferem a ação dos anestésicos locais: Concentração do anestésico Tamanho da molécula Quanto menor a molécula mais rápida sua ação. O pH do meio Influencia o grau de ionização das moléculas Solubilidade lipídica Para atravessar as bainha de mielina Tipos de fibras bloqueadas Fibras finas e lentas: Ação rápida Fibras grossas e rápidas: Ação lenta
  • 16. Anestésicos Locais & Farmacocinética
  • 17. Anestésicos Locais & Farmacocinética Os anestésicos locais são ésteres ou amidas. • Ésteres são rapidamente hidrolisados no plasma ou tecido. • As amidas são metabolizadas no fígado. As meias-vidas plasmáticas, em geral, são curtas, de cerca de 1-2 horas. O uso da epinefrina e a felipressina (vasoconstritores) podem aumentar a ação dos anestésicos locais.
  • 18. Anestésicos Locais & Farmacodinâmica  Os anestésicos locais impedem a geração do potencial de ação por bloqueio dos canais de sódio.  Muitos anestésicos locais mostram dependência do uso (a profundidade do bloqueio aumenta com a frequência do potencial de ação). Isso ocorre: • Porque as moléculas de anestésico têm acesso ao canal mais rapidamente quando ele está aberto • Porque as moléculas de anestésico têm afinidade maior por canais inativados do que por canais em repouso.
  • 19. Anestésicos Locais & Farmacodinâmica
  • 20. Anestésicos Locais & Ações Farmacológicas 1- Ações sobre os nervos Os anestésicos locais agem em todos os nervos. Sequência do bloqueio: Dor, frio, calor, tato, compressão profunda e função motora: •As fibras menores (Aferentes da dor) são bloqueadas primeiro. •As fibras maiores (tato e função motora) são bloqueadas depois. •As fibras mielinizadas também são sensíveis. 2- Ações sobre outras membranas excitáveis Junções neuro/efetoras (músculo estriado) são sensíveis as ações bloqueadoras dos anestésicos locais, mas sem significado clínico relevante. As ações sobre as fibras cardíacas tem importância (Lidocaína possui ação antiarrítmica).
  • 21. Anestésicos Locais & Usos Clínicos São fármacos que inibem reversivelmente os processos de excitação e condução do impulso nervoso ao longo das fibras nervosas, sem produzir inconsciência. Anestesia infiltrativa Após a injeção o anestésico atinge a região por infusão, bloqueando a condução nervosa local. Via de regra, qualquer droga utilizada agirá com rapidez – Ex: Lidocaína a 1 % Bloqueio de nervo periférico Técnica que exige conhecimento anatômico da região (vias nervosas). Nesse tipo, a quantidade de anestésico é pequena. Bloqueio no conduto vertebral Anestesia peridural Anestesia raquidiana Anestesia tópica Usado na forma liquida ou gel. Os melhores agentes são: Tetracaína e lidocaína. Outros usos dos anestésicos locais Antiarrítmicos: Lidocaína age de maneira semelhante a quinidina. É indicada nas arritmias ventriculares.
  • 22. Anestésicos Locais & Efeitos colaterais Os efeitos adversos devem-se principalmente ao escape de anestésicos locais para a circulação sistêmica. Os principais efeitos adversos são: Efeitos sobre o sistema nervoso central •Agitação; •Confusão; •Tremores; •Convulsões; •Depressão respiratória. Efeitos cardiovasculares •Depressão do miocárdio •Vasodilatação e queda da pressão arterial. Reações ocasionais de hipersensibilidade
  • 24. Tipos de anestésicos gerais A anestesia geral é uma completa, contínua e reversível depressão das funções do SNC, que leva a perda da consciência, analgesia e perda da atividade muscular. Os anestésicos intravenosos são usados para indução da anestesia (p. ex., propofol ou tiopental); Também podem ser usados para manutenção da anestesia em procedimentos de baixa complexidade. Os anestésicos inalatórios (gases ou líquidos voláteis) são usados para a manutenção da anestesia.
  • 26. Fármacos adjuvantes da anestesia  Benzodiazepínicos (Ansiedade);  Barbitúricos (Sedação);  Anti-histamínicos (Evitar reações alérgicas);  Antieméticos (Prevenir náuseas e vômitos);  Opioides (Promover analgesia);  Relaxantes musculares (Facilitar a intubação e relaxamento muscular).
