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WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
1
Mr. SCHEKIERA
ESTRATEGIA ELEITORAL
MARKETING POLITICO
AUTOR Mr. SCHEKIERA
Editora:www.clubedeautores.com.br
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
MDCCLXXVI
“A mudança não virá se esperarmos por outra
pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles
por quem estávamos esperando. Nós somos a
mudança que procuramos.”
Barack Obama
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
1º EDIÇÃO-2015
ANNUIT CCEPTIS
“IN GOD WE TRUST”
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
INDICE
Introdução 05
Programa eleitoral 09
Apresentação de impacto 16
Dia mundial da voz 17
Oratória no pleito eleitoral 18
Pré apresentação 20
Base Legal do Programa Eleitoral 25
Desabafo de um politico 50
Frases usadas por candidatos 53
Estratégia Eleitoral 57
Campanha em 120 dias 70
Vantagem de partidos 77
Coeficiente Eleitoral 82
O que e politica 88
Marketing pessoal 91
Planejamento estratégico 98
O que e cunho 101
Customização/ Upstream 102
Swot 103
Planejamento 105
Operacional 107
Stakeholder 109
Missão 111
Vocação 113
Discernimento 114
Representatividade/Competência 116
Ato politico/comprometimento 118
Responsabilidade 120
Expertise 121
Turnover 122
Gestão de pessoas 124
Emergir/imergir 126
Falsidade/hipocrisia 128
Knowledge 131
Usurpação 134
Referencias Bibliográficas 140
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
6
Mr. SCHEKIERA
INTRODUÇÃO
Em primeiro lugar, é importante referir que a comunicação
política conta com caraterísticas especiais em função do país
ou região onde se celebram as eleições, assim como o sistema
eleitoral e o tipo de governo. No entanto, a maioria das
caraterísticas são comuns e aplicáveis na maioria das eleições.
Assim, antes de iniciar a campanha eleitoral, será indispensável
que disponha de:
Um programa eleitoral firme com propostas interessantes e
objetivos reais.
Uma equipe de pessoas para formar uma lista.
Em primeiro lugar, deverá procurar os pontos fortes que
caracterizam a sua candidatura ou partido, uma vez que
estas serão as vantagens que o poderão diferenciar do resto
dos representantes eleitorais e que os eleitores optem por dar o
seu voto a você.
Pode basear a sua campanha em alguma caraterística genérica
do partido ou centrar-se mais concretamente em outros aspetos
específicos do seu programa eleitoral, que com certeza serão
interessantes a quem quiser votar.
De seguida, deverá criar um slogan ou lema que sirva como
emblema da campanha e ao redor do qual girará a campanha
eleitoral. Assim, deve pensar numa frase que resuma a sua
filosofia ou o objetivo que quer conseguir. É importante referir
que existem conceitos que se usam repetitivamente nos
slogans eleitorais como são as "soluções" ou "a confiança".
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
Do mesmo modo, é comum os lemas se basearem em "a
mudança", "o progresso", "a novidade", "a alternativa"... no caso
dos partidos que anteriormente não governavam ou estavam na
oposição, de modo que o seu ponto forte será trazer ideias
novas.
Outro ponto fundamental para a campanha eleitoral será dispor
de boas fotografias do candidato e o conjunto de pessoas que
fazem parte da lista. Para isso, deverá procurar um cenário
adequado e que esteja de acordo com as propostas que está
defendendo, assim como contratar um profissional que o possa
assessorar de todas as questões fotográficas e realizar as
instantâneas.
Estas serão as que servirão para publicar em prospectos e
outros materiais gráficos que sirvam como apoio da campanha;
embora sejam muito similares, deve se lembrar que
existem diferenças entre publicidade e propaganda, visto
que o seu objetivo não é o mesmo.
Também será muito importante que decida através de que vias
contatará os eleitores, pois atualmente existem muito outros
métodos além dos tradicionais cartazes eleitorais e o e-mail ou
correio.
Assim, a internet e as redes socais estão na ordem do dia e
são uma das ferramentas indispensáveis para toda a campanha
eleitoral, especialmente para chegar a determinados públicos
como pode ser os eleitores mais jovens. Desta forma, pode ser
interessante criar uma página de Facebook ou um perfil no
Twitter através do qual possa comunicar as suas propostas e
interagir com os eleitores.
Como eventos de campanha, também serão importantes as
reuniões e encontros com os seus potenciais eleitores, ou seja,
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
8
Mr. SCHEKIERA
desde os tradicionais meetings eleitorais até a visitas a
mercados ou outros lugares públicos onde se possa dar a
conhecer. Será bastante importante que em todo o momento o
candidato se mostre bastante próximo dos cidadãos e
disposto a atender as suas perguntas ou dúvidas, assim como
também as das dos meios de comunicação.
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Mr. SCHEKIERA
PROGRAMA ELEITORAL
São abordadas as mais eficientes técnicas de comunicação em
massa. Entre elas:
 Postura em público, em entrevistas coletivas, no palanque
e no vídeo;
 Técnicas de atendimento à imprensa, para uma boa
entrevista em TV e rádio;
 Como conquistar eleitores hostis e indiferentes;
 Como combater a inibição para fazer comícios, enfrentar
multidões;
 Falar de improviso sobre temas da campanha; planejar
discursos políticos;
 Como iniciar um discurso prendendo a atenção e
causando logo uma boa impressão;
 Como tornar a mensagem persuasiva e atrativa;
 A postura e uso adequado dos gestos para tornar a
comunicação congruente, expressiva e convincente;
 Comunicação impregnada de emoção, dicas e
precauções;
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
 Estrutura de um bom discurso político;
 Objetividade na comunicação;
 Como prender e manter a atenção do público;
 Como se preparar e participar com sucesso de debates e
entrevistas;
 A respiração correta para melhorar seu potencial de voz e
falar com espontaneidade e paixão;
 Articulação e emissão das vogais e consoantes;
 Projeção, ritmo, variação e colorido da voz;
 A correta utilização do microfone e de outros recursos
complementares de comunicação;
 Contato pessoal com o eleitor, dicas para a campanha.
ORATÓRIA E ARGUMENTAÇÃO
A oratória surgiu na Sicília no século V a.C., e foi criada para os
advogados na época que agiam tentando rever os bens e as
propriedades de seus clientes tomadas pelos tiranos.
Compõem a oratória:
- a forma como o orador se apresenta;
- sua postura;
- sua imagem;
- e sobretudo o poder de argumentação.
Tudo isso contribui para convencer ou não o interlocutor.
Falar bem e saber argumentar são quesitos fundamentais nos
profissionais de hoje e podem ser aprendidos e aperfeiçoados
através de estudo e prática.
Desenvolva suas habilidades argumentativas e garanta boas
relações profissionalmente, obtendo metas de modo
cooperativo e construtivo sem gerar conflitos.
A IMAGEM DO APRESENTADOR
A imagem que o apresentador transmite para a plateia é
constituída por meio de elementos da comunicação verbal e
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
11
Mr. SCHEKIERA
não verbal, como vocabulário, tom de voz, postura, gestos,
olhar.
Veja abaixo os perfis mais comuns de apresentadores, as
características de linguagem de cada um deles e a impressão
que passam para o público:
AGRESSIVO
Voz
Tom alto, arrogante, insolente, autoritário, superior.
Postura
Linguagem corporal intimidativa.
Nervoso, rígido, firme, impaciente.
Olhar fixo no outro, mãos na cintura, batidas de pé, dedos em
riste.
PASSIVO
Voz
Tom baixo, manso, tímido, voz trêmula, ansioso, angustiado e
inseguro.
Postura
Linguagem corporal de submissão.
Ombros caídos, vergado, mostrando insignificância.
Olhar baixo, mãos no bolsos.
ASSERTIVO
Voz
Tom firme, seguro, confiante, modulado, relaxado e calmo.
Postura
Linguagem corporal descontraída e relaxada com movimentos
abertos.
Postura natural, bem posicionada, autoconfiante, corpo ereto.
Olhar firme e bem distribuído.
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Mr. SCHEKIERA
A APRESENTAÇÃO CONTRIBUIU PARA UM DESEMPENHO
MELHOR...
Muitas pessoas acreditam que se memorizarem suas
apresentações, palavra por palavra, irão obter melhor
desempenho diante da plateia. Porém, essa estratégia não é
eficaz.
Ao decorar a apresentação, o orador fica preso a determinadas
palavras ou expressões, e quando uma delas não lhe vêm à
mente, o orador se sente inseguro, “perdido” e nervoso. Essa
situação desagradável pode desestabilizar o apresentador, ou
até mesmo impedi-lo de prosseguir.
Uma boa maneira de se preparar para uma apresentação é
ensaiar várias vezes, usando palavras diferentes, sem perder a
ideia central. O uso de um roteiro é uma estratégia ótima.
Repita a mensagem, a partir do roteiro, discorra sobre ela até
que cada assunto seja totalmente explorado, pois isso irá
garantir um leque de possibilidades. Assim, se por acaso você
se esquecer de uma palavra, você conseguirá lançar mão de
outras.
COMUNICAÇÃO CONGRUENTE
A comunicação congruente é aquela em que corpo, voz e fala
transmitem a mesma ideia. Para se comunicar dessa forma, o
apresentador deve tomar alguns cuidados e evitar as seguintes
barreiras:
1- Barreiras corporais
Gestos inadequados como: colocar a mão no bolso, passar a
mão no cabelo, ajeitar o punho da camisa, coçar o nariz,
manipular objetos que não estão no contexto (como por
exemplo apertar canetas ou dobrar papéis).
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
2- Barreiras verbais
Vícios de linguagem como: “né”, “tá”, “então”, “ã”. Vocabulário
inadequado com palavras de baixo calão, uso de gírias e
termos técnicos que não são de conhecimento da plateia.
Ironicamente, na maioria das vezes, essas barreiras são
imperceptíveis ao apresentador. Assim, o treino diante do
espelho e a filmagem da apresentação se tornam estratégias
válidas para melhorar o desempenho do orador.
Como lidar com participantes difíceis?
Durante as apresentações, muitas vezes, o orador se depara
com participantes hostis.
Como lidar com essas pessoas?
 Mantenha-se calmo, procure agir com cautela, sem demonstrar
reações emocionais impetuosas. Os receptores valorizam o
emissor quando percebem que este os respeita, compreende,
demonstra sinceridade e senso de justiça, sem perder o
controle da situação.
 Evite mostrar-se superior aos demais; mantenha postura
serena. É importante focar a atenção nas palavras que serão
utilizadas e demostrar firmeza, a fim de transmitir credibilidade
ao grupo.
 Ruído faz mal para o ouvido ou para a voz?
 O ruído é o conjunto de sons produzidos ao mesmo tempo em
um determinado ambiente. Em locais de trabalho o ruído pode
gerar incômodo, irritação e interferir negativamente na
concentração das pessoas.
 Quando o ruído de um ambiente é muito elevado, ele pode
prejudicar o aparelho auditivo dos profissionais. Além disso, a
voz também sofre prejuízos, pois em lugares barulhentos as
pessoas tendem a falar mais alto e abusar da voz.
 Falar em uma intensidade acima do usual força e agride as
pregas vocais, podendo causar dores de garganta, rouquidão e,
em casos mais extremos, a “perda da voz”.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
 Por isso, a diminuição do ruído no ambiente de trabalho garante
a saúde auditiva e também a saúde vocal!
 A importância do olhar nas apresentações
 Um dos aspectos não verbais essenciais durante uma
apresentação em público é o contato visual com os receptores.
 Olhar para cima, para baixo, “para o horizonte” ou para a tela
pode transmitir uma imagem de nervosismo, insegurança ou até
mesmo de desconhecimento do assunto. Olhar fixamente para
somente uma pessoa pode causar constrangimentos.
 O ideal é distribuir o olhar igualmente entre todos os
participantes, de forma natural e interativa. Assim, além de
chamar e manter a atenção das pessoas, o apresentador
consegue verificar a reação da plateia e obter
um feedback sobre o andamento da apresentação.
 Portanto, durante a apresentação, procure visualizar todos os
presentes. Pergunte-se sempre: “Consigo ver a plateia?”

 Hábitos prejudiciais para voz
 Alguns hábitos são prejudiciais para a voz e devem ser
evitados, principalmente nas situações em que as pessoas
precisam falar por tempo prolongado, como durante uma
apresentação em público.
 Saiba o que deve ser evitado para manter a voz saudável:
 - Ambientes com ar condicionado;
 - Bebidas muito quentes ou muito frias;
 - Mudanças bruscas de temperatura;
 - Bebidas e alimentos derivados de leite;
 - Pigarros;
 - Bebidas alcoólicas;
 - Pastilhas mentoladas;
 - Cigarro;
 - Gritos.
 Se tomarmos esses cuidados no dia a dia, evitaremos esforço
vocal e rouquidão.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
 Afinal, maçã faz bem para a voz?
 Sim, é verdade. A maçã é um alimento que interfere
positivamente na nossa voz.
 Essa fruta é rica em pectina, substância que fornece ação
adstringente e auxilia na “limpeza” da laringe e das pregas
vocais, evitando o acúmulo de secreção (pigarro) nessa região.
 Além disso, a consistência firme da maçã permite o
aquecimento e o exercício dos músculos da boca durante os
movimentos de mordida e mastigação.
 Mas atenção: a maçã não deve ser confundida como “remédio”
e consumida somente em caso de dores de garganta,
rouquidão ou falhas na voz. A fruta deve ser ingerida
constantemente e incorporada no dia a dia para garantir uma
voz mais limpa e articulada.
 Sim, é verdade. A maçã é um alimento que interfere
positivamente na nossa voz.
 Anote essa boa ideia: comer uma maçã antes
das apresentações em público. A consistência firme da
fruta permite o aquecimento e o exercício dos músculos
da boca durante os movimentos de mordida e
mastigação.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
16
Mr. SCHEKIERA
COMO ELABORAR UMA APRESENTAÇÃO DE IMPACTO
Para elaborar uma boa apresentação é preciso um
planejamento criterioso, que vai desde a escolha do tema até a
exposição do conteúdo para o público.
Durante esse processo, alguns cuidados devem ser tomados:
1. Seleção das ideias
Faça um brainstorming sobre o tema e depois selecione as
principais ideias, colocando-as em uma ordem lógica,
permitindo uma boa transição entre elas.
2. Elaboração do conteúdo teórico
Prepare o que irá falar em cada momento, priorizando as ideias
centrais. Seja claro, conciso, e ordene as ideias. Faça uma boa
introdução e uma boa conclusão.
3. Seleção do conteúdo visual
Escolha as ferramentas e recursos que serão utilizados, como
por exemplo: Power Point, Prezi, KeyNote, Flip-Chart. Lembre-
se de que as informações são melhor absorvidas quando
transmitidas verbalmente e visualmente.
4. Performance do Apresentador
Ensaie diversas vezes para adquirir segurança, considerando a
comunicação verbal e não verbal: linguagem, postura,
gestualização, distribuição do olhar. Cronometre seu tempo.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
DIA MUNDIAL DA VOZ
Você sabia que a voz tem uma data comemorativa?
No dia 16 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Voz. Por
isso, profissionais como fonoaudiólogos e outros que trabalham
com a voz aproveitam a data para promover ações e
campanhas que alertem e conscientizem a população sobre
cuidados vocais.
Procure as atividades que serão realizadas na sua cidade e
aproveite para aprender mais sobre a sua voz e sobre cuidados
que podem ser praticados.
Lembre-se que os cuidados com a voz devem ser colocados em
prática todos os dias!
Finalizando: a importância da conclusão
Muitas pessoas dão importância somente à condução dos
primeiros minutos da apresentação e se esquecem de que a
conclusão deve ser igualmente relevante e envolvente. Bons
oradores não deixam o nível de atenção da audiência cair e
conseguem manter o interesse pela mensagem até o minuto
final – mesmo nos assuntos mais densos.
Por isso, prepare a sua conclusão com base nas seguintes
etapas:
1. Revisão: é preciso dar sinais aos ouvintes de que a
apresentação está no fim. Por isso, verbalize que está prestes a
concluir a ideia e revise (em tópicos, de forma rápida) os
principais pontos que foram abordados;
2. Fechamento: deixe uma mensagem final que atenda os
objetivos iniciais da apresentação (citados na introdução). Se
for o caso, aponte os próximos passos ou trabalhos futuros;
3. Perguntas: se for pertinente, abra espaço para perguntas.
Durante a preparação da apresentação, antecipe os pontos que
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
18
Mr. SCHEKIERA
podem ser levantados neste momento e prepare possíveis
respostas para evitar situações desconfortáveis ou delicadas;
4. Despedida: agradeça pela atenção e se despeça. Não finalize
com frases vazias: “É isso”, “Era só o que eu tinha para dizer”,
“Não sei se fui claro, mas termino aqui”, “Meu tempo acabou”
etc.
A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO DA ORATORIA PARA O
CANDIDATOS A PLEITO POLITICO.
A introdução de uma apresentação precisa ser elaborada e
ensaiada com cuidado. Isso porque, se a mensagem não se
mostrar interessante desde os primeiros minutos, dificilmente o
público irá acompanhá-la até o fim. É essencial captar a
atenção neste momento.
Por isso, veja algumas dicas para realizar uma boa introdução:
1. Cumprimente o público: diga “bom dia/boa tarde”. Se for um
ambiente “novo”, não se esqueça de se apresentar e agradecer
os ouvintes pela presença;
2. Demonstre motivação e preparo: oradores “desanimados” ou
que demonstrem certo despreparo vão passar uma imagem
negativa. Por isso, desde o início, atente-se para seu tom de
voz e suas expressões faciais. Demonstre entusiasmo e
envolvimento com o assunto;
3. Não desvalorize sua apresentação: não use frases negativas
como: “o assunto é muito difícil”, “não tive tempo de me
preparar”, “vou improvisar”, “desculpem pela bagunça” etc.
4. Seja breve na introdução: inícios muito longos cansam e
podem confundir tanto a plateia quanto o próprio orador. Por
isso, seja direto e deixe claro qual é o objetivo da apresentação.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
19
Mr. SCHEKIERA
5. NÃO usar o Power Point. É possível?
6. O Power Point é o programa mais usado em apresentações
em público. No entanto, muitas pessoas acabam ficando
“dependentes” dessa ferramenta.
7. Um bom apresentador usa diferentes tipos de recursos, levando
sempre em consideração o contexto da apresentação: público-
alvo, local, duração e objetivo.
8. Da mesma “família” do Power Point, explore outros programas
como Google Presentation (Google Docs) que oferecem
ferramentas diferentes. Vídeos e áudios também podem ser
úteis se a sua intenção for dar exemplos.
9. Além disso, o uso de folhetos, flip-chart, modelos ou objetos,
aplicados de forma criativa durante a apresentação, facilitam o
público a visualizar e reter as informações transmitidas.
10.Durante apresentações, explore todas as faces da mensagem
e inove nos recursos visuais.
RELAXAMENTO E ALONGAMENTO CERVICAL
Exercícios de alongamento e relaxamento cervical ajudam no
preparo da postura e da voz para apresentações em
público. Por aliviar a tensão muscular nessa região, os
exercícios ajudam a controlar o nervosismo e a aquecer a voz.
Para relaxar a região cervical, realize os seguintes movimentos
de pescoço e ombros (repetir cada exercício 10 vezes):
 Incline o pescoço para os dois lados alternadamente e
lentamente;
 Rode o pescoço para os dois lados alternadamente e
lentamente;
 Incline o pescoço para frente e para trás alternadamente e
lentamente;
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
 Rode os ombros para frente e para trás;
 Levante, segure e solte os ombros.
Não se esqueça de realizar esses exercícios no máximo 10
minutos antes de sua apresentação para que eles tenham
efeito!
TENSÃO PRÉ-APRESENTAÇÃO
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO.
Uma boa apresentação em público começa com uma boa
respiração.
Em momentos de tensão e nervosismo, é comum acelerarmos
o ritmo da respiração, comprometendo a clareza da fala. Esse é
mais um dos efeitos do aumento da adrenalina.
Por isso, respire profunda e lentamente alguns minutos antes
da apresentação para aliviar a tensão e eliminar o excesso de
adrenalina do organismo. Esse exercício oxigena o cérebro,
ajuda na concentração e faz com que o apresentador consiga
“colocar as ideias no lugar”.
O controle respiratório deve se manter durante a
apresentação para evitar que a voz saia trêmula e embargada
(saiba mais sobre como controlar a respiração aqui.)
Por isso, atente-se à sua forma de respirar e aplique essas
dicas. Uma respiração controlada garante tranquilidade e
confiança.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
APRENDA A CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM
PÚBLICO
Você sabia que o medo de falar em público só não é mais
forte do que o medo de morrer? Essa foi a conclusão de uma
pesquisa realizada pelo jornal inglês Sunday Times a partir de 3
mil entrevistas.
É natural sentir certo desconforto ao falar diante de um grupo.
Nessa situação, há aumento na liberação de adrenalina, como
sinal de alerta para o organismo. Mas, se você estiver bem
preparado, poderá transformar o nervosismo em energia
positiva.
Algumas estratégias podem ajudá-lo a se sentir mais seguro e
confiante para transmitir a mensagem de maneira eficaz:
 Acalme seus pensamentos e coloque foco na respiração;
 Faça exercícios simples de relaxamento minutos antes de se
apresentar;
 Conheça bem o público;
 Prepare e releia o material da apresentação com antecedência;
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
22
Mr. SCHEKIERA
 Grave sua apresentação, ouça e faça mudanças se for preciso;
 Pense nas perguntas que podem surgir e antecipe as
respostas;
 Ensaie sua apresentação em frente ao espelho;
 Pratique, pratique, pratique.
Boa sorte!
Higiene Vocal
Somos extremamente dependentes da voz no ambiente
profissional. Engana-se quem imagina que são só professores,
cantores ou atendentes de telemarketing que a usam como
instrumento de trabalho e que, portanto, são os únicos que
devem tratá-la de maneira mais cuidadosa.
Na sua rotina, por exemplo, você deve participar de reuniões
e conferences call, fazer apresentações em público, negociar
pessoalmente ou por telefone, orientar equipes, dar entrevistas
à mídia, etc. Em qualquer uma dessas situações, a voz é
usada. Mas só percebemos a importância desse instrumento de
comunicação quando ele é afetado de alguma forma.
A voz bem cuidada se torna muito mais atraente e cativa os
ouvintes.
Por isso, vale adquirir bons hábitos de higiene vocal e
incorporá-los ao dia a dia, a fim de mantermos uma voz
agradável e saudável.
Controle da Respiração
A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais
durante a passagem de ar, que vem dos pulmões. Portanto, a
boa voz começa com a boa respiração. Seguem alguns
cuidados que devemos ter no momento de uma apresentação
em público.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
23
Mr. SCHEKIERA
Antes da apresentação
 Respire profunda e lentamente alguns minutos, para aliviar a
tensão;
 Inspire pelo nariz profunda e lentamente. Dê uma pausa (6
segundos). Expire pelo nariz, suave e lentamente (de modo
mais prolongado possível).
