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20 Profissão Mestre®
fevereiro 201420
CAPA
20
O
jovem Gustavo Medrado,
de 16 anos, aluno da Escola
EstadualdoParque SãoJorge,
em Uberlândia (MG), tem muita von-
tade de contribuir com as questões
políticas do País. Ele é um dos estu-
dantes selecionados para integrar o
Parlamento Jovem Brasileiro, projeto
da Câmara dos Deputados que incen-
tiva a participação política e que, em
2013, selecionou 78 participantes. “É
uma honra muito grande poder fazer
partedestafamíliaqueéoParlamento
Jovem Brasileiro”, afirma Gustavo em
seu vídeo de apresentação. Para parti-
cipar do programa, que acontece anu-
almente, o estudante deve enviar uma
proposta de projeto de lei. Gustavo é
autor de um projeto que dispõe sobre
a criação de um programa federal que
contemple estudantes do ensino mé-
dio engajados em ações que benefi-
ciem a comunidade escolar com bol-
sasdeestudosnoBrasile/ouempaíses
que fazem parte do Mercosul, de for-
ma a promover maior integração lati-
no-americana.“Omeuprojetovaiten-
Carolina Mainardes
POLÍTICA
E CIDADANIA
NA ESCOLA
Com a proximidade das eleições, aproveite para explorar
o tema. Conheça projetos que estimulam os estudantes
e utilize os planos de aula apresentados aqui para
aprofundar conteúdos e conscientizar seus alunos
No Parlamento Jovem Brasileiro,
projeto da Câmara Federal, es-
tudantes vivenciam obrigações
de um deputado
Fotos:Divulgação
21Profissão Mestre®
fevereiro 2014
CAPA
tar combater os altos índices de evasão
escolar que hoje existem em nosso
País e também proporcionar maior in-
tegração entre os países do Mercosul”,
justifica Gustavo.
Como ele e os demais participan-
tes do projeto da Câmara Federal – ao
todo foram 1.631 projetos de lei enca-
minhados por jovens de todo o País
na edição de 2013 –, outros estudan-
tes demonstram interesse por políti-
ca e ações de cidadania. Mas muitos
professores ainda encontram dificul-
dade em abordar o tema em sala de
aula, devido à falta de interesse dos
alunos. A movimentação típica de
ano eleitoral pode ser uma boa opor-
tunidade de levar o tema para a sala
de aula. Para Emerson Cervi, profes-
sor da Universidade Federal do Paraná
(UFPR), doutor em Ciência Política,
não dá para esperar que crianças com
menos de 14 anos tenham interesse
emreceberinformaçõessobreeleições,
especificamente. “Creio que possa ser
mais produtivo se os conceitos [abor-
dados em sala de aula] forem sobre ci-
dadania, ação coletiva, bem público
etc.,que são [temas] mais gerais e fun-
dantes, do que sobre eleições propria-
mente ditas”, considera. Cervi suge-
re práticas que discutam conceitos de
democracia, responsabilidade, partici-
pação. “A consciência política se forma
com prática, exemplos e participação”,
acrescenta.
O escritor João Pedro Roriz, que
é jornalista, arte-educador e autor da
obra Almanaque da cidadania (Editora
Paulus), também defende que a escola
deve orientar os alunos sobre questões
relacionadas à cidadania. “A práti-
ca dessa cidadania requer olhar pers-
pectivo, paciência e visão de coletivi-
dade, que devem ser propostos já na
primeira infância, por meio de jogos
lúdicos, encenações teatrais, brinca-
deiras e exemplos”, observa. Roriz pro-
põe a abordagem de temas como di-
reito, política, cultura, moral e ética.
“Também é importante falar sobre o
cenário político do País e o ambiente
em que a cidadania é exercida”, com-
pleta. O educador recomenda o uso de
obras literárias paradidáticas para au-
xiliar o professor em sala de aula, bem
como atividades de arte-educação, co-
mo palestras dramatizadas, exemplos
divertidos e miméticos, apresentação
de canções com temas educativos.
Ele reforça que não adianta apenas
abordar a questão partidária ou a im-
portância do voto, explicar o sistema
de votação ou simplesmente dar lições
sobre como usar a urna eletrônica. “É
preciso ir mais fundo e destacar o pro-
cesso que nos trouxe até aqui. E pou-
casescolasestãodispostasafazerisso”,
lamenta. Para ele, é preciso esclarecer
que trabalhar pela coletividade vale a
pena, “mesmo para quem está viven-
doumacondiçãodesfavorável”,ecom-
pleta: “para isso, há belos exemplos de
superação”. O escritor chama a aten-
ção do professor para a conscientiza-
ção. “É importante mostrar que a clas-
se política e suas práticas são reflexos
da sociedade e que qualquer mudança
depende de todos, independentemen-
te das condições social, intelectual ou
financeira de cada cidadão. Nesse sen-
tido, vale a pena que cada escola in-
vista em formações continuadas, pa-
lestras e atividades de arte-educação
também para os professores”, enfatiza.
Espaço ideal
A escola torna-se o espaço ideal para a
formação cidadã, pois se trata de um
lugar onde a criança e o jovem viven-
ciam suas primeiras experiências re-
lacionadas ao convívio social. A pro-
fessora de História Marilu de Freitas
Faricelli, que leciona no Colégio
Humboldt, de São Paulo, considera
que o envolvimento dos alunos em
projetos que focam cidadania e políti-
ca traz inúmeros benefícios. “Tudo fi-
ca muito mais claro, e eles percebem a
importância da participação política e
as consequências de quando essa par-
ticipação não existiu”, ressalta. Marilu
desenvolve com os alunos do 8º ano
o projeto Parlamento Jovem, em que
eles são orientados a elaborar proje-
tos de lei para os programas desenvol-
vidos pela Câmara Municipal de São
Paulo e pela Câmara dos Deputados.
“Aproveitamos o conteúdo relaciona-
do à Revolução Francesa, em que é
tratado o conceito do absolutismo, e
fazemos um contraponto abordando a
vida política da atualidade no Brasil”,
explica a professora. Os alunos estu-
dam o que é política, democracia e ci-
dadania, além de como esses concei-
tos se desenvolvem, e, com base em
questionamentos e demandas obser-
vadas, elaboram seus projetos de lei.
A professora de História Sônia
Regina Cordeiro Silva, que leciona no
Colégio Estadual João Paulo II, em
Curitiba (PR), acredita que a escola é
o espaço ideal para a formação políti-
caecidadã.“Aescolatrabalhacomco-
nhecimento e tem que motivar o estu-
dante para essas questões. Se todas as
escolas fizessem isso, o cenário políti-
co brasileiro seria bem diferente”, co-
menta. Sônia desenvolve com alunos
do 3º ano do ensino médio o projeto
Participação Política nas Ruas e nas
Praças da Cidade – O Lado Público da
Cidadania, em que cada aluno “ado-
ta” um vereador da cidade para fisca-
lizar. As ações dos parlamentares são
acompanhadas pelos estudantes por
meio das sessões da Câmara, da im-
prensa e do site oficial dos vereadores.
Depois, todo o relatório é divulgado
em uma página do Facebook. “O obje-
tivo é despertar a visão crítica e cons-
cientizar os alunos”, ressalta. Ela uniu
o interesse dos jovens pela rede social
e as facilidades da internet em relação
à divulgação das ações dos políticos.