  • 27. Fases da anestesia Indução Manutenção Recuperação Anestésicos intravenosos Ação rápida Anestésicos inalatórios Monitoramento dos sinais vitais Retirada dos anestésicos Monitoramento de sinais tardios
  • 29. Mecanismos farmacológicos dos anestésicos gerais
  • 30. Efeitos em canais iônicos Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica ou inibindo a neurotransmissão glutamatérgica. Neurotransmissão GabaérgicaNeurotransmissão Glutamatérgica
  • 31. Efeitos em canais iônicos As anestésicos gasosos reduzem a excitabilidade dos neurônios através da ação em canais de potássio (TREK1, TREK2, TASK1, TASK3 ou TRESK), que hiperpolariza a célula.
  • 32. Aspectos farmacocinéticos  Os anestésicos inalatórios são pequenas moléculas lipossolúveis que cruzam rapidamente as membranas alveolares. Os pulmões são a única via quantitativamente importante pela qual os anestésicos inalatórios entram e saem do corpo.  Para os anestésicos inalatórios modernos, a degradação metabólica é geralmente insignificante na determinação da duração de sua ação.  Os principais fatores que determinam a velocidade da indução e da recuperação: Fatores fisiológicos: – taxa de ventilação alveolar; – débito cardíaco Propriedades do anestésico: – coeficiente de partição sangue:gás (i.e., solubilidade no sangue); – coeficiente de partição óleo:gás (i.e., solubilidade na gordura).
  • 33. Solubilidade Lipídica A Regra de Meyer-Overton: As moléculas com um maior coeficiente de partição óleo/gás [(óleo/gás)] são anestésicos gerais mais potentes.
  • 34. Aspectos farmacocinéticos Coeficiente de partição sangue:gás (solubilidade no sangue) é o principal fator que determina a velocidade de indução e de recuperação de um anestésico inalatório, e quanto menor o coeficiente de partição sangue:gás, mais rápidas a indução e a recuperação. Isso ocorre devido ao fato de a pressão parcial do gás no espaço alveolar reger a concentração no sangue.
  • 37. Agentes anestésicos intravenosos: Propofol Propofol: •Potente; •Ação e distribuição rápidas (em 20-30 s); •Rapidamente metabolizado; •Recuperação muito rápida; sem efeito cumulativo; •Útil para cirurgias simples (alta no mesmo dia); •Baixa incidência de náusea e êmese; •Risco de bradicardia; Pode induzir a “síndrome da infusão do propofol” quando administrado em doses elevadas por períodos prolongados (acidose metabólica, necrose muscular, hipercalemia, falência renal e
  • 38. Agentes anestésicos intravenosos: Tiopental Tiopental •Barbitúrico com alta lipossolubilidade; •Ação imediata devido à rápida transferência através da barreira hematoencefálica; •Curta duração (cerca de 5 min), em razão da redistribuição, principalmente para o sistema muscular; •Lentamente metabolizado e com probabilidade de acumular-se na gordura corporal; •Margem estreita entre a dose anestésica e a dose que causa depressão cardiovascular; •Risco de dano tecidual se injetado acidentalmente na artéria;
  • 39. Agentes anestésicos intravenosos: Etomidato Etomidato •similar ao tiopental, porém metabolizado mais depressa; •menor risco de depressão cardiovascular. •Pode causar movimentos involuntários durante a indução e tem alta incidência de náusea; •Possível risco de supressão das suprarrenais.
  • 40. Agentes anestésicos intravenosos: Quetamina Quetamina: •Bloqueia os receptores de glutamato tipo NMDA; •O início da ação é relativamente lento (1-2 min); •Poderoso analgésico; •produz anestesia “dissociativa”, na qual o paciente pode permanecer consciente, embora com amnésia e insensível à dor; •Pode causar disforia, alucinações e etc. •Usado em pequenos procedimentos em crianças;
  • 42. Anestésicos inalatórios: Fluranos Principais alvos •Potencializam a atividade de receptores GABAA; •Bloqueiam receptores nicotínicos; •Abertura de canais de K+; •Ativação de receptores de glicina; •Inibição da fusão das vesículas sináptica.