 Inspire pelo nariz profunda e lentamente. Dê uma pausa (6
segundos). Expire pela boca emitindo um “A” sonoro.

Durante a apresentação
 Evite inspirar exclusivamente pela boca ou pelo nariz. Use as
duas vias, alternadamente;
 Inspire de forma rápida e silenciosa;
 Não fale frases muito longas sem respirar entre elas;
 Não acelere muito o ritmo de fala, para não cansar ou sentir
falta de ar.
Alimentos cítricos ajudam a voz
 Os alimentos cítricos ajudam na limpeza e hidratação das
pregas vocais. Assim como a maçã, esses alimentos possuem
ação adstringente, além de deixarem a saliva mais fina.
 A acidez dos alimentos cítricos auxilia no processo de absorção
do excesso de muco nas pregas vocais evitando, assim, aquela
sensação de secreção acumulada na garganta. Na tentativa de
desobstruir a garganta, muitas pessoas tossem ou pigarreiam
com força, sem saber que estão prejudicando a saúde vocal.
 Portanto, incorpore alimentos ou bebidas cítricas nas refeições
que antecedem uma apresentação oral. Uma limonada ou um
suco de laranja não muito gelados são uma boa pedida!
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
Atenção olha a postura!
A postura adequada além de transmitir uma imagem de
credibilidade, segurança e autocontrole, ajuda
na respiração e projeção de voz.
Veja o que você deve fazer para que a postura não distraia a
plateia e sim reforce as informações:
 Coloque-se de frente para o público, sem tencionar ombros e
pescoço;
 Fique com a coluna ereta e os pés ligeiramente afastados para
garantir equilíbrio;
 Movimente-se com naturalidade, sem balançar o corpo de um
lado para outro;
 Evite pressionar uma mão contra a outra, colocar as mãos nos
bolsos ou deixar os braços cruzados ou “soltos”;
 Mantenha as mãos na altura da cintura, movimentando-as de
forma a reforçar a mensagem.
Pronunciando bem as palavras
 Pronunciar bem as palavras significa expressar-se de modo
claro, correto e preciso. A pronúncia depende do modo como
a voz é articulada. Durante a fonação, a abertura da boca e da
posição da língua dão forma às palavras e controlam o ritmo e
a modulação.
 Para que as palavras sejam articuladas claramente, tome os
seguintes cuidados:
• Não fale depressa;
• Abra bem a boca, especialmente na pronúncia das vogais;
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
• Faça pausas curtas entre frases;
• Enfatize palavras que mereçam destaque;
• Pronuncie todos os sons de uma frase (não omita parte das
palavras);
• Pratique a expressão verbal em frente do espelho.
BREVIARIO DA PROPAGANDA ELEITORAL
APRESENTAÇÃO
Esta cartilha tem o objetivo de difundir entre os partidos
políticos, candidatos e eleitores as regras sobre a propaganda
eleitoral tendo em foco as eleições municipais 2016,
principalmente no tocante ao que é permitido ou proibido, a fim
de que ocorram menos infrações à legislação eleitoral.
Observamos, contudo, que o conteúdo desta cartilha não possui
valor legal, não estando o Tribunal Regional Eleitoral, diante do
caso concreto, vinculado às soluções ou opiniões aqui
apresentadas.
PROPAGANDA ELEITORAL
BASE LEGAL
A propaganda eleitoral é regulamentada pela Lei nº 9.504/97,
artigos 36 a 58-A, Código Eleitoral, arts. 240 a 243, 248, 249,
251, 255 e 256 e Resolução TSE nº 23.370/2011.
FINALIDADE DA REGULAMENTAÇÃO DA PROPAGANDA
ELEITORAL
A propaganda eleitoral é regulamentada por lei para evitar o
abuso do poder econômico e político por parte dos partidos
políticos e candidatos. Se a propaganda eleitoral não tivesse
limitações legais, os detentores do poder econômico ou político
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
26
Mr. SCHEKIERA
poderiam controlar os meios de comunicação social para
influenciar indevidamente os eleitores. As limitações legais
impostas na propaganda eleitoral visam, portanto, garantir a
igualdade na disputa eleitoral.
PROPAGANDA ELEITORAL BASE LEGAL FINALIDADE DA
REGULAMENTAÇÃO DA PROPAGANDA ELEITORAL
CONCEITO DE PROPAGANDA ELEITORAL
A propaganda eleitoral é aquela que pode ser realizada pelos
candidatos ou partidos políticos exclusivamente durante o
período fixado em lei e que tem como objetivo conquistar os
eleitores para angariar votos nas eleições que se aproximam.
Em suma, a propaganda eleitoral é aquela realizada com o
objetivo direto ou indireto (subliminar) de conquistar votos.
A propaganda intrapartidária é aquela em que o postulante a
cargo eletivo por determinado partido, pode fazer no período
que antecede as convenções partidárias, objetivando atingir aos
eleitores partidários e conseguir a escolha do seu nome nas
convenções. Esse tipo de propaganda também é chamada de
propaganda pré- convencional.
A propaganda partidária ou pré-convencional é admitida nos 15
dias que antecedem as convenções partidárias (Lei 9.504/97,
art. 36. § 1º; Resolução TSE, nº 22.370, art. 1º § 1º) Para a
realização da propaganda intrapartidária a lei proíbe o uso do
rádio, televisão, outdoor (Lei nº 9.504/97, art. 36, § 1º). Ainda,
segundo entendimento do TSE, essa espécie de propaganda
não pode ser veiculada pela internet.
A propaganda intrapartidária fora de época ou que venha a
caracterizar propaganda eleitoral antecipada, sujeitará o
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
27
Mr. SCHEKIERA
responsável, e até mesmo o beneficiário, a pagar a multa
prevista no § 3º, do artigo 36, da Lei nº 9.504/97. O rito
processual para aplicação dessa multa é o previsto no art. 96
da Lei nº 9.504/97.
PROPANGA ELEITORAL
PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA
Admite-se apenas que essa espécie de propaganda política
seja feita próximo ao local onde será realizada a respectiva
convenção, por meio de cartazes, faixas, volantes, e outros
impressos.
INÍCIO DA PROPAGANDA ELEITORAL
PERMITIDA
A propaganda eleitoral é permitida somente a partir de 6 de
julho de 2012 (Lei 9.504/97, art. 36, caput; Resolução TSE
23.370, art. 1º, caput).
PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA OU
EXTEMPORÂNEA
Considera-se propaganda eleitoral antecipada ou extemporânea
aquela que é realizada antes do dia 6 de julho, com o objetivo
direto ou indireto (subliminar) de conquistar votos.
A propaganda eleitoral antecipada ou extemporânea é proibida,
sujeitando o responsável pela sua veiculação, bem como o
beneficiário da propaganda, quando provado o seu prévio
conhecimento, à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao
custo da propaganda, se este for maio (Lei 9.504/97, art. 36, §
3º).
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Mr. SCHEKIERA
CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA IDENTIFICAR UMA
PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA SUBLIMINAR
Pode-se concluir que há propaganda eleitoral antecipada
disfarçada ou subliminar nas seguintes situações:
1) Na mensagem há alusão a processo eleitoral, com menção a
nome de pretenso candidato, eleição, cargo ou candidatura;
2) Há exaltação de qualidades pessoais, com o propósito de
induzir o eleitor a concluir que o beneficiário é o melhor para o
exercício daquele cargo ou função pública;
3) Há pedido de voto, ainda que implícito.
SITUAÇÕES ATÍPICAS OU EXCEÇÕES LEGAIS À
PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA
Nos termos do art. 36-A, da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei
12.034/2009, não será considerada propaganda eleitoral
antecipada: o A participação de filiados a partidos políticos ou
de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou
debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não
haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
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29
Mr. SCHEKIERA
PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA OU
EXTEMPORÂNEA CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA
IDENTIFICAR UMA PROPAGANDA ELEITORAL
ANTECIPADA SUBLIMINAR
Pode-se concluir que há propaganda eleitoral antecipada
disfarçada ou subliminar nas seguintes situações:
1) Na mensagem há alusão a processo eleitoral, com menção a
nome de pretenso candidato, eleição, cargo ou candidatura;
2) Há exaltação de qualidades pessoais, com o propósito de
induzir o eleitor a concluir que o beneficiário é o melhor para o
exercício daquele cargo ou função pública;
3) Há pedido de voto, ainda que implícito.
SITUAÇÕES ATÍPICAS OU EXCEÇÕES LEGAIS À
PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA
Nos termos do art. 36-A, da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei
12.034/2009, não será considerada propaganda eleitoral
antecipada: o A participação de filiados a partidos políticos ou
de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou
debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a
exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não
haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de
televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
A realização de encontros, seminários ou congressos, em
ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para
tratar da organização dos processos eleitorais, planos de
governos ou alianças partidárias visando às eleições; o A
realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos
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30
Mr. SCHEKIERA
instrumentos de comunicação intrapartidária; ou o A divulgação
de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não
se mencione a possível candidatura, ou se faça pedido de votos
ou de apoio eleitoral
IMPORTÂNCIA DA PROPAGANDA ELEITORAL
A propaganda eleitoral é a oportunidade que o eleitor tem de
conhecer os candidatos e as suas ideias e estes de falarem
sobre as suas propostas e como planejam concretizá-las,
demostrando que são uma boa escolha para representá-lo na
Prefeitura e na Câmara de Vereadores.
DO CONTROLE DA PROPAGANDA ELEITORAL
A propaganda eleitoral submete-se ao controle da Justiça
Eleitoral, à qual cabe exercer a fiscalização e aplicar, se for o
caso, as medidas punitivas para coibir as ilicitudes e abusos
cometidos. O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será
exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados pelos
Tribunais Regionais Eleitorais (Lei nº 9.504/97, art. 41, § 1º).
Nos termos do art. 41, § 2º, da Lei nº 9.504/97, o poder de
polícia se restringe às providências necessárias para inibir
práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos
programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na
internet.
REQUISITOS GERAIS DA PROPAGANDA ELEITORAL
A propaganda eleitoral qualquer que seja a sua forma ou
modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só
poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar
meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião
pública, estados mentais, emocionais ou passionais (Código
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
Eleitoral, art. 242, caput; Resolução TSE nº 23.370, art. 5º). A
propaganda só poderá ser feita em língua nacional (Resolução
TSE nº 23.370, art. 5º). Sem prejuízo do processo e das penas
cominadas, a Justiça Eleitoral adotará medidas para fazer
impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada com
infração das regras mencionadas acima (Código Eleitoral, art.
242, parágrafo único). Na propaganda para eleição majoritária,
a coligação usará, obrigatoriamente, sob a sua denominação,
as legendas de todos os partidos políticos que a integram; na
propaganda para eleição proporcional, cada partido político
usará apenas a sua legenda sob o nome da coligação (Lei nº
9.504/97, art.6º, § 2º). Excepcionalmente nas inserções de 15”
da propaganda gratuita no rádio para eleição majoritária, a
propaganda deverá ser identificada pelo nome da coligação e
do partido do candidato, dispensada a identificação dos demais
partidos que integram a coligação. (Resolução TSE nº 23.137,
art. 6º, § 1º). A denominação da coligação não poderá coincidir,
incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem
conter pedido de voto para partido político (Lei nº 9.504/97, art.
6º, § 1º-A; Resolução TSE nº 23.370, art. 6º, § 2º). Na
propaganda dos candidatos a Prefeito deverá constar, também,
o nome do candidato a Vice-Prefeito, de modo claro e legível,
em tamanho não inferior a 10% (dez por cento) do nome do
titular (Lei nº 9.504/97, art. 36, § 4º).
DA PROPAGANDA NÃO TOLERADA
Segundo o art. 243 do Código Eleitoral, combinado com o art.
13, da Resolução TSE 23.370, não será tolerada a propaganda:
o de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a
ordem política e social, ou de preconceitos de raça ou de
classes; o que provoque animosidade entre as Forças Armadas
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32
Mr. SCHEKIERA
ou contra elas, ou delas contra as classes e as instituições civis;
o de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; o de
instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de
ordem pública; o que implique oferecimento, promessa ou
solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de
qualquer natureza; o que perturbe o sossego público, com
algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais
acústicos; o por meio de impressos ou de objeto que pessoa,
inexperiente ou rústica, possa confundir com moeda; o que
prejudique a higiene e a estética urbana; o que caluniar, difamar
ou injuriar qualquer pessoa, bem como atingir órgãos ou
entidades que exerçam autoridade pública; o que desrespeite
os símbolos nacionais.
DAS FORMAS PERMITIDAS E PROIBIDAS DE
PROPAGANDA ELEITORAL
Distribuição de folhetos, volantes e outros impressos
(“santinhos”)
PERMITIDO
A distribuição de folhetos, volantes e outros impressos não
depende de licença municipal ou autorização da justiça eleitoral.
A distribuição de folhetos, volantes e impressos só é admitida
até às 22 horas da véspera da eleição (Resolução TSE nº
23.370, art. 9º, § 6º). Todo material impresso de propaganda
eleitoral deverá conter o CNPJ ou CPF do responsável pela
confecção e daquele que contratou, bem como a respectiva
tiragem (Lei 9.504/97, art. 38, § 1º; Resolução TSE nº 23.370,
art. 12, parágrafo único). Na hipótese de o material impresso
veicular propaganda conjunta de diversos candidatos –
Exemplo: candidatos a Prefeito e a Vereador, os gastos
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Mr. SCHEKIERA
relativos a cada um deles deverão constar na respectiva
prestação de contas, ou somente naquela relativa ao que
houver arcado com os custos (Lei nº 9.504/97, art. 38, § 2º). Se
inobservadas essas exigências legais, o infrator responderá
pelo emprego de processo de propaganda vedada e, se for o
caso, pelo abuso do poder (Resolução TSE nº 23.370, art. 12,
parágrafo único).
PROIBIDO
Distribuir folhetos, volantes e outros impressos em órgãos
públicos ou em bens cujo uso dependa de cessão ou permissão
do poder público ou em bens de uso comum do povo.
FAIXAS, CARTAZES, PLACAS, ESTANDARTES, PINTURAS,
INSCRIÇÕES E ASSEMELHADOS
PERMITIDO
Em bens particulares, independe de obtenção de licença
municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de
propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas,
cartazes, estandartes, pinturas ou inscrições, desde que não
excedam a 4m² (quatro metros quadrados) e que não
contrariem a legislação eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 2º).
A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve
ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de
pagamento em troca de espaço para esta finalidade (Lei nº
9.504/97, art. 37, § 8º).
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Mr. SCHEKIERA
ADESIVOS E/OU PLOTAGEM DE VEÍCULOS
O uso de adesivos e a plotagem de veículos particulares com
propaganda eleitoral é permitida desde que não ultrapasse os
4m² e/ou não configure um outdoor ambulante
PROIBIDO
É proibido veicular propaganda eleitoral através de faixas,
placas, cartazes, estandartes, pinturas, inscrições, adesivos e
assemelhados cuja dimensão total ultrapasse os 4m² (quatro
metros quadrados). Também é vedada a veiculação dessa
propaganda eleitoral nos bens cujo uso dependa de cessão ou
permissão do Poder Público (Exemplos: Ônibus coletivo, táxi,
bancas de revistas etc.), ou que a ele pertençam (Exemplos:
veículos oficiais, fachadas e tapumes de prédios ou obras
públicas etc.) e nos bens particulares de uso comum do povo
(Exemplos: Cinemas, Teatros, Estádios, Bares, Restaurantes,
Estabelecimentos Comerciais etc.), inclusive postes de
iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos,
passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos
urbanos, ainda que não cause dano (Lei nº 9.504/97, art. 37).
A inobservância dessas exigências legais, sujeita o responsável
à multa no valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 (Lei nº 9.504/97,
art. 37, §§ 1º e 2º).
JUSTAPOSIÇÃO DE PLACAS, CARTAZES, FAIXAS e
PINTURAS
A justaposição de placas, cartazes, faixas ou pinturas inferiores
a 4m² que, no conjunto (somadas), excedam ao limite legal,
também é considerada propaganda irregular, ainda que se
observe um distanciamento visível ao eleitor.
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Mr. SCHEKIERA
FAIXAS, PLACAS, CARTAZES, PINTURAS E INSCRIÇÕES
DE PROPAGANDA ELEITORAL NAS SEDES DE COMITÊS
ELEITORAIS
A Resolução TSE nº 23.370, no seu art. 9º, I e II, dispõe que:
“Art. 9º É assegurado aos partidos políticos e às coligações o
direito de, independentemente de licença da autoridade pública
e do pagamento de qualquer contribuição (Código Eleitoral, art.
244, I e II, e Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º e § 5º): I – fazer
inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o nome
que os designe, pela forma que melhor lhes parecer; II – fazer
inscrever, na fachada dos seus comitês e demais unidades, o
nome que os designe, da coligação ou do candidato, respeitado
o tamanho máximo de 4m²”.
BENS TOMBADOS
A propaganda eleitoral realizada em bem particular tombado
equipara-se a propaganda proibida em bem público, sujeitando
o responsável às sanções previstas na legislação eleitoral.
PROPAGANDA ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS OU QUE
DEPENDAM DE CESSÃO OU PERMISSÃO DO PODER
PÚBLICO, E NOS BENS DE USO COMUM
PROIBIDO
Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder
público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum,
inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego,
viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda
de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta,
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
36
Mr. SCHEKIERA
fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados (Lei nº
9.504/97, art. 37, caput).
Também é proibida a veiculação de propaganda eleitoral
mediante distribuição de panfletos, santinhos etc., nas
dependências internas dos órgãos e repartições públicos,
exceto nas dependências do Poder Legislativo cuja veiculação
de propaganda eleitoral ficará a critério da respectiva Mesa
Diretora (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 3º). A veiculação de
propaganda em desacordo com as regras acima dispostas
sujeita o responsável, após notificação e comprovação, à
restauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no
valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 (Lei nº 9.504/97, art. 37, §
1º).
PROPAGANDA ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS OU QUE
DEPENDAM DE CESSÃO OU PERMISSÃO DO PODER
PÚBLICO, E NOS BENS DE USO COMUM
Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem
como em muros, cercas e tapumes divisórios de obras públicas,
também não é permitida a colocação de propaganda eleitoral de
qualquer natureza, mesmo que não lhes cause dano (Lei nº
9.504/97, art. 37, § 5º).
PERMITIDO
É permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes,
bandeiras e mesas para distribuição de material de campanha
ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não
dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos
(Lei nº 9.504/97, art. 37, § 6º).
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
37
Mr. SCHEKIERA
A mobilidade acima referida estará caracterizada com a
colocação e a retirada desses meios de propaganda entre as 6
horas e as 22 horas (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 7º). Nas
dependências do Poder Legislativo, a veiculação de
propaganda eleitoral ficará a critério da Mesa Diretora (Lei nº
9.504/97, art. 37, § 3º).
OUTDOOR
PROIBIDO
É vedada a propaganda eleitoral por meio de outdoors,
independentemente de sua destinação ou exploração comercial
(Lei 9.504/1997, art. 39, § 8°).
A veiculação de propaganda eleitoral por meio de outdoor
sujeita a empresa responsável, os partidos, as coligações e os
candidatos à imediata retirada da propaganda irregular, bem
como ao pagamento de multa (Lei 9.504/1997, art. 39, §8°).
COMÍCIO
PERMITIDO
Em regra, os comícios são permitidos entre as 8 e 24 horas (Lei
9.504/97, art. 39, §4°). A realização de comício não depende de
licença da polícia. Deverá apenas o candidato, partido ou
coligação promotora do ato comunicar à autoridade policial em,
no mínimo, 24 horas antes da realização do comício, a fim de
que esta lhe assegure,
segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione
usar o local no mesmo dia e horário, assim como tome as
providências necessárias à garantia da realização do ato e ao
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
38
Mr. SCHEKIERA
funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento
possa afetar (Lei 9.504/97, art. 39, §§ 1º e 2º). Não havendo
local anteriormente fixado para a celebração de comício, ou
sendo impossível ou difícil nele realizar-se, ou havendo pedido
para designação de outro local, a comunicação será feita com
antecedência mínima de 72 horas (Código Eleitoral, art. 245 §
2°).
UTILIZAÇÃO DE APARELHAGEM DE SOM FIXA NOS
COMÍCIOS
Permite-se a utilização de aparelhagem de som fixa nos
comícios, no horário das 8h às 24h (Lei nº 9.504/97, art. 39, §
4º).
UTILIZAÇÃO DE TRIO ELÉTRICO NOS COMÍCIOS
É permitida a utilização de trio elétrico para sonorização dos
comícios (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 10). O trio elétrico não
pode, contudo, ser utilizado como instrumento para entreter ou
animar os eleitores com a apresentação de show artístico ou
musical, sob pena de configurar showmício.
UTILIZAÇÃO DE TELÃO NOS COMÍCIOS
Permite-se a utilização de telão nos comícios com a finalidade
de divulgar propaganda eleitoral ou transmitir o respectivo
evento. O telão não pode ser utilizado, todavia, para veicular
shows artísticos, ainda que gravados, sob pena de configurar
showmício (Nesse sentido: TSE, Consulta 1261).
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
39
Mr. SCHEKIERA
SHOWMÍCIO
PROIBIDO
É proibida a realização de showmícios e de eventos
assemelhados, assim como a apresentação de artistas, ainda
que de forma gratuita, para animar comício ou reunião eleitoral
ou para promoção de candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 7º).
ALTO FALANTES, AMPLIFICADORES OU CARROS DE SOM
PERMITIDO
É permitida a propaganda eleitoral por meio de alto falantes,
amplificadores ou carros de som, no horário compreendido das
8h às 22h, independentemente de licença da autoridade pública
ou do pagamento de qualquer contribuição, respeitada a
legislação comum sobre limites de volume sonoro (Lei 9.504/97,
art. 39, §§ 3° e 9º). A circulação de carro de som é permitida até
as 22h da véspera da eleição, desde que os microfones não
sejam empregados para transformar o ato em comício.
PROIBIDO
Proíbe-se a instalação e o uso de alto-falantes ou
amplificadores de som em distância inferior a 200 (duzentos)
metros:  das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das
sedes dos órgãos judiciais;  dos quartéis e de outros
estabelecimentos militares;  dos hospitais e casas de saúde; 
das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em
funcionamento (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º, I a III, CE, arts.
222 e 237).
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
UTILIZAÇÃO DE TRIOS ELÉTRICOS
O art. 39, § 10, da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei nº
12.034/09, prescreve o seguinte: ”Fica vedada a utilização de
trios elétricos em campanhas eleitorais, exceto para a
sonorização de comícios.”
CARREATAS, CAMINHADAS, PASSEATAS E
ASSEMELHADOS
Carreatas, caminhadas, passeatas e eventos assemelhados
são permitidos até às 22h do dia que antecede a eleição (Lei nº
9.504/97, art. 39, § 9º).
