O documento discute o uso de mapas conceituais para avaliação no e-learning, mencionando sua organização gráfica do conhecimento através de conceitos e preposições. Apresenta a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel e Novak e tipos de mapas conceituais como teia de aranha, hierárquico e fluxograma.
“… ferramentas para organizar e representar conhecimentos.” (Novak, 2003)
“… uma respresentação gráfica em duas dimensões de um conjunto de conceitos construídos de tal forma que as relações entre eles sejam evidentes.” (Ausbel, 2000)
A estruturação é esquemática, começa pela identificação da ideia central, que se ramifica em conceitos gerais e conceitos menos inclusivos por ordem de relevância. Todos os elementos são unidos por linhas, rotuladas com palavras que definem as relações e formam novas proposições significativas.
A organização e representação de conhecimentos por meio de mapas é trabalhosa e obedece a um conjunto de passos essenciais para o seu equilíbrio e sucesso, algo que Novak já teria identificado em 1998.
O mapa conceitual além de ser utilizado como recurso pedagógico para conduzir os estudantes a uma aprendizagem significativa tem a potencialidade de ser utilizado enquanto instrumento avaliativo, favorecendo a regulação do ensino e a autorregulação da aprendizagem.
Como instrumento avaliativo, os mapas conceituais permitem acompanhar o desenvolvimento da estrutura cognitiva dos alunos em diferentes fases do processo de aprendizagem e aperfeiçoando ao mesmo tempo estratégias pedagógicas neste processo.
Avaliar formativamente através de mapas é compreender a situação do aluno na aquisição, superação e apreensão de novos conceitos, identificando ao mesmo tempo dificuldades e criando oportunidades de superação.
os mapas promovem a autoestima e motivação, regulam o ensino, situam erros como parte integrante da aprendizagem, promovem a auto-estima/motivação dos alunos e permitem feedbacks frequentes.
Os mapas conceituais revelam-se uma ferramenta avaliativa excepcional, por identificarem e relacionarem conceitos verdadeiramente relevantes, mas principalmente por se responsabilizarem à regulação do ensino e autorregulação da aprendizagem.
Acreditamos que a utilização de mapas conceituais contribui para a superação do desfasamento entre os conteúdos e a sua aplicação em contexto real, motivo pelo qual esta estratégia foi aplicada numa das actividades da UC de Avaliação em contextos de eLearning.
Nesta UC foi desenvolvida uma proposta de avaliação para um módulo de formação, na qual o mapa conceitual se assumiu como vital para o seu sucesso. Para nós esta trata-se de uma estratégia que promove uma aprendizagem significativa, um ambiente de aprendizagem ideal, com o acesso à reflexão e aplicação prática.
Os processos de ensino-aprendizagem exigem uma constante reflexão de modo a alcançar uma aprendizagem significativa. As estratégias avaliativas são fundamentais neste percurso, e os mapas conceituais poderosos no estímulo harmonioso das aprendizagens, da sua avaliação e ampliação.