Segundo Déborah Achcar,
uma das responsáveis pelo proje-
to Parlamento Jovem Brasileiro, da
Câmara Federal, a participação dos
estudantes aumentou durante os
dez anos de realização das atividades.
Entretanto,elaéconsiderada pequena.
22 Profissão Mestre®
fevereiro 2014
tato com o ambiente externo à própria
família é um país que terá que gastar
mais tempo, dinheiro e energia discu-
tindo formas de fiscalização e punições
dosdesvios”,afirma.
OescritorJoãoPedroRoriztambém
acreditaemresultadoscatastróficospara
um cenário em que a formação cidadã
não é trabalhada: “muitos desses cida-
dãos buscarão resoluções de curto pra-
zo para seus problemas mais iminen-
tes, colocando-se em risco e sobrepondo
seusinteressesaosdireitosalheios”.
Oalertaparaaescolaéqueessafor-
mação deve ser trabalhada de manei-
ra contínua, e não apenas em períodos
relacionados a eleições. A mobiliza-
ção de jovens ocorrida em manifesta-
ções registradas em 2013 ainda não é
um indicativo de mudança em rela-
ção à conscientização, segundo Cervi.
“As manifestações cumpriram
seu papel. Não dá para es-
perar consequências pe-
renes de manifestações
de rua como as ocorridas
no ano passado”, adverte.
“Elas serviram para mos-
trar um descontentamento
generalizado, não apenas dos
jovens, mas também de amplos
segmentos da sociedade brasileira.
Sóporisso,jávaleram”,enfatizaopro-
fessor.
CAPA
Parlamento Jovem Brasileiro
(Câmara dos Deputados – DF)
OParlamento Jovem Brasileiro
é um projeto da Câmara dos
Deputados que seleciona, anualmen-
te, 78 estudantes, os quais repre-
sentam os 27 estados brasileiros e o
Distrito Federal. Em 2013, o projeto
completou dez anos. Na primeira fase,
“Ainda é pouco. Contamos mui-
to com a ajuda dos coordenadores es-
taduais, das secretarias de Educação,
que difundem a campanha nos es-
tados. E o Facebook foi a grande sa-
cada, pois [a rede social] ajuda mui-
to na relação com os jovens”, conta.
Déborah avalia que o projeto contri-
bui para o professor abordar o tema
em sala de aula, pois conta com in-
formações, apresentadas de forma
didática, sobre o que é um projeto
de lei e os passos para a sua elabora-
ção. Ela ainda considera que se enga-
na quem diz que há desinteresse por
política. “Só de dizer ‘bom dia’ a pes-
soa já está fazendo política. O que há
é falta de conhecimento e, sem co-
nhecimento, acabam ficando sem-
pre os mesmos em um espaço que é
para todos”, ressalta (Veja no box mais
detalhes sobre os projetos).
Consequências
Quando a escola se re-
dime do papel de atu-
ar com formação políti-
ca e cidadã, e o país não
investe na conscientização,
as consequências são as piores
possíveis, na opinião do professor
da UFPR, Emerson Cervi. “Um país
sem cidadania exercida desde a idade
emqueaspessoascomeçamatercon-
Emerson Cervi, professor da UFPR:
“A consciência política se forma com
prática, exemplos e participação”
Escritor João Pedro Roriz: “É importante
falar sobre o cenário político do país e o
ambiente em que a cidadania é exercida”
AprofessoraMarilu de Freitas Faricelli
acredita que o envolvimento dos alunos
em projetos que focam cidadania e po-
lítica traz inúmeros benefícios
Fotos:Divulgação
os estudantes precisam escrever um
projeto de lei que seja relevante e se
inscrever em suas escolas. Algumas es-
colas usam o projeto em aulas de re-
dação, sociologia e língua portugue-
sa. Em seguida, as escolas enviam os
projetos de lei para avaliação das se-
cretarias de Educação dos estados, as
quais fazem uma avaliação primária e
CIDADANIA EM PRÁTICA
Confira
planos de aula
exclusivos sobre
eleições a partir
da pág. 24
Conheça a seguir projetos que visam à
formação política e cidadã do estudante
23Profissão Mestre®
fevereiro 2014
CAPA
enviam para a Câmara dos Deputados
os projetos selecionados. Os proje-
tos finais são escolhidos por uma co-
missão de assessores legislativos da
Câmara, analisados e classificados de
acordo com critérios como originalida-
de, justificativa e clareza. Durante cinco
dias, os 78 jovens participam de uma
jornada parlamentar na Câmara dos
Deputados, onde atuam como depu-
tados federais. A simulação da rotina
dos trabalhos legislativos visa desper-
tar os jovens parlamentares para a re-
flexão crítica e a representação política
por meio da vivência do processo de-
mocrático. “Eles chegam meio sem jei-
to, desconfiados, mas ao sair já estão
com atitude de parlamentar. Durante
o tempo que passam aqui, eles tra-
balham como um deputado, com
uma programação intensa”, explica
Déborah Achcar, uma das responsá-
veis pelo projeto. O número de repre-
sentantes jovens por estado é defini-
do de maneira proporcional, como nas
eleições. Desde 2011, além dos estu-
dantes do 3º ano, os do 2º ano e os
do ensino técnico integrado ao ensino
médio também podem participar.
Para saber mais: www2.camara.
leg.br/responsabilidade-social/parla-
mentojovem e www.facebook.com/
parlamento.jovembrasileiro
Parlamento Jovem
(Colégio Humboldt – São Paulo/SP)
Os alunos, orientados e supervi-
sionados pelos professores de
História, Filosofia e Geografia, criam,
escrevem e desenvolvem projetos de
ações política e administrativa para o
estado de São Paulo, baseados nos
problemas observados na atualida-
de e divulgados por meio de notícias.
Os projetos são encaminhados pa-
ra a Câmara Municipal de São Paulo,
que também desenvolve o progra-
ma Parlamento Jovem – que tem co-
mo objetivo principal possibilitar aos
estudantes uma visão de alguns as-
pectos da democracia, por meio da vi-
vência de um dia de sessão parlamen-
tar, e para a Câmara dos Deputados.
Independentemente da análise e da
apreciação nas Casas de Lei, todos os
projetos são apresentados e discuti-
dos em salas de aula. “Uma das gran-
des vantagens do projeto é que os
alunos conhecem o processo, passam
a entender que há regras, que é mui-
to difícil aprovar um projeto de lei, que
é preciso aprovar o orçamento, consul-
tar a Constituição, fazer pesquisa”, co-
menta a professora de História Marilu
de Freitas Faricelli. De acordo com ela,
o projeto tem como objetivo principal o
exercício da cidadania e a vivência de
encaminhamentos políticos, sociais e
econômicos diante dos problemas da
realidade próxima da cidade em que
vivem. Marilu comenta que muitos pro-
jetos são relacionados ao combate à
corrupção e aos problemas da saúde
pública. “São temas que fazem parte
de nosso universo”, afirma. Nas aulas
de língua portuguesa, são trabalha-
das as regras específicas para o tex-
to do projeto de lei; em filosofia, traba-
lha-se com a concepção de política e,
em história, são abordadas as formas
de governo, entre outros aspectos.
“A conscientização dos alunos é muito
grande”, acredita a professora.