PROPAGANDA PAGA NA IMPRENSA ESCRITA E VIRTUAL
(ANÚNCIOS EM JORNAIS E REVISTAS IMPRESSOS E SUA
REPRODUÇÃO NO JORNAL VIRTUAL)
PERMITIDO
Permitida a divulgação paga de anúncios na imprensa escrita e
a sua reprodução na internet do jornal impresso, a partir de 6 de
julho até a antevéspera das eleições (Lei 9.504/97, art. 43). Só
podem ser divulgados no máximo 10 anúncios por veículo, em
datas diversas, para cada candidato (Lei 9.504, art. 43). O
tamanho do anúncio não pode ser superior a 1/8 de página de
jornal padrão e 1/4 de página de revista (Lei 9.504, art. 43) O
anúncio deve conter, de forma legível, o valor pago pela
propaganda (Lei 9.504, art. 43, § 1º) A inobservância dessas
regras sujeita os responsáveis pelo veículo de divulgação e os
partidos, coligações e candidatos beneficiados a multa no valor
de R$ 1.000,00 a 10.000,00 ou o equivalente da divulgação da
propaganda paga, se este for maior (Lei 9.504, art. 43, § 2º).
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
41
Mr. SCHEKIERA
PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA NO RÁDIO E
TELEVISÃO
PERMITIDA
A propaganda eleitoral no rádio e TV, restringe-se ao horário
eleitoral gratuito (Lei nº 9.504/97, art. 44), e nas eleições
municipais de 2012 terá início em 21 de agosto e término no dia
4 de outubro (Resolução TSE nº 23.370/11, art. 34). Se houver
2° turno, a propaganda eleitoral no rádio e na televisão terá
início 48 horas após a proclamação dos resultados do primeiro
turno e terminará na antevéspera da eleição (Resolução TSE nº
23.370/11, art. 36).
REGRAS IMPORTANTES NA PROPAGANDA ELEITORAL
GRATUITA
O horário eleitoral gratuito não pode ser utilizado para
propaganda comercial, nem promover marca ou produto, ainda
que de forma subliminar (Lei 9.504/97, art. 44, §2°) Na
propaganda eleitoral gratuita veiculada na TV os partidos,
coligações e candidatos deverão utilizar a Linguagem Brasileira
de Sinais (Libras) ou o recurso de legenda (Lei 9.504/97, art.
44, § 1°). Durante toda transmissão pela TV a propaganda deve
ser identificada pela legenda “Propaganda Eleitoral Gratuita” e
pelo “Município” a que se refere (Resolução TSE nº 23.370, art.
46). Não é permitida a participação de qualquer pessoa
mediante remuneração (Lei 9.504/97, art. 54, caput). Também
não é permitida a participação de pessoas filiadas a outros
partidos ou coligações, salvo no segundo turno se houver
formalizado o apoio (Lei 9.504/97, art. 54, parágrafo único). É
vedada a utilização da propaganda de candidaturas
proporcionais como propaganda de candidaturas majoritárias e
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
42
Mr. SCHEKIERA
vice-versa (Lei 9.504/97, art. 53-A, §2°). Admite-se apenas a
inserção de depoimento apoiando o candidato, desde que o
depoimento consista em pedido de voto ao candidato que
cedeu o tempo, bem como é admitida a utilização de legenda
com referência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de
cartazes ou fotografias (Lei 9.504/97, 53-A, § 1º) É proibida,
ainda, a exposição de propaganda que possa degradar ou
ridicularizar candidatos, sujeitando-se o partido político ou a
coligação infratores à perda do direito à veiculação de
propaganda no horário eleitoral gratuito do dia seguinte ao da
decisão (Lei nº 9.504/97, art. 53, § 1º, Resolução TSE nº
23.370/11, art. 42, § 1°). Havendo 2° turno, não será permitida,
na propaganda eleitoral gratuita, a participação de filiados a
partidos políticos que tenham formalizado apoio a outros
candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 54, § único).
PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNET
PERMITIDA
É permitida a propaganda eleitoral na internet após o dia 5 de
julho de 2012 (Lei 9.504/97, art. 57-A). A propaganda eleitoral
na internet poderá ser realizada nas seguintes formas:  Em
sítio do candidato, do partido ou da coligação, com endereço
eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta
ou indiretamente, em provedor de serviço de internet
estabelecido no País;  Por meio de mensagem eletrônica para
endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou
coligação;  Por meio de blogs, redes sociais, sítios de
mensagens instantâneas e assemelhados (Lei 9.504/97, art. 57-
B, I a IV). As mensagens eletrônicas enviadas pelos partidos,
coligações e candidatos devem dispor de mecanismo que
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
43
Mr. SCHEKIERA
permita seu descadastramento pelo destinatário, o qual deve
ser providenciado no prazo de 48. Se for enviada nova
mensagem após esse prazo o remetente estará sujeito à multa
de R$ 100,00 por cada mensagem (Lei nº 9.504/97, art. 57-G).
PROIBIDO
É vedada, na internet, a veiculação de qualquer tipo de
propaganda eleitoral paga (Lei nº 9.504/97, art. 57-C), exceto a
reprodução de anúncio pago veiculado em jornal impresso do
mesmo veículo de comunicação (Lei 9.504/97, art. 43). É
proibida, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda
eleitoral na internet:  Em sítios de pessoas jurídicas (com ou
sem fins lucrativos);  Em sítios oficiais ou hospedados por
órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Lei
nº 9.504/97, art. 57-C, § 1º, I e II). É vedado o anonimato por
meio da internet (Lei nº 9.504/97, art. 57-D). É proibida a venda
de cadastro de endereços eletrônicos (Lei 9.504/97, art. 57-E, §
1º). A violação das vedações acima sujeita o responsável pela
divulgação e, quando comprovado o seu prévio conhecimento,
o beneficiário, à multa de R$ 5.000,00 a 30.000,00. O provedor
de internet também pode ser penalizado se no prazo
determinado pela Justiça Eleitoral não tomar as providências
para a cessação da propaganda irregular.
DEBATES
PERMITIDO
Antes do dia 6 de julho os pré-candidatos poderão participar de
entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na
televisão e na internet, inclusive com a exposição de
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44
Mr. SCHEKIERA
plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de
votos e seja observado tratamento isonômico pelas emissoras
de rádio e de televisão (Lei nº 9.504/97, art. 36-A, I). Os
debates, transmitidos por emissora de rádio ou televisão, serão
realizados com base em acordo celebrado entre os partidos
políticos e a pessoa jurídica interessada na realização do
evento, dando-se ciência à Justiça Eleitoral (Lei nº 9.504/97, art.
46, § 4º). Para os debates que se realizarem no primeiro turno
das eleições, serão consideradas aprovadas as regras que
obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos
candidatos aptos no caso de eleição majoritária, e de pelo
menos 2/3 (dois terços) dos partidos ou coligações com
candidatos aptos, no caso de eleição proporcional. Não
havendo acordo, os debates obedecerão às seguintes regras: 
Nas eleições majoritárias, os debates poderão ser feitos em
conjunto (todos os candidatos) ou em grupos (no mínimo 3
candidatos).  Nas eleições proporcionais, os debates deverão
ser organizados de modo que assegurem a presença de
número equivalente de candidatos de todos os partidos políticos
e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se
em mais de um dia;  A escolha do dia e da ordem de fala de
cada candidato será feita mediante sorteio (Lei nº 9.504/97, art.
46, I a III). Assegura-se, nos debates, a participação de
candidatos dos partidos políticos com representação na Câmara
dos Deputados (considerada a representação resultante da
última eleição), sendo facultada a participação dos demais (Lei
9.504/97, art. 46). O debate poderá ser realizado sem a
presença de candidato de algum partido político ou coligação,
desde que o veículo de comunicação tenha feito o convite com
a antecedência mínima de 72 horas Lei 9.504/97, art. 46 § 1°).
Se apenas um candidato comparecer, o debate poderá ser
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
45
Mr. SCHEKIERA
utilizado para entrevista do respectivo candidato (Resolução
TSE nº 23.370/11, art. 30, III).
PROIBIDO
É vedada a presença de um mesmo candidato à eleição
proporcional em mais de um debate da mesma emissora (Lei nº
9.504/97, art. 46, §2°). No 1° turno, o debate não poderá
ultrapassar as 7 horas do dia 5 de outubro de 2012 e, no caso
de 2° turno, não poderá ultrapassar o horário de meia-noite do
dia 26 de outubro de 2012 (Resolução TSE nº 23.370/11, art.
30, IV). 20 O descumprimento das normas sobre os debates
sujeita a empresa infratora à suspensão, por 24 horas, da sua
programação, com a transmissão, a cada 15 minutos, da
informação de que se encontra fora do ar por desobediência à
legislação eleitoral (Lei 9.504/197, arts. 46, § 3° e 56, §§ 1° e
2°).
DISTRIBUIÇÃO DE BRINDES
PROIBIDO
São vedadas na campanha eleitoral a confecção, utilização,
distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de
camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas
ou quaisquer outros bens ou materiais que possam
proporcionar vantagem ao eleitor, respondendo o infrator,
conforme o caso, pela prática de captação ilícita de sufrágio,
emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso,
pelo abuso de poder (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 6º, Código
Eleitoral, arts. 222 e 237, e Lei Complementar nº 64/90, art. 22).
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46
Mr. SCHEKIERA
CONDUTAS VEDADAS ÀS EMISSORAS DE RÁDIO E
TELEVISÃO
A partir de 1º de julho de 2012, é vedado às emissoras de rádio
e televisão, em sua programação normal e noticiário (Resolução
TSE nº 23.370/11, art. 27,I a V):  Transmitir, ainda que sob a
forma de entrevista jornalística, imagens de realização de
pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza
eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em
que haja manipulação de dados;  Veicular propaganda política,
salvo no horário eleitoral gratuito;  Dar tratamento privilegiado
a candidato, partido político ou coligação; veicular ou divulgar
filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com
alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que
dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates
políticos;
Divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido
em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se
coincidente com o nome do candidato ou o nome por ele
indicado para uso na urna eletrônica, e, sendo o nome do
programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua
divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro.
As emissoras também não podem transmitir programa
apresentado ou comentado pelos candidatos a partir da escolha
do seu nome em convenção (Lei nº 9.504/1997, art. 45, §1°). O
descumprimento dessas regras sujeita a emissora ao
pagamento de multa no valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00,
duplicada em caso de reincidência, sem prejuízo da suspensão
da sua programação (Lei 9.504/197, arts. 45, § 2°; Resolução
TSE nº 23.370/11, art. 27, § 2°).
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47
Mr. SCHEKIERA
PROPAGANDA ELEITORAL NA ANTEVÉSPERA DA
ELEIÇÃO
PERMITIDA
É permitida até a antevéspera da eleição:  A divulgação paga
de anúncio de propaganda eleitoral, na imprensa escrita (Lei nº
9.504/97, art. 43; Resolução TSE nº 23.370, art. 26);  A
reprodução das páginas do jornal impresso na internet,
observadas as formalidades legais (Resolução TSE nº 23.370,
art. 26, § 5°).
PROIBIDA
São proibidos, desde 48 horas antes até 24 horas depois da
eleição:  Propaganda política no rádio ou na televisão,
ressalvada a propaganda eleitoral, veiculada gratuitamente na
internet, nos meios eletrônicos de comunicação do candidato,
ou no sítio do partido ou coligação (Resolução TSE nº 23.370,
art. 3°, parágrafo único; Código Eleitoral, art. 240, parágrafo
único) ;  Comícios ou reuniões públicas (Resolução TSE nº
23.370, art. 3°, caput).
PROPAGANDA ELEITORAL NA VÉSPERA DA ELEIÇÃO
PERMITIDO
Até as 22 (vinte e duas) horas da véspera da eleição é
permitida (Lei 9.504/97, art. 39, § 9º; Resolução TSE nº
23.370/11, art. 9°, § 6°):  A distribuição de material gráfico; 
Realização de caminhada, carreata, passeata e eventos
assemelhados;  Utilização de carro de som.
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Mr. SCHEKIERA
PROPAGANDA ELEITORAL NO DIA DA ELEIÇÃO
PERMITIDO
É permitida, no dia da eleição a manifestação individual e
silenciosa da preferência do eleitor, revelada exclusivamente
pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos (Lei nº
9.504/97, art. 39-A).
PROIBIDO
São proibidos, no dia da eleição:  A aglomeração de pessoas
portando vestuário padronizado, de modo a caracterizar
manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos, até o
término do horário de votação (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 1º).
 O uso, no recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras,
por parte dos servidores da Justiça Eleitoral, dos mesários e
dos escrutinadores, de vestuário ou objeto que contenha
qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de
candidato (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 2º); A padronização do
vestuário dos fiscais partidários, nos trabalhos de votação e a
utilização de crachás com informações que excedam o nome e
a sigla do partido político ou coligação a que sirvam (Lei nº
9.504/97, art. 39-A, § 3º).
Constituem crimes, no dia da eleição (Código Eleitoral, arts.
239, 299, 331, 332, 334, 335, 337; Lei 9.504/97, art. 39, § 5º,
40, 41; Resolução TSE nº 23.370, arts. 54 a 67): I – o uso de
alto-falantes e amplificadores de som; II - a promoção de
comício ou carreata; III – a arregimentação de eleitor ou a
propaganda de boca de urna; IV - a divulgação de qualquer
espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus
candidatos; V - o uso, na propaganda eleitoral, de símbolos,
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
49
Mr. SCHEKIERA
frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas
por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de
economia mista; VI - divulgar, na propaganda, fatos que se
sabem inverídicos, em relação a partidos ou a candidatos,
capazes de exercerem influência perante o eleitorado; VII –
caluniar, difamar o injuriar alguém, na propaganda eleitoral ou
para fins de propaganda; VIII - inutilizar, alterar ou perturbar
meio de propaganda devidamente empregado; IX - impedir o
exercício de propaganda; X. utilizar organização comercial de
vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para
propaganda ou aliciamento de eleitores, punível esse crime com
detenção e cassação do registro, se o responsável for
candidato; XI - fazer propaganda em língua estrangeira; XII -
participar o estrangeiro ou brasileiro que não estiver no gozo
dos seus direitos políticos de atividades partidárias e atos de
propaganda em recintos fechados ou abertos; XII - não
assegurar o funcionário postal a prioridade postal durante os 60
dias anteriores à eleição, para remessa de material de
propaganda de seus candidatos registrados; XIII - dar, oferecer,
prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro,
dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e
para conseguir ou prometer abstenção.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
50
Mr. SCHEKIERA
DICAS DE ORATÓRIA- DESABAFO DE UM POLITICO
CONFIRA O DISCURSO CORAJOSO E EMOCIONADO DE
UM VEREADOR SOBRE NA POLÍTICA
O nome do personagem é fictícios, mas o acontecimento
foi realidade.
--“Muitas vezes eu subi nessa tribuna e afirmei: “eu tenho nojo
dessa política! Eu tenho asco!”. Alguns colegas não tiveram a
interpretação correta dessa expressão e alegaram
maldosamente, tanto em Plenário quanto pelas ruas, que eu
deveria sair da Política, pois estava cuspindo no prato em que
comia.
--Para esclarecer essa questão de uma vez por todas, eu
gostaria de me pronunciar.
Eu tive a sorte de poder conhecer grande parte do Brasil e do
mundo.
Durante esse percurso, também tive a sorte de ajudar milhares
de pessoas, doando alimentos que arrecadava em eventos
esportivos beneficentes. Por essas iniciativas, cheguei a
receber uma carta de reconhecimento da Organização das
Nações Unidas, a ONU.
Conheci e convivi com todo tipo de gente, de diferentes regiões
e países. Partilhei de suas experiências de vida, seus costumes
e, principalmente, seus sonhos!
Na imensa maioria dos lugares, eram pessoas humildes, muito
simples, porém, riquíssimas! Sabiam conviver em comunidade,
acolher o próximo, amar o lugar em que viviam e a família.
Mesmo estando em situações extremas de pobreza e miséria.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
51
Mr. SCHEKIERA
Aprendi muito durante todo esse tempo que viajei e refleti anos
me perguntando: “o que eu posso fazer para ajudar essas
pessoas?”. Já estava arrecadando e distribuindo alimentos há
algum tempo, mas ainda faltava algo.
Eu estava em busca de um grande sonho: trabalhar para
combater a desigualdade entre os seres humanos. Ao lado
desse sonho, caminhando rumo ao meu destino, acabei sendo
convidado para entrar na Política e tive o privilégio de me eleger
como Vereador da cidade de São Paulo.
Quando entrei para a vida pública achei que seria o melhor
caminho para continuar ajudando as pessoas. Imaginei
inúmeras possibilidades, mas nunca tinha pensado que seria
tão egoísta, tão mesquinho, o dia-a-dia da Política local.
Pessoas que se vestem de autoridades para beneficiar a si
mesmo. Políticos que trocam pontos de luz por votos em
projetos de lei, que beneficiam apenas interesses escusos da
Administração.
Partidos que se vendem como sapatos nas lojas da praça, para
qualquer um, a qualquer hora e ficam em promoção no período
que antecede as eleições.
O apelo cruel do político manipulador ao trabalhador
desempregado, comprando votos por uma cesta básica ou duas
notas de cinquenta, servindo a população como assistente
social, fazendo as vezes do serviço público ineficiente.
Eu me refiro a esse tipo de Política quando digo que tenho nojo!
Não a política, como ciência, como meio de transformação
social.
Estes, que pedem para que eu saia, são os mais interessados
em se perpetuar no poder, pelo simples prazer de jogar, com as
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
52
Mr. SCHEKIERA
necessidades da população e ditar as regras, administrando a
cidade como sua propriedade particular.
Por essas e outras, acredito que devo continuar a trilhar meu
caminho na Política, porque ainda falta realizar alguns sonhos
que tenho para o ser humano da nossa cidade e enfrentar os
que usam as mazelas da população para enriquecer.
Enquanto muitos dizem amém, eu resolvi criticar esse modelo
atual de Administração! Não por falta de projetos, pois qualquer
cidadão pode ver que apresentei inúmeras propostas, algumas
vetadas pelo Executivo, outras rejeitadas por essa casa de leis.
Projetos de Lei que beneficiariam toda a população da cidade!
Também não foi por falta de diálogo, pois tentei desde o
primeiro dia do meu mandato conversar com a Administração
sobre verbas federais e iniciativas em favor do esporte, da
saúde, do trânsito, entre outras questões.
Mas fui convidado a dançar no “Baile das Cadeiras” e vender
meu voto a um projeto de Lei do Executivo, em troca da
construção de uma pista pública para a prática de bicicross.
Quando vi que a conversa era essa, decidi que não queria mais
conversar.
Hoje, sinto que temos a oportunidade de mudar os rumos da
nossa política. Em breve, haverá eleições municipais e temos
diversas pessoas comprometidas a socorrer CIDADES deste
tipo de Política.
Alguns, homens e mulheres que desejam o melhor para as
nossas cidades e, muitos, candidatos que visam apenas o
próprio umbigo.
A população saberá votar. Novos candidatos e políticos devem
apoiar o lado da renovação, do desenvolvimento, da saúde, do
esporte, da educação, da cultura.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
E, deixo um recado aos meus adversários:
Não adianta tentar distorcer os fatos, promover mentiras para a
população e acordos por debaixo do pano para me derrotar.
“Aqueles que querem ver pessoas serias fora da
política, em breve não irão mais vencer, o povo brasileiro
esta esperto e honestamente, vai resolver nas urnas!"
Muda Brasil!
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Mr. SCHEKIERA
FRASES UTILIZADAS POR CANDIDATOS
Para o deleite de todos, aqui vai minha coleção pessoal de
pérolas recolhidas durante campanhas políticas.
É tudo verdade. Eu vi e ouvi.
Números
Desde que resolveram adotar as urnas eletrônicas, os eleitores
são obrigados a votar pelo número. Os candidatos logo
perceberam que seria necessário fazer alguma coisa para fixar
o número na cabeça dos eleitores. Alguns optam pela repetição
(“digite 56!”); outros inventam rimas ridículas; e outros são mais
criativos…
James Taylor
Vote 45654, o número que vai e volta.
James Taylor,
candidato a vereador, PPP, London , 01000.
Justo Junior
Você pode contar: 45678.
Justo Junior
candidato a vereador, DBT, London , 01111.
45123
Vote em quem sempre lutou por vocês, 45123.
Rose Mary
36666, projetos prontos para vocês.
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Mr. SCHEKIERA
Rose Mary
candidata a vereadora, PPP, New York, 02500.
Rubão Reporter
O candidato faz um discurso no estilo “Aqui Agora”, se
apresenta (Rubão reporter, do programa Reporter em Ação”) e
termina dizendo seu número: 14171.
Rubão Reporter, candidato a vereador, TTB, Fenícia, 02222.
Jorge Pontual
Deputado bom é Pontual. Não vote afoito, vote 4578.
Jorge Pontual, candidato a deputado federal, PSPP, Bagé;
Fabio Esperto
Vote 45300. Esperto!
Fabio Esperto, candidato a vereador, BDB, Porto, Sengés
02008. .
Bernardo Wendel
É só apertar no “5” até aparecer minha foto.
Bernardo Wendel, número 55555, candidato a vereador, PPP,
Pouso Alegre, 02012. Elegeu-se com 7.386 votos (0,98% dos
votos válidos) a cidade e o nome do candidato são fictícios mas
e a realidade na ultima eleição a sua vitória no Rio Grande do
Sul..
Ridículo
Slogans pavorosos, atuações teatrais, caras de pau…
Termina com seu slogan:
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
Nei Pereira
Começa com o narrador:
“Conheça agora o candidato do PPP…”
O candidato inicia com um discurso “normal”, mas no final larga
duas bombas seguidas:
Não é 1,99, é 19999. Não faça besteira, vote Nei Pereira.
Nei Pereira, candidato a vereador, PPP, Altamira , 02000.
Zezé
Tudo começou com um inocente slogan:
“Vá de frente, não vá de ré, vote no Zezé”
Mas no programa seguinte ele exagerou: durante o discurso
passou uma pessoa fantasiada de zebra correndo por trás do
Zezé.
Pouco depois, passou de novo. E o Zezé:
Vote na Zebra! Vá de frente, não vá de ré, vote no Zezé
Zezé, candidato a vereador, PFL, Porto Alegre, 02000.
Algum candidato a vereador
O candidato começa seu discurso:
Quando alguma coisa não funciona na sua casa você troca. Na
política é a mesma coisa. Vote novo!
Então ele mostra um bonequinho dos Teletubbies, que fala:
De nooovo! De nooovo!
Tinky Winky (ou era o Dipsy?), em nome de algum candidato a
vereador, São Luis, 02000.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
ESTRATÉGIA ELEITORAL
Quem concorre precisa ter uma.....
Não espere bons resultados de uma campanha eleitoral feita ao
acaso, improvisada e do jeito antigo, sem pesquisa, sem
planejamento, sem profissionais especializados e sem produção
de alta qualidade. A campanha moderna requer informações
confiáveis para um bom diagnóstico, inteligência competitiva,
foco e um posicionamento estratégico eficaz.