  • 43. Anestésicos inalatórios: Fluranos  Os principais agentes em uso atualmente nos países desenvolvidos são o isoflurano, desflurano e sevoflurano. O halotano é hepatotóxico.  Por serem agentes voláteis são administrados com o auxílio de aparelhos vaporizadores;  Induzem uma anestesia completa: • Atividade hipnótica; • Analgésica; • Amnésia; • Relaxante Muscular.
  • 44. Anestésicos inalatórios: Fluranos Cardiovascular: Vasodilatação e reduzem a pressão arterial Risco de insuficiência cardiovascular Respiratório: Depressão respiratória Irritação do trato respiratório (Isoflurano e Desflurano) Útero Efeito relaxante no útero (Halotano) Retarda o parto e aumento risco de sangramentos Fígado O halotano pode causar insuficiência hepática Hipertermia maligna
  • 45. Anestésicos inalatórios: Óxido Nitroso Possíveis alvos •Inibição de receptores de NMDA e AMPA ; •Estimula receptores GABA (Fraco); •Bloqueio de canais Cav 3.2 •Ativação de TREK1. Óxido nitroso •Baixa potência, portanto precisa ser combinado com outros agentes; •Rápidas indução e recuperação; •Boas propriedades analgésicas; •Risco de depressão da medula óssea com a administração prolongada; •Acumula-se nas cavidades gasosas. •Deve sempre ser administrado com oxigênio.
  • 46. Dúvidas? Prof. Dr. Mauro Cunha Xavier Pinto Contato: pintomcx@ufg.br
  • 47. Transmissão da dor para os centros superiores (5-HT, encefalinas).

Notas del editor

  1. Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica ou inibindo a neurotransmissão glutamatérgica.
  2. Ativação dos nociceptores. Os nociceptores transmitem a informação de dor através de uma variedade de mecanismos. Alguns receptores transduzemestímulos nocivos (térmicos, mecânicos ou químicos) em potenciais elétricos. Outros receptores são estimulados por substâncias que são liberadas quando célulasadjacentes sofrem lesão (bradicinina, serotonina, prostaglandinas). A liberação de K+ das células adjacentes lesadas despolariza diretamente as membranas dosnociceptores. Todos esses estímulos causam “sensibilização” dos nociceptores, diminuindo o limiar para ativação. 1a. Um estímulo nocivo leva à ativação dosnociceptores e à geração de potenciais de ação (2). 1b. A lesão simultânea das células adjacentes causa sensibilização dos nociceptores. 3. Os nociceptoresativados liberam substâncias, incluindo a substância P e o peptídio relacionado com o gene da calcitonina (CGRP), que contribuem para uma maior sensibilizaçãoe que iniciam respostas inflamatórias para promover a cicatrização. Por exemplo: 4a. A dilatação de um vaso sangüíneo promove o recrutamento de leucócitospara a área; e 4b. A desgranulação dos mastócitos libera histamina e serotonina, aumentando, assim, a sensibilização.
  3. Despolarização da membrana 1- Ativação dos canais de Na+ 2- Transmissão do sinal ao longo no axônio; 3- Queda da permeabilidade de Na+ e aumento da condutância ao K +.