Parasabermais:novo.humboldt.com.br/
projeto/parlamento+jovem+++8+ano
Participação Política nas Ruas e
nas Praças da Cidade – O Lado
Público da Cidadania
(Colégio Estadual João Paulo II –
Curitiba/PR)
Aprofessora de História Sônia
Regina Cordeiro Silva, que lecio-
na no Colégio Estadual João Paulo II,
em Curitiba (PR), conta que decidiu de-
senvolver o projeto Participação Política
nas Ruas e nas Praças da Cidade – O
Lado Público da Cidadania para incen-
tivar e motivar seus alunos do 3º ano
do ensino médio. “Quando eu fala-
va em política, a reação era vinculada
àquela visão do senso comum, em que
as pessoas odeiam o assunto”, desta-
ca. Como a turma compreende os alu-
nos que estão mais próximos de par-
ticipar de uma eleição, ela não teve
dúvidas e lançou o desafio. Por meio
de um sorteio, cada aluno teve que
“adotar” um vereador, acompanhá-
-lo e fiscalizar suas ações. Os estudan-
tes foram até a Câmara Municipal de
Curitiba, onde assistiram a uma sessão
e apresentaram-se aos parlamentares
“adotados”. O monitoramento ocorreu
por meio do acompanhamento das
sessões, das notícias divulgadas pe-
la imprensa e de sites ou outras ferra-
mentas digitais mantidas pelo próprio
vereador. Na sequência, os comentá-
rios sobre as ações (boas ou ruins) fo-
ram postados no Facebook, na página
Terceirão da cidadania. A cada posta-
gem, os alunos podiam comentar, cur-
tir ou compartilhar as mensagens. “A
meta é despertar a visão crítica e cons-
cientizar os alunos”, ressalta Sônia. Ela
acredita que a internet facilita a parti-
cipação política e o uso de uma rede
social no projeto despertou o interesse
dos estudantes. De acordo com a pro-
fessora, a maioria dos vereadores
foi receptiva e encarou a fiscalização
como uma contribuição ao manda-
to. “O principal é os alunos enten-
derem que fiscalizar [o trabalho do
parlamentar] é nosso papel como ci-
dadão”, afirma.
Para saber mais: tinyurl.com/qggr2bz
Divulgação
Alunos durante visita à Câmara Municipal de Curitiba
24 Profissão Mestre®
fevereiro 2014
CAPA Fábio Torres
A
temática das eleições pode ge-
rar várias discussões em sa-
la de aula e, com isso, colabo-
rar para o desenvolvimento do senso
crítico e da aprendizagem dos alunos.
Para André Luís Rosa e Silva, profes-
sor de Língua Portuguesa em Ponta
Grossa (PR) e mestre em Educação,
as aulas de português são um mo-
mento propício para tais debates. O
educador sugere que eles sejam di-
vididos em três eixos: o voto, as elei-
ções e os partidos políticos. Cada de-
bate pode tomar uma ou mais aulas,
e pode ser que os alunos necessitem
de um tempo para realizar pesqui-
sas tanto em livros quanto na inter-
net. Confira a seguir as orientações
do professor para cada uma das dis-
cussões.
O voto
Para debater a questão do voto, o edu-
cador propõe que seja feita uma refle-
xão sobre a importância do ato de vo-
tar ao longo da história. “O professor
pode partir da compreensão filosófi-
ca do voto: suas origens como siste-
ma de participação popular nas deci-
sões tomadas por governos ou clãs”,
afirma Silva. O professor orienta que
algumas épocas tenham destaque
ao longo da discussão, tais como a
Grécia Antiga, a monarquia do Sacro
Império Germânico e o movimento
feminista Ladies Suffragetes, do co-
meço do século XX, que demanda-
va o direito de voto às mulheres. Silva
também destaca que o debate de-
ve abranger o voto tanto como direi-
to quanto por obrigação. O professor
sugere uma comparação entre as le-
gislações de países como Brasil, onde
o voto é obrigatório, Estados Unidos,
Chile e Venezuela, nações onde o su-
frágio não é compulsório.
As eleições
“Por meio do viés histórico, é possí-
vel abordar a origem das eleições, a
influência do pensamento iluminis-
ta na organização da democracia par-
ticipativa, o conceito de democracia,
criado a partir da independência dos
Estados Unidos, e a ideia de eleições
como um evento em que a participa-
ção e a vontade popular são respeita-
das”, afirma o professor, que propõe
também que sejam debatidas nessa
etapa questões como o voto de cabres-
to, as eleições indiretas, a compra de
voto e outras práticas.
Nessa aula, Silva prevê que seja re-
alizada uma pesquisa aprofundada so-
bre as eleições no Brasil. “O professor
tem a opção de dirigir a pesquisa sobre
quem pode ser candidato, quais são a
idade mínima e a máxima para candi-
datura, a necessidade de se estar filia-
do a algum partido político, a represen-
tação eleitoral e o sistema eleitoral para
eleições proporcionais”, indica.
Os partidos políticos
O Brasil é um país caracterizado pe-
lo seu pluripartidarismo: são 33 par-
tidos políticos e outros tantos ainda
esperando oficialização. Tal cenário,
para Silva, é ideal para outra pesqui-
sa. “Sugira aos alunos que pesquisem
a respeito das legendas, de sua repre-
sentatividade política (quantos vere-
adores, deputados, senadores, prefei-
tos, governadores e presidentes cada
partido tem). Também proponha que
pesquisem a respeito do repasse do
chamado Fundo Partidário – mon-
tante dividido entre os partidos que
têm representação na Câmara dos
Deputados”, diz o professor.
Aulas de Língua Portuguesa podem
servir para debater o voto, as eleições
e o pluripartidarismo no Brasil
Disciplina: Língua Portuguesa
Etapa de ensino: 8º e 9º anos do ensino fundamental
Duração: 3 horas/aula (no mínimo)
Resumo
do plano
de aulas
PLANO
DE AULA
1
POLÍTICA
EM DEBATE
25Profissão Mestre®
fevereiro 2014
CAPA
lo professor. “É interessante o professor
assistir com os alunos a alguns trechos
selecionados de debates políticos anti-
gos,paraqueelespossamcompreender
a estrutura dessa atividade. Também
será necessário que o professor expli-
que quais as regras da dinâmica com
antecedência”, observa Bellei.
Os alunos precisarão elaborar as per-
guntas que serão feitas aos concor-
rentes e formular as respostas para
os possíveis questionamentos que se-
rão feitos a eles. Nesse debate, os es-
tudantes apresentarão os seus planos
de governo para outra turma, e, ao fi-
nal da discussão, haverá uma vota-
ção dos alunos que ouviram o debate,
os quais elegerão, simbolicamente, os
seus candidatos.
5ª etapa
A última parte do projeto será dedica-
da à realização de discussões sobre al-
gunsaspectosrelacionadosàseleições,
tais como corrupção, importância do
voto consciente e crítico, cobrança de
promessas feitas pelos representantes
políticos eleitos e papel da política na
vida social brasileira.Aulas de língua
portuguesa podem servir para debater
o voto, as eleições e o pluripartidaris-
mo no Brasil
Resumo
do plano
de aulas
PLANO
DE AULA
2
VIVENCIANDOAS ELEIÇÕES
U
ma das melhores maneiras de
entender como algo funciona é
fazerpartedasituação.Comis-
so em mente, Rodrigo Bellei, profes-
sor de Geografia da Escola Estadual
São Vicente de Paulo, em Juiz de Fora
(MG),emestrandoemEducação,pro-
põe,aolongode12aulasdivididasem
cinco etapas, que os alunos primeiro
compreendam a origem histórica dos
partidos políticos e, depois, simulem
uma eleição em sala de aula. Confira:
1ª etapa
Para começar o projeto, Bellei suge-
re que a primeira aula seja dedicada
a um bate-papo com os alunos, a fim
de descobrir o que eles já sabem sobre
as eleições e a política em geral. “Será
importante argumentar sobre o que
são os partidos políticos, para que ser-
vem,paraqueservemoscargospolíti-
cos (prefeito, vereador, presidente, se-
nador e deputados), e comentar sobre
alguns termos atribuídos à política,
como CPI, mensalão, privataria tuca-
na etc.”, cita o educador.