Muitas pessoas confundem marketing com propaganda. Acham
que fazer campanha eleitoral é a mesma coisa que fazer
publicidade de detergente. Puro engano! No marketing
comercial, os produtos de consumo são mais fáceis de serem
vendidos. Todos nós temos a necessidade de consumir leite,
arroz, feijão, produtos de beleza, higiene pessoal e de limpeza.
O consumidor vai ao mercado e já sabe os produtos que quer
levar, apenas escolhe a marca. No marketing eleitoral é bem
diferente. É o produto (candidato) que tem que convencer o
consumidor (eleitor) ao consumo, ao ato de comprar (votar).
Essa analogia produto/candidato refere-se ao esforço pelo
convencimento que cada um faz no mercado para ser o
preferido, o escolhido pelo consumidor/eleitor. Em termos de
concorrência, o processo é quase igual: cada produto e cada
candidato tem suas estratégias (ou falta delas), ressaltando
seus pontos fortes e minimizando os fracos.
Entender essa diferença é fundamental em qualquer
planejamento estratégico de campanha eleitoral por dois
motivos: 1) a maioria das pessoas (mais de 70%) não tem
interesse algum por política, e 2) o produto oferecido (político)
tem elevada carga pejorativa no conceito popular.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
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Mr. SCHEKIERA
Diagnóstico Político – comece por aqui
O primeiro passo para planejar qualquer campanha eleitoral é
fazer um bom diagnóstico político. E ele deve ser orientado por
alguém com sólida experiência no assunto. Diagnóstico feito por
amadores pode destruir uma campanha.
Um bom diagnóstico político começa pela compreensão dos
sentimentos e percepções dos eleitores comuns, e não pela
satisfação de interesses pessoais ou negociações partidárias. O
bom diagnóstico preza pelas informações extremamente
confiáveis, isentas e sem distorções ou romantismos. Nesse
tipo de trabalho não há lugar para amadores. Todo mundo
sabe, política é especialidade dos bons políticos, que são
hábeis em negociações. Porém, campanha eleitoral é
especialidade dos bons estrategistas, que são hábeis em
competição pela preferência dos eleitores.
Um erro comum, cometido por muita gente, é gastar com
pesquisas de simulação de intenção de voto muito tempo antes
que os candidatos estejam definidos. Simulação de intenção de
voto é quando se faz a famosa pergunta “Se a eleição fosse
hoje, em quem você votaria?”. Essa pergunta, feita muito longe
do dia da votação, pode mascarar a realidade: nomes mais
divulgados pela mídia levam vantagem sobre aqueles com
menor evidência nos noticiários. Isso cria um falso ranking nas
duas pontas.
Perguntar ao eleitor comum em quem ele votaria, quando os
candidatos nem sequer estão definidos, apresentando cenários
fictícios de competição, é obrigá-lo a um enorme esforço de
imaginação, sobre um assunto no qual ele ainda não tem
nenhum interesse. Perguntar em quem o eleitor votaria, muito
antes do pleito, produz respostas que são simples chutes,
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
59
Mr. SCHEKIERA
meros palpites sem valor estratégico e que podem levar a
decisões erradas. Muito cuidado: resultados obtidos dessa
forma não servem para fazer o diagnóstico da situação
competitiva.
Por outro lado, o estudo de potencialidade eleitoral, este sim,
tem valor estratégico e ajuda de verdade a planejar uma
campanha. Esse é o tipo de estudo que pode - e deve - ser feito
com vários meses de antecedência, até mais de um ano antes
da eleição. Só ele revela como os eleitores se posicionam em
relação aos possíveis candidatos. Analisa cada nome
individualmente, sem forçar um falso quadro de confronto
imaginário.
O estudo de potencialidade eleitoral mostra a verdadeira força
de cada nome. Revela as diferenças nas possíveis
combinações para formação de chapas majoritárias e alianças.
Feito com antecedência, esse estudo é muito útil para
movimentos de trocas ou filiações partidárias, negociação de
apoios e definição de candidaturas mais competitivas. Esse
levantamento permite a Segmentação do Eleitorado (veja mais
adiante), para identificar os cinco tipos de eleitores e ajudar o
candidato a definir os seus alvos com maior precisão.
Os Cinco C´s da Conquista do Voto
O modelo de diagnóstico político, elaborado pelo consultor e
estrategista eleitoral Di Vicenzi, contempla as cinco dimensões
mais relevantes nos processos de análise e planejamento de
uma candidatura. Esse modelo de análise se aplica tanto a
competições majoritárias quanto proporcionais, em qualquer
nível.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
60
Mr. SCHEKIERA
Batizado pelo autor como “Cinco C´s da Conquista do Voto”,
o modelo propõe investigar e desenvolver estratégias com base
no conhecimento de cinco fatores:
 Cidadão Eleitor
 Candidato
 Chefe de Governo
 Concorrentes
 Cenário
Essas cinco dimensões são apresentadas dentro da figura de
um ovo. Trata-se de uma alusão bem humorada à história do
ovo de Colombo. “Colocar uma campanha em pé é um
processo complexo e exige muito esforço. Porém, depois de
feito, todo mundo pensa que era muito simples”,
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
61
Mr. SCHEKIERA
O modelo dos Cinco C´s da Conquista do Voto coloca em
primeiro lugar a necessidade de compreender o CIDADÃO
ELEITOR, seus sentimentos, suas percepções, seus conceitos,
valores e sua visão de mundo.
Em seguida é feito o estudo do CANDIDATO, através da
análise SWOT (veja mais adiante). Repetindo: uma das grandes
diferenças entre um produto comercial (serviços ou mercadoria)
e um produto político (candidato) é que, para o primeiro, pode-
se criar uma história antes de divulgá-lo no mercado, enquanto
que, para o segundo, já existe uma história de vida pronta, que
não pode ser alterada com facilidade.
Um exame da imagem do CHEFE DE GOVERNO (municipal,
estadual/distrital ou nacional) também é considerado no
modelo, pois o nível de aprovação de uma administração é
crucial para determinar se o candidato adotará um
posicionamento governista ou oposicionista na sua campanha.
Vale lembrar que, em determinadas circunstâncias, tanto um
candidato da situação pode fazer uma campanha oposicionista,
quanto um candidato de oposição pode fazer uma campanha
governista.
Outro fator dos Cinco C´s contempla os CONCORRENTES, os
demais candidatos que disputam a mesma vaga na eleição.
Entre outros instrumentos, a análise SWOT também é útil nesse
estudo.
A quinta dimensão estudada é o CENÁRIO, o ambiente político
onde ocorre a competição e no qual estão inseridos os outros
quatro elementos do modelo de diagnóstico. Em Cenário são
consideradas variáveis como correlação de forças partidárias,
histórico de resultados, perfil social, econômico e geográfico,
legislação, cultura e mobilização política, entre outros.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
62
Mr. SCHEKIERA
O modelo de diagnóstico dos Cinco C´s da Conquista do
Voto é estruturado a partir de um conjunto de informações de
diversas fontes, algumas obtidas junto ao IBGE, TSE, TRE´s e
demais órgãos, outras em partidos políticos e entidades de
classe. Porém, a maior parte das informações e referências
estratégicas são buscadas junto ao principal personagem que
define um pleito: o eleitor. As ferramentas mais utilizadas para
entender o pensamento e o comportamento dos eleitores são
as pesquisas qualitativas e quantitativas.
As pesquisas que a imprensa costuma divulgar são sempre
quantitativas (aquelas que apresentam números). Porém, elas
são muito pobres em termos estratégicos e praticamente não
servem para o diagnóstico e planejamento de uma campanha
sem a necessária leitura e interpretação dos detalhes e
cruzamentos de dados, algo que só é possível quando se tem
acesso completo às tabelas de resultados. Tomar decisões em
cima do simples resumo que a mídia divulga é um perigo, um
grande erro que muita gente comete por não ter o necessário
conhecimento técnico.
Por outro lado, as pesquisas qualitativas (aquelas que não
apresentam números), não costumam ser divulgadas pela
imprensa e são praticamente desconhecidas pelo público em
geral e até pela maioria dos políticos. Porém, as pesquisas
qualitativas são as mais valiosas para finalidades estratégicas.
São poderosas para entender as perspectivas de uma
candidatura pelos olhos dos eleitores. Nesse tipo de estudo, as
informações são obtidas através de entrevistas em
profundidade ou discussões de grupo. A atuação de um
especialista em moderação, com sólida experiência nesse tipo
de abordagem, é indispensável para que os melhores
resultados sejam alcançados.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
63
Mr. SCHEKIERA
As pesquisas qualitativas são muito úteis para a definição de
candidaturas, posicionamento eleitoral do candidato e da sua
campanha, elaboração de propostas e construção de discursos,
avaliação de material de campanha (slogan, jingle e peças de
propaganda) e análise dos programas de rádio e TV para o
horário gratuito. E essas avaliações podem ser feitas tanto em
relação ao candidato interessado como sobre seus adversários.
Posicionamento de campanha – tem que escolher um...
Posicionar sugere a ideia de assumir um lugar no espaço.
Posicionamento eleitoral significa ocupar um espaço na
percepção dos eleitores, que ajude a atingir um objetivo.
Corresponde a identificar e assumir um lugar que ofereça
potencial de crescimento, que torne a candidatura competitiva
dentro do ambiente de concorrência com os demais candidatos.
O posicionamento é composto por três fatores:
- FOCO - O foco de uma candidatura é, em última análise, a
razão mais forte e convincente pela qual os eleitores devem
votar em um determinado candidato e não nos outros.
- IMAGEM - A imagem do candidato, portanto, é um dos
elementos-chave no posicionamento da sua candidatura. A
primeira exigência que a imagem deve atender é possuir um
alto grau de coerência com o foco da campanha e com suas
propostas.
- PROPOSTAS - A proposta de um candidato (majoritário ou
proporcional) deve condizer com o foco e a imagem da sua
candidatura.
Análise SWOT – monitorando os fatores
O modelo de diagnóstico dos Cinco C´s da Conquista do
Voto serve como base para a definição de um posicionamento
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
64
Mr. SCHEKIERA
da candidatura em termos de imagem, foco e propostas. Todo
planejamento de marketing, seja eleitoral ou mercadológico,
parte de um diagnóstico preciso sobre o mercado (eleições), as
empresas (partidos) e os produtos (candidatos). Um dos
componentes de grande valia nessa etapa do marketing é a
análise SWOT, sigla que vem das iniciais das palavras inglesas
"Strenghts" (forças), "Weaknesses" (fraquezas), "Opportunities"
(oportunidades) e "Threats" (ameaças)
É fundamental que uma análise SWOT seja realizada com certa
regularidade - a cada seis meses ou no máximo um ano -, de
forma que se possa acompanhar as mudanças ocorridas na
imagem do político ou no cenário social. Para visualizar melhor
este instrumento, ele se divide em duas partes: a que analisa o
ambiente interno (forças e fraquezas do candidato) e a que
analisa o ambiente externo (oportunidades e ameaças para o
candidato). Vale lembrar que nesta segunda parte os fatores
não são controláveis, mas podem ser previstos.
Os pontos fortes de um candidato podem ser seu histórico
pessoal, uma boa gestão num cargo executivo, sua
popularidade, recursos financeiros, etc. Os pontos fracos
podem ser uma má reputação, baixa popularidade, adjetivos
pejorativos, má administração no executivo, falta de recursos e
outros.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
65
Mr. SCHEKIERA
Entretanto, a grande virtude da análise SWOT é saber detectar
as características e histórico do candidato, que devem ser
minimizadas ou exploradas. Se o candidato possui o apoio de
um político muito rejeitado, não é seguro divulgar aos quatro
ventos a existência desse apoio.
Segmentação do eleitorado – defina o alvo
Se existe uma prática que a política absorveu do marketing
comercial e que ninguém pode mais ignorar, é a segmentação
do eleitorado. A importância da segmentação se torna mais
evidente em cidades de médio e grande porte. Um candidato a
vereador na cidade de São Paulo, por exemplo, não tem as
mínimas condições de realizar uma campanha em toda a
cidade, que chega a ser maior que diversos países.
Não podemos esquecer que uma campanha eleitoral tem o
objetivo de comunicar a mensagem certa para o eleitor certo. A
segmentação do eleitorado, além de ser uma estratégia
necessária, torna a campanha mais barata, já que o custo
envolvido na conquista do voto varia dentro do eleitorado.
De acordo com o estrategista eleitoral, o planejamento de uma
campanha deve considerar a existência de cinco grupos de
eleitores:
1 - CRISTALIZADOS A FAVOR - Eleitores que certamente
votarão no candidato. Este grupo representa custo menor, tanto
em tempo como recursos. São os eleitores que conhecem bem
o candidato, não o rejeitam e até o defendem ou promovem seu
nome de forma espontânea. Então, a chance de voto é bem
maior aqui e o investimento deve ser de manutenção desses
eleitores.
2 - INCLINADOS A FAVOR – Eleitores que poderão votar no
candidato. São aqueles que conhecem o candidato e admitem a
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66
Mr. SCHEKIERA
possibilidade de votar nele, porém sem muita convicção. São os
eleitores que precisam de mais informações, querem mais
referências e motivos para definir o voto a favor do candidato.
Existe chance de voto desde que haja investimento em
comunicação, relacionamento ou motivação.
3 - INDEFINIDOS – Eleitores indecisos, que podem estar nessa
posição por dúvida, desconhecimento ou desinteresse, em
relação aos candidatos, às eleições ou à política. É um grupo
que pode decidir uma eleição, especialmente quando a disputa
é acirrada. Sendo a indefinição decorrente de falta de
informação ou mero desconhecimento dos candidatos, quem
chegar primeiro pode conquistar esse voto. Alta chance de voto
com trabalho de abordagem e convencimento.
4 - INCLINADOS CONTRA – Eleitores que poderão votar em
um candidato concorrente. São aqueles que conhecem um
candidato adversário, simpatizam com ele e admitem a
possibilidade de votar nele. Os eleitores desse grupo até podem
mudar de opinião, mas será necessário um esforço enorme de
convencimento. Relação custo/benefício apertada,
recomendando cautela no investimento em busca de votos
duvidosos.
5 - CRISTALIZADOS CONTRA - Eleitores que certamente
votarão em candidato adversário. Não vale a pena investir
nesse grupo. São os eleitores que simplesmente rejeitam o seu
nome ou conhecem bem outro candidato e até fazem a defesa
dele de forma espontânea. Então, a chance de mudarem o voto
é praticamente nula, somente circunstâncias externas de
grande impacto poderiam fazê-los mudar de opinião.
Os INCLINADOS A FAVOR e os INDEFINIDOS são os dois
grupos onde devem ser concentrados os maiores esforços da
campanha. O “target”, ou eleitorado alvo, é aquele que
quantitativamente, somado ao contingente daqueles que já
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67
Mr. SCHEKIERA
estão CRISTALIZADOS A FAVOR, pode produzir os votos
necessários para eleger o candidato.
No entanto, é necessário segmentar ainda mais o eleitorado
para compreender melhor a sua quantidade e localização. Isto
será possível com a ajuda de pesquisas quantitativas e das
seguintes variáveis: DEMOGRÁFICAS (sexo, idade, etnia,
região, religião); SOCIOLÓGICAS (renda, escolaridade,
ocupação); POLÍTICAS (partido, ideologia, tendências,
opiniões, rejeições) e ATITUDINAIS (valores, opiniões,
prioridade, hábitos, crenças).
Com estas informações, obtidas a partir de pesquisas isentas,
confiáveis e representativas, é possível identificar os tipos de
eleitores e onde está o potencial de votos que pode garantir a
vitória. As pesquisas ajudam a entender o eleitor, revelam onde
ele se encontra, o que pensa, qual a probabilidade de votar,
valores, expectativas e outros fatores cruciais, permitindo a
realização de uma campanha mais personalizada, específica e
direcionada, com maior economia de recursos, tempo e
dinheiro.
Seja diferente – mais do mesmo não adianta
Para ser lembrado é preciso se diferenciar. Isso vale tanto para
o marketing de produtos como para o marketing de políticos, de
governos ou instituições. Ser diferente é fundamental, uma vez
que vivemos numa sociedade com excesso de informações e
precisamos sempre destacar nossas mensagens e valores. O
político moderno tem capacidade de aprender com as lições
das grandes marcas do mercado. Omo é diferente porque “lava
mais branco”, Volkswagen é diferente porque é “confiável”,
Casas Bahia é diferente porque “vende mais barato”, e assim
por diante.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
68
Mr. SCHEKIERA
O marketing comercial utiliza essa estratégia para que o
consumidor tenha elementos de comparação entre as marcas
concorrentes. Se existem dezenas de marcas de sabão em pó,
tenho que agregar algum valor ao produto que o torne diferente
dos demais, que faça com que ele seja lembrado mais
facilmente e de forma positiva pelo consumidor. Só assim ele
vai comprá-lo e até pagar mais por ele. E isso precisa ser
reavivado na sua memória o tempo todo através da
comunicação.
No marketing político, especialmente no eleitoral, é a mesma
coisa. Imagine uma eleição municipal, numa cidade de médio
porte, com 20 a 30 vagas na câmara municipal e em média 400
candidatos. Em apenas três meses de campanha, cada
candidato a vereador deverá estabelecer dezenas de canais de
comunicação com o eleitor, criando assim, um
congestionamento de informações. Como o eleitor inicia seu
processo de escolha apenas 15 dias antes do pleito e o cérebro
humano funciona de forma seletiva – absorvendo apenas o que
interessa – grande parte da propaganda eleitoral terá sido em
vão.
Entretanto, se um desses candidatos começar a trabalhar mais
cedo e realizar uma campanha diferente, baseada em um bom
diagnóstico com planejamento consistente, escolher um
posicionamento bem definido e distinto dos demais, adotar uma
estratégia eficaz de comunicação, apresentar projetos ou
propostas críveis e direcionar seus esforços para os eleitores
certos, obviamente ele terá seu nome lembrado no dia da
eleição. Para isso, é claro, precisa-se contar com profissionais
especializados em cada área: consultoria estratégica, pesquisa,
planejamento, comunicação, assessoria política e jurídica.
Como diz aquela música: "ado, ado, ado, cada um no seu
quadrado!"
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
69
Mr. SCHEKIERA
Slogan de campanha – o resumo da promessa
O slogan é um item fundamental em qualquer campanha
eleitoral, onde os candidatos têm a difícil tarefa de se diferenciar
de vários concorrentes. Um bom slogan deve ser capaz de
sintetizar a candidatura e a promessa do candidato em poucas
palavras fortes.
Vejamos a campanha de Barack Obama, com o famoso Yes,
we can (Sim, nós podemos). O slogan conseguiu traduzir o
espírito de transformação que a sociedade americana desejava
após oito anos de Bush. O change (mudança) também
acompanhava as principais peças publicitárias da campanha e
reforçava a latente rejeição ao continuísmo.
Antes de tudo, o slogan é peça chave no “mix de marketing” e
deve ser condizente com a estratégia da campanha. Por
exemplo, se um candidato a deputado estadual segmenta a sua
candidatura geograficamente e escolhe uma cidade como seu
principal reduto eleitoral, evidentemente que o seu slogan deve
fazer referência a esta estratégia e à cidade. Se for uma região
ou um segmento de eleitores, a mesma coisa.
Além disso, o slogan serve para classificar rapidamente a
identidade de um candidato. Imaginemos um eleitor, vendo uma
faixa de campanha de um deputado estadual com o seguinte
slogan: Em defesa da saúde pública. Obviamente, o eleitor que
não conhecia tal candidato, passará agora – no mínimo - a
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
70
Mr. SCHEKIERA
identificar a síntese da campanha, que estrategicamente tem a
saúde pública como seu principal foco.
É necessário entender a cabeça do eleitor e o excesso de
informações a que eles estão expostos. Uma campanha
eleitoral envolve centenas de candidaturas, com milhares de
propaganda, nos mais variados meios. E toda e qualquer peça
publicitária de sua campanha deve ter o objetivo de identificar e
gravar o candidato na cabeça do eleitor, fazendo prevalecer a
sua mensagem.
UMA CAMPANHA EM 120 DIAS
Com um bom diagnóstico político nas mãos e informações de
pesquisas confiáveis, com a candidatura posicionada, o
eleitorado segmentado e os recursos iniciais garantidos, com a
linha de comunicação definida e a equipe de trabalho montada,
o candidato deve planejar a execução da sua campanha
eleitoral. Mas, quanto tempo é necessário para fazer uma
campanha? Isso depende de cada situação. Para alguns
candidatos pode exigir um trabalho longo, de vários meses ou
até anos. Para outros, que já desfrutem de maior popularidade
ou tenham sua imagem reconhecida, esse tempo poderá ser
bem mais curto.
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
71
Mr. SCHEKIERA
O exemplo que é apresentado aqui mostra quais são as
diferentes etapas para uma campanha somam 120 dias,
contados depois de terem sido atendidas todas as condições
descritas no parágrafo anterior. Logicamente, o tempo dedicado
a cada fase e a própria duração total da campanha podem ser
modificados, de forma a melhor atender às circunstâncias e
condições de cada candidatura.
É muito importante realizar uma pesquisa quantitativa de
intenção de voto imediatamente após terem sido definidas as
candidaturas, para saber como os eleitores se posicionam
diante desse quadro de competição real. As pesquisas
qualitativas também são valiosas para ajudar a entender como
os eleitores percebem a imagem de cada um dos candidatos.
Lançamento da candidatura - 7 dias
O objetivo aqui é tornar a candidatura conhecida e apresentá-la
posicionada para a disputa, com o máximo de divulgação na
mídia. A inauguração do comitê central da campanha e o
evento de lançamento devem ser construídos com
profissionalismo, fazendo disso um ato político memorável, uma
oportunidade única, onde o candidato demonstrará a sua força
e comunicará “a que veio”, qual o sentido da candidatura e
porque os eleitores devem votar nele.
O slogan de campanha, o jingle, a foto do candidato e outros
elementos importantes de comunicação devem reforçar o
posicionamento do candidato e valorizar ao máximo a sua
imagem. É preciso lembrar que o lançamento da candidatura
não vai se resumir apenas ao dia do evento. Uma semana de
preparação é o tempo suficiente para se buscar um resultado
positivo, bem como, repercutir através dos meios de
comunicação a realização desse evento.
As atividades de preparação envolvem a logística de sua
organização, os convites para o ato, a informação aos veículos
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
72
Mr. SCHEKIERA
de comunicação, a produção de peças publicitárias para
decorar o ambiente e a preparação do discurso do candidato.
É importante escolher uma data em que não haja nenhum outro
evento importante, para evitar a concorrência com o ato e para
que ele possa ser o fato político do dia. Após o lançamento, são
realizadas as ações de repercussão do lançamento. Após filmar
e fotografar o ato para uso posterior, o trabalho da campanha
vai se deslocar para conquistar espaços nas mídias locais,
setoriais e de bairros.