  4. Protótipo dos anestésicos locais. A procaína (A) e a lidocaína (B)são protótipos dos anestésicos locais com ligação éster e com ligação amida,respectivamente. Os anestésicos locais possuem um grupo aromático em umadas extremidades e uma amina na outra extremidade da molécula; esses doisgrupos estão conectados por uma ligação éster (-RCOOR’) ou amida (-RHNCOR’).Em solução em pH alto, o equilíbrio entre as formas básica (neutra) e ácida(com carga) de um anestésico local favorece a forma básica. Na presença depH baixo, o equilíbrio favorece a forma ácida. Em pH intermediário (fisiológico),são observadas concentrações quase iguais das formas básica e ácida. Em geral,os anestésicos locais com ligação éster são facilmente hidrolisados a ácidocarboxílico (RCOOH) e a um álcool (HOR’) na presença de água e esterases. Emcomparação, as amidas são muito mais estáveis em solução. Em conseqüência,os anestésicos locais com ligação amida possuem geralmente maior duraçãode ação do que os anestésicos com ligação éster
  5. Protótipo dos anestésicos locais. A procaína (A) e a lidocaína (B)são protótipos dos anestésicos locais com ligação éster e com ligação amida,respectivamente. Os anestésicos locais possuem um grupo aromático em umadas extremidades e uma amina na outra extremidade da molécula; esses doisgrupos estão conectados por uma ligação éster (-RCOOR’) ou amida (-RHNCOR’).Em solução em pH alto, o equilíbrio entre as formas básica (neutra) e ácida(com carga) de um anestésico local favorece a forma básica. Na presença depH baixo, o equilíbrio favorece a forma ácida. Em pH intermediário (fisiológico),são observadas concentrações quase iguais das formas básica e ácida. Em geral,os anestésicos locais com ligação éster são facilmente hidrolisados a ácidocarboxílico (RCOOH) e a um álcool (HOR’) na presença de água e esterases. Emcomparação, as amidas são muito mais estáveis em solução. Em conseqüência,os anestésicos locais com ligação amida possuem geralmente maior duraçãode ação do que os anestésicos com ligação éster
  6. Anatomia do nervo periférico. 1. Os anestésicos locais (AL) sãoinjetados ou aplicados fora do epineuro do nervo periférico (a bainha maisexterna de tecido conjuntivo contendo vasos sangüíneos, tecido adiposo,fibroblastos e mastócitos). 2. As moléculas de AL devem atravessar o epineuropara alcançar o perineuro, outra membrana epitelial, que organiza as fibrasnervosas em fascículos. O perineuro é a camada mais difícil para penetraçãodos anestésicos locais, devido à presença de junções firmes entre suas células.3. A seguir, os AL penetram no endoneuro, que envolve as fibras mielinizadase não-mielinizadas, as células de Schwann e os capilares. Apenas os AL queatravessaram essas três bainhas podem alcançar as membranas neuronaisonde residem os canais de sódio regulados por voltagem. Clinicamente, devese aplicar uma alta concentração de anestésico local, visto que apenas umafração das moléculas irá alcançar o sítio alvo.
  7. Anatomia do nervo periférico. 1. Os anestésicos locais (AL) sãoinjetados ou aplicados fora do epineuro do nervo periférico (a bainha maisexterna de tecido conjuntivo contendo vasos sangüíneos, tecido adiposo,fibroblastos e mastócitos). 2. As moléculas de AL devem atravessar o epineuropara alcançar o perineuro, outra membrana epitelial, que organiza as fibrasnervosas em fascículos. O perineuro é a camada mais difícil para penetraçãodos anestésicos locais, devido à presença de junções firmes entre suas células.3. A seguir, os AL penetram no endoneuro, que envolve as fibras mielinizadase não-mielinizadas, as células de Schwann e os capilares. Apenas os AL queatravessaram essas três bainhas podem alcançar as membranas neuronaisonde residem os canais de sódio regulados por voltagem. Clinicamente, devese aplicar uma alta concentração de anestésico local, visto que apenas umafração das moléculas irá alcançar o sítio alvo.
  8. Hidrofobicidade, difusão e ligação dos anestésicos locais.Os anestésicos locais atuam através de sua ligação ao lado citoplasmático(intracelular) do canal de Na+ regulado por voltagem. A hidrofobicidade deum anestésico local é que determina a eficiência de sua difusão atravésdas membranas lipídicas e a intensidade de sua ligação ao canal de Na+,governando, assim, a sua potência. A. Os AL pouco hidrofóbicos são incapazesde atravessar eficientemente a dupla camada lipídica: (1) O AL neutro nãopode sofrer adsorção ou penetrar na membrana celular neuronal, visto que oAL é muito estável na solução extracelular e possui uma energia de ativaçãomuito alta para penetrar na membrana hidrofóbica. B. Os anestésicos locais(AL) moderadamente hidrofóbicos são os agentes mais efetivos: (1) O ALneutro sofre adsorção sobre o lado extracelular da membrana celular neuronal;(2) o AL difunde-se através da membrana celular para o lado citoplasmático;(3) o AL difunde-se e liga-se a seu sítio de ligação sobre o canal de sódioregulado por voltagem; (4) uma vez ligado, o AL pode passar de sua formaneutra para a protonada através de ligação e liberação de prótons. C. Os ALextremamente hidrofóbicos são retidos na dupla camada lipídica: (1) O ALneutro sofre adsorção sobre a membrana celular neuronal (2), onde fica tãoestabilizado que não consegue se dissociar da membrana ou atravessá-la.