2ª etapa
Nas três aulas seguintes, a turma de-
verá ser dividida em três grupos e ca-
da um terá que pesquisar a origem e
o desenvolvimento de um partido polí-
tico (sugestões do professor: PT, PSDB
e PC do B, por terem histórias distin-
tas). “Nessa etapa, seria interessante
buscar a ajuda do professor de História,
que pode trabalhar em conjunto com
o professor de Geografia. Nessa análi-
se,osalunosprecisarãoestarbemapar
dos planos políticos de cada partido –
respeitando, obviamente, a construção
do conhecimento em cada faixa etária.
Essa pesquisa se dará na sala de com-
putação – pela internet –, com a orien-
tação dos professores de Geografia e
História.Seotemponãopermitirquea
atividade seja concluída, os alunos po-
derão terminá-la em casa”, orienta.
3ª etapa
Com a turma ainda dividida em gru-
pos, a quinta e a sexta aulas dão início
àsimulaçãodeumaeleição.Cadaequi-
pe, com base no que pesquisou, irá es-
colherumcandidatoapresidenteeum
a vice, e elaborará um plano de gover-
no com propostas para educação, saú-
de, transporte, segurança etc.
4ª etapa
As quatro aulas seguintes irão compor
a quarta etapa do projeto, que se refe-
re ao debate, o qual será mediado pe-
Disciplina: Geografia
Etapa de ensino: ensino médio ou educação de jovens e adultos (EJA)
Duração: 12 horas/aula
Recursos utilizados: computadores, internet e televisão
Para compreender a sua importância,
professor de Geografia sugere uma simulação
do processo em sala de aula
26 Profissão Mestre®
fevereiro 2014
CAPA
Resumo
do plano
de aulas
PLANO
DE AULA
3
AIMPORTÂNCIADO VOTO
Professora de Fortaleza elabora plano
de aulas para compreender o papel
do voto na sociedade brasileira
Disciplina: História
Etapa de ensino: 8º ano do ensino fundamental
Duração: 2 horas/aula
Recursos utilizados: computadores, internet, infográficos,
textos, imagens e vídeos
Quando o assunto é eleição, lo-
go surge o debate sobre a im-
portância do voto e do ato de vo-
tar de forma consciente. Por isso,
o tema deve ser trabalhado com
os alunos, com o objetivo de fazê-
-los entender como o voto evoluiu
e o papel desempenhado por essa
ação ao longo da história do Brasil.
Essa é a proposta da professora de
História de Fortaleza (CE), Isabel
Aguiar, que elaborou um plano de
aulas breve e objetivo sobre o as-
sunto.
Dedicado a alunos do 8º ano do
ensino fundamental – mas adap-
tável para outras etapas de ensino,
segundo Isabel –, o plano de aula
prevê a utilização de apenas duas
aulas, e tem como objetivos iden-
tificar transformações nos com-
portamentos e nos processos de-
mocráticos; entender as práticas
políticas em sociedades democráti-
cas; e despertar no estudante o in-
teresse por política, além de uma
visão mais crítica por parte do jo-
vem sobre o período eleitoral e a
importância do voto.
Primeira aula
Para começar, o professor deve se
dedicar à discussão, com seus alu-
nos, sobre o que é política, demo-
cracia e importância do voto. Após
a exposição das ideias dos estudan-
tes, é preciso fazer uma explica-
ção teórica dos termos, relacionan-
do esses conceitos com situações
do cotidiano. Nessa mesma au-
la, o professor deve explicar os pe-
ríodos da história política do País
– Colônia, Império e República –,
além de questionar os alunos sobre
o voto feminino, levantando dis-
cussões e debates. Ao final da au-
la, o educador deverá solicitar pa-
ra os alunos uma pesquisa sobre os
temas abordados, para que, na aula
seguinte, os resultados dessa pes-
quisa extraclasse sejam expostos e
debatidos em sala.
Segunda etapa
Essa etapa do projeto está centrada
na exposição do material pesquisa-
do anteriormente. Os alunos deve-
rão comentar as informações obti-
das em sala. Em seguida, o professor
e os estudantes deverão debater tam-
bém a espetacularização da políti-
ca, que hoje se transformou em um
evento predominantemente imagé-
tico e visual. “Comente que as atuais
campanhas eleitorais estão funda-
mentadas na televisão e em outros
suportes, e que elas têm como obje-
tivo vender uma imagem produzida
do candidato ou do partido, pouco
importando sua concepção ou práti-
ca política”, comenta Isabel.
Conclusão
Para concluir o plano de aulas e ava-
liar seus estudantes, a educadora cea-
rense sugere que a avaliação seja feita
com base na pesquisa realizada du-
rante a primeira e a segunda aulas.
“Analise com a turma os resultados
da pesquisa feita em casa e observe
se eles entenderam quais são os crité-
rios utilizados pelos adultos para a es-
colha dos candidatos. Preste atenção
também às sugestões da turma para
a reforma política. Exija coerência na
argumentação e verifique se eles en-
tenderam de fato o problema”, sugere
a professora de História.
27Profissão Mestre®
fevereiro 2014
CAPACAPA
Resumo
do plano
de aulas
Toda eleição sempre é marcada
por pesquisas de opinião públi-
ca que procuram retratar quem são
os favoritos na disputa por cargo
político naquele ano. Para a profes-
sora de Matemática Ingrid Milléo,
de Ponta Grossa (PR), tais pesqui-
sas são excelentes para que os alu-
nos compreendam como é feito o
trabalho com dados durante as elei-
ções. A educadora elaborou um pla-
no de aulas que simula uma pes-
quisa de opinião pública ao longo
de 5 a 6 aulas. Destinada a alunos
do ensino médio, a atividade pode
ser adaptada para qualquer idade.
“Serve para qualquer faixa etária/
série, só depende do aprofunda-
mento que o professor dará”, afir-
ma Ingrid. A sugestão aqui é para
aplicação em uma turma do 2º ano
do ensino médio.
Plano de aulas
A atividade tem início com o levan-
tamento de todos os candidatos a
algum cargo político (em 2014, as
eleições são para presidente, go-
vernador, senador, deputados fe-
deral e estadual) e a elaboração de
um questionário com base nesse le-
vantamento. Esse questionário será
PLANO
DE AULA
4
PESQUISASIMULADA
Disciplina: Matemática
Etapa de ensino: ensino médio
Duração: 5 a 6 horas/aula
Recursos utilizados: computador, cartazes, projetor
Replicar pesquisas de opinião pública
no ambiente escolar ajuda alunos a
entenderem melhor as eleições
aplicado para os outros estudan-
tes, professores e demais fun-
cionários da escola, tal qual as
pesquisas oficiais realizadas por
institutos como Ibope, Datafolha
etc.