Início da campanha - 13 dias
Nessa etapa ainda é repercutido o lançamento da campanha,
tornando o candidato e sua mensagem conhecidos. Nessa fase
serão apresentados os principais apoios do candidato, se
possível um apoio por dia, para que esse momento de adesão
seja ampliado e mostrando ao eleitorado que ele tem chances
de vitória.
Em seguida, o candidato vai partir para reuniões com
moradores de bairros, lideranças classistas e segmentos do
eleitorado, demonstrando que sua candidatura também conta
com o apoio da população. Esse também é o momento ao qual
o candidato vai visitar os principais redutos eleitorais, as
principais regiões, cidades ou bairros.
Consolidação da candidatura - 17 dias
Esta fase antecede o período da propaganda eleitoral gratuita.
O objetivo aqui é levar a candidatura para a rua e fixar junto ao
eleitorado uma organização que a sustente. As atividades do
candidato estarão condicionadas a sua agenda, que vai servir
como instrumento indispensável para aproveitar com o máximo
de racionalidade o reduzido tempo disponível do candidato.
Nesse momento é importante que se consolide os apoios já
conquistados, como as lideranças políticas, os cabos eleitorais,
WORK OF A POLITICAL SCIENTIST
73
Mr. SCHEKIERA
os líderes sindicais, de associações, etc. Em seguida o corpo a
corpo deve se intensificar. De preferência auxiliado pelos
apoiadores, que criarão as oportunidades. Vale lembrar que em
eleições proporcionais o corpo a corpo tem muita importância
na decisão do voto.
Desenvolvimento da campanha - 60 dias
Um balanço entre a fase anterior e a fase de desenvolvimento
da campanha será necessário para a aplicação de alguns
ajustes na campanha e na equipe, tendo como referência
informações de pesquisas. Após esse balanço, o objetivo desta
fase será a intensificação do corpo a corpo. É Nesta fase que a
candidatura deverá ganhar “corpo” e “movimento”. “Corpo” é
a implantação da campanha na sociedade, onde quem apoia
precisa mostrar seu apoio e trabalhar para conseguir outros. O
“corpo” da candidatura será demonstrado por sua presença na
rua e os eventos realizados pelo candidato, como passeatas,
carreatas e comícios. Já o “movimento” da campanha significa o
ritmo de atividades que vai ser criado.
Reta final - 15 últimos dias
Esta última fase da campanha é o momento do tudo ou nada,
onde o candidato deverá investir todos os seus recursos,
humanos ou financeiros. É o momento de conquistar os
eleitores indecisos e cooptar os votos das candidaturas sem
viabilidade. Também é o momento de criar uma “dinâmica
vencedora”, mostrar para o eleitorado que a candidatura está
em ritmo acelerado e tem chances de vitória.
O trabalho de campo, a distribuição do material de propaganda,
as carreatas, os comícios e o corpo a corpo do candidato terá
que ganhar uma atenção especial com o aumento quantitativo
dessas ações. Se possível for, todas as ações realizadas na
fase anterior (desenvolvimento) terão de dobrar em número.
Como é comum a indecisão no voto proporcional, a criação de
Estratégias de comunicação política
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  • 2. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 2 Mr. SCHEKIERA MDCCLXXVI “A mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. Nós somos aqueles por quem estávamos esperando. Nós somos a mudança que procuramos.” Barack Obama
  • 3. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 3 Mr. SCHEKIERA 1º EDIÇÃO-2015 ANNUIT CCEPTIS “IN GOD WE TRUST”
  • 4. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 4 Mr. SCHEKIERA INDICE Introdução 05 Programa eleitoral 09 Apresentação de impacto 16 Dia mundial da voz 17 Oratória no pleito eleitoral 18 Pré apresentação 20 Base Legal do Programa Eleitoral 25 Desabafo de um politico 50 Frases usadas por candidatos 53 Estratégia Eleitoral 57 Campanha em 120 dias 70 Vantagem de partidos 77 Coeficiente Eleitoral 82 O que e politica 88 Marketing pessoal 91 Planejamento estratégico 98 O que e cunho 101 Customização/ Upstream 102 Swot 103 Planejamento 105 Operacional 107 Stakeholder 109 Missão 111 Vocação 113 Discernimento 114 Representatividade/Competência 116 Ato politico/comprometimento 118 Responsabilidade 120 Expertise 121 Turnover 122 Gestão de pessoas 124 Emergir/imergir 126 Falsidade/hipocrisia 128 Knowledge 131 Usurpação 134 Referencias Bibliográficas 140
  • 5. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 5 Mr. SCHEKIERA
  • 6. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 6 Mr. SCHEKIERA INTRODUÇÃO Em primeiro lugar, é importante referir que a comunicação política conta com caraterísticas especiais em função do país ou região onde se celebram as eleições, assim como o sistema eleitoral e o tipo de governo. No entanto, a maioria das caraterísticas são comuns e aplicáveis na maioria das eleições. Assim, antes de iniciar a campanha eleitoral, será indispensável que disponha de: Um programa eleitoral firme com propostas interessantes e objetivos reais. Uma equipe de pessoas para formar uma lista. Em primeiro lugar, deverá procurar os pontos fortes que caracterizam a sua candidatura ou partido, uma vez que estas serão as vantagens que o poderão diferenciar do resto dos representantes eleitorais e que os eleitores optem por dar o seu voto a você. Pode basear a sua campanha em alguma caraterística genérica do partido ou centrar-se mais concretamente em outros aspetos específicos do seu programa eleitoral, que com certeza serão interessantes a quem quiser votar. De seguida, deverá criar um slogan ou lema que sirva como emblema da campanha e ao redor do qual girará a campanha eleitoral. Assim, deve pensar numa frase que resuma a sua filosofia ou o objetivo que quer conseguir. É importante referir que existem conceitos que se usam repetitivamente nos slogans eleitorais como são as "soluções" ou "a confiança".
  • 7. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 7 Mr. SCHEKIERA Do mesmo modo, é comum os lemas se basearem em "a mudança", "o progresso", "a novidade", "a alternativa"... no caso dos partidos que anteriormente não governavam ou estavam na oposição, de modo que o seu ponto forte será trazer ideias novas. Outro ponto fundamental para a campanha eleitoral será dispor de boas fotografias do candidato e o conjunto de pessoas que fazem parte da lista. Para isso, deverá procurar um cenário adequado e que esteja de acordo com as propostas que está defendendo, assim como contratar um profissional que o possa assessorar de todas as questões fotográficas e realizar as instantâneas. Estas serão as que servirão para publicar em prospectos e outros materiais gráficos que sirvam como apoio da campanha; embora sejam muito similares, deve se lembrar que existem diferenças entre publicidade e propaganda, visto que o seu objetivo não é o mesmo. Também será muito importante que decida através de que vias contatará os eleitores, pois atualmente existem muito outros métodos além dos tradicionais cartazes eleitorais e o e-mail ou correio. Assim, a internet e as redes socais estão na ordem do dia e são uma das ferramentas indispensáveis para toda a campanha eleitoral, especialmente para chegar a determinados públicos como pode ser os eleitores mais jovens. Desta forma, pode ser interessante criar uma página de Facebook ou um perfil no Twitter através do qual possa comunicar as suas propostas e interagir com os eleitores. Como eventos de campanha, também serão importantes as reuniões e encontros com os seus potenciais eleitores, ou seja,
  • 8. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 8 Mr. SCHEKIERA desde os tradicionais meetings eleitorais até a visitas a mercados ou outros lugares públicos onde se possa dar a conhecer. Será bastante importante que em todo o momento o candidato se mostre bastante próximo dos cidadãos e disposto a atender as suas perguntas ou dúvidas, assim como também as das dos meios de comunicação.
  • 9. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 9 Mr. SCHEKIERA PROGRAMA ELEITORAL São abordadas as mais eficientes técnicas de comunicação em massa. Entre elas:  Postura em público, em entrevistas coletivas, no palanque e no vídeo;  Técnicas de atendimento à imprensa, para uma boa entrevista em TV e rádio;  Como conquistar eleitores hostis e indiferentes;  Como combater a inibição para fazer comícios, enfrentar multidões;  Falar de improviso sobre temas da campanha; planejar discursos políticos;  Como iniciar um discurso prendendo a atenção e causando logo uma boa impressão;  Como tornar a mensagem persuasiva e atrativa;  A postura e uso adequado dos gestos para tornar a comunicação congruente, expressiva e convincente;  Comunicação impregnada de emoção, dicas e precauções;
  • 10. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 10 Mr. SCHEKIERA  Estrutura de um bom discurso político;  Objetividade na comunicação;  Como prender e manter a atenção do público;  Como se preparar e participar com sucesso de debates e entrevistas;  A respiração correta para melhorar seu potencial de voz e falar com espontaneidade e paixão;  Articulação e emissão das vogais e consoantes;  Projeção, ritmo, variação e colorido da voz;  A correta utilização do microfone e de outros recursos complementares de comunicação;  Contato pessoal com o eleitor, dicas para a campanha. ORATÓRIA E ARGUMENTAÇÃO A oratória surgiu na Sicília no século V a.C., e foi criada para os advogados na época que agiam tentando rever os bens e as propriedades de seus clientes tomadas pelos tiranos. Compõem a oratória: - a forma como o orador se apresenta; - sua postura; - sua imagem; - e sobretudo o poder de argumentação. Tudo isso contribui para convencer ou não o interlocutor. Falar bem e saber argumentar são quesitos fundamentais nos profissionais de hoje e podem ser aprendidos e aperfeiçoados através de estudo e prática. Desenvolva suas habilidades argumentativas e garanta boas relações profissionalmente, obtendo metas de modo cooperativo e construtivo sem gerar conflitos. A IMAGEM DO APRESENTADOR A imagem que o apresentador transmite para a plateia é constituída por meio de elementos da comunicação verbal e
  • 11. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 11 Mr. SCHEKIERA não verbal, como vocabulário, tom de voz, postura, gestos, olhar. Veja abaixo os perfis mais comuns de apresentadores, as características de linguagem de cada um deles e a impressão que passam para o público: AGRESSIVO Voz Tom alto, arrogante, insolente, autoritário, superior. Postura Linguagem corporal intimidativa. Nervoso, rígido, firme, impaciente. Olhar fixo no outro, mãos na cintura, batidas de pé, dedos em riste. PASSIVO Voz Tom baixo, manso, tímido, voz trêmula, ansioso, angustiado e inseguro. Postura Linguagem corporal de submissão. Ombros caídos, vergado, mostrando insignificância. Olhar baixo, mãos no bolsos. ASSERTIVO Voz Tom firme, seguro, confiante, modulado, relaxado e calmo. Postura Linguagem corporal descontraída e relaxada com movimentos abertos. Postura natural, bem posicionada, autoconfiante, corpo ereto. Olhar firme e bem distribuído.
  • 12. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 12 Mr. SCHEKIERA A APRESENTAÇÃO CONTRIBUIU PARA UM DESEMPENHO MELHOR... Muitas pessoas acreditam que se memorizarem suas apresentações, palavra por palavra, irão obter melhor desempenho diante da plateia. Porém, essa estratégia não é eficaz. Ao decorar a apresentação, o orador fica preso a determinadas palavras ou expressões, e quando uma delas não lhe vêm à mente, o orador se sente inseguro, “perdido” e nervoso. Essa situação desagradável pode desestabilizar o apresentador, ou até mesmo impedi-lo de prosseguir. Uma boa maneira de se preparar para uma apresentação é ensaiar várias vezes, usando palavras diferentes, sem perder a ideia central. O uso de um roteiro é uma estratégia ótima. Repita a mensagem, a partir do roteiro, discorra sobre ela até que cada assunto seja totalmente explorado, pois isso irá garantir um leque de possibilidades. Assim, se por acaso você se esquecer de uma palavra, você conseguirá lançar mão de outras. COMUNICAÇÃO CONGRUENTE A comunicação congruente é aquela em que corpo, voz e fala transmitem a mesma ideia. Para se comunicar dessa forma, o apresentador deve tomar alguns cuidados e evitar as seguintes barreiras: 1- Barreiras corporais Gestos inadequados como: colocar a mão no bolso, passar a mão no cabelo, ajeitar o punho da camisa, coçar o nariz, manipular objetos que não estão no contexto (como por exemplo apertar canetas ou dobrar papéis).
  • 13. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 13 Mr. SCHEKIERA 2- Barreiras verbais Vícios de linguagem como: “né”, “tá”, “então”, “ã”. Vocabulário inadequado com palavras de baixo calão, uso de gírias e termos técnicos que não são de conhecimento da plateia. Ironicamente, na maioria das vezes, essas barreiras são imperceptíveis ao apresentador. Assim, o treino diante do espelho e a filmagem da apresentação se tornam estratégias válidas para melhorar o desempenho do orador. Como lidar com participantes difíceis? Durante as apresentações, muitas vezes, o orador se depara com participantes hostis. Como lidar com essas pessoas?  Mantenha-se calmo, procure agir com cautela, sem demonstrar reações emocionais impetuosas. Os receptores valorizam o emissor quando percebem que este os respeita, compreende, demonstra sinceridade e senso de justiça, sem perder o controle da situação.  Evite mostrar-se superior aos demais; mantenha postura serena. É importante focar a atenção nas palavras que serão utilizadas e demostrar firmeza, a fim de transmitir credibilidade ao grupo.  Ruído faz mal para o ouvido ou para a voz?  O ruído é o conjunto de sons produzidos ao mesmo tempo em um determinado ambiente. Em locais de trabalho o ruído pode gerar incômodo, irritação e interferir negativamente na concentração das pessoas.  Quando o ruído de um ambiente é muito elevado, ele pode prejudicar o aparelho auditivo dos profissionais. Além disso, a voz também sofre prejuízos, pois em lugares barulhentos as pessoas tendem a falar mais alto e abusar da voz.  Falar em uma intensidade acima do usual força e agride as pregas vocais, podendo causar dores de garganta, rouquidão e, em casos mais extremos, a “perda da voz”.
  • 14. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 14 Mr. SCHEKIERA  Por isso, a diminuição do ruído no ambiente de trabalho garante a saúde auditiva e também a saúde vocal!  A importância do olhar nas apresentações  Um dos aspectos não verbais essenciais durante uma apresentação em público é o contato visual com os receptores.  Olhar para cima, para baixo, “para o horizonte” ou para a tela pode transmitir uma imagem de nervosismo, insegurança ou até mesmo de desconhecimento do assunto. Olhar fixamente para somente uma pessoa pode causar constrangimentos.  O ideal é distribuir o olhar igualmente entre todos os participantes, de forma natural e interativa. Assim, além de chamar e manter a atenção das pessoas, o apresentador consegue verificar a reação da plateia e obter um feedback sobre o andamento da apresentação.  Portanto, durante a apresentação, procure visualizar todos os presentes. Pergunte-se sempre: “Consigo ver a plateia?”   Hábitos prejudiciais para voz  Alguns hábitos são prejudiciais para a voz e devem ser evitados, principalmente nas situações em que as pessoas precisam falar por tempo prolongado, como durante uma apresentação em público.  Saiba o que deve ser evitado para manter a voz saudável:  - Ambientes com ar condicionado;  - Bebidas muito quentes ou muito frias;  - Mudanças bruscas de temperatura;  - Bebidas e alimentos derivados de leite;  - Pigarros;  - Bebidas alcoólicas;  - Pastilhas mentoladas;  - Cigarro;  - Gritos.  Se tomarmos esses cuidados no dia a dia, evitaremos esforço vocal e rouquidão.
  • 15. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 15 Mr. SCHEKIERA  Afinal, maçã faz bem para a voz?  Sim, é verdade. A maçã é um alimento que interfere positivamente na nossa voz.  Essa fruta é rica em pectina, substância que fornece ação adstringente e auxilia na “limpeza” da laringe e das pregas vocais, evitando o acúmulo de secreção (pigarro) nessa região.  Além disso, a consistência firme da maçã permite o aquecimento e o exercício dos músculos da boca durante os movimentos de mordida e mastigação.  Mas atenção: a maçã não deve ser confundida como “remédio” e consumida somente em caso de dores de garganta, rouquidão ou falhas na voz. A fruta deve ser ingerida constantemente e incorporada no dia a dia para garantir uma voz mais limpa e articulada.  Sim, é verdade. A maçã é um alimento que interfere positivamente na nossa voz.  Anote essa boa ideia: comer uma maçã antes das apresentações em público. A consistência firme da fruta permite o aquecimento e o exercício dos músculos da boca durante os movimentos de mordida e mastigação.
  • 16. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 16 Mr. SCHEKIERA COMO ELABORAR UMA APRESENTAÇÃO DE IMPACTO Para elaborar uma boa apresentação é preciso um planejamento criterioso, que vai desde a escolha do tema até a exposição do conteúdo para o público. Durante esse processo, alguns cuidados devem ser tomados: 1. Seleção das ideias Faça um brainstorming sobre o tema e depois selecione as principais ideias, colocando-as em uma ordem lógica, permitindo uma boa transição entre elas. 2. Elaboração do conteúdo teórico Prepare o que irá falar em cada momento, priorizando as ideias centrais. Seja claro, conciso, e ordene as ideias. Faça uma boa introdução e uma boa conclusão. 3. Seleção do conteúdo visual Escolha as ferramentas e recursos que serão utilizados, como por exemplo: Power Point, Prezi, KeyNote, Flip-Chart. Lembre- se de que as informações são melhor absorvidas quando transmitidas verbalmente e visualmente. 4. Performance do Apresentador Ensaie diversas vezes para adquirir segurança, considerando a comunicação verbal e não verbal: linguagem, postura, gestualização, distribuição do olhar. Cronometre seu tempo.
  • 17. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 17 Mr. SCHEKIERA DIA MUNDIAL DA VOZ Você sabia que a voz tem uma data comemorativa? No dia 16 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Voz. Por isso, profissionais como fonoaudiólogos e outros que trabalham com a voz aproveitam a data para promover ações e campanhas que alertem e conscientizem a população sobre cuidados vocais. Procure as atividades que serão realizadas na sua cidade e aproveite para aprender mais sobre a sua voz e sobre cuidados que podem ser praticados. Lembre-se que os cuidados com a voz devem ser colocados em prática todos os dias! Finalizando: a importância da conclusão Muitas pessoas dão importância somente à condução dos primeiros minutos da apresentação e se esquecem de que a conclusão deve ser igualmente relevante e envolvente. Bons oradores não deixam o nível de atenção da audiência cair e conseguem manter o interesse pela mensagem até o minuto final – mesmo nos assuntos mais densos. Por isso, prepare a sua conclusão com base nas seguintes etapas: 1. Revisão: é preciso dar sinais aos ouvintes de que a apresentação está no fim. Por isso, verbalize que está prestes a concluir a ideia e revise (em tópicos, de forma rápida) os principais pontos que foram abordados; 2. Fechamento: deixe uma mensagem final que atenda os objetivos iniciais da apresentação (citados na introdução). Se for o caso, aponte os próximos passos ou trabalhos futuros; 3. Perguntas: se for pertinente, abra espaço para perguntas. Durante a preparação da apresentação, antecipe os pontos que
  • 18. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 18 Mr. SCHEKIERA podem ser levantados neste momento e prepare possíveis respostas para evitar situações desconfortáveis ou delicadas; 4. Despedida: agradeça pela atenção e se despeça. Não finalize com frases vazias: “É isso”, “Era só o que eu tinha para dizer”, “Não sei se fui claro, mas termino aqui”, “Meu tempo acabou” etc. A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO DA ORATORIA PARA O CANDIDATOS A PLEITO POLITICO. A introdução de uma apresentação precisa ser elaborada e ensaiada com cuidado. Isso porque, se a mensagem não se mostrar interessante desde os primeiros minutos, dificilmente o público irá acompanhá-la até o fim. É essencial captar a atenção neste momento. Por isso, veja algumas dicas para realizar uma boa introdução: 1. Cumprimente o público: diga “bom dia/boa tarde”. Se for um ambiente “novo”, não se esqueça de se apresentar e agradecer os ouvintes pela presença; 2. Demonstre motivação e preparo: oradores “desanimados” ou que demonstrem certo despreparo vão passar uma imagem negativa. Por isso, desde o início, atente-se para seu tom de voz e suas expressões faciais. Demonstre entusiasmo e envolvimento com o assunto; 3. Não desvalorize sua apresentação: não use frases negativas como: “o assunto é muito difícil”, “não tive tempo de me preparar”, “vou improvisar”, “desculpem pela bagunça” etc. 4. Seja breve na introdução: inícios muito longos cansam e podem confundir tanto a plateia quanto o próprio orador. Por isso, seja direto e deixe claro qual é o objetivo da apresentação.
  • 19. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 19 Mr. SCHEKIERA 5. NÃO usar o Power Point. É possível? 6. O Power Point é o programa mais usado em apresentações em público. No entanto, muitas pessoas acabam ficando “dependentes” dessa ferramenta. 7. Um bom apresentador usa diferentes tipos de recursos, levando sempre em consideração o contexto da apresentação: público- alvo, local, duração e objetivo. 8. Da mesma “família” do Power Point, explore outros programas como Google Presentation (Google Docs) que oferecem ferramentas diferentes. Vídeos e áudios também podem ser úteis se a sua intenção for dar exemplos. 9. Além disso, o uso de folhetos, flip-chart, modelos ou objetos, aplicados de forma criativa durante a apresentação, facilitam o público a visualizar e reter as informações transmitidas. 10.Durante apresentações, explore todas as faces da mensagem e inove nos recursos visuais. RELAXAMENTO E ALONGAMENTO CERVICAL Exercícios de alongamento e relaxamento cervical ajudam no preparo da postura e da voz para apresentações em público. Por aliviar a tensão muscular nessa região, os exercícios ajudam a controlar o nervosismo e a aquecer a voz. Para relaxar a região cervical, realize os seguintes movimentos de pescoço e ombros (repetir cada exercício 10 vezes):  Incline o pescoço para os dois lados alternadamente e lentamente;  Rode o pescoço para os dois lados alternadamente e lentamente;  Incline o pescoço para frente e para trás alternadamente e lentamente;
  • 20. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 20 Mr. SCHEKIERA  Rode os ombros para frente e para trás;  Levante, segure e solte os ombros. Não se esqueça de realizar esses exercícios no máximo 10 minutos antes de sua apresentação para que eles tenham efeito! TENSÃO PRÉ-APRESENTAÇÃO CONTROLE DA RESPIRAÇÃO. Uma boa apresentação em público começa com uma boa respiração. Em momentos de tensão e nervosismo, é comum acelerarmos o ritmo da respiração, comprometendo a clareza da fala. Esse é mais um dos efeitos do aumento da adrenalina. Por isso, respire profunda e lentamente alguns minutos antes da apresentação para aliviar a tensão e eliminar o excesso de adrenalina do organismo. Esse exercício oxigena o cérebro, ajuda na concentração e faz com que o apresentador consiga “colocar as ideias no lugar”. O controle respiratório deve se manter durante a apresentação para evitar que a voz saia trêmula e embargada (saiba mais sobre como controlar a respiração aqui.) Por isso, atente-se à sua forma de respirar e aplique essas dicas. Uma respiração controlada garante tranquilidade e confiança.