  9. Ligação de um anestésico local a diferentes conformações (estados) do canal de sódio. A. O canal de sódio é composto de uma cadeiapolipeptídica com quatro unidades repetitivas. Uma região, conhecida como região S4, possui muitos aminoácidos de carga positiva (lisina e arginina). Essesresíduos conferem ao canal a sua dependência de voltagem. Em repouso, o poro encontra-se fechado. Quando a membrana é despolarizada, os resíduoscom carga movem-se em resposta à mudança no campo elétrico. Isso resulta em diversas mudanças de conformação (estados fechados intermediários), queculminam na abertura do canal. Depois de cerca de 1 ms (o tempo de abertura do canal), a “região de ligação” de 3-4 aminoácidos tampa o canal aberto,produzindo a conformação inativada. A conformação inativada só retorna ao estado de repouso quando a membrana é repolarizada; essa mudança deconformação envolve o retorno da região S4 à sua posição original e a expulsão da região de ligação. O tempo necessário para o retorno do canal do estadoinativado para o estado em repouso é conhecido como período refratário; durante esse período, o canal de sódio é incapaz de ser ativado. B. A ligação de umanestésico local (AL) altera as propriedades das formas intermediárias assumidas pelo canal de sódio. Os canais de sódio em qualquer uma das conformações(em repouso, fechada, aberta ou inativada) podem ligar-se a moléculas de anestésicos locais, embora o estado em repouso tenha baixa afinidade pelos AL,enquanto os outros três estados exibem alta afinidade. O AL pode dissociar-se do complexo canal-AL em qualquer estado de conformação, ou o canal podesofrer mudanças de conformação enquanto está associado à molécula de AL. Por fim, o complexo canal-AL deve dissociar-se, e o canal de sódio deve retornara seu estado de repouso para se tornar ativado. A ligação do AL estende o período refratário, incluindo o tempo necessário para a dissociação da molécula deAL do canal de sódio e o tempo necessário para o retorno do canal ao estado de repouso.
  10. Os estádios da anestesia. O estado de aprofundamento daanestesia pode ser dividido em quatro estádios, baseados em observaçõescom o éter dietílico. A analgesia do estádio I é variável e depende do anestésicoespecífico. Com indução rápida, o paciente passa rapidamente pela indesejávelfase de “excitação” (estádio II). A cirurgia geralmente é realizada no estádioIII. O anestesiologista deve ter cuidado para evitar o estádio IV, que começacom parada respiratória. A parada cardíaca ocorre mais tarde no estádio IV.Durante a recuperação da anestesia, o paciente passa por esses estádios naordem inversa
  11. Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica ou inibindo a neurotransmissão glutamatérgica.
  12. Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica ou inibindo a neurotransmissão glutamatérgica.
  13. Os principais agentes anestésicos intravenosos agem estimulando a neurotransmissão gabaérgica ou inibindo a neurotransmissão glutamatérgica.
  14. . Quanto mais baixo o coeficiente de partição sangue:gás, mais rapidamente apressão parcial do gás no espaço alveolar se igualará à que está sendo administrada no ar inspirado (ver adiante).
  15. Fatores que afetam a taxa de equilíbrio dos anestésicos inalatórios no corpo. O corpo está representado como dois compartimentos. Tecidos magros, incluindo o cérebro, apresentam grande fluxo sanguíneo e baixo coeficiente de partição para os anestésicos e, portanto,equilibram-se rapidamente com o sangue. Os tecidos gordurosos possuem baixo fluxo sanguíneo e grande coeficiente de partição e, por isso, equilibram-se lentamente, agindo como um reservatório do fármaco durante a fase de recuperação.
  16. O tálamo emite projeções para outras área cerebrais como córtex somatossensitivo, ínsula e córtex pré-frontal. Lesões no tálamo medial causam analgesia. As vias inibitórias descendentes controlam a transmissão de impulsos no corno posterior. A área cinzenta periaquidutal (CPA), do mesencéfalo, inibe impulsos nervosos relacionados a dor no corno posterior. É modulada pelo hipotálamo, amídala e córtex. CPA projeta-se primeiramente para o bulbo rostroventral (RVM), e daí, através para o corno posterior (5-HT, encefalinas). As sinapses destas vias são importantes para a ação de fármacos analgésicos.