Depois da aplicação do ques-
tionário, os alunos deverão reu-
nir, tabular e separar os dados,
analisando todas as informa-
ções obtidas. Após o tratamento
dos dados, é hora dos estudantes
apresentarem os resultados da
pesquisa para os entrevistados,
ou seja, para o restante da escola.
Para essa apresentação, os alunos
podem usar quaisquer materiais
que preferirem: apresentações no
computador, cartazes ou projetor
de slides.
A apresentação dos dados, em
conjunto com todo o processo de
preparação e aplicação do ques-
tionário, pode ser usada para
avaliar os estudantes que, em ge-
ral, parecem gostar e se divertir
com a atividade, de acordo com
Ingrid. “Já apliquei o plano de
aulas e os alunos se mostraram
interessados e, com isso, o apren-
dizado tornou-se mais agradá-
vel”, comenta a educadora.

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Formação cidadã na escola

  • 1. 20 Profissão Mestre® fevereiro 201420 CAPA 20 O jovem Gustavo Medrado, de 16 anos, aluno da Escola EstadualdoParque SãoJorge, em Uberlândia (MG), tem muita von- tade de contribuir com as questões políticas do País. Ele é um dos estu- dantes selecionados para integrar o Parlamento Jovem Brasileiro, projeto da Câmara dos Deputados que incen- tiva a participação política e que, em 2013, selecionou 78 participantes. “É uma honra muito grande poder fazer partedestafamíliaqueéoParlamento Jovem Brasileiro”, afirma Gustavo em seu vídeo de apresentação. Para parti- cipar do programa, que acontece anu- almente, o estudante deve enviar uma proposta de projeto de lei. Gustavo é autor de um projeto que dispõe sobre a criação de um programa federal que contemple estudantes do ensino mé- dio engajados em ações que benefi- ciem a comunidade escolar com bol- sasdeestudosnoBrasile/ouempaíses que fazem parte do Mercosul, de for- ma a promover maior integração lati- no-americana.“Omeuprojetovaiten- Carolina Mainardes POLÍTICA E CIDADANIA NA ESCOLA Com a proximidade das eleições, aproveite para explorar o tema. Conheça projetos que estimulam os estudantes e utilize os planos de aula apresentados aqui para aprofundar conteúdos e conscientizar seus alunos No Parlamento Jovem Brasileiro, projeto da Câmara Federal, es- tudantes vivenciam obrigações de um deputado Fotos:Divulgação
  • 2. 21Profissão Mestre® fevereiro 2014 CAPA tar combater os altos índices de evasão escolar que hoje existem em nosso País e também proporcionar maior in- tegração entre os países do Mercosul”, justifica Gustavo. Como ele e os demais participan- tes do projeto da Câmara Federal – ao todo foram 1.631 projetos de lei enca- minhados por jovens de todo o País na edição de 2013 –, outros estudan- tes demonstram interesse por políti- ca e ações de cidadania. Mas muitos professores ainda encontram dificul- dade em abordar o tema em sala de aula, devido à falta de interesse dos alunos. A movimentação típica de ano eleitoral pode ser uma boa opor- tunidade de levar o tema para a sala de aula. Para Emerson Cervi, profes- sor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), doutor em Ciência Política, não dá para esperar que crianças com menos de 14 anos tenham interesse emreceberinformaçõessobreeleições, especificamente. “Creio que possa ser mais produtivo se os conceitos [abor- dados em sala de aula] forem sobre ci- dadania, ação coletiva, bem público etc.,que são [temas] mais gerais e fun- dantes, do que sobre eleições propria- mente ditas”, considera. Cervi suge- re práticas que discutam conceitos de democracia, responsabilidade, partici- pação. “A consciência política se forma com prática, exemplos e participação”, acrescenta. O escritor João Pedro Roriz, que é jornalista, arte-educador e autor da obra Almanaque da cidadania (Editora Paulus), também defende que a escola deve orientar os alunos sobre questões relacionadas à cidadania. “A práti- ca dessa cidadania requer olhar pers- pectivo, paciência e visão de coletivi- dade, que devem ser propostos já na primeira infância, por meio de jogos lúdicos, encenações teatrais, brinca- deiras e exemplos”, observa. Roriz pro- põe a abordagem de temas como di- reito, política, cultura, moral e ética. “Também é importante falar sobre o cenário político do País e o ambiente em que a cidadania é exercida”, com- pleta. O educador recomenda o uso de obras literárias paradidáticas para au- xiliar o professor em sala de aula, bem como atividades de arte-educação, co- mo palestras dramatizadas, exemplos divertidos e miméticos, apresentação de canções com temas educativos. Ele reforça que não adianta apenas abordar a questão partidária ou a im- portância do voto, explicar o sistema de votação ou simplesmente dar lições sobre como usar a urna eletrônica. “É preciso ir mais fundo e destacar o pro- cesso que nos trouxe até aqui. E pou- casescolasestãodispostasafazerisso”, lamenta. Para ele, é preciso esclarecer que trabalhar pela coletividade vale a pena, “mesmo para quem está viven- doumacondiçãodesfavorável”,ecom- pleta: “para isso, há belos exemplos de superação”. O escritor chama a aten- ção do professor para a conscientiza- ção. “É importante mostrar que a clas- se política e suas práticas são reflexos da sociedade e que qualquer mudança depende de todos, independentemen- te das condições social, intelectual ou financeira de cada cidadão. Nesse sen- tido, vale a pena que cada escola in- vista em formações continuadas, pa- lestras e atividades de arte-educação também para os professores”, enfatiza. Espaço ideal A escola torna-se o espaço ideal para a formação cidadã, pois se trata de um lugar onde a criança e o jovem viven- ciam suas primeiras experiências re- lacionadas ao convívio social. A pro- fessora de História Marilu de Freitas Faricelli, que leciona no Colégio Humboldt, de São Paulo, considera que o envolvimento dos alunos em projetos que focam cidadania e políti- ca traz inúmeros benefícios. “Tudo fi- ca muito mais claro, e eles percebem a importância da participação política e as consequências de quando essa par- ticipação não existiu”, ressalta. Marilu desenvolve com os alunos do 8º ano o projeto Parlamento Jovem, em que eles são orientados a elaborar proje- tos de lei para os programas desenvol- vidos pela Câmara Municipal de São Paulo e pela Câmara dos Deputados. “Aproveitamos o conteúdo relaciona- do à Revolução Francesa, em que é tratado o conceito do absolutismo, e fazemos um contraponto abordando a vida política da atualidade no Brasil”, explica a professora. Os alunos estu- dam o que é política, democracia e ci- dadania, além de como esses concei- tos se desenvolvem, e, com base em questionamentos e demandas obser- vadas, elaboram seus projetos de lei. A professora de História Sônia Regina Cordeiro Silva, que leciona no Colégio Estadual João Paulo II, em Curitiba (PR), acredita que a escola é o espaço ideal para a formação políti- caecidadã.“Aescolatrabalhacomco- nhecimento e tem que motivar o estu- dante para essas questões. Se todas as escolas fizessem isso, o cenário políti- co brasileiro seria bem diferente”, co- menta. Sônia desenvolve com alunos do 3º ano do ensino médio o projeto Participação Política nas Ruas e nas Praças da Cidade – O Lado Público da Cidadania, em que cada aluno “ado- ta” um vereador da cidade para fisca- lizar. As ações dos parlamentares são acompanhadas pelos estudantes por meio das sessões da Câmara, da im- prensa e do site oficial dos vereadores. Depois, todo o relatório é divulgado em uma página do Facebook. “O obje- tivo é despertar a visão crítica e cons- cientizar os alunos”, ressalta. Ela uniu o interesse dos jovens pela rede social e as facilidades da internet em relação à divulgação das ações dos políticos. Segundo Déborah Achcar, uma das responsáveis pelo proje- to Parlamento Jovem Brasileiro, da Câmara Federal, a participação dos estudantes aumentou durante os dez anos de realização das atividades. Entretanto,elaéconsiderada pequena.