  • 21. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 21 Mr. SCHEKIERA APRENDA A CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO Você sabia que o medo de falar em público só não é mais forte do que o medo de morrer? Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada pelo jornal inglês Sunday Times a partir de 3 mil entrevistas. É natural sentir certo desconforto ao falar diante de um grupo. Nessa situação, há aumento na liberação de adrenalina, como sinal de alerta para o organismo. Mas, se você estiver bem preparado, poderá transformar o nervosismo em energia positiva. Algumas estratégias podem ajudá-lo a se sentir mais seguro e confiante para transmitir a mensagem de maneira eficaz:  Acalme seus pensamentos e coloque foco na respiração;  Faça exercícios simples de relaxamento minutos antes de se apresentar;  Conheça bem o público;  Prepare e releia o material da apresentação com antecedência;
  • 22. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 22 Mr. SCHEKIERA  Grave sua apresentação, ouça e faça mudanças se for preciso;  Pense nas perguntas que podem surgir e antecipe as respostas;  Ensaie sua apresentação em frente ao espelho;  Pratique, pratique, pratique. Boa sorte! Higiene Vocal Somos extremamente dependentes da voz no ambiente profissional. Engana-se quem imagina que são só professores, cantores ou atendentes de telemarketing que a usam como instrumento de trabalho e que, portanto, são os únicos que devem tratá-la de maneira mais cuidadosa. Na sua rotina, por exemplo, você deve participar de reuniões e conferences call, fazer apresentações em público, negociar pessoalmente ou por telefone, orientar equipes, dar entrevistas à mídia, etc. Em qualquer uma dessas situações, a voz é usada. Mas só percebemos a importância desse instrumento de comunicação quando ele é afetado de alguma forma. A voz bem cuidada se torna muito mais atraente e cativa os ouvintes. Por isso, vale adquirir bons hábitos de higiene vocal e incorporá-los ao dia a dia, a fim de mantermos uma voz agradável e saudável. Controle da Respiração A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais durante a passagem de ar, que vem dos pulmões. Portanto, a boa voz começa com a boa respiração. Seguem alguns cuidados que devemos ter no momento de uma apresentação em público.
  • 23. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 23 Mr. SCHEKIERA Antes da apresentação  Respire profunda e lentamente alguns minutos, para aliviar a tensão;  Inspire pelo nariz profunda e lentamente. Dê uma pausa (6 segundos). Expire pelo nariz, suave e lentamente (de modo mais prolongado possível).  Inspire pelo nariz profunda e lentamente. Dê uma pausa (6 segundos). Expire pela boca emitindo um “A” sonoro.  Durante a apresentação  Evite inspirar exclusivamente pela boca ou pelo nariz. Use as duas vias, alternadamente;  Inspire de forma rápida e silenciosa;  Não fale frases muito longas sem respirar entre elas;  Não acelere muito o ritmo de fala, para não cansar ou sentir falta de ar. Alimentos cítricos ajudam a voz  Os alimentos cítricos ajudam na limpeza e hidratação das pregas vocais. Assim como a maçã, esses alimentos possuem ação adstringente, além de deixarem a saliva mais fina.  A acidez dos alimentos cítricos auxilia no processo de absorção do excesso de muco nas pregas vocais evitando, assim, aquela sensação de secreção acumulada na garganta. Na tentativa de desobstruir a garganta, muitas pessoas tossem ou pigarreiam com força, sem saber que estão prejudicando a saúde vocal.  Portanto, incorpore alimentos ou bebidas cítricas nas refeições que antecedem uma apresentação oral. Uma limonada ou um suco de laranja não muito gelados são uma boa pedida!
  • 24. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 24 Mr. SCHEKIERA Atenção olha a postura! A postura adequada além de transmitir uma imagem de credibilidade, segurança e autocontrole, ajuda na respiração e projeção de voz. Veja o que você deve fazer para que a postura não distraia a plateia e sim reforce as informações:  Coloque-se de frente para o público, sem tencionar ombros e pescoço;  Fique com a coluna ereta e os pés ligeiramente afastados para garantir equilíbrio;  Movimente-se com naturalidade, sem balançar o corpo de um lado para outro;  Evite pressionar uma mão contra a outra, colocar as mãos nos bolsos ou deixar os braços cruzados ou “soltos”;  Mantenha as mãos na altura da cintura, movimentando-as de forma a reforçar a mensagem. Pronunciando bem as palavras  Pronunciar bem as palavras significa expressar-se de modo claro, correto e preciso. A pronúncia depende do modo como a voz é articulada. Durante a fonação, a abertura da boca e da posição da língua dão forma às palavras e controlam o ritmo e a modulação.  Para que as palavras sejam articuladas claramente, tome os seguintes cuidados: • Não fale depressa; • Abra bem a boca, especialmente na pronúncia das vogais;
  • 25. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 25 Mr. SCHEKIERA • Faça pausas curtas entre frases; • Enfatize palavras que mereçam destaque; • Pronuncie todos os sons de uma frase (não omita parte das palavras); • Pratique a expressão verbal em frente do espelho. BREVIARIO DA PROPAGANDA ELEITORAL APRESENTAÇÃO Esta cartilha tem o objetivo de difundir entre os partidos políticos, candidatos e eleitores as regras sobre a propaganda eleitoral tendo em foco as eleições municipais 2016, principalmente no tocante ao que é permitido ou proibido, a fim de que ocorram menos infrações à legislação eleitoral. Observamos, contudo, que o conteúdo desta cartilha não possui valor legal, não estando o Tribunal Regional Eleitoral, diante do caso concreto, vinculado às soluções ou opiniões aqui apresentadas. PROPAGANDA ELEITORAL BASE LEGAL A propaganda eleitoral é regulamentada pela Lei nº 9.504/97, artigos 36 a 58-A, Código Eleitoral, arts. 240 a 243, 248, 249, 251, 255 e 256 e Resolução TSE nº 23.370/2011. FINALIDADE DA REGULAMENTAÇÃO DA PROPAGANDA ELEITORAL A propaganda eleitoral é regulamentada por lei para evitar o abuso do poder econômico e político por parte dos partidos políticos e candidatos. Se a propaganda eleitoral não tivesse limitações legais, os detentores do poder econômico ou político
  • 26. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 26 Mr. SCHEKIERA poderiam controlar os meios de comunicação social para influenciar indevidamente os eleitores. As limitações legais impostas na propaganda eleitoral visam, portanto, garantir a igualdade na disputa eleitoral. PROPAGANDA ELEITORAL BASE LEGAL FINALIDADE DA REGULAMENTAÇÃO DA PROPAGANDA ELEITORAL CONCEITO DE PROPAGANDA ELEITORAL A propaganda eleitoral é aquela que pode ser realizada pelos candidatos ou partidos políticos exclusivamente durante o período fixado em lei e que tem como objetivo conquistar os eleitores para angariar votos nas eleições que se aproximam. Em suma, a propaganda eleitoral é aquela realizada com o objetivo direto ou indireto (subliminar) de conquistar votos. A propaganda intrapartidária é aquela em que o postulante a cargo eletivo por determinado partido, pode fazer no período que antecede as convenções partidárias, objetivando atingir aos eleitores partidários e conseguir a escolha do seu nome nas convenções. Esse tipo de propaganda também é chamada de propaganda pré- convencional. A propaganda partidária ou pré-convencional é admitida nos 15 dias que antecedem as convenções partidárias (Lei 9.504/97, art. 36. § 1º; Resolução TSE, nº 22.370, art. 1º § 1º) Para a realização da propaganda intrapartidária a lei proíbe o uso do rádio, televisão, outdoor (Lei nº 9.504/97, art. 36, § 1º). Ainda, segundo entendimento do TSE, essa espécie de propaganda não pode ser veiculada pela internet. A propaganda intrapartidária fora de época ou que venha a caracterizar propaganda eleitoral antecipada, sujeitará o
  • 27. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 27 Mr. SCHEKIERA responsável, e até mesmo o beneficiário, a pagar a multa prevista no § 3º, do artigo 36, da Lei nº 9.504/97. O rito processual para aplicação dessa multa é o previsto no art. 96 da Lei nº 9.504/97. PROPANGA ELEITORAL PROPAGANDA INTRAPARTIDÁRIA Admite-se apenas que essa espécie de propaganda política seja feita próximo ao local onde será realizada a respectiva convenção, por meio de cartazes, faixas, volantes, e outros impressos. INÍCIO DA PROPAGANDA ELEITORAL PERMITIDA A propaganda eleitoral é permitida somente a partir de 6 de julho de 2012 (Lei 9.504/97, art. 36, caput; Resolução TSE 23.370, art. 1º, caput). PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA OU EXTEMPORÂNEA Considera-se propaganda eleitoral antecipada ou extemporânea aquela que é realizada antes do dia 6 de julho, com o objetivo direto ou indireto (subliminar) de conquistar votos. A propaganda eleitoral antecipada ou extemporânea é proibida, sujeitando o responsável pela sua veiculação, bem como o beneficiário da propaganda, quando provado o seu prévio conhecimento, à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maio (Lei 9.504/97, art. 36, § 3º).
  • 28. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 28 Mr. SCHEKIERA CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA IDENTIFICAR UMA PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA SUBLIMINAR Pode-se concluir que há propaganda eleitoral antecipada disfarçada ou subliminar nas seguintes situações: 1) Na mensagem há alusão a processo eleitoral, com menção a nome de pretenso candidato, eleição, cargo ou candidatura; 2) Há exaltação de qualidades pessoais, com o propósito de induzir o eleitor a concluir que o beneficiário é o melhor para o exercício daquele cargo ou função pública; 3) Há pedido de voto, ainda que implícito. SITUAÇÕES ATÍPICAS OU EXCEÇÕES LEGAIS À PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA Nos termos do art. 36-A, da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei 12.034/2009, não será considerada propaganda eleitoral antecipada: o A participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico;
  • 29. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 29 Mr. SCHEKIERA PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA OU EXTEMPORÂNEA CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA IDENTIFICAR UMA PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA SUBLIMINAR Pode-se concluir que há propaganda eleitoral antecipada disfarçada ou subliminar nas seguintes situações: 1) Na mensagem há alusão a processo eleitoral, com menção a nome de pretenso candidato, eleição, cargo ou candidatura; 2) Há exaltação de qualidades pessoais, com o propósito de induzir o eleitor a concluir que o beneficiário é o melhor para o exercício daquele cargo ou função pública; 3) Há pedido de voto, ainda que implícito. SITUAÇÕES ATÍPICAS OU EXCEÇÕES LEGAIS À PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA Nos termos do art. 36-A, da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei 12.034/2009, não será considerada propaganda eleitoral antecipada: o A participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; A realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, planos de governos ou alianças partidárias visando às eleições; o A realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos
  • 30. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 30 Mr. SCHEKIERA instrumentos de comunicação intrapartidária; ou o A divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se mencione a possível candidatura, ou se faça pedido de votos ou de apoio eleitoral IMPORTÂNCIA DA PROPAGANDA ELEITORAL A propaganda eleitoral é a oportunidade que o eleitor tem de conhecer os candidatos e as suas ideias e estes de falarem sobre as suas propostas e como planejam concretizá-las, demostrando que são uma boa escolha para representá-lo na Prefeitura e na Câmara de Vereadores. DO CONTROLE DA PROPAGANDA ELEITORAL A propaganda eleitoral submete-se ao controle da Justiça Eleitoral, à qual cabe exercer a fiscalização e aplicar, se for o caso, as medidas punitivas para coibir as ilicitudes e abusos cometidos. O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (Lei nº 9.504/97, art. 41, § 1º). Nos termos do art. 41, § 2º, da Lei nº 9.504/97, o poder de polícia se restringe às providências necessárias para inibir práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na internet. REQUISITOS GERAIS DA PROPAGANDA ELEITORAL A propaganda eleitoral qualquer que seja a sua forma ou modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só poderá ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais (Código
  • 31. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 31 Mr. SCHEKIERA Eleitoral, art. 242, caput; Resolução TSE nº 23.370, art. 5º). A propaganda só poderá ser feita em língua nacional (Resolução TSE nº 23.370, art. 5º). Sem prejuízo do processo e das penas cominadas, a Justiça Eleitoral adotará medidas para fazer impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada com infração das regras mencionadas acima (Código Eleitoral, art. 242, parágrafo único). Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob a sua denominação, as legendas de todos os partidos políticos que a integram; na propaganda para eleição proporcional, cada partido político usará apenas a sua legenda sob o nome da coligação (Lei nº 9.504/97, art.6º, § 2º). Excepcionalmente nas inserções de 15” da propaganda gratuita no rádio para eleição majoritária, a propaganda deverá ser identificada pelo nome da coligação e do partido do candidato, dispensada a identificação dos demais partidos que integram a coligação. (Resolução TSE nº 23.137, art. 6º, § 1º). A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político (Lei nº 9.504/97, art. 6º, § 1º-A; Resolução TSE nº 23.370, art. 6º, § 2º). Na propaganda dos candidatos a Prefeito deverá constar, também, o nome do candidato a Vice-Prefeito, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 10% (dez por cento) do nome do titular (Lei nº 9.504/97, art. 36, § 4º). DA PROPAGANDA NÃO TOLERADA Segundo o art. 243 do Código Eleitoral, combinado com o art. 13, da Resolução TSE 23.370, não será tolerada a propaganda: o de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social, ou de preconceitos de raça ou de classes; o que provoque animosidade entre as Forças Armadas
  • 32. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 32 Mr. SCHEKIERA ou contra elas, ou delas contra as classes e as instituições civis; o de incitamento de atentado contra pessoa ou bens; o de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública; o que implique oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza; o que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; o por meio de impressos ou de objeto que pessoa, inexperiente ou rústica, possa confundir com moeda; o que prejudique a higiene e a estética urbana; o que caluniar, difamar ou injuriar qualquer pessoa, bem como atingir órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública; o que desrespeite os símbolos nacionais. DAS FORMAS PERMITIDAS E PROIBIDAS DE PROPAGANDA ELEITORAL Distribuição de folhetos, volantes e outros impressos (“santinhos”) PERMITIDO A distribuição de folhetos, volantes e outros impressos não depende de licença municipal ou autorização da justiça eleitoral. A distribuição de folhetos, volantes e impressos só é admitida até às 22 horas da véspera da eleição (Resolução TSE nº 23.370, art. 9º, § 6º). Todo material impresso de propaganda eleitoral deverá conter o CNPJ ou CPF do responsável pela confecção e daquele que contratou, bem como a respectiva tiragem (Lei 9.504/97, art. 38, § 1º; Resolução TSE nº 23.370, art. 12, parágrafo único). Na hipótese de o material impresso veicular propaganda conjunta de diversos candidatos – Exemplo: candidatos a Prefeito e a Vereador, os gastos
  • 33. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 33 Mr. SCHEKIERA relativos a cada um deles deverão constar na respectiva prestação de contas, ou somente naquela relativa ao que houver arcado com os custos (Lei nº 9.504/97, art. 38, § 2º). Se inobservadas essas exigências legais, o infrator responderá pelo emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso do poder (Resolução TSE nº 23.370, art. 12, parágrafo único). PROIBIDO Distribuir folhetos, volantes e outros impressos em órgãos públicos ou em bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público ou em bens de uso comum do povo. FAIXAS, CARTAZES, PLACAS, ESTANDARTES, PINTURAS, INSCRIÇÕES E ASSEMELHADOS PERMITIDO Em bens particulares, independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral por meio da fixação de faixas, placas, cartazes, estandartes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a 4m² (quatro metros quadrados) e que não contrariem a legislação eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 2º). A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 8º).
  • 34. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 34 Mr. SCHEKIERA ADESIVOS E/OU PLOTAGEM DE VEÍCULOS O uso de adesivos e a plotagem de veículos particulares com propaganda eleitoral é permitida desde que não ultrapasse os 4m² e/ou não configure um outdoor ambulante PROIBIDO É proibido veicular propaganda eleitoral através de faixas, placas, cartazes, estandartes, pinturas, inscrições, adesivos e assemelhados cuja dimensão total ultrapasse os 4m² (quatro metros quadrados). Também é vedada a veiculação dessa propaganda eleitoral nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder Público (Exemplos: Ônibus coletivo, táxi, bancas de revistas etc.), ou que a ele pertençam (Exemplos: veículos oficiais, fachadas e tapumes de prédios ou obras públicas etc.) e nos bens particulares de uso comum do povo (Exemplos: Cinemas, Teatros, Estádios, Bares, Restaurantes, Estabelecimentos Comerciais etc.), inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, ainda que não cause dano (Lei nº 9.504/97, art. 37). A inobservância dessas exigências legais, sujeita o responsável à multa no valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 (Lei nº 9.504/97, art. 37, §§ 1º e 2º). JUSTAPOSIÇÃO DE PLACAS, CARTAZES, FAIXAS e PINTURAS A justaposição de placas, cartazes, faixas ou pinturas inferiores a 4m² que, no conjunto (somadas), excedam ao limite legal, também é considerada propaganda irregular, ainda que se observe um distanciamento visível ao eleitor.
  • 35. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 35 Mr. SCHEKIERA FAIXAS, PLACAS, CARTAZES, PINTURAS E INSCRIÇÕES DE PROPAGANDA ELEITORAL NAS SEDES DE COMITÊS ELEITORAIS A Resolução TSE nº 23.370, no seu art. 9º, I e II, dispõe que: “Art. 9º É assegurado aos partidos políticos e às coligações o direito de, independentemente de licença da autoridade pública e do pagamento de qualquer contribuição (Código Eleitoral, art. 244, I e II, e Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º e § 5º): I – fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o nome que os designe, pela forma que melhor lhes parecer; II – fazer inscrever, na fachada dos seus comitês e demais unidades, o nome que os designe, da coligação ou do candidato, respeitado o tamanho máximo de 4m²”. BENS TOMBADOS A propaganda eleitoral realizada em bem particular tombado equipara-se a propaganda proibida em bem público, sujeitando o responsável às sanções previstas na legislação eleitoral. PROPAGANDA ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS OU QUE DEPENDAM DE CESSÃO OU PERMISSÃO DO PODER PÚBLICO, E NOS BENS DE USO COMUM PROIBIDO Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta,
  • 36. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 36 Mr. SCHEKIERA fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados (Lei nº 9.504/97, art. 37, caput). Também é proibida a veiculação de propaganda eleitoral mediante distribuição de panfletos, santinhos etc., nas dependências internas dos órgãos e repartições públicos, exceto nas dependências do Poder Legislativo cuja veiculação de propaganda eleitoral ficará a critério da respectiva Mesa Diretora (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 3º). A veiculação de propaganda em desacordo com as regras acima dispostas sujeita o responsável, após notificação e comprovação, à restauração do bem e, caso não cumprida no prazo, a multa no valor de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00 (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 1º). PROPAGANDA ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS OU QUE DEPENDAM DE CESSÃO OU PERMISSÃO DO PODER PÚBLICO, E NOS BENS DE USO COMUM Nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios de obras públicas, também não é permitida a colocação de propaganda eleitoral de qualquer natureza, mesmo que não lhes cause dano (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 5º). PERMITIDO É permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, bandeiras e mesas para distribuição de material de campanha ao longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 6º).
  • 37. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 37 Mr. SCHEKIERA A mobilidade acima referida estará caracterizada com a colocação e a retirada desses meios de propaganda entre as 6 horas e as 22 horas (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 7º). Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral ficará a critério da Mesa Diretora (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 3º). OUTDOOR PROIBIDO É vedada a propaganda eleitoral por meio de outdoors, independentemente de sua destinação ou exploração comercial (Lei 9.504/1997, art. 39, § 8°). A veiculação de propaganda eleitoral por meio de outdoor sujeita a empresa responsável, os partidos, as coligações e os candidatos à imediata retirada da propaganda irregular, bem como ao pagamento de multa (Lei 9.504/1997, art. 39, §8°). COMÍCIO PERMITIDO Em regra, os comícios são permitidos entre as 8 e 24 horas (Lei 9.504/97, art. 39, §4°). A realização de comício não depende de licença da polícia. Deverá apenas o candidato, partido ou coligação promotora do ato comunicar à autoridade policial em, no mínimo, 24 horas antes da realização do comício, a fim de que esta lhe assegure, segundo a prioridade do aviso, o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário, assim como tome as providências necessárias à garantia da realização do ato e ao
  • 38. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 38 Mr. SCHEKIERA funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar (Lei 9.504/97, art. 39, §§ 1º e 2º). Não havendo local anteriormente fixado para a celebração de comício, ou sendo impossível ou difícil nele realizar-se, ou havendo pedido para designação de outro local, a comunicação será feita com antecedência mínima de 72 horas (Código Eleitoral, art. 245 § 2°). UTILIZAÇÃO DE APARELHAGEM DE SOM FIXA NOS COMÍCIOS Permite-se a utilização de aparelhagem de som fixa nos comícios, no horário das 8h às 24h (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 4º). UTILIZAÇÃO DE TRIO ELÉTRICO NOS COMÍCIOS É permitida a utilização de trio elétrico para sonorização dos comícios (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 10). O trio elétrico não pode, contudo, ser utilizado como instrumento para entreter ou animar os eleitores com a apresentação de show artístico ou musical, sob pena de configurar showmício. UTILIZAÇÃO DE TELÃO NOS COMÍCIOS Permite-se a utilização de telão nos comícios com a finalidade de divulgar propaganda eleitoral ou transmitir o respectivo evento. O telão não pode ser utilizado, todavia, para veicular shows artísticos, ainda que gravados, sob pena de configurar showmício (Nesse sentido: TSE, Consulta 1261).
  • 39. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 39 Mr. SCHEKIERA SHOWMÍCIO PROIBIDO É proibida a realização de showmícios e de eventos assemelhados, assim como a apresentação de artistas, ainda que de forma gratuita, para animar comício ou reunião eleitoral ou para promoção de candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 7º). ALTO FALANTES, AMPLIFICADORES OU CARROS DE SOM PERMITIDO É permitida a propaganda eleitoral por meio de alto falantes, amplificadores ou carros de som, no horário compreendido das 8h às 22h, independentemente de licença da autoridade pública ou do pagamento de qualquer contribuição, respeitada a legislação comum sobre limites de volume sonoro (Lei 9.504/97, art. 39, §§ 3° e 9º). A circulação de carro de som é permitida até as 22h da véspera da eleição, desde que os microfones não sejam empregados para transformar o ato em comício. PROIBIDO Proíbe-se a instalação e o uso de alto-falantes ou amplificadores de som em distância inferior a 200 (duzentos) metros:  das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das sedes dos órgãos judiciais;  dos quartéis e de outros estabelecimentos militares;  dos hospitais e casas de saúde;  das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º, I a III, CE, arts. 222 e 237).