  • 3. 22 Profissão Mestre® fevereiro 2014 tato com o ambiente externo à própria família é um país que terá que gastar mais tempo, dinheiro e energia discu- tindo formas de fiscalização e punições dosdesvios”,afirma. OescritorJoãoPedroRoriztambém acreditaemresultadoscatastróficospara um cenário em que a formação cidadã não é trabalhada: “muitos desses cida- dãos buscarão resoluções de curto pra- zo para seus problemas mais iminen- tes, colocando-se em risco e sobrepondo seusinteressesaosdireitosalheios”. Oalertaparaaescolaéqueessafor- mação deve ser trabalhada de manei- ra contínua, e não apenas em períodos relacionados a eleições. A mobiliza- ção de jovens ocorrida em manifesta- ções registradas em 2013 ainda não é um indicativo de mudança em rela- ção à conscientização, segundo Cervi. “As manifestações cumpriram seu papel. Não dá para es- perar consequências pe- renes de manifestações de rua como as ocorridas no ano passado”, adverte. “Elas serviram para mos- trar um descontentamento generalizado, não apenas dos jovens, mas também de amplos segmentos da sociedade brasileira. Sóporisso,jávaleram”,enfatizaopro- fessor. CAPA Parlamento Jovem Brasileiro (Câmara dos Deputados – DF) OParlamento Jovem Brasileiro é um projeto da Câmara dos Deputados que seleciona, anualmen- te, 78 estudantes, os quais repre- sentam os 27 estados brasileiros e o Distrito Federal. Em 2013, o projeto completou dez anos. Na primeira fase, “Ainda é pouco. Contamos mui- to com a ajuda dos coordenadores es- taduais, das secretarias de Educação, que difundem a campanha nos es- tados. E o Facebook foi a grande sa- cada, pois [a rede social] ajuda mui- to na relação com os jovens”, conta. Déborah avalia que o projeto contri- bui para o professor abordar o tema em sala de aula, pois conta com in- formações, apresentadas de forma didática, sobre o que é um projeto de lei e os passos para a sua elabora- ção. Ela ainda considera que se enga- na quem diz que há desinteresse por política. “Só de dizer ‘bom dia’ a pes- soa já está fazendo política. O que há é falta de conhecimento e, sem co- nhecimento, acabam ficando sem- pre os mesmos em um espaço que é para todos”, ressalta (Veja no box mais detalhes sobre os projetos). Consequências Quando a escola se re- dime do papel de atu- ar com formação políti- ca e cidadã, e o país não investe na conscientização, as consequências são as piores possíveis, na opinião do professor da UFPR, Emerson Cervi. “Um país sem cidadania exercida desde a idade emqueaspessoascomeçamatercon- Emerson Cervi, professor da UFPR: “A consciência política se forma com prática, exemplos e participação” Escritor João Pedro Roriz: “É importante falar sobre o cenário político do país e o ambiente em que a cidadania é exercida” AprofessoraMarilu de Freitas Faricelli acredita que o envolvimento dos alunos em projetos que focam cidadania e po- lítica traz inúmeros benefícios Fotos:Divulgação os estudantes precisam escrever um projeto de lei que seja relevante e se inscrever em suas escolas. Algumas es- colas usam o projeto em aulas de re- dação, sociologia e língua portugue- sa. Em seguida, as escolas enviam os projetos de lei para avaliação das se- cretarias de Educação dos estados, as quais fazem uma avaliação primária e CIDADANIA EM PRÁTICA Confira planos de aula exclusivos sobre eleições a partir da pág. 24 Conheça a seguir projetos que visam à formação política e cidadã do estudante
  • 4. 23Profissão Mestre® fevereiro 2014 CAPA enviam para a Câmara dos Deputados os projetos selecionados. Os proje- tos finais são escolhidos por uma co- missão de assessores legislativos da Câmara, analisados e classificados de acordo com critérios como originalida- de, justificativa e clareza. Durante cinco dias, os 78 jovens participam de uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados, onde atuam como depu- tados federais. A simulação da rotina dos trabalhos legislativos visa desper- tar os jovens parlamentares para a re- flexão crítica e a representação política por meio da vivência do processo de- mocrático. “Eles chegam meio sem jei- to, desconfiados, mas ao sair já estão com atitude de parlamentar. Durante o tempo que passam aqui, eles tra- balham como um deputado, com uma programação intensa”, explica Déborah Achcar, uma das responsá- veis pelo projeto. O número de repre- sentantes jovens por estado é defini- do de maneira proporcional, como nas eleições. Desde 2011, além dos estu- dantes do 3º ano, os do 2º ano e os do ensino técnico integrado ao ensino médio também podem participar. Para saber mais: www2.camara. leg.br/responsabilidade-social/parla- mentojovem e www.facebook.com/ parlamento.jovembrasileiro Parlamento Jovem (Colégio Humboldt – São Paulo/SP) Os alunos, orientados e supervi- sionados pelos professores de História, Filosofia e Geografia, criam, escrevem e desenvolvem projetos de ações política e administrativa para o estado de São Paulo, baseados nos problemas observados na atualida- de e divulgados por meio de notícias. Os projetos são encaminhados pa- ra a Câmara Municipal de São Paulo, que também desenvolve o progra- ma Parlamento Jovem – que tem co- mo objetivo principal possibilitar aos estudantes uma visão de alguns as- pectos da democracia, por meio da vi- vência de um dia de sessão parlamen- tar, e para a Câmara dos Deputados. Independentemente da análise e da apreciação nas Casas de Lei, todos os projetos são apresentados e discuti- dos em salas de aula. “Uma das gran- des vantagens do projeto é que os alunos conhecem o processo, passam a entender que há regras, que é mui- to difícil aprovar um projeto de lei, que é preciso aprovar o orçamento, consul- tar a Constituição, fazer pesquisa”, co- menta a professora de História Marilu de Freitas Faricelli. De acordo com ela, o projeto tem como objetivo principal o exercício da cidadania e a vivência de encaminhamentos políticos, sociais e econômicos diante dos problemas da realidade próxima da cidade em que vivem. Marilu comenta que muitos pro- jetos são relacionados ao combate à corrupção e aos problemas da saúde pública. “São temas que fazem parte de nosso universo”, afirma. Nas aulas de língua portuguesa, são trabalha- das as regras específicas para o tex- to do projeto de lei; em filosofia, traba- lha-se com a concepção de política e, em história, são abordadas as formas de governo, entre outros aspectos. “A conscientização dos alunos é muito grande”, acredita a professora. Parasabermais:novo.humboldt.com.br/ projeto/parlamento+jovem+++8+ano Participação Política nas Ruas e nas Praças da Cidade – O Lado Público da Cidadania (Colégio Estadual João Paulo II – Curitiba/PR) Aprofessora de História Sônia Regina Cordeiro Silva, que lecio- na no Colégio Estadual João Paulo II, em Curitiba (PR), conta que decidiu de- senvolver o projeto Participação Política nas Ruas e nas Praças da Cidade – O Lado Público da Cidadania para incen- tivar e motivar seus alunos do 3º ano do ensino médio. “Quando eu fala- va em política, a reação era vinculada àquela visão do senso comum, em que as pessoas odeiam o assunto”, desta- ca. Como a turma compreende os alu- nos que estão mais próximos de par- ticipar de uma eleição, ela não teve dúvidas e lançou o desafio. Por meio de um sorteio, cada aluno teve que “adotar” um vereador, acompanhá- -lo e fiscalizar suas ações. Os estudan- tes foram até a Câmara Municipal de Curitiba, onde assistiram a uma sessão e apresentaram-se aos parlamentares “adotados”. O monitoramento ocorreu por meio do acompanhamento das sessões, das notícias divulgadas pe- la imprensa e de sites ou outras ferra- mentas digitais mantidas pelo próprio vereador. Na sequência, os comentá- rios sobre as ações (boas ou ruins) fo- ram postados no Facebook, na página Terceirão da cidadania. A cada posta- gem, os alunos podiam comentar, cur- tir ou compartilhar as mensagens. “A meta é despertar a visão crítica e cons- cientizar os alunos”, ressalta Sônia. Ela acredita que a internet facilita a parti- cipação política e o uso de uma rede social no projeto despertou o interesse dos estudantes. De acordo com a pro- fessora, a maioria dos vereadores foi receptiva e encarou a fiscalização como uma contribuição ao manda- to. “O principal é os alunos enten- derem que fiscalizar [o trabalho do parlamentar] é nosso papel como ci- dadão”, afirma. Para saber mais: tinyurl.com/qggr2bz Divulgação Alunos durante visita à Câmara Municipal de Curitiba
  • 5. 24 Profissão Mestre® fevereiro 2014 CAPA Fábio Torres A temática das eleições pode ge- rar várias discussões em sa- la de aula e, com isso, colabo- rar para o desenvolvimento do senso crítico e da aprendizagem dos alunos. Para André Luís Rosa e Silva, profes- sor de Língua Portuguesa em Ponta Grossa (PR) e mestre em Educação, as aulas de português são um mo- mento propício para tais debates. O educador sugere que eles sejam di- vididos em três eixos: o voto, as elei- ções e os partidos políticos. Cada de- bate pode tomar uma ou mais aulas, e pode ser que os alunos necessitem de um tempo para realizar pesqui- sas tanto em livros quanto na inter- net. Confira a seguir as orientações do professor para cada uma das dis- cussões. O voto Para debater a questão do voto, o edu- cador propõe que seja feita uma refle- xão sobre a importância do ato de vo- tar ao longo da história. “O professor pode partir da compreensão filosófi- ca do voto: suas origens como siste- ma de participação popular nas deci- sões tomadas por governos ou clãs”, afirma Silva. O professor orienta que algumas épocas tenham destaque ao longo da discussão, tais como a Grécia Antiga, a monarquia do Sacro Império Germânico e o movimento feminista Ladies Suffragetes, do co- meço do século XX, que demanda- va o direito de voto às mulheres. Silva também destaca que o debate de- ve abranger o voto tanto como direi- to quanto por obrigação. O professor sugere uma comparação entre as le- gislações de países como Brasil, onde o voto é obrigatório, Estados Unidos, Chile e Venezuela, nações onde o su- frágio não é compulsório. As eleições “Por meio do viés histórico, é possí- vel abordar a origem das eleições, a influência do pensamento iluminis- ta na organização da democracia par- ticipativa, o conceito de democracia, criado a partir da independência dos Estados Unidos, e a ideia de eleições como um evento em que a participa- ção e a vontade popular são respeita- das”, afirma o professor, que propõe também que sejam debatidas nessa etapa questões como o voto de cabres- to, as eleições indiretas, a compra de voto e outras práticas. Nessa aula, Silva prevê que seja re- alizada uma pesquisa aprofundada so- bre as eleições no Brasil. “O professor tem a opção de dirigir a pesquisa sobre quem pode ser candidato, quais são a idade mínima e a máxima para candi- datura, a necessidade de se estar filia- do a algum partido político, a represen- tação eleitoral e o sistema eleitoral para eleições proporcionais”, indica. Os partidos políticos O Brasil é um país caracterizado pe- lo seu pluripartidarismo: são 33 par- tidos políticos e outros tantos ainda esperando oficialização. Tal cenário, para Silva, é ideal para outra pesqui- sa. “Sugira aos alunos que pesquisem a respeito das legendas, de sua repre- sentatividade política (quantos vere- adores, deputados, senadores, prefei- tos, governadores e presidentes cada partido tem). Também proponha que pesquisem a respeito do repasse do chamado Fundo Partidário – mon- tante dividido entre os partidos que têm representação na Câmara dos Deputados”, diz o professor. Aulas de Língua Portuguesa podem servir para debater o voto, as eleições e o pluripartidarismo no Brasil Disciplina: Língua Portuguesa Etapa de ensino: 8º e 9º anos do ensino fundamental Duração: 3 horas/aula (no mínimo) Resumo do plano de aulas PLANO DE AULA 1 POLÍTICA EM DEBATE
  • 6. 25Profissão Mestre® fevereiro 2014 CAPA lo professor. “É interessante o professor assistir com os alunos a alguns trechos selecionados de debates políticos anti- gos,paraqueelespossamcompreender a estrutura dessa atividade. Também será necessário que o professor expli- que quais as regras da dinâmica com antecedência”, observa Bellei. Os alunos precisarão elaborar as per- guntas que serão feitas aos concor- rentes e formular as respostas para os possíveis questionamentos que se- rão feitos a eles. Nesse debate, os es- tudantes apresentarão os seus planos de governo para outra turma, e, ao fi- nal da discussão, haverá uma vota- ção dos alunos que ouviram o debate, os quais elegerão, simbolicamente, os seus candidatos. 5ª etapa A última parte do projeto será dedica- da à realização de discussões sobre al- gunsaspectosrelacionadosàseleições, tais como corrupção, importância do voto consciente e crítico, cobrança de promessas feitas pelos representantes políticos eleitos e papel da política na vida social brasileira.Aulas de língua portuguesa podem servir para debater o voto, as eleições e o pluripartidaris- mo no Brasil Resumo do plano de aulas PLANO DE AULA 2 VIVENCIANDOAS ELEIÇÕES U ma das melhores maneiras de entender como algo funciona é fazerpartedasituação.Comis- so em mente, Rodrigo Bellei, profes- sor de Geografia da Escola Estadual São Vicente de Paulo, em Juiz de Fora (MG),emestrandoemEducação,pro- põe,aolongode12aulasdivididasem cinco etapas, que os alunos primeiro compreendam a origem histórica dos partidos políticos e, depois, simulem uma eleição em sala de aula. Confira: 1ª etapa Para começar o projeto, Bellei suge- re que a primeira aula seja dedicada a um bate-papo com os alunos, a fim de descobrir o que eles já sabem sobre as eleições e a política em geral. “Será importante argumentar sobre o que são os partidos políticos, para que ser- vem,paraqueservemoscargospolíti- cos (prefeito, vereador, presidente, se- nador e deputados), e comentar sobre alguns termos atribuídos à política, como CPI, mensalão, privataria tuca- na etc.”, cita o educador. 