  • 40. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 40 Mr. SCHEKIERA UTILIZAÇÃO DE TRIOS ELÉTRICOS O art. 39, § 10, da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei nº 12.034/09, prescreve o seguinte: ”Fica vedada a utilização de trios elétricos em campanhas eleitorais, exceto para a sonorização de comícios.” CARREATAS, CAMINHADAS, PASSEATAS E ASSEMELHADOS Carreatas, caminhadas, passeatas e eventos assemelhados são permitidos até às 22h do dia que antecede a eleição (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 9º). PROPAGANDA PAGA NA IMPRENSA ESCRITA E VIRTUAL (ANÚNCIOS EM JORNAIS E REVISTAS IMPRESSOS E SUA REPRODUÇÃO NO JORNAL VIRTUAL) PERMITIDO Permitida a divulgação paga de anúncios na imprensa escrita e a sua reprodução na internet do jornal impresso, a partir de 6 de julho até a antevéspera das eleições (Lei 9.504/97, art. 43). Só podem ser divulgados no máximo 10 anúncios por veículo, em datas diversas, para cada candidato (Lei 9.504, art. 43). O tamanho do anúncio não pode ser superior a 1/8 de página de jornal padrão e 1/4 de página de revista (Lei 9.504, art. 43) O anúncio deve conter, de forma legível, o valor pago pela propaganda (Lei 9.504, art. 43, § 1º) A inobservância dessas regras sujeita os responsáveis pelo veículo de divulgação e os partidos, coligações e candidatos beneficiados a multa no valor de R$ 1.000,00 a 10.000,00 ou o equivalente da divulgação da propaganda paga, se este for maior (Lei 9.504, art. 43, § 2º).
  • 41. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 41 Mr. SCHEKIERA PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA NO RÁDIO E TELEVISÃO PERMITIDA A propaganda eleitoral no rádio e TV, restringe-se ao horário eleitoral gratuito (Lei nº 9.504/97, art. 44), e nas eleições municipais de 2012 terá início em 21 de agosto e término no dia 4 de outubro (Resolução TSE nº 23.370/11, art. 34). Se houver 2° turno, a propaganda eleitoral no rádio e na televisão terá início 48 horas após a proclamação dos resultados do primeiro turno e terminará na antevéspera da eleição (Resolução TSE nº 23.370/11, art. 36). REGRAS IMPORTANTES NA PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA O horário eleitoral gratuito não pode ser utilizado para propaganda comercial, nem promover marca ou produto, ainda que de forma subliminar (Lei 9.504/97, art. 44, §2°) Na propaganda eleitoral gratuita veiculada na TV os partidos, coligações e candidatos deverão utilizar a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) ou o recurso de legenda (Lei 9.504/97, art. 44, § 1°). Durante toda transmissão pela TV a propaganda deve ser identificada pela legenda “Propaganda Eleitoral Gratuita” e pelo “Município” a que se refere (Resolução TSE nº 23.370, art. 46). Não é permitida a participação de qualquer pessoa mediante remuneração (Lei 9.504/97, art. 54, caput). Também não é permitida a participação de pessoas filiadas a outros partidos ou coligações, salvo no segundo turno se houver formalizado o apoio (Lei 9.504/97, art. 54, parágrafo único). É vedada a utilização da propaganda de candidaturas proporcionais como propaganda de candidaturas majoritárias e
  • 42. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 42 Mr. SCHEKIERA vice-versa (Lei 9.504/97, art. 53-A, §2°). Admite-se apenas a inserção de depoimento apoiando o candidato, desde que o depoimento consista em pedido de voto ao candidato que cedeu o tempo, bem como é admitida a utilização de legenda com referência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de cartazes ou fotografias (Lei 9.504/97, 53-A, § 1º) É proibida, ainda, a exposição de propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujeitando-se o partido político ou a coligação infratores à perda do direito à veiculação de propaganda no horário eleitoral gratuito do dia seguinte ao da decisão (Lei nº 9.504/97, art. 53, § 1º, Resolução TSE nº 23.370/11, art. 42, § 1°). Havendo 2° turno, não será permitida, na propaganda eleitoral gratuita, a participação de filiados a partidos políticos que tenham formalizado apoio a outros candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 54, § único). PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNET PERMITIDA É permitida a propaganda eleitoral na internet após o dia 5 de julho de 2012 (Lei 9.504/97, art. 57-A). A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes formas:  Em sítio do candidato, do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País;  Por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação;  Por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e assemelhados (Lei 9.504/97, art. 57- B, I a IV). As mensagens eletrônicas enviadas pelos partidos, coligações e candidatos devem dispor de mecanismo que
  • 43. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 43 Mr. SCHEKIERA permita seu descadastramento pelo destinatário, o qual deve ser providenciado no prazo de 48. Se for enviada nova mensagem após esse prazo o remetente estará sujeito à multa de R$ 100,00 por cada mensagem (Lei nº 9.504/97, art. 57-G). PROIBIDO É vedada, na internet, a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga (Lei nº 9.504/97, art. 57-C), exceto a reprodução de anúncio pago veiculado em jornal impresso do mesmo veículo de comunicação (Lei 9.504/97, art. 43). É proibida, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral na internet:  Em sítios de pessoas jurídicas (com ou sem fins lucrativos);  Em sítios oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Lei nº 9.504/97, art. 57-C, § 1º, I e II). É vedado o anonimato por meio da internet (Lei nº 9.504/97, art. 57-D). É proibida a venda de cadastro de endereços eletrônicos (Lei 9.504/97, art. 57-E, § 1º). A violação das vedações acima sujeita o responsável pela divulgação e, quando comprovado o seu prévio conhecimento, o beneficiário, à multa de R$ 5.000,00 a 30.000,00. O provedor de internet também pode ser penalizado se no prazo determinado pela Justiça Eleitoral não tomar as providências para a cessação da propaganda irregular. DEBATES PERMITIDO Antes do dia 6 de julho os pré-candidatos poderão participar de entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de
  • 44. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 44 Mr. SCHEKIERA plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido de votos e seja observado tratamento isonômico pelas emissoras de rádio e de televisão (Lei nº 9.504/97, art. 36-A, I). Os debates, transmitidos por emissora de rádio ou televisão, serão realizados com base em acordo celebrado entre os partidos políticos e a pessoa jurídica interessada na realização do evento, dando-se ciência à Justiça Eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 46, § 4º). Para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas aprovadas as regras que obtiverem a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos no caso de eleição majoritária, e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos partidos ou coligações com candidatos aptos, no caso de eleição proporcional. Não havendo acordo, os debates obedecerão às seguintes regras:  Nas eleições majoritárias, os debates poderão ser feitos em conjunto (todos os candidatos) ou em grupos (no mínimo 3 candidatos).  Nas eleições proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos os partidos políticos e coligações a um mesmo cargo eletivo, podendo desdobrar-se em mais de um dia;  A escolha do dia e da ordem de fala de cada candidato será feita mediante sorteio (Lei nº 9.504/97, art. 46, I a III). Assegura-se, nos debates, a participação de candidatos dos partidos políticos com representação na Câmara dos Deputados (considerada a representação resultante da última eleição), sendo facultada a participação dos demais (Lei 9.504/97, art. 46). O debate poderá ser realizado sem a presença de candidato de algum partido político ou coligação, desde que o veículo de comunicação tenha feito o convite com a antecedência mínima de 72 horas Lei 9.504/97, art. 46 § 1°). Se apenas um candidato comparecer, o debate poderá ser
  • 45. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 45 Mr. SCHEKIERA utilizado para entrevista do respectivo candidato (Resolução TSE nº 23.370/11, art. 30, III). PROIBIDO É vedada a presença de um mesmo candidato à eleição proporcional em mais de um debate da mesma emissora (Lei nº 9.504/97, art. 46, §2°). No 1° turno, o debate não poderá ultrapassar as 7 horas do dia 5 de outubro de 2012 e, no caso de 2° turno, não poderá ultrapassar o horário de meia-noite do dia 26 de outubro de 2012 (Resolução TSE nº 23.370/11, art. 30, IV). 20 O descumprimento das normas sobre os debates sujeita a empresa infratora à suspensão, por 24 horas, da sua programação, com a transmissão, a cada 15 minutos, da informação de que se encontra fora do ar por desobediência à legislação eleitoral (Lei 9.504/197, arts. 46, § 3° e 56, §§ 1° e 2°). DISTRIBUIÇÃO DE BRINDES PROIBIDO São vedadas na campanha eleitoral a confecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com a sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor, respondendo o infrator, conforme o caso, pela prática de captação ilícita de sufrágio, emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso de poder (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 6º, Código Eleitoral, arts. 222 e 237, e Lei Complementar nº 64/90, art. 22).
  • 46. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 46 Mr. SCHEKIERA CONDUTAS VEDADAS ÀS EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO A partir de 1º de julho de 2012, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário (Resolução TSE nº 23.370/11, art. 27,I a V):  Transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;  Veicular propaganda política, salvo no horário eleitoral gratuito;  Dar tratamento privilegiado a candidato, partido político ou coligação; veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos; Divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou o nome por ele indicado para uso na urna eletrônica, e, sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro. As emissoras também não podem transmitir programa apresentado ou comentado pelos candidatos a partir da escolha do seu nome em convenção (Lei nº 9.504/1997, art. 45, §1°). O descumprimento dessas regras sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00, duplicada em caso de reincidência, sem prejuízo da suspensão da sua programação (Lei 9.504/197, arts. 45, § 2°; Resolução TSE nº 23.370/11, art. 27, § 2°).
  • 47. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 47 Mr. SCHEKIERA PROPAGANDA ELEITORAL NA ANTEVÉSPERA DA ELEIÇÃO PERMITIDA É permitida até a antevéspera da eleição:  A divulgação paga de anúncio de propaganda eleitoral, na imprensa escrita (Lei nº 9.504/97, art. 43; Resolução TSE nº 23.370, art. 26);  A reprodução das páginas do jornal impresso na internet, observadas as formalidades legais (Resolução TSE nº 23.370, art. 26, § 5°). PROIBIDA São proibidos, desde 48 horas antes até 24 horas depois da eleição:  Propaganda política no rádio ou na televisão, ressalvada a propaganda eleitoral, veiculada gratuitamente na internet, nos meios eletrônicos de comunicação do candidato, ou no sítio do partido ou coligação (Resolução TSE nº 23.370, art. 3°, parágrafo único; Código Eleitoral, art. 240, parágrafo único) ;  Comícios ou reuniões públicas (Resolução TSE nº 23.370, art. 3°, caput). PROPAGANDA ELEITORAL NA VÉSPERA DA ELEIÇÃO PERMITIDO Até as 22 (vinte e duas) horas da véspera da eleição é permitida (Lei 9.504/97, art. 39, § 9º; Resolução TSE nº 23.370/11, art. 9°, § 6°):  A distribuição de material gráfico;  Realização de caminhada, carreata, passeata e eventos assemelhados;  Utilização de carro de som.
  • 48. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 48 Mr. SCHEKIERA PROPAGANDA ELEITORAL NO DIA DA ELEIÇÃO PERMITIDO É permitida, no dia da eleição a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos (Lei nº 9.504/97, art. 39-A). PROIBIDO São proibidos, no dia da eleição:  A aglomeração de pessoas portando vestuário padronizado, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos, até o término do horário de votação (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 1º).  O uso, no recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras, por parte dos servidores da Justiça Eleitoral, dos mesários e dos escrutinadores, de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 2º); A padronização do vestuário dos fiscais partidários, nos trabalhos de votação e a utilização de crachás com informações que excedam o nome e a sigla do partido político ou coligação a que sirvam (Lei nº 9.504/97, art. 39-A, § 3º). Constituem crimes, no dia da eleição (Código Eleitoral, arts. 239, 299, 331, 332, 334, 335, 337; Lei 9.504/97, art. 39, § 5º, 40, 41; Resolução TSE nº 23.370, arts. 54 a 67): I – o uso de alto-falantes e amplificadores de som; II - a promoção de comício ou carreata; III – a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; IV - a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos; V - o uso, na propaganda eleitoral, de símbolos,
  • 49. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 49 Mr. SCHEKIERA frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de governo, empresa pública ou sociedade de economia mista; VI - divulgar, na propaganda, fatos que se sabem inverídicos, em relação a partidos ou a candidatos, capazes de exercerem influência perante o eleitorado; VII – caluniar, difamar o injuriar alguém, na propaganda eleitoral ou para fins de propaganda; VIII - inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda devidamente empregado; IX - impedir o exercício de propaganda; X. utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, punível esse crime com detenção e cassação do registro, se o responsável for candidato; XI - fazer propaganda em língua estrangeira; XII - participar o estrangeiro ou brasileiro que não estiver no gozo dos seus direitos políticos de atividades partidárias e atos de propaganda em recintos fechados ou abertos; XII - não assegurar o funcionário postal a prioridade postal durante os 60 dias anteriores à eleição, para remessa de material de propaganda de seus candidatos registrados; XIII - dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção.
  • 50. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 50 Mr. SCHEKIERA DICAS DE ORATÓRIA- DESABAFO DE UM POLITICO CONFIRA O DISCURSO CORAJOSO E EMOCIONADO DE UM VEREADOR SOBRE NA POLÍTICA O nome do personagem é fictícios, mas o acontecimento foi realidade. --“Muitas vezes eu subi nessa tribuna e afirmei: “eu tenho nojo dessa política! Eu tenho asco!”. Alguns colegas não tiveram a interpretação correta dessa expressão e alegaram maldosamente, tanto em Plenário quanto pelas ruas, que eu deveria sair da Política, pois estava cuspindo no prato em que comia. --Para esclarecer essa questão de uma vez por todas, eu gostaria de me pronunciar. Eu tive a sorte de poder conhecer grande parte do Brasil e do mundo. Durante esse percurso, também tive a sorte de ajudar milhares de pessoas, doando alimentos que arrecadava em eventos esportivos beneficentes. Por essas iniciativas, cheguei a receber uma carta de reconhecimento da Organização das Nações Unidas, a ONU. Conheci e convivi com todo tipo de gente, de diferentes regiões e países. Partilhei de suas experiências de vida, seus costumes e, principalmente, seus sonhos! Na imensa maioria dos lugares, eram pessoas humildes, muito simples, porém, riquíssimas! Sabiam conviver em comunidade, acolher o próximo, amar o lugar em que viviam e a família. Mesmo estando em situações extremas de pobreza e miséria.
  • 51. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 51 Mr. SCHEKIERA Aprendi muito durante todo esse tempo que viajei e refleti anos me perguntando: “o que eu posso fazer para ajudar essas pessoas?”. Já estava arrecadando e distribuindo alimentos há algum tempo, mas ainda faltava algo. Eu estava em busca de um grande sonho: trabalhar para combater a desigualdade entre os seres humanos. Ao lado desse sonho, caminhando rumo ao meu destino, acabei sendo convidado para entrar na Política e tive o privilégio de me eleger como Vereador da cidade de São Paulo. Quando entrei para a vida pública achei que seria o melhor caminho para continuar ajudando as pessoas. Imaginei inúmeras possibilidades, mas nunca tinha pensado que seria tão egoísta, tão mesquinho, o dia-a-dia da Política local. Pessoas que se vestem de autoridades para beneficiar a si mesmo. Políticos que trocam pontos de luz por votos em projetos de lei, que beneficiam apenas interesses escusos da Administração. Partidos que se vendem como sapatos nas lojas da praça, para qualquer um, a qualquer hora e ficam em promoção no período que antecede as eleições. O apelo cruel do político manipulador ao trabalhador desempregado, comprando votos por uma cesta básica ou duas notas de cinquenta, servindo a população como assistente social, fazendo as vezes do serviço público ineficiente. Eu me refiro a esse tipo de Política quando digo que tenho nojo! Não a política, como ciência, como meio de transformação social. Estes, que pedem para que eu saia, são os mais interessados em se perpetuar no poder, pelo simples prazer de jogar, com as
  • 52. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 52 Mr. SCHEKIERA necessidades da população e ditar as regras, administrando a cidade como sua propriedade particular. Por essas e outras, acredito que devo continuar a trilhar meu caminho na Política, porque ainda falta realizar alguns sonhos que tenho para o ser humano da nossa cidade e enfrentar os que usam as mazelas da população para enriquecer. Enquanto muitos dizem amém, eu resolvi criticar esse modelo atual de Administração! Não por falta de projetos, pois qualquer cidadão pode ver que apresentei inúmeras propostas, algumas vetadas pelo Executivo, outras rejeitadas por essa casa de leis. Projetos de Lei que beneficiariam toda a população da cidade! Também não foi por falta de diálogo, pois tentei desde o primeiro dia do meu mandato conversar com a Administração sobre verbas federais e iniciativas em favor do esporte, da saúde, do trânsito, entre outras questões. Mas fui convidado a dançar no “Baile das Cadeiras” e vender meu voto a um projeto de Lei do Executivo, em troca da construção de uma pista pública para a prática de bicicross. Quando vi que a conversa era essa, decidi que não queria mais conversar. Hoje, sinto que temos a oportunidade de mudar os rumos da nossa política. Em breve, haverá eleições municipais e temos diversas pessoas comprometidas a socorrer CIDADES deste tipo de Política. Alguns, homens e mulheres que desejam o melhor para as nossas cidades e, muitos, candidatos que visam apenas o próprio umbigo. A população saberá votar. Novos candidatos e políticos devem apoiar o lado da renovação, do desenvolvimento, da saúde, do esporte, da educação, da cultura.
  • 53. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 53 Mr. SCHEKIERA E, deixo um recado aos meus adversários: Não adianta tentar distorcer os fatos, promover mentiras para a população e acordos por debaixo do pano para me derrotar. “Aqueles que querem ver pessoas serias fora da política, em breve não irão mais vencer, o povo brasileiro esta esperto e honestamente, vai resolver nas urnas!" Muda Brasil!
  • 54. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 54 Mr. SCHEKIERA FRASES UTILIZADAS POR CANDIDATOS Para o deleite de todos, aqui vai minha coleção pessoal de pérolas recolhidas durante campanhas políticas. É tudo verdade. Eu vi e ouvi. Números Desde que resolveram adotar as urnas eletrônicas, os eleitores são obrigados a votar pelo número. Os candidatos logo perceberam que seria necessário fazer alguma coisa para fixar o número na cabeça dos eleitores. Alguns optam pela repetição (“digite 56!”); outros inventam rimas ridículas; e outros são mais criativos… James Taylor Vote 45654, o número que vai e volta. James Taylor, candidato a vereador, PPP, London , 01000. Justo Junior Você pode contar: 45678. Justo Junior candidato a vereador, DBT, London , 01111. 45123 Vote em quem sempre lutou por vocês, 45123. Rose Mary 36666, projetos prontos para vocês.
  • 55. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 55 Mr. SCHEKIERA Rose Mary candidata a vereadora, PPP, New York, 02500. Rubão Reporter O candidato faz um discurso no estilo “Aqui Agora”, se apresenta (Rubão reporter, do programa Reporter em Ação”) e termina dizendo seu número: 14171. Rubão Reporter, candidato a vereador, TTB, Fenícia, 02222. Jorge Pontual Deputado bom é Pontual. Não vote afoito, vote 4578. Jorge Pontual, candidato a deputado federal, PSPP, Bagé; Fabio Esperto Vote 45300. Esperto! Fabio Esperto, candidato a vereador, BDB, Porto, Sengés 02008. . Bernardo Wendel É só apertar no “5” até aparecer minha foto. Bernardo Wendel, número 55555, candidato a vereador, PPP, Pouso Alegre, 02012. Elegeu-se com 7.386 votos (0,98% dos votos válidos) a cidade e o nome do candidato são fictícios mas e a realidade na ultima eleição a sua vitória no Rio Grande do Sul.. Ridículo Slogans pavorosos, atuações teatrais, caras de pau… Termina com seu slogan:
  • 56. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 56 Mr. SCHEKIERA Nei Pereira Começa com o narrador: “Conheça agora o candidato do PPP…” O candidato inicia com um discurso “normal”, mas no final larga duas bombas seguidas: Não é 1,99, é 19999. Não faça besteira, vote Nei Pereira. Nei Pereira, candidato a vereador, PPP, Altamira , 02000. Zezé Tudo começou com um inocente slogan: “Vá de frente, não vá de ré, vote no Zezé” Mas no programa seguinte ele exagerou: durante o discurso passou uma pessoa fantasiada de zebra correndo por trás do Zezé. Pouco depois, passou de novo. E o Zezé: Vote na Zebra! Vá de frente, não vá de ré, vote no Zezé Zezé, candidato a vereador, PFL, Porto Alegre, 02000. Algum candidato a vereador O candidato começa seu discurso: Quando alguma coisa não funciona na sua casa você troca. Na política é a mesma coisa. Vote novo! Então ele mostra um bonequinho dos Teletubbies, que fala: De nooovo! De nooovo! Tinky Winky (ou era o Dipsy?), em nome de algum candidato a vereador, São Luis, 02000.
  • 57. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 57 Mr. SCHEKIERA ESTRATÉGIA ELEITORAL Quem concorre precisa ter uma..... Não espere bons resultados de uma campanha eleitoral feita ao acaso, improvisada e do jeito antigo, sem pesquisa, sem planejamento, sem profissionais especializados e sem produção de alta qualidade. A campanha moderna requer informações confiáveis para um bom diagnóstico, inteligência competitiva, foco e um posicionamento estratégico eficaz. Muitas pessoas confundem marketing com propaganda. Acham que fazer campanha eleitoral é a mesma coisa que fazer publicidade de detergente. Puro engano! No marketing comercial, os produtos de consumo são mais fáceis de serem vendidos. Todos nós temos a necessidade de consumir leite, arroz, feijão, produtos de beleza, higiene pessoal e de limpeza. O consumidor vai ao mercado e já sabe os produtos que quer levar, apenas escolhe a marca. No marketing eleitoral é bem diferente. É o produto (candidato) que tem que convencer o consumidor (eleitor) ao consumo, ao ato de comprar (votar). Essa analogia produto/candidato refere-se ao esforço pelo convencimento que cada um faz no mercado para ser o preferido, o escolhido pelo consumidor/eleitor. Em termos de concorrência, o processo é quase igual: cada produto e cada candidato tem suas estratégias (ou falta delas), ressaltando seus pontos fortes e minimizando os fracos. Entender essa diferença é fundamental em qualquer planejamento estratégico de campanha eleitoral por dois motivos: 1) a maioria das pessoas (mais de 70%) não tem interesse algum por política, e 2) o produto oferecido (político) tem elevada carga pejorativa no conceito popular.
  • 58. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 58 Mr. SCHEKIERA Diagnóstico Político – comece por aqui O primeiro passo para planejar qualquer campanha eleitoral é fazer um bom diagnóstico político. E ele deve ser orientado por alguém com sólida experiência no assunto. Diagnóstico feito por amadores pode destruir uma campanha. Um bom diagnóstico político começa pela compreensão dos sentimentos e percepções dos eleitores comuns, e não pela satisfação de interesses pessoais ou negociações partidárias. O bom diagnóstico preza pelas informações extremamente confiáveis, isentas e sem distorções ou romantismos. Nesse tipo de trabalho não há lugar para amadores. Todo mundo sabe, política é especialidade dos bons políticos, que são hábeis em negociações. Porém, campanha eleitoral é especialidade dos bons estrategistas, que são hábeis em competição pela preferência dos eleitores. Um erro comum, cometido por muita gente, é gastar com pesquisas de simulação de intenção de voto muito tempo antes que os candidatos estejam definidos. Simulação de intenção de voto é quando se faz a famosa pergunta “Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria?”. Essa pergunta, feita muito longe do dia da votação, pode mascarar a realidade: nomes mais divulgados pela mídia levam vantagem sobre aqueles com menor evidência nos noticiários. Isso cria um falso ranking nas duas pontas. Perguntar ao eleitor comum em quem ele votaria, quando os candidatos nem sequer estão definidos, apresentando cenários fictícios de competição, é obrigá-lo a um enorme esforço de imaginação, sobre um assunto no qual ele ainda não tem nenhum interesse. Perguntar em quem o eleitor votaria, muito antes do pleito, produz respostas que são simples chutes,
  • 59. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 59 Mr. SCHEKIERA meros palpites sem valor estratégico e que podem levar a decisões erradas. Muito cuidado: resultados obtidos dessa forma não servem para fazer o diagnóstico da situação competitiva. Por outro lado, o estudo de potencialidade eleitoral, este sim, tem valor estratégico e ajuda de verdade a planejar uma campanha. Esse é o tipo de estudo que pode - e deve - ser feito com vários meses de antecedência, até mais de um ano antes da eleição. Só ele revela como os eleitores se posicionam em relação aos possíveis candidatos. Analisa cada nome individualmente, sem forçar um falso quadro de confronto imaginário. O estudo de potencialidade eleitoral mostra a verdadeira força de cada nome. Revela as diferenças nas possíveis combinações para formação de chapas majoritárias e alianças. Feito com antecedência, esse estudo é muito útil para movimentos de trocas ou filiações partidárias, negociação de apoios e definição de candidaturas mais competitivas. Esse levantamento permite a Segmentação do Eleitorado (veja mais adiante), para identificar os cinco tipos de eleitores e ajudar o candidato a definir os seus alvos com maior precisão. Os Cinco C´s da Conquista do Voto O modelo de diagnóstico político, elaborado pelo consultor e estrategista eleitoral Di Vicenzi, contempla as cinco dimensões mais relevantes nos processos de análise e planejamento de uma candidatura. Esse modelo de análise se aplica tanto a competições majoritárias quanto proporcionais, em qualquer nível.
  • 60. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 60 Mr. SCHEKIERA Batizado pelo autor como “Cinco C´s da Conquista do Voto”, o modelo propõe investigar e desenvolver estratégias com base no conhecimento de cinco fatores:  Cidadão Eleitor  Candidato  Chefe de Governo  Concorrentes  Cenário Essas cinco dimensões são apresentadas dentro da figura de um ovo. Trata-se de uma alusão bem humorada à história do ovo de Colombo. “Colocar uma campanha em pé é um processo complexo e exige muito esforço. Porém, depois de feito, todo mundo pensa que era muito simples”,
  • 61. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 61 Mr. SCHEKIERA O modelo dos Cinco C´s da Conquista do Voto coloca em primeiro lugar a necessidade de compreender o CIDADÃO ELEITOR, seus sentimentos, suas percepções, seus conceitos, valores e sua visão de mundo. Em seguida é feito o estudo do CANDIDATO, através da análise SWOT (veja mais adiante). Repetindo: uma das grandes diferenças entre um produto comercial (serviços ou mercadoria) e um produto político (candidato) é que, para o primeiro, pode- se criar uma história antes de divulgá-lo no mercado, enquanto que, para o segundo, já existe uma história de vida pronta, que não pode ser alterada com facilidade. Um exame da imagem do CHEFE DE GOVERNO (municipal, estadual/distrital ou nacional) também é considerado no modelo, pois o nível de aprovação de uma administração é crucial para determinar se o candidato adotará um posicionamento governista ou oposicionista na sua campanha. Vale lembrar que, em determinadas circunstâncias, tanto um candidato da situação pode fazer uma campanha oposicionista, quanto um candidato de oposição pode fazer uma campanha governista. Outro fator dos Cinco C´s contempla os CONCORRENTES, os demais candidatos que disputam a mesma vaga na eleição. Entre outros instrumentos, a análise SWOT também é útil nesse estudo. A quinta dimensão estudada é o CENÁRIO, o ambiente político onde ocorre a competição e no qual estão inseridos os outros quatro elementos do modelo de diagnóstico. Em Cenário são consideradas variáveis como correlação de forças partidárias, histórico de resultados, perfil social, econômico e geográfico, legislação, cultura e mobilização política, entre outros.
  • 62. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 62 Mr. SCHEKIERA O modelo de diagnóstico dos Cinco C´s da Conquista do Voto é estruturado a partir de um conjunto de informações de diversas fontes, algumas obtidas junto ao IBGE, TSE, TRE´s e demais órgãos, outras em partidos políticos e entidades de classe. Porém, a maior parte das informações e referências estratégicas são buscadas junto ao principal personagem que define um pleito: o eleitor. As ferramentas mais utilizadas para entender o pensamento e o comportamento dos eleitores são as pesquisas qualitativas e quantitativas. As pesquisas que a imprensa costuma divulgar são sempre quantitativas (aquelas que apresentam números). Porém, elas são muito pobres em termos estratégicos e praticamente não servem para o diagnóstico e planejamento de uma campanha sem a necessária leitura e interpretação dos detalhes e cruzamentos de dados, algo que só é possível quando se tem acesso completo às tabelas de resultados. Tomar decisões em cima do simples resumo que a mídia divulga é um perigo, um grande erro que muita gente comete por não ter o necessário conhecimento técnico. Por outro lado, as pesquisas qualitativas (aquelas que não apresentam números), não costumam ser divulgadas pela imprensa e são praticamente desconhecidas pelo público em geral e até pela maioria dos políticos. Porém, as pesquisas qualitativas são as mais valiosas para finalidades estratégicas. São poderosas para entender as perspectivas de uma candidatura pelos olhos dos eleitores. Nesse tipo de estudo, as informações são obtidas através de entrevistas em profundidade ou discussões de grupo. A atuação de um especialista em moderação, com sólida experiência nesse tipo de abordagem, é indispensável para que os melhores resultados sejam alcançados.
  • 63. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 63 Mr. SCHEKIERA As pesquisas qualitativas são muito úteis para a definição de candidaturas, posicionamento eleitoral do candidato e da sua campanha, elaboração de propostas e construção de discursos, avaliação de material de campanha (slogan, jingle e peças de propaganda) e análise dos programas de rádio e TV para o horário gratuito. E essas avaliações podem ser feitas tanto em relação ao candidato interessado como sobre seus adversários. Posicionamento de campanha – tem que escolher um... Posicionar sugere a ideia de assumir um lugar no espaço. Posicionamento eleitoral significa ocupar um espaço na percepção dos eleitores, que ajude a atingir um objetivo. Corresponde a identificar e assumir um lugar que ofereça potencial de crescimento, que torne a candidatura competitiva dentro do ambiente de concorrência com os demais candidatos. O posicionamento é composto por três fatores: - FOCO - O foco de uma candidatura é, em última análise, a razão mais forte e convincente pela qual os eleitores devem votar em um determinado candidato e não nos outros. - IMAGEM - A imagem do candidato, portanto, é um dos elementos-chave no posicionamento da sua candidatura. A primeira exigência que a imagem deve atender é possuir um alto grau de coerência com o foco da campanha e com suas propostas. - PROPOSTAS - A proposta de um candidato (majoritário ou proporcional) deve condizer com o foco e a imagem da sua candidatura. Análise SWOT – monitorando os fatores O modelo de diagnóstico dos Cinco C´s da Conquista do Voto serve como base para a definição de um posicionamento
  • 64. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 64 Mr. SCHEKIERA da candidatura em termos de imagem, foco e propostas. Todo planejamento de marketing, seja eleitoral ou mercadológico, parte de um diagnóstico preciso sobre o mercado (eleições), as empresas (partidos) e os produtos (candidatos). Um dos componentes de grande valia nessa etapa do marketing é a análise SWOT, sigla que vem das iniciais das palavras inglesas "Strenghts" (forças), "Weaknesses" (fraquezas), "Opportunities" (oportunidades) e "Threats" (ameaças) É fundamental que uma análise SWOT seja realizada com certa regularidade - a cada seis meses ou no máximo um ano -, de forma que se possa acompanhar as mudanças ocorridas na imagem do político ou no cenário social. Para visualizar melhor este instrumento, ele se divide em duas partes: a que analisa o ambiente interno (forças e fraquezas do candidato) e a que analisa o ambiente externo (oportunidades e ameaças para o candidato). Vale lembrar que nesta segunda parte os fatores não são controláveis, mas podem ser previstos. Os pontos fortes de um candidato podem ser seu histórico pessoal, uma boa gestão num cargo executivo, sua popularidade, recursos financeiros, etc. Os pontos fracos podem ser uma má reputação, baixa popularidade, adjetivos pejorativos, má administração no executivo, falta de recursos e outros.
  • 65. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 65 Mr. SCHEKIERA Entretanto, a grande virtude da análise SWOT é saber detectar as características e histórico do candidato, que devem ser minimizadas ou exploradas. Se o candidato possui o apoio de um político muito rejeitado, não é seguro divulgar aos quatro ventos a existência desse apoio. Segmentação do eleitorado – defina o alvo Se existe uma prática que a política absorveu do marketing comercial e que ninguém pode mais ignorar, é a segmentação do eleitorado. A importância da segmentação se torna mais evidente em cidades de médio e grande porte. Um candidato a vereador na cidade de São Paulo, por exemplo, não tem as mínimas condições de realizar uma campanha em toda a cidade, que chega a ser maior que diversos países. Não podemos esquecer que uma campanha eleitoral tem o objetivo de comunicar a mensagem certa para o eleitor certo. A segmentação do eleitorado, além de ser uma estratégia necessária, torna a campanha mais barata, já que o custo envolvido na conquista do voto varia dentro do eleitorado. De acordo com o estrategista eleitoral, o planejamento de uma campanha deve considerar a existência de cinco grupos de eleitores: 1 - CRISTALIZADOS A FAVOR - Eleitores que certamente votarão no candidato. Este grupo representa custo menor, tanto em tempo como recursos. São os eleitores que conhecem bem o candidato, não o rejeitam e até o defendem ou promovem seu nome de forma espontânea. Então, a chance de voto é bem maior aqui e o investimento deve ser de manutenção desses eleitores. 2 - INCLINADOS A FAVOR – Eleitores que poderão votar no candidato. São aqueles que conhecem o candidato e admitem a
  • 66. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 66 Mr. SCHEKIERA possibilidade de votar nele, porém sem muita convicção. São os eleitores que precisam de mais informações, querem mais referências e motivos para definir o voto a favor do candidato. Existe chance de voto desde que haja investimento em comunicação, relacionamento ou motivação. 3 - INDEFINIDOS – Eleitores indecisos, que podem estar nessa posição por dúvida, desconhecimento ou desinteresse, em relação aos candidatos, às eleições ou à política. É um grupo que pode decidir uma eleição, especialmente quando a disputa é acirrada. Sendo a indefinição decorrente de falta de informação ou mero desconhecimento dos candidatos, quem chegar primeiro pode conquistar esse voto. Alta chance de voto com trabalho de abordagem e convencimento. 4 - INCLINADOS CONTRA – Eleitores que poderão votar em um candidato concorrente. São aqueles que conhecem um candidato adversário, simpatizam com ele e admitem a possibilidade de votar nele. Os eleitores desse grupo até podem mudar de opinião, mas será necessário um esforço enorme de convencimento. Relação custo/benefício apertada, recomendando cautela no investimento em busca de votos duvidosos. 5 - CRISTALIZADOS CONTRA - Eleitores que certamente votarão em candidato adversário. Não vale a pena investir nesse grupo. São os eleitores que simplesmente rejeitam o seu nome ou conhecem bem outro candidato e até fazem a defesa dele de forma espontânea. Então, a chance de mudarem o voto é praticamente nula, somente circunstâncias externas de grande impacto poderiam fazê-los mudar de opinião. Os INCLINADOS A FAVOR e os INDEFINIDOS são os dois grupos onde devem ser concentrados os maiores esforços da campanha. O “target”, ou eleitorado alvo, é aquele que quantitativamente, somado ao contingente daqueles que já
  • 67. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 67 Mr. SCHEKIERA estão CRISTALIZADOS A FAVOR, pode produzir os votos necessários para eleger o candidato. No entanto, é necessário segmentar ainda mais o eleitorado para compreender melhor a sua quantidade e localização. Isto será possível com a ajuda de pesquisas quantitativas e das seguintes variáveis: DEMOGRÁFICAS (sexo, idade, etnia, região, religião); SOCIOLÓGICAS (renda, escolaridade, ocupação); POLÍTICAS (partido, ideologia, tendências, opiniões, rejeições) e ATITUDINAIS (valores, opiniões, prioridade, hábitos, crenças). Com estas informações, obtidas a partir de pesquisas isentas, confiáveis e representativas, é possível identificar os tipos de eleitores e onde está o potencial de votos que pode garantir a vitória. As pesquisas ajudam a entender o eleitor, revelam onde ele se encontra, o que pensa, qual a probabilidade de votar, valores, expectativas e outros fatores cruciais, permitindo a realização de uma campanha mais personalizada, específica e direcionada, com maior economia de recursos, tempo e dinheiro. Seja diferente – mais do mesmo não adianta Para ser lembrado é preciso se diferenciar. Isso vale tanto para o marketing de produtos como para o marketing de políticos, de governos ou instituições. Ser diferente é fundamental, uma vez que vivemos numa sociedade com excesso de informações e precisamos sempre destacar nossas mensagens e valores. O político moderno tem capacidade de aprender com as lições das grandes marcas do mercado. Omo é diferente porque “lava mais branco”, Volkswagen é diferente porque é “confiável”, Casas Bahia é diferente porque “vende mais barato”, e assim por diante.
  • 68. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 68 Mr. SCHEKIERA O marketing comercial utiliza essa estratégia para que o consumidor tenha elementos de comparação entre as marcas concorrentes. Se existem dezenas de marcas de sabão em pó, tenho que agregar algum valor ao produto que o torne diferente dos demais, que faça com que ele seja lembrado mais facilmente e de forma positiva pelo consumidor. Só assim ele vai comprá-lo e até pagar mais por ele. E isso precisa ser reavivado na sua memória o tempo todo através da comunicação. No marketing político, especialmente no eleitoral, é a mesma coisa. Imagine uma eleição municipal, numa cidade de médio porte, com 20 a 30 vagas na câmara municipal e em média 400 candidatos. Em apenas três meses de campanha, cada candidato a vereador deverá estabelecer dezenas de canais de comunicação com o eleitor, criando assim, um congestionamento de informações. Como o eleitor inicia seu processo de escolha apenas 15 dias antes do pleito e o cérebro humano funciona de forma seletiva – absorvendo apenas o que interessa – grande parte da propaganda eleitoral terá sido em vão. Entretanto, se um desses candidatos começar a trabalhar mais cedo e realizar uma campanha diferente, baseada em um bom diagnóstico com planejamento consistente, escolher um posicionamento bem definido e distinto dos demais, adotar uma estratégia eficaz de comunicação, apresentar projetos ou propostas críveis e direcionar seus esforços para os eleitores certos, obviamente ele terá seu nome lembrado no dia da eleição. Para isso, é claro, precisa-se contar com profissionais especializados em cada área: consultoria estratégica, pesquisa, planejamento, comunicação, assessoria política e jurídica. Como diz aquela música: "ado, ado, ado, cada um no seu quadrado!"
  • 69. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 69 Mr. SCHEKIERA Slogan de campanha – o resumo da promessa O slogan é um item fundamental em qualquer campanha eleitoral, onde os candidatos têm a difícil tarefa de se diferenciar de vários concorrentes. Um bom slogan deve ser capaz de sintetizar a candidatura e a promessa do candidato em poucas palavras fortes. Vejamos a campanha de Barack Obama, com o famoso Yes, we can (Sim, nós podemos). O slogan conseguiu traduzir o espírito de transformação que a sociedade americana desejava após oito anos de Bush. O change (mudança) também acompanhava as principais peças publicitárias da campanha e reforçava a latente rejeição ao continuísmo. Antes de tudo, o slogan é peça chave no “mix de marketing” e deve ser condizente com a estratégia da campanha. Por exemplo, se um candidato a deputado estadual segmenta a sua candidatura geograficamente e escolhe uma cidade como seu principal reduto eleitoral, evidentemente que o seu slogan deve fazer referência a esta estratégia e à cidade. Se for uma região ou um segmento de eleitores, a mesma coisa. Além disso, o slogan serve para classificar rapidamente a identidade de um candidato. Imaginemos um eleitor, vendo uma faixa de campanha de um deputado estadual com o seguinte slogan: Em defesa da saúde pública. Obviamente, o eleitor que não conhecia tal candidato, passará agora – no mínimo - a
  • 70. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 70 Mr. SCHEKIERA identificar a síntese da campanha, que estrategicamente tem a saúde pública como seu principal foco. É necessário entender a cabeça do eleitor e o excesso de informações a que eles estão expostos. Uma campanha eleitoral envolve centenas de candidaturas, com milhares de propaganda, nos mais variados meios. E toda e qualquer peça publicitária de sua campanha deve ter o objetivo de identificar e gravar o candidato na cabeça do eleitor, fazendo prevalecer a sua mensagem. UMA CAMPANHA EM 120 DIAS Com um bom diagnóstico político nas mãos e informações de pesquisas confiáveis, com a candidatura posicionada, o eleitorado segmentado e os recursos iniciais garantidos, com a linha de comunicação definida e a equipe de trabalho montada, o candidato deve planejar a execução da sua campanha eleitoral. Mas, quanto tempo é necessário para fazer uma campanha? Isso depende de cada situação. Para alguns candidatos pode exigir um trabalho longo, de vários meses ou até anos. Para outros, que já desfrutem de maior popularidade ou tenham sua imagem reconhecida, esse tempo poderá ser bem mais curto.
  • 71. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 71 Mr. SCHEKIERA O exemplo que é apresentado aqui mostra quais são as diferentes etapas para uma campanha somam 120 dias, contados depois de terem sido atendidas todas as condições descritas no parágrafo anterior. Logicamente, o tempo dedicado a cada fase e a própria duração total da campanha podem ser modificados, de forma a melhor atender às circunstâncias e condições de cada candidatura. É muito importante realizar uma pesquisa quantitativa de intenção de voto imediatamente após terem sido definidas as candidaturas, para saber como os eleitores se posicionam diante desse quadro de competição real. As pesquisas qualitativas também são valiosas para ajudar a entender como os eleitores percebem a imagem de cada um dos candidatos. Lançamento da candidatura - 7 dias O objetivo aqui é tornar a candidatura conhecida e apresentá-la posicionada para a disputa, com o máximo de divulgação na mídia. A inauguração do comitê central da campanha e o evento de lançamento devem ser construídos com profissionalismo, fazendo disso um ato político memorável, uma oportunidade única, onde o candidato demonstrará a sua força e comunicará “a que veio”, qual o sentido da candidatura e porque os eleitores devem votar nele. O slogan de campanha, o jingle, a foto do candidato e outros elementos importantes de comunicação devem reforçar o posicionamento do candidato e valorizar ao máximo a sua imagem. É preciso lembrar que o lançamento da candidatura não vai se resumir apenas ao dia do evento. Uma semana de preparação é o tempo suficiente para se buscar um resultado positivo, bem como, repercutir através dos meios de comunicação a realização desse evento. As atividades de preparação envolvem a logística de sua organização, os convites para o ato, a informação aos veículos
  • 72. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 72 Mr. SCHEKIERA de comunicação, a produção de peças publicitárias para decorar o ambiente e a preparação do discurso do candidato. É importante escolher uma data em que não haja nenhum outro evento importante, para evitar a concorrência com o ato e para que ele possa ser o fato político do dia. Após o lançamento, são realizadas as ações de repercussão do lançamento. Após filmar e fotografar o ato para uso posterior, o trabalho da campanha vai se deslocar para conquistar espaços nas mídias locais, setoriais e de bairros. Início da campanha - 13 dias Nessa etapa ainda é repercutido o lançamento da campanha, tornando o candidato e sua mensagem conhecidos. Nessa fase serão apresentados os principais apoios do candidato, se possível um apoio por dia, para que esse momento de adesão seja ampliado e mostrando ao eleitorado que ele tem chances de vitória. Em seguida, o candidato vai partir para reuniões com moradores de bairros, lideranças classistas e segmentos do eleitorado, demonstrando que sua candidatura também conta com o apoio da população. Esse também é o momento ao qual o candidato vai visitar os principais redutos eleitorais, as principais regiões, cidades ou bairros. Consolidação da candidatura - 17 dias Esta fase antecede o período da propaganda eleitoral gratuita. O objetivo aqui é levar a candidatura para a rua e fixar junto ao eleitorado uma organização que a sustente. As atividades do candidato estarão condicionadas a sua agenda, que vai servir como instrumento indispensável para aproveitar com o máximo de racionalidade o reduzido tempo disponível do candidato. Nesse momento é importante que se consolide os apoios já conquistados, como as lideranças políticas, os cabos eleitorais,
  • 73. WORK OF A POLITICAL SCIENTIST 73 Mr. SCHEKIERA os líderes sindicais, de associações, etc. Em seguida o corpo a corpo deve se intensificar. De preferência auxiliado pelos apoiadores, que criarão as oportunidades. Vale lembrar que em eleições proporcionais o corpo a corpo tem muita importância na decisão do voto. Desenvolvimento da campanha - 60 dias Um balanço entre a fase anterior e a fase de desenvolvimento da campanha será necessário para a aplicação de alguns ajustes na campanha e na equipe, tendo como referência informações de pesquisas. Após esse balanço, o objetivo desta fase será a intensificação do corpo a corpo. É Nesta fase que a candidatura deverá ganhar “corpo” e “movimento”. “Corpo” é a implantação da campanha na sociedade, onde quem apoia precisa mostrar seu apoio e trabalhar para conseguir outros. O “corpo” da candidatura será demonstrado por sua presença na rua e os eventos realizados pelo candidato, como passeatas, carreatas e comícios. Já o “movimento” da campanha significa o ritmo de atividades que vai ser criado. Reta final - 15 últimos dias Esta última fase da campanha é o momento do tudo ou nada, onde o candidato deverá investir todos os seus recursos, humanos ou financeiros. É o momento de conquistar os eleitores indecisos e cooptar os votos das candidaturas sem viabilidade. Também é o momento de criar uma “dinâmica vencedora”, mostrar para o eleitorado que a candidatura está em ritmo acelerado e tem chances de vitória. O trabalho de campo, a distribuição do material de propaganda, as carreatas, os comícios e o corpo a corpo do candidato terá que ganhar uma atenção especial com o aumento quantitativo dessas ações. Se possível for, todas as ações realizadas na fase anterior (desenvolvimento) terão de dobrar em número. Como é comum a indecisão no voto proporcional, a criação de