2ª etapa Nas três aulas seguintes, a turma de- verá ser dividida em três grupos e ca- da um terá que pesquisar a origem e o desenvolvimento de um partido polí- tico (sugestões do professor: PT, PSDB e PC do B, por terem histórias distin- tas). “Nessa etapa, seria interessante buscar a ajuda do professor de História, que pode trabalhar em conjunto com o professor de Geografia. Nessa análi- se,osalunosprecisarãoestarbemapar dos planos políticos de cada partido – respeitando, obviamente, a construção do conhecimento em cada faixa etária. Essa pesquisa se dará na sala de com- putação – pela internet –, com a orien- tação dos professores de Geografia e História.Seotemponãopermitirquea atividade seja concluída, os alunos po- derão terminá-la em casa”, orienta. 3ª etapa Com a turma ainda dividida em gru- pos, a quinta e a sexta aulas dão início àsimulaçãodeumaeleição.Cadaequi- pe, com base no que pesquisou, irá es- colherumcandidatoapresidenteeum a vice, e elaborará um plano de gover- no com propostas para educação, saú- de, transporte, segurança etc. 4ª etapa As quatro aulas seguintes irão compor a quarta etapa do projeto, que se refe- re ao debate, o qual será mediado pe- Disciplina: Geografia Etapa de ensino: ensino médio ou educação de jovens e adultos (EJA) Duração: 12 horas/aula Recursos utilizados: computadores, internet e televisão Para compreender a sua importância, professor de Geografia sugere uma simulação do processo em sala de aula
  • 7. 26 Profissão Mestre® fevereiro 2014 CAPA Resumo do plano de aulas PLANO DE AULA 3 AIMPORTÂNCIADO VOTO Professora de Fortaleza elabora plano de aulas para compreender o papel do voto na sociedade brasileira Disciplina: História Etapa de ensino: 8º ano do ensino fundamental Duração: 2 horas/aula Recursos utilizados: computadores, internet, infográficos, textos, imagens e vídeos Quando o assunto é eleição, lo- go surge o debate sobre a im- portância do voto e do ato de vo- tar de forma consciente. Por isso, o tema deve ser trabalhado com os alunos, com o objetivo de fazê- -los entender como o voto evoluiu e o papel desempenhado por essa ação ao longo da história do Brasil. Essa é a proposta da professora de História de Fortaleza (CE), Isabel Aguiar, que elaborou um plano de aulas breve e objetivo sobre o as- sunto. Dedicado a alunos do 8º ano do ensino fundamental – mas adap- tável para outras etapas de ensino, segundo Isabel –, o plano de aula prevê a utilização de apenas duas aulas, e tem como objetivos iden- tificar transformações nos com- portamentos e nos processos de- mocráticos; entender as práticas políticas em sociedades democráti- cas; e despertar no estudante o in- teresse por política, além de uma visão mais crítica por parte do jo- vem sobre o período eleitoral e a importância do voto. Primeira aula Para começar, o professor deve se dedicar à discussão, com seus alu- nos, sobre o que é política, demo- cracia e importância do voto. Após a exposição das ideias dos estudan- tes, é preciso fazer uma explica- ção teórica dos termos, relacionan- do esses conceitos com situações do cotidiano. Nessa mesma au- la, o professor deve explicar os pe- ríodos da história política do País – Colônia, Império e República –, além de questionar os alunos sobre o voto feminino, levantando dis- cussões e debates. Ao final da au- la, o educador deverá solicitar pa- ra os alunos uma pesquisa sobre os temas abordados, para que, na aula seguinte, os resultados dessa pes- quisa extraclasse sejam expostos e debatidos em sala. Segunda etapa Essa etapa do projeto está centrada na exposição do material pesquisa- do anteriormente. Os alunos deve- rão comentar as informações obti- das em sala. Em seguida, o professor e os estudantes deverão debater tam- bém a espetacularização da políti- ca, que hoje se transformou em um evento predominantemente imagé- tico e visual. “Comente que as atuais campanhas eleitorais estão funda- mentadas na televisão e em outros suportes, e que elas têm como obje- tivo vender uma imagem produzida do candidato ou do partido, pouco importando sua concepção ou práti- ca política”, comenta Isabel. Conclusão Para concluir o plano de aulas e ava- liar seus estudantes, a educadora cea- rense sugere que a avaliação seja feita com base na pesquisa realizada du- rante a primeira e a segunda aulas. “Analise com a turma os resultados da pesquisa feita em casa e observe se eles entenderam quais são os crité- rios utilizados pelos adultos para a es- colha dos candidatos. Preste atenção também às sugestões da turma para a reforma política. Exija coerência na argumentação e verifique se eles en- tenderam de fato o problema”, sugere a professora de História.
  • 8. 27Profissão Mestre® fevereiro 2014 CAPACAPA Resumo do plano de aulas Toda eleição sempre é marcada por pesquisas de opinião públi- ca que procuram retratar quem são os favoritos na disputa por cargo político naquele ano. Para a profes- sora de Matemática Ingrid Milléo, de Ponta Grossa (PR), tais pesqui- sas são excelentes para que os alu- nos compreendam como é feito o trabalho com dados durante as elei- ções. A educadora elaborou um pla- no de aulas que simula uma pes- quisa de opinião pública ao longo de 5 a 6 aulas. Destinada a alunos do ensino médio, a atividade pode ser adaptada para qualquer idade. “Serve para qualquer faixa etária/ série, só depende do aprofunda- mento que o professor dará”, afir- ma Ingrid. A sugestão aqui é para aplicação em uma turma do 2º ano do ensino médio. Plano de aulas A atividade tem início com o levan- tamento de todos os candidatos a algum cargo político (em 2014, as eleições são para presidente, go- vernador, senador, deputados fe- deral e estadual) e a elaboração de um questionário com base nesse le- vantamento. Esse questionário será PLANO DE AULA 4 PESQUISASIMULADA Disciplina: Matemática Etapa de ensino: ensino médio Duração: 5 a 6 horas/aula Recursos utilizados: computador, cartazes, projetor Replicar pesquisas de opinião pública no ambiente escolar ajuda alunos a entenderem melhor as eleições aplicado para os outros estudan- tes, professores e demais fun- cionários da escola, tal qual as pesquisas oficiais realizadas por institutos como Ibope, Datafolha etc. Depois da aplicação do ques- tionário, os alunos deverão reu- nir, tabular e separar os dados, analisando todas as informa- ções obtidas. Após o tratamento dos dados, é hora dos estudantes apresentarem os resultados da pesquisa para os entrevistados, ou seja, para o restante da escola. Para essa apresentação, os alunos podem usar quaisquer materiais que preferirem: apresentações no computador, cartazes ou projetor de slides. A apresentação dos dados, em conjunto com todo o processo de preparação e aplicação do ques- tionário, pode ser usada para avaliar os estudantes que, em ge- ral, parecem gostar e se divertir com a atividade, de acordo com Ingrid. “Já apliquei o plano de aulas e os alunos se mostraram interessados e, com isso, o apren- dizado tornou-se mais agradá- vel”, comenta a